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Alterações Pulmonares

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Alterações circulatórias 
1. Embolia pulmonar – presença de um corpo 
estranho dentro da circulação que pode ser 
venosa ou arterial. Normalmente falamos dos 
êmbolos que afetam a circulação venosa, 
passam pelo coração e depois para as artérias 
pulmonares que vão gerar uma obstrução 
nesses locais. Esses êmbolos são formados nos 
membros inferiores e sobem causando o 
infarto pulmonar. 
 
2. Infarto pulmonar – o infarto pulmonar é 
causado por um êmbolo que vai se instalar no 
pulmão. Caso seja um embolo pequeno vamos 
ter pequenos infartos ou se for um embolo 
grande vamos ter grandes infartos 
pulmonares. Esse infarto pode ser ou não 
visível e dependendo do infarto pode causar a 
morte súbita. 
 
3. Edema pulmonar – pode ser causado por 
insuficiência cardíaca esquerda, que é 
chamado de edema pulmonar cardiogênico 
(que pode ser agudo ou crônico). Ou também 
podemos ter o edema pulmonar direito que 
causa lesões nos alvéolos, que é chamado de 
dano alveolar difuso ou angustia respiratória 
aguda (SARA). 
 
Observação: existe algumas lesões pulmonares 
causadas pela covid-19 que ainda são 
desconhecidas na medicina. 
 
Embolia pulmonar – ocorre quase sempre por uma 
liberação de um trombo em grandes vasos 
venosos, principalmente em membros inferiores 
(veias poplíteas – tromboflebite, comum em 
pessoas acamadas ou que estão internadas) ou 
pélvicos. 
1. Tromboembolismo- causado nas veias 
poplíteas ou pélvicas que formam um trombo. 
Ocorre normalmente em pessoas acamadas ou 
que não realizam mito movimento na perna. 
Por isso, logo depois de uma cirurgia é ideal 
que a pessoa se movimente 
 
2. Embolia gordurosa – ocorre em pessoas que 
tiveram fratura extensa, ou seja, de ossos 
longos que causam a liberação de medula 
gordurosa amarela que vai para a circulação e 
provoca a embolia pulmonar gordurosa. 
Algumas cirurgias podem causar a embolia 
gordurosa, como a lipoaspiração que por meio 
de fragmentos de gordura soltos na circulação 
geram a embolia pulmonar gordurosa. 
 
3. Embolia gasosa- conhecida como embolia dos 
mergulhadores, isso ocorre pela 
descompressão rápida quando o mergulhador 
volta para superfície que gera compressão do 
nitrogênio presente na circulação, formando 
os êmbolos gasosos. Provoca necrose e uma 
dor intensa nas articulações (cotovelos e 
joelhos – posição de lutador). Também causa 
dispneia no indivíduo. 
 
4. Embolia amniótica – cai líquido amniótico na 
circulação materna. O liquido é rico em 
tromboplastina que forma trombos, então a 
mulher ao ter esse liquido presente na 
circulação começa a formar trombos e 
hemorragias profundas na sua circulação. 
 
Nessa imagem acima temos um êmbolo no qual 
interrompeu a passagem sanguínea e gerou a 
morte súbita do paciente. 
Alterações pulmonares 
 
Nessa imagem temos um embolo em sela de 
montar, que pega dois ramos da artéria pulmonar 
e leva a morte súbita. 
 
 
Nesta imagem temos uma necrose isquêmica por 
conta de um infarto pulmonar pequeno (causada 
por um embolo pequeno por isso localizada a 
lesão), se ele não leva a morte causa uma lesão 
triangular voltada para a base da pleura. Forma o 
infarto vermelho por ocorrer nas artérias. 
 
 
Nesta imagem temos um infarto pulmonar 
vermelho ou chamado hemorrágico, pois 
apresenta muita hemorragia no interior do infarto. 
 
Nesta imagem temos um embolo dentro de uma 
artéria pulmonar, gerando uma obstrução. Temos 
o processo de recanalização após a formação de 
um trombo pequeno. 
 
Edema pulmonar 
1. Edema pulmonar cardiogênico – ocorre por 
conta da insuficiência cardíaca esquerda, que 
pode ser agudo (edema pulmonar agudo do 
pulmão) ou crônico causado por uma 
insuficiência prolongada do coração, gerando 
edema e alterações no pulmão. 
 
2. Aumento da permeabilidade alvéolo – capilar 
(DAD-SARA) – síndrome da angustia 
respiratória aguda. Ele ocorre geralmente em 
estados de choque, gerando lesão do 
endotélio dos capilares alveolares e dos 
pineumocitos I. Gerando necrose desses 
elementos e inflamação. 
Fases 1 - Exsudativa 3 a 4 – nessa fase temos 
restos necróticos de endotélio, de pineumocitos e 
de neutrófilos. Na microscopia podemos 
identificar essa fase pela presença de uma 
membrana rósea hialina, resultado do choque. 
Fase 2- Proliferativa final da primeira semana – 
isso quando não temos correção do choque. 
Proliferação de neutrófilos, macrófagos residentes 
alveolares e pineumocitos II. Vamos ter uma 
proliferação celular. 
Fase 3- Fibrótica início 3 a 4 semanas – vamos ter 
o processo de fibrose no local da lesão, os 
fibroblastos vão depositar colágeno. 
Observação: Essa síndrome foi descrita na guerra 
do Vietnã, no qual as pessoas apresentavam esse 
pulmão de choque. 
Doenças pulmonares obstrutivas crônicas – DPOC 
1. Enfisema pulmonar – é definido como uma 
dilatação permanente da árvore distal 
respiratória, ou seja, dos alvéolos e dos 
bronquíolos. Ocorre a destruição da parede 
terminal dessas estruturas. 
 
2. Bronquite crônica – inflamação crônica do 
pulmão causada pelo tabagismo. O paciente 
vai ter uma tosse crônica produtiva com muito 
muco. Diagnostico é clinico: tosse com 
expectoração, as vezes copiosa durante três 
meses. Após dois anos do caso. 
 
3. Asma – doença de hipersensibilidade do tipo 1, 
no qual temos liberação de histamina levando 
o aumento da secreção mucosa crônica e 
contração das fibras musculares lisas levando 
o fechamento dos brônquios. 
 
4. Bronquiectasia - dilatação permanente dos 
brônquios e com destruição da parede da 
mesma. 
 
Enfisema 
1. Centriacinar (centrolobular) – é quase sempre 
relacionado ao tabagismo, pois o cigarro vai 
destruir a célula devido a substância alcatrão. 
 Ocorre uma reação inflamatória na parede do 
bronquíolo, assim os neutrófilos vão liberar 
enzimas proteases que vão levar para a parede 
alveolar e vai destruir a fibra elástica (ocorre 
pela elastase), assim ele vai sempre vai ficar 
dilatado. 
 Entra o ar, mas ele não consegue sair devido a 
dilatação das estruturas, paciente sempre vai 
ficar com angustia respiratória. 
 Começa tipicamente nos lóbulos superiores. 
 
2. Pan – acinar (panlobular) – não apresenta 
relação com cigarro, mesmos sendo parecido 
com o de cima. Vamos ter a alfa1 – tripsina que 
vai garantir que a elastase não haja, porém 
com a sua falta a elastase vai agir dilatando as 
estruturas pulmonares. 
3. Acinar distal (parasseptal) – essa patologia 
apresenta formação de bolhas subpleurais, o 
problema é se romper essas bolhas podendo 
causar um pneumotórax. 
 
4. Irregular (paracicatricial) – vai ocorrer em 
locais pulmonares que apresentam cicatrizes 
devido a alguma patologia. 
 
 
 Nesta imagem temos um Enfisema no lobo 
superior. 
 
 
Nessa imagem podemos ter um enfisema de dois 
tipos. 
 
 
Nessa imagem temos a representação de um 
enfisema bolhoso. 
 
Nesta imagem temos uma representação 
microscópica de uma bronquite crônica. 
 
 
Nesta imagem temos a demonstração de um 
pulmão com asma brônquico. O pulmão do 
asmático fica leve e com esse aspecto 
demonstrado na imagem. 
 
 
Nesta imagem temos um pulmão de 
bronquiectasia no qual apresenta alterações no 
seu final. Pode causar uma superinfecção 
bacteriana. Gera mal hálito no paciente. 
 
Pneumonias – é uma inflamação do pulmão que 
pode ter diversas causas. Pode ser adquirida na 
comunidade ou no ambiente hospitalar (sendo 
mais grave). 
 Ela é dívida em alguns aspectos anatômicos, 
como podemos ver abaixo: 
1. Broncopneumonia – ocorre nas árvores 
terminal (ocorre nos lóbulos ou nos acinos 
pulmonares). Maioria das vezes é bacteriana 
ou fúngica. 
 
2. Pneumonia lobar- é uma pneumonia que só 
ocorre nos lobos, pode ser causada por duas 
bactérias pneumococos ou crebsiela. 
 
3. Pneumonia intersticial – temos um vírus 
causando um processo inflamatóriono 
pulmão. 
 
 
Nesta imagem temos a representação de uma 
broncopneumonia, por apresentar nódulos focais 
da pneumonia. Pode apresentar dois motivos 
como: comunidade ou hospitalar. 
 
 
Aqui temos uma imagem com uma disseminação 
dos nódulos formados na pneumonia. 
 
 
Nesta imagem temos uma pneumonia lobar nessa 
imagem. Apenas um lobo que esta acometido. 
Temos fases da pneumonia lobar: Primeira fase o 
lobo pesado; Segunda hepatização vermelha; 
Terceira hepatização cizenta; Quarta desaparece o 
estado hepático. 
 
 
Nessa imagem temos uma pneumonia que se 
reflete alterações na pleura. 
 
 
Nesta imagem temos a formação de um abscesso 
pulmonar por uma pneumonia. 
 
Tuberculose pulmonar – ela também é uma 
broncopneumonia crônica. 
Tuberculose primária – quando a pessoa aspira 
pela primeira vez o inoculo. 
 Complexo primário de Ghon: cancro de 
inoculação + linfangite + linfadenite. 
Tuberculose secundária – sempre vai ser por conta 
da inoculação repetida ou ativação do inoculo 
antigo. 
Pode apresentar duas nomenclaturas: 
 Tuberculose secundaria progressiva 
 Tuberculose miliar 
 
Tuberculose secundária: 
 
 Ocorre em pacientes previamente sensibilizados, 
habitualmente surgindo como nódulos com menos 
e 2,0 cm de diâmetro, no ápice do lobo superior a 
cerca de 1 a 2 cm da pleura. 
 Pode ser devida a: reativação do nódulo 
quiescente ou reinfecção. 
 Morfologia: nódulos circunscritos com graus 
variáveis de caseação central, granulomas e fibrose 
periférica. 
 Tuberculose pulmonar progressiva (adultos mais 
velhos ou pessoas imunossuprimidas): os nódulos 
apicais expandem-se para as porções adjacentes 
dos pulmões, erodindo brônquios e vasos, criando 
uma cavidade irregular e provocando hemoptise, 
podendo se disseminar por via canalicular, linfática 
ou vascular sanguínea. A cavidade pleural é 
envolvida e pode desenvolver derrames pleurais 
serosos, empiema tuberculoso ou pleurite fibrosa 
obliterante. 
 Doença pulmonar miliar: os bacilos entram nos 
vasos linfáticos, caem na circulação sanguínea e 
voltam ao pulmão. 
 
 
Nessa imagem temos a representação de uma 
tuberculose secundaria com seus nódulos. O 
paciente só é contaminante na tuberculose 
secundaria. 
 
 
Nessa imagem temos uma representação de uma 
tuberculose milar. 
 
Nesta imagem temos a representação de uma 
evolução de uma tuberculose secundaria, na qual 
há formação de cavernas. 
 
Depósitos no pulmão: 
Pneumoconioses – deposito de material estranho, 
quase sempre inorgânico no pulmão. 
Antracose – é causada pelo deposito de carvão no 
pulmão pela combustão. É um pigmento que se 
deposita no alvéolo, nisso os macrófagos carreiam 
esse pigmento na corrente linfática. Não ocorre 
fibrose, mas o pulmão fica preto. 
Pneumoconiose dos mineradores de carvão – 
cravão mineral vai se depositando nos pulmões. 
Apresentam uma propensão de fazer uma fibrose 
pulmonar. Doença ocupacional – causada pelo 
trabalho. 
Silicose (dióxido de silício cristalino) – é 
componente presente na areia, que induz a fibrose 
pulmonar (mais comum na área pulmonar distal). 
Doença ocupacional. 
Asbestose (silicatos hidratados cristalino) – uma 
substancia que aspirada que induz o câncer 
pulmonar e câncer na pleura. Causa fibrose 
também. 
 
Nesta imagem temos a representação de uma 
Antracose. 
 
 Nesta imagem temos a representação de uma 
Abstose. 
 
Neoplasias pulmonares – as malignas são mais 
comuns. Porém temos as neoplasias benignas 
também que são mais raras. 
Hamartoma – apresenta aspecto de moeda. É 
constituído por células e tecidos do pulmão. É uma 
lesão pulmonar benigna. 
Carcinoma epidermóide espinocelular – são 
carcinomas malignos. Ocorre nas células 
epidermoides e nos brônquios maiores. Podem 
crescer para dentro da luz ou fora da luz. 
Apresenta estrutura bem delimitada. Causada 
geralmente pelo tabagismo. 
Adenocarcinoma (bronquíolo – alveolar) – ocorre 
mais nas periferias dos pulmões. Típico de pessoas 
idosas e tem relação com o cigarro. 
Carcinoma de grandes células – não são bem 
definidas. Fazem parte das síndromes neoplásicas. 
Carcinoma de células pequenas- apresenta 
crescimento rápido e é um tumor muito agressivo. 
Tumor carcinoide – formada por células 
argentafins, são tumores que se coram com os sais 
de prata. São originados nas cristas, podem ou não 
produzir hormônios. E também pode ou não 
causar metástase. 
Mesoteliona – é um tumor que ocorre na pleura 
do pulmão. 
Observação: o único tumor benigno presente é o 
harmatoma. Os outros tumores citados são 
malignos e pode ser ou não agressivos, depende 
de suas características. 
 
Nesta imagem temos a representação de um 
Harmatoma 
 
 
Nesta imagem temos a representação de um 
Carcinoma epidermoide espinocelular 
 
 
Nesta imagem temos a representação de um 
Adenocarcinoma. 
 
 
Nesta imagem temos a representação de um 
Carcinoma de células pequenas 
 
Nesta imagem temos a representação de uma 
Metástase. 
 
 
Nesta imagem temos a representação de uma 
Pleura com neoplasia.

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