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treino cognitivo na hora da raiva

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TREINO COGNITIVO
DO CONTROLE DA RAIVA
OBJETIVOS
• O QUE É A RAIVA?
• RAIVA – SEU PERCURSO PSICOFISIOLÓGICO
• A RAIVA EXCESSIVA E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O SER 
HUMANO
• O TREINO COGNITIVO DE CONTROLE DA RAIVA (TCCR)
A presença da raiva como 
sintoma
• Transtornos de Humor (a raiva é transformada em mágoa, desalento,
tem relação com tentativas de suicídio)
• Transtorno de Personalidade Limítrofe (Borderline) raiva inadequada
ou intensa, com dificuldade de controle, demonstrações frequentes de
irritação, atos agressivos).
• Transtorno de Personalidade Paranoide – percebe ataques à sua
reputação que não são visíveis pelos outros e reage contra-atacando
com raiva intensa.
• Transtorno de Controle dos Impulsos – Transtorno Explosivo
Intermitente.
• Transtorno do Estresse Agudo – surtos de irritabilidade e raiva.
• Transtorno do Estresse Pós-traumático (raiva prolongada)
• Transtorno de Deficit de Atenção (quando a pressão se torna excessiva
para a pessoa).
• Padrão Tipo A de Comportamento.
Compreendendo a Raiva
• O que é a Raiva?
• A raiva é um sentimento de intenso desconforto 
que resulta da percepção de alguma 
provocação, seja ela uma ofensa, um 
desacordo, mau tratamento, rejeição, agressão, 
frustração ou desmerecimento por parte de 
alguém ou entidade. O desconforto 
experimentado é tão grande que leva a pessoa 
a querer revidar e a atacar quem supostamente 
a enraiveceu (tendência comportamental). 
Raiva bou ou ruim?
• A raiva em si não é uma emoção boa
ou má, ela é energia, é força.
• Quando excessiva, constante ou mal
gerenciada, aí sim, passa a ser
negativa.
Função da Raiva
• Defender-se frente a insultos, 
injustiças, maldades. No caso de 
autodefesa, pode ser útil, pois 
fornecerá a energia, o poder para 
reagir de forma mais eficaz. 
• Fomos geneticamente preparados para 
sentir raiva em momentos em que 
precisamos nos defender e neutralizar 
o inimigo fisicamente. 
Componentes da Reação de 
Raiva:
• São cognições
• reações emocionais
• reações físicas
• comportamentos.
Mecanismo neuropsicológico 
da raiva
• Todas as emoções são processadas
pelo sistema límbico. As estruturas
que compõem esse completo centro
de manejo das emoções são:
amígdalas (são duas, sendo uma em
cada hemisfério cerebral), tálamo,
epitálamo, hipotálamo, hipocampo,
cíngulo e a região do septo.
Mecanismo neuropsicológico 
da raiva
• Interessante é também considerar que,
devido ao fato de os sistemas
neuroendócrino, neuroimune e
neurovegetativo terem sua base no sistema
límbico, as emoções exercem uma influência
importante sobre eles.
• A raiva é uma resposta tanto física como
emocional que pode causar danos ao
organismo, como aumento de pressão
arterial, infarto, cefaleias, entre outras
doenças...
Mecanismo neuropsicológico 
da raiva
• Quando a amígdala recebe uma mensagem de perigo, real
ou imaginário, físico ou emocional, a glândula pituitária é
ativada. Essa glândula libera no sangue o hormônio
adrenocorticotrópico, que é um químico mensageiro de
ativação das glândulas suprarrenais (...) o metabolismo se
altera, o organismo se altera, o organismo fica energizado
por meio da transformação de proteínas e gorduras em
açúcar e se torna, então, pronto para a ação de lutar ou
fugir contra o agente estressor. O coração se acelera para
fazer circular no corpo todos os hormônios recém-
produzidos do stress e da raiva, as pupilas se dilatam, a
pressão arterial aumenta, o sistema digestório é inibido.
Essas mudanças tem a função de aumentar a energia e o
vigor do organismo, a fim de que a pessoa possa se
defender de alguma ameaça.
Mecanismo neuropsicológico 
da raiva
• Justamente porque tanta energia é produzida é que há
risco de a pessoa, na perda do controle, tomar atitudes
impensadas e agressivas.
• Algumas pessoas nessas condições, e sem controle, podem
até cometer atos dos quais nunca se julgariam capazes,
pois a raiva é capaz de acabar com o poder do
raciocínio no impulso, devido à incapacidade cognitiva
gerada pela produção de hormônios e à estimulação
de centros cerebrais que regulam as emoções.
• “FIQUEI CEGO DE RAIVA”
Raiva: estado ou traço
• Raiva estado:
• é caracterizada pela sua curta temporalidade;
• é como a pessoa se sente em determinado
momento;
• varia desde uma certa irritabilidade até a fúria;
• A intensidade do estado de raiva depende da
percepção que a pessoa tem do evento que ela
esteja vivenciando.
Raiva traço
• É a tendência a perceber diversas
situações como desagradáveis e
frustrantes, gerando elevações mais
frequentes no estado de raiva.
• Dois componentes:
a) temperamento;
b) sua expressão (aprendido na
cultura/família).
Reação da Raiva
• Raiva para fora: falas, expressões e
ações dirigidas para outras pessoas ou
objetos do meio. Exemplo: Bater ou
quebrar coisas, criticar, insultar, usar
de sarcasmo, ameaçar...
• Raiva para dentro: supressão do
sentimento.
Raiva que não é expressa 
claramente
• Pensamentos suicidas;
• Raiva no trânsito;
• Machucar-se por descuido ou por impulsividade;
• Pensamentos negativos sobre todos ao seu redor, criticar 
com frequeência
• usar sarcasmo, 
• dificuldade de relaxar
• competitividade excessiva
• dificuldade em aceitar críticas e dificuldade de aceitar a 
opinião dos outros e sentir que a vida é constantemente 
uma batalha
• Sinais físicos de raiva podem ser: pescoço duro, dor nas 
costas, hipertensão e problemas estomacais e intestinais. 
Thomas Harbin
• Há quatro tipos de pessoas
raivosas
O que suporta tudo
• É a pessoa que passa por humilhações e injustiças enormes e
não toma nenhuma atitude, que sempre encontra desculpas
para o comportamento de quem a agride. Engole o desaforo, a
vergonha, a frustração e a raiva, e tem dores de estômago cada
vez maiores, tensão muscular quando é ofendido e insônia.
Quando pessoas ao seu redor, que presenciaram o episódio,
mostram sua empatia, isso a faz se sentir pior ainda, pois
sente-se mais humilhada do que nunca e deseja que ninguém
tivesse presenciado o que ocorreu. Acha que um homem de
verdade teria reagido, acha-se um covarde. Fica lembrando do
que ocorreu várias vezes e sente que “deveria” ter agido
diferentemente. Mas, da próxima vez, age do mesmo jeito,
porque não aprendeu a lidar com a raiva justa de modo
construtivo.
O reclamador
• É aquele que reclama de tudo e de todos, o tempo todo. Tudo sai
errado em sua vida e ele não assume a responsabilidade de tomar
a direção dos eventos e resolver os problemas. É sempre culpa
dos outros. Ele reclama e choraminga sobre tudo ao seu redor, é o
chefe que é injusto, é o procedimento no trabalho que é falho, é a
namorada que é ruim, é o tempo que está feio, é o serviço no
restaurante que não presta etc. o clima ao seu redor fica tenso e
pesado, negativo, as pessoas se deprimem e se afastam. Em
geral, pessoas assim, estão tentando que as outras façam as
coisas que competiria a elas fazer, querem também que alguém
reforce sua autoestima. Ele choraminga para que os outros o
ajudem e confortem. Sente-se desamparado. Não tenta enfrentar
o que está errado em sua vida, a fim de consertar o problema,
não tem mão ativa em sua própria vida. Sua passividade o impede
de assumir a liderança de sua vida e sua reclamação constante
serve para alimentar a sensação de que a vida é injusta.
O debatedor
• Em geral, é uma pessoa divertida, que conta piadas, que
quer ser o centro das atenções e que não permite que
discordem dela, de modo algum. É o dono da verdade. Não
respeita os direitos dos outros nem as opiniões contrárias às
suas. Contesta as ideias dos outros como uma maneira de
evitar que as outras pessoas descubram seus sentimentos.
No fundo, ele não se sente tão inteligente quanto quer
aparecer. Controlar a conversa é uma maneira de não deixar
as outras pessoas falarem sobre assuntos que ele talvez
saiba menos ou que possam humilhá-lo. A raiva está por trás
de seu comportamento debatedor.O Agressor
• É o pior de todos os casos de pessoas raivosas, pois é aquele que
utiliza a violência física quando perde o controle. Xinga, humilha e
finalmente agride, sem ou com pouca provocação. A tendência
desse tipo é brigar e agredir quando se sente frustrado. Quando se
frustra, tem dor, está com ciúmes ou se sente humilhado, tem
vontade de bater em alguém. Aprendeu que a violência o leva a
ganhar as discórdias, amedronta os outros, e isso lhe dá uma
sensação de superioridade, mesmo que passageira. Para muitas
pessoas assim, a tendência a agredir quando algo sai errado resulta
em um vínculo automático, cada vez mais forte, entre as emoções
desagradáveis e de ansiedade e a violência física. Por trás de toda
essa violência existe uma tentativa absurda de esconder o medo e
uma necessidade muito profunda de ser cuidado, que amedronta a
pessoa, que deseja parecer sempre forte e em controle de tudo,
porque não aprendeu a lidar com esses sentimentos. Essa
inabilidade de lidar com esses sentimentos gera mais raiva ainda.
Raiva aspectos sociais
• Negar o sentimento se torna tão automático,
produto de um condicionamento de anos, que a
pessoa não percebe que está com raiva, e assim é
roubada da possibilidade de escolher como agir.
Raiva e Estresse
Consequências da Raiva 
Excessiva
• Excesso:
• Frequência (ocorre muitas vezes)
• Duração (persiste por tempo prolongado)
• Desproporcional intensidade frente ao estímulo que a 
provocou.
Avaliando a contribuição do 
Estresse para o Raivoso
• Não seria correto dizer que o
estresse sempre leva à raiva, porém
se pode afirmar, com certeza, que a
raiva leva ao estresse emocional.
Fases do Estresse
• 1 – Fase de Alerta
• 2 – Fase de Resistência
• 3 – Fase de Quase Exaustão (parecida com a fase anterior 
porém difere na intensidade dos sintomas)
• 4 – Fase de Exaustão 
Avaliação dos padrões de 
Pensamento
• Comuns em pessoas raivosas:
• Crítica exagerada, irracional e injusta
(contra si mesmo e os outros)
Aprender a ser racional e justo consigo
mesmo ajuda a ser racional e justo
com os outros também.
DISTORÇÕES COMUNS
• Leitura mental – Eu nem perguntei por que
ele estava zangado comigo, eu já sabia!
• Pensamento tudo ou nada – “Se não é
meu amigo é meu inimigo!”
• Supergeneralização – “Sou muito azarado,
sempre encontro gente lenta”.
• Catastrofização – “é terrível que minha
namorada tenha viajado sem mim!”
• Personalização – “Se a empresa não fechar
este contrato é culpa minha”
Desenvolvimento da Raiva
• Etapas:
• 1 – Evento desencadeador (real ou imaginário)
• 2 – Interpretação: a pessoa avalia negativamente a 
situação como ameaçadora
• 3 – Estresse – manifestações físicas e psicológicas
• 4 – Comportamento de raiva
• 5 – Reavaliação sob a ótica do forte sentimento de 
raiva.
• 6 – Escalonamento da Raiva
TCCR - Treino Cognitivo 
de Controle da Raiva.
TRATAMENTO
CAUTELA
• Grupo: não recomendado conduzir 
sessões terapêuticas com muitos 
participantes;
• Individual: atendimentos de 
preferência em horários e locais onde 
outras pessoas possam estar por perto 
para auxiliar o terapeuta se for preciso;
Algumas dificuldades na 
avaliação
• Com crianças é comum a queixa específica relacionada
a raiva excessiva ou a comportamentos agressivos.
• Em adultos poucos são os que diretamente vem tratar
esta queixa, ela pode aparecer junto a queixas como:
“dificuldades de relacionamento”, “fui demitido”,
“tenho problemas com meu conjuge, vizinhos ou
colegas...” Cabe ao terapeuta avaliar o quanto a raiva
tem contribuído na manutenção dos problemas
percebidos pelo cliente.
O Treino Cognitivo da Raiva 
(TCCR)
Primeiramente:
- Desenvolver a habilidade de distinguir quando a raiva é JUSTA e ÚTIL ou
quando é EXCESSIVA, INJUSTA, OU INADEQUADA.
A) Identificar cognições, perceber as sensações físicas e emocionais que
antecedem a expressão da raiva (que podem servir de sinal de que a
pessoa está para ter uma reação forte);
B) Após a identificação desses aspectos, utilizar a reestruturação cognitiva e
a parada de pensamento, a fim de mudar as cognições que acompanham
a reação de raiva, quando ela for avaliada como excessiva ou
inapropriada.
C) Respiração profunda e relaxamento para redução da excitabilidade
fisiológica gerada pela ação energética da raiva;
O Treino Cognitivo da Raiva 
(TCCR)
D) “Ação Responsável”, ou seja, emissão de um
comportamento que resolva, ou reduza, a situação
geradora da raiva, por meio de um comportamento
adequado ao evento presente. Por “ação
responsável” se entende o comportamento que
diminua o conflito e traga alguma satisfação para a
pessoa;
E) Autorreforço pelo controle da raiva quando isso
tiver ocorrido e, se não ocorreu, planejamento de
como lidar com situações semelhantes de modo
apropriado no futuro.
Cartilha sobre a Raiva
• Psicoeducação – Apostila de como
controlar sua raiva – participação ativa do
paciente. (ANEXO A Lipp, 2010)
Plano Terapêutico do TCCR 
• Elaborado para grupo mas pode ser 
adaptado para uso individual.
• APÓS uma boa avaliação do caso 
clínico
Sessão 1 
• Dinâmica de apresentação
• Relato de algum episódio de expressão da raiva do qual não 
gostaram.
• Como se sente ao expressar a raiva do modo que geralmente o faz?
• Que consequências tem para si mesmo e para os outros?
• Por que quer mudar?
• Por que está preocupado com a raiva?
• Cite algo que perdeu por causa do modo de expressar a 
raiva.
• A raiva causa estresse? Como isso ocorre?
• Explicação do que é o TCCR
• Discutir os conceitos da apostila: o que é RAIVA? 
• Tenho direito de ter raiva?
• Por que se preocupar com a raiva?
Tarefa de casa: Anotar quantas vezes sentiram raiva durante a 
semana. 
Sessão 2 
• Discutir a tarefa de casa; registrar para comparação futura.
• Questionar se após ouvir o que foi discutido na sessão anterior se fez 
algo diferente. 
• Perguntas a responder:
• Quando a sua raiva é válida? – É sempre válida. É seu direito. 
Valide sua raiva. Não a critique, não se culpabilize, não finja que 
ela não está aí. Mas cuidado com o que faz com ela.
• Quando a sua raiva é inútil? Pergunte a si mesmo: “Minha raiva está me 
ajudando nesta situação?” 
• Quando a sua raiva é justa? Quando não envolve distorção cognitiva e 
está no seu direito de contestar injustiças, maustratos etc. 
Minha raiva está direcionada a alguém que propositadamente e sem 
necessidade agiu de forma cruel, rude ou agressiva comigo?”
Quando sua raiva é um problema? Veja os cinco sinais de que sua raiva 
pode ser um problema:
a) Quando é frequente demais.
b) Quando é intensa demais;
c) Quando dura muito;
d) Quando leva à agressão física ou verbal 
e) Quando perturba o trabalho ou as relações interpessoais. 
Sessão 2 
• Discutir as seguintes declarações:
“Se quiser ter prazer por um minuto, vingue-se, se quiser ter paz por
toda a vida, aprenda a perdoar”.
“Estou à mercê de qualquer tolo que resolva me provocar”
“Quem tem o controle das emoções tem o poder”
“Que triste que esta pessoa esteja tão fora de si”.
Exercício: Mencionar dois modos típicos de expressar sua raiva e pensar em
alternativas mais eficazes.
Tarefa de casa: Manter o registro do sentimento de raiva e dos
comportamentos consequentes (as reações físicas e emocionais que
tiveram).
SESSÃO 3 
• Pedir o registro e discutir o que trouxeram enfatizando que a
reação de cada pessoa é fruto de sua percepção e interpretação.
• Levantamento de eventos eliciadores da raiva
• Dinâmica: Role play dos pensamentos.
• Exercício de respiração profunda.
• Discutir (vide anexos)
• Exercício de respiração profunda e diálogo interior:
• Como eu pensaria se fosse com ele?
• Tarefa de casa: Manter o registro do sentimento de raiva e dos
comportamentos subsequentes.
Sessão 4 
• Rever os registros – Dizer que na próxima sessão os gráficos 
serão mostrados.
• Avaliação racional mínima x avaliação racional máxima.
• Reações físicas – Completea frase:
Quando estou com raiva sinto... “
Discutir o conceito de ação responsável.
Exercício de respiração profunda e diálogo interior: “O que tenho 
vontade de fazer neste minuto posso fazer depois de pensar em 
tudo, se achar que quero”. 
Tarefa de casa: Registro do sentimento de raiva, dos 
comportamentos e das consequências. 
Sessão 5 
• Verificar Registros e mostrar e discutir os gráficos. 
• Discutir os estilos de raiva: para fora e para dentro.
• O que faz passar a raiva?
• Diálogo interno, relaxamento, respiração e time-out. 
• Rever as 4 perguntas sobre a raiva
• Pensar na última vez que sentiu raiva... Da próxima vez que 
ação responsável eu posso tomar?
• Dar uma nota de 1 a 10 para um episódio de raiva da última 
semana. Houve agressão? Que comportamento resultou da raiva?
Tarefa de casa: manter o registro do sentimento, nota de intensidade 
de cada episódio. Anotar o que fez com a raiva. 
Sessão 6
• Verificar registro e mostrar os gráficos. Deixar que discutam os gráficos.
• Componente emocional da raiva: “Quando estou com raiva sinto...”
Como expressar sentimentos sem ser agressivo.
Como aprenderam a expressar a raiva? Pais, professores, cônjuges... A importância do 
modelo. Discutir princípios de aprendizagem.
Como evitar a armadilha da raiva? Expectativas como fontes previsíveis de raiva.
A técnica do time-out (TO); isolar-se da situação que gera raiva até ter controle. Dizer para a 
pessoa que está lhe dando raiva: “Estou começando a sentir raiva, vou sair de perto”.
Discutir os componentes dessa frase. Exemplo: “eu” em vez de xingar; “começando a 
sentir raiva” está validando o sentimento; “vou sair de perto” envolve ação 
responsável.
Não diga “preciso sair daqui”, porque envolve falta de controle; diga “vou sair de perto”. 
Saia por uma hora de perto até se acalmar. Anteriormente, explique para as pessoas mais 
próximas o que é o TIME-OUT; se não explicou, saia de todo modo. Não beba ou use drogas, 
isso só piora. Faça algo produtivo (exercício, ginástica, andar, ler etc). 
Use o TO como prática. 
Discutir com o grupo esse método. 
Relaxamento. 
Sessão 7 
• Verificar registros e mostrar os gráficos. Deixar que discutam extensivamente. 
• O controle cognitivo da hostilidade: lidando com três partes do processo. 
• Como escutar o próprio corpo. Quando ele fala, ele não quer contra-
argumentos, mas, sim, ações responsáveis.
• Tensão é o primeiro sinal de que a raiva vai ocorrer. Discutir os vários modos 
de relaxar, enquanto mantém um diálogo antirraiva, e de reduzir o estresse.
• Identifique as provocações que poderá ter de enfrentar e as classifique em 
quatro categorias: frustrações, irritações, abusos e injustiças. 
• Trace um plano para lidar com ela. 
• Exercício: Fechar os olhos e pensar em alguma provocação que em 
geral lhe dá muita raiva. Respire fundo e relaxe. Mantenha a imagem 
vivida até que consiga relaxar completamente.
• Tarefa: o treinamento exige manter registro do sentimento de raiva e da nota 
de intensidade de cada episódio. Anotar o que fez com a raiva. 
Sessão 8 
• Verificar registro e mostrar os gráficos. Mostrar a diferença. Rever todo
o trabalho. Avaliação do trabalho por parte do cliente.
• Síntese do tratamento TCCR – 11 passos
1. Reconheça que está com raiva.
2. Aprenda a reconhecer o que dá raiva em você.
3. Aprenda a reconhecer as três etapas da raiva: pensar que algo é uma
afronta, sentir no corpo algumas reações e agir agressivamente.
4. Entenda que algo só se torna uma provocação se você achar que é.
5. Entenda que as reações físicas da raiva têm o poder de aumentá-la.
6. Compreenda que reagir agressivamente vem no fim e que, portanto,
dá tempo de controlar a si mesmo antes que a raiva exploda.
Sessão 8 
1. Sempre tente dominar a raiva na sua fase inicial, isto é, verifique se o seu 
modo de avaliar a situação que você acha uma provocação pode ser mudado. 
Para tal, mude a sua conversa consigo mesmo.
2. Quando perceber que a raiva está aparecendo no seu corpo, que seu coração 
já começou a bater muito rápido, que seu corpo e mente estão ficando 
tensos, que está desenvolvendo uma sensação de sufoco, tente relaxar para 
ver se elimina essas reações. Experimente dizer para si mesmo: “Cal... ma... 
, Cal...ma...”, “preciso tomar cuidado para não deixar a raiva me dominar”, 
“há outro modo de ver as coisas”, “vou deixar para reagir amanha, quando 
tiver pensado sem raiva”, “sempre posso reagira amanha, se quiser”, “não 
vou correr o risco de ficar doente por causa da minha raiva”, “estou 
aborrecido mas isso não é o fim do mundo”, “Quem mantém a calma 
mantém o controle”, “posso assumir o controle das minhas emoções”.
Sessão 8
1. Ao mesmo tempo que vai conversando consigo 
mesmo, respire profundamente pelo nariz e solte 
o ar devagar pela boca. 
2. Tente encontrar modos de por para fora a raiva; 
por exemplo, faça ginástica, caminhe, dance, 
cante, ria, seja positivo, converse sobre ela. 
3. Quando já estiver em controle da sua raiva, tente 
resolver a situação que o fez ficar tão aborrecido. 
Acompanhamento - Prevenção 
de Recaída
• É aconselhável marcar retornos de 15 em 15 dias, depois 
espaçá-los para sessões mensais e finalmente passá-los 
para sessões semestrais, até que a alta definitiva possa 
ser dada. 
• Nestes retornos os princípios básicos do TCCR devem ser 
revistos, principalmente as estratégias, reforçando seu 
uso e incentivando sua manutenção. 
Técnicas para o 
Manejo da Raiva
Técnica de relaxamento 
• Respiração diafragmática e Relaxamento Progressivo
Técnica da Mochila
• Técnica de imaginação
• Objetivo: minimizar o sentimento de raiva antigo.
“Feche os olhos, respire profundamente. Imagine que você está com uma mochila nas 
costas e vai colocar dentro dessa mochila coisas ruins que fizeram com você, coisas 
que não fizeram por você e que deveriam ter feito... Coloque na mochila as mágoas, 
a raiva que sente ainda hoje dessas coisas...
Sinta o peso dessa mochila...
Agora imagine que ao seu lado tem uma lixeira bem grande. Coloque a mochila no 
chão e escolha algo que lhe causou bastante mágoa e raiva, e diga: 
“– Acabou, acabou, é do passado”.
Jogue no lixo e tampe a lata. Repita:
“Acabou, acabou, é passado”. 
Abra novamente a mochila e escolha outra situação que ainda está pesando na 
mochila. 
Feche bem o saco de lixo e lembre-se que dentro dele tem suas mágoas. Imagine um 
riacho do seu lado que corre bem forte. Jogue esse saco de lixo no riacho e fale:
“Acabou, acabou, é passado....”
Deixe que o rio leve isso para longe de você.
Sinta a mochila mais leve. Se surgir novamente em sua cabeça essa situação, lembre-
se: “Acabou, acabou, é passado”. 
Respire profundamente de novo e abra os olhos, se sentindo mais leve sem tanto peso 
de mágoas e raivas passadas. 
Técnica da Ansiedade
• Objetivo – mudança de pensamentos associada a respiração 
profunda. 
1 – Reconheça que está ansioso – diga: “estou ansioso” e 
descreva todos os sintomas que está sentindo).
2 – Diga para si mesmo: “Ninguém morre de ansiedade! Vou me 
controlar! Sei que vou conseguir!”
3 – Respire profundamente... Lentamente... Conte 
mentalmente até 10 inspirando e até 5 expirando pela boca.
4 – Faça uma mudança de pensamento
5 – Pense em algo bom, positivo, que já tenha programado 
imaginar em momentos de ansiedade. 
Técnica do Pinheiro
• Técnica de imaginação em que a pessoa é
solicitada a imaginar um pinheiro pequeno (de
poucos centímetros) e a pisar sobre ele; em
seguida, solicita-se que imagine um grande
pinheiro e tente pisar sobre ele. Finalmente, os
pinheiros são comparados aos sentimentos de
raiva e/ou ansiedade, com o objetivo de trabalhar
a prevenção da escalada deles.
Técnica Time-out 
• Objetivo controlar a raiva ou a ansiedade, mesmo 
que a pessoa não possa fisicamente sair do local. 
É dito para o paciente:
• “Retire-se da situação que o aborrece. Se não 
puder sair fisicamente, imagine-selonge dali 
pensando em algo diferente. Respire lenta e 
profundamente”.
Técnica Parada de 
Pensamento
• Objetivo: Impedir a escalada dos sentimentos de raiva ou ansiedade em 
situações de difícil manejo, associada a imagens de relaxamento, com o 
objetivo de autocontrole e planejamento para ação responsável. Para ensiná-
la ao paciente, é necessário primeiro explicar por que parar de pensar no 
assunto que está mantendo ou aumentando a raiva é importante. Diz-se o 
seguinte: 
“Respire profundamente. Pense em algo que irrita muito você. Agora, imagine em 
sua mente uma tela grande de TV. Imagine a letra P (maiúscula) verde, A 
(maiúscula) amarela, R (maiúscula) azul, E (maiúscula) branca e um ponto de 
exclamação preto. Imagine a palavra PARE!
PARE!
Leia a palavra PARE! Três vezes. Agora, imagine a imagem de uma cachoeira. 
Sinta a frescor da água, sinta paz, sinta calma. Respire fundo e abra os olhos. 
Técnica da ação responsável
• É a Técnica mais importante do TCCR, pois é a que gera resultados 
mais duradouros. Quando entendida e incorporada no repertório da 
pessoa, passa a servir para impedir atos de violência e impulsividade 
dos quais ela se arrependeria mais tarde. É uma técnica de mudança 
de pensamento, com o objetivo de lidar adequadamente com os 
sentimentos de raiva ou ansiedade. É dito para o paciente: 
“Diante de uma situação difícil, questiona: Vale a pena? O que é que 
eu vou ganhar com isto? Quais serão os benefícios e as perdas? A 
ação responsável é aquela que me ajuda a me sentir melhor, 
porque consegui reconhecer meu sentimento, usei um 
pensamento racional e, consequentemente, meu comportamento 
foi responsável. 
Não há nada que eu queira dizer agora 
que não possa dizer depois de ter 
pensado melhor a respeito, se achar 
que devo.
TCCR

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