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Seminário I - BIANCA A O PEREIRA

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INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS
MÓDULO: INCIDÊNCIA E CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEMINÁRIO I - ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS E REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
ALUNA: BIANCA ARAUJO DE OLIVEIRA PEREIRA
BELÉM-PA
2021
MÓDULO: INCIDÊNCIA E CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEMINÁRIO I - ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS E REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
ALUNA: BIANCA ARAUJO DE OLIVEIRA PEREIRA
Trabalho apresentado no módulo I da Pós-Graduação em Direito Tributário do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários, para obtenção de nota parcial. 
BELÉM-PA
2021
Questões
1. Que é isenção (vide anexo I)?
A norma de isenção atua sobre a regra matriz de incidência, alterando os critérios de sua estrutura. 
É uma norma secundária (isto é, uma norma sobre normas) que inibe (a inibição é resultado do encontro das normas) a incidência da hipótese tributária sobre os eventos abstratamente qualificados. 
Se o fato é isento, não há fato jurídico tributário. Se a isenção for uma consequência, há o fenômeno da inibição jurídica da norma tributária. 
2. Elaborar quadro comparativo a respeito de: (i) isenção; (ii) imunidade; (iii) não incidência; (iv) anistia; e (v) remissão.
	FIGURA
	DESCRIÇÃO
	PREVISÃO LEGAL
	SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS COM DEMAIS FIGURAS
	IMUNIDADE
	Normas de imunidade são metaproposições prescritivas que colaboram, negativa ou positivamente, para delimitar a competência dos titulares do poder político no que tange aos aspectos materiais e formais do ato legiferante. Em outras palavras, a imunidade possibilita que determinado fato não seja tido como jurídico para o Direito Tributário, não acarretando portanto crédito a ser recolhido pelo ente público.
	A imunidade tributária só existe na Constituição Federal de 1988 e apresenta rol taxativo. O comando é claro, preciso e específico, dirigido ao legislador infraconstitucional. 
	Não se aplica ideia de vedação tácita a esta figura.
	ISENÇÃO
	Reduz o campo de abrangência da regra matriz de incidência (seja como hipótese, seja como consequência). Extingue a obrigação tributal principal, mas obrigações acessórias permanecem.
	Prevista em legislação ordinária.
	Possui algumas semelhanças com a imunidade. Ambas são regras válidas no sistema, que dizem respeito à estrutura de outras normas.
	REMISSÃO
	É forma extintiva da obrigação tributária, se houver lei autorizadora. Necessita que já exista lançamento tributário (ou seja, é situação concreta e específica, e não geral e abstrata). 
	Prevista em legislação ordinária.
	Diz direito à obrigação, não à sanção.
	ANISTIA
	É hipótese de exclusão do crédito tributário, que perdoa o ilícito e a sua respectiva sanção. Apenas infrações anteriores à lei são abrangidas pela anistia. 
	Prevista no art. 175, II do CTN.
	Aceita-se anistia tácita: quando uma norma deixa de definir tal ato como ilícito. 
	NÃO INCIDÊNCIA
	Inexistência de fato gerador. Em suma, tudo que não está abarcado por hipótese legal é tida como não incidência.
	-
	-
3. A expressão “crédito tributário” utilizado no art. 175 do CTN tem o mesmo conteúdo de significação para a isenção e para a anistia? Justificar.
O conteúdo não é o mesmo para ambas figuras de exclusão do crédito tributário. No caso de isenção, o crédito tributário está constituído com base em fato jurídico, isto é, pela norma matriz de incidência, a partir da escolha de cobrar o tributo pelo legislador, sobre determinado fato. 
Por sua vez, a anistia diz respeito não a ato jurídico, mas sim a ato anti-jurídico, ou seja, por ilícito tributário. O crédito diz respeito à sanção por ato que ofende as normas tributárias. 
4. Tratando-se de isenção com prazo certo, ou de isenção por prazo indeterminado, responda: (i) equivalem, necessariamente, à isenção condicionada e à isenção incondicionada, respectivamente? Quais critérios são utilizados nessas classificações? (ii) a revogação da isenção, que reinstitui a norma tributária no sistema, apenas restabelece sua eficácia ou requer a publicação de nova regra tributária no ordenamento? Neste último caso, deverá ser respeitado o princípio da anterioridade (nonagesimal / exercício)? Há direito adquirido (vide anexo II e III)?
Não equivalem necessariamente. A característica do prazo certo ou indeterminado é independente da condição, isto é, uma isenção por de pra certo e ser incondicionada. 
A revogação, sozinha, não reestabelece sua eficácia, necessitando de outra norma para se fazer valer. 
Nesse caso, deverá respeitar o princípio da anterioridade, geral e nonagesimal (conforme a Constituição Federal de 1988, art. 150, alíneas b e c do inciso II). 
Não existe direito adquirido, pois o ato de instituir ou não o imposto é prerrogativa da administração pública, mediante devido processo legislativo, no que tange às suas competências consagradas na Constituição. Não que se falar em direito adquirido à isenção, pois esta atenderá à necessidade e interesse público. 
 
5. Há distinção entre alíquota 0% e isenção? Os insumos isentos, não tributados e tributados à alíquota 0%, adquiridos no processo de industrialização, conferem direito ao crédito tributário? Por quê? Em caso afirmativo, qual critério deveria ser utilizado para determinar o crédito presumido de IPI? Se o produto for adquirido da ZFM, isso alteraria a resposta? Se sim, por quê? (Vide anexos IV, V, VI, VII, VIII e IX)
Apesar de serem figuras aparentemente distintas, para Paulo de Barros Carvalho a alíquota zero é uma forma de isenção “disfarçada”, com a mesma natureza e efeitos.
Quanto ao direito a crédito, segundo o RE nº 353.657/PR, não há direito ao creditamento, pois não há compensação, já que o efeito prático da alíquota zero é o mesmo da isenção. Porém, em julgados mais recentes (como o RE 1.259.343/AM), as empresas na ZFM têm direito a creditar o PIS e o COFINS na aquisição de insumos isentos, não tributados ou sujeitos à alíquota zero. 
Só não haveria creditamento quando os bens e serviços fossem utilizados como insumos em produtos ou serviços sujeitos à alíquota zero. Em outros casos há possibilidade de direito a crédito. 
6.	Considerando o art. 155, §2º, II, alíneas “a” e “b” da CF, pergunta-se:
	a) Existe isenção parcial? Redução de base de cálculo pode ser considerada hipótese de isenção parcial?
Para Paulo de Barros Carvalho, não há isenção parcial, pois a figura da isenção exclui completamente da incidência do tributo. O que pode ocorrer é a diminuição de alíquota ou de base de cálculo do tributo. 
	b) É possível lei estadual que determine a exigência do estorno do crédito do ICMS, relativo à entrada de insumos, proporcional à parcela correspondente à redução da base de cálculo do imposto incidente na operação de saída da mercadoria, com fundamento no art. 155, § 2º, II, da CF/88? (Vide anexos X, XI e Parecer da Procuradoria-Geral da República no RE n. 635.688/RS RG, de 09/12/11).
É possível aproveitamento integral dos créditos relativos ao ICMS pago na operação antecedente, nas hipóteses em que a operação subsequente seja beneficiada pela redução da base de cálculo. 
7. A concessão de benefício fiscal relativo à isenção do ICMS incidente sobre a aquisição de veículo automotor por deficiente físico demanda a aprovação por convênio, nos termos do art. 155, §2º, XII, g, da CF, regulamentado pela Lei Complementar 24/75? Caso considere a dispensa de convênio nesse caso, ela poderá ser justificada pela garantia fundamental, cuja concessão do benefício visa a assegurar? (Vide anexo XII e XIII).
Sim, para a concessão de tal benefício fiscal, se faz necessário celebração de convênio entre Estados e a União, conforme art. 1º da Lei Complementar 24/75.
8. Determinado Estado institui isenção de ICMS, com fundamento em convênio CONFAZ, exclusivamente para operações realizadas pelo contribuinte atacadista de determinado produto. A legislação (i) expressamente veda que essa isenção seja utilizada por estabelecimentos industriais e varejistas e (ii) nada fala sobre a possibilidade de manutenção de crédito pelo atacadista. Qual o efeito prático destaisenção para a cadeia do ICMS? Essa isenção é constitucional? Poderia o estabelecimento atacadista renunciar à isenção tributária e decidir tributar regularmente sua operação? Esse valor pago, em renúncia à isenção, seria tributo? Há relação entre essa isenção tributária e o princípio da legalidade estrita tributária?
O efeito desta isenção seria a “quebra” na cadeia de recolhimento do ICMS, pois este imposto é recolhido em todas as etapas da circulação do bem. Pode ser adotado, posteriormente, o fenômeno da substituição tributária, em que o produtor recolhe pela cadeia toda ou o contribuinte da última etapa o faz por todos os outros contribuintes que praticaram o fato gerador antes dele. 
Pelo princípio da isonomia tributária, entende-se que essa lei seria inconstitucional, pois este princípio veda o tratamento diferenciado entre contribuintes que se encontram na mesma situação. 
O estabelecimento poderia tributar a operação mas, para todos os efeitos, ela não seria considerada, em função da lei, portanto, o valor pago não poderia ser considerado o tributo, pois o fato gerador está protegido pela figura de isenção. A regra matriz de incidência não opera seus efeitos sobre este fato. 
Sim, pois o princípio da legalidade estrita tributária não permite que o pagamento seja aceito como tributo, nem que a operação seja tributada. Só poderia sê-lo caso lei posterior revogasse esta e instituísse o tributo sobre esta categoria de contribuinte.

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