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Quando realizar um exame de urina? Quando houver alguma alteração: Na cor da urina; No aspecto da urina; No volume Frequência; Fatores predisponentes (Doenças que causa infecção urinária, insuficiência renal, Diabetes mellitus) Triagem EXAME DE URINA TIPO 1 Essencial quando encontrar: Azotemia (aumento dos compostos nitrogenados – ureia e creatinina); Poliúria e polidipsia; Disúria – dificuldade de micção; Hematúria; Incontinência urinária Quando coletar a mostra de urina? Preferencialmente: pela manhã (jato intermediário) porque o jato inicial traz proteína e bactéria da uretra, e o final sai com sedimentos da bexiga. Evitar período pós prandial (alcalose); Ideal é coletar 10 a 15 ml; Frascos limpos sem uso de desinfetantes; Se possível analisar a amostra em 30min; Manter refrigerada até 4-6h pode ocorrer precipitação e aparecimento de cristais. (Deve voltar a temperatura ambiente antes de analisar). FORMA DE COLETA Micção espontânea (não provoca traumatismo, avaliação de hematúria) não é uma boa forma de coleta, único método que não tem contaminação de sangue, mas tem contaminação por bactérias, proteica e leucocitária. Compressão manual: Risco de traumatismo e refluxo vesiculo-ureteral (a infecção que está na bexiga pode ir pro rim através do ureter), nunca em processos obstrutivos; baixo sucesso em machos Cateterismo-sondagem: manter a viabilidade da uretra, pra verificar a produção urinária, palpação indireta para ver onde é obstrução. Em fêmea pode provocar infecção. Traumatismo (cuidado com a sonda). Nunca colocar a sonda toda pra não enrolar, medir antes. Se usar lubrificante colocar como observação na requisição Cistocentese: vantagens (evita contaminação de células, de bactérias, pode ser realizada em processos obstrutivos) desvantagens (chance de ruptura é grande se tiver muito repleta, pode sair urina pelo furo da agulha e causar peritonite, hemácias da amostra) EXAME DE URINA COR (depende da densidade) Normal: combinação do urobilin com urobilinogênio mais um peptídeo; Alterada: Concentração urinária (Urina pouco densa - clara) Bilirrubina conjugada (amarelada) Hemácia/hemoglobina (cor avermelhada) Mioglobina (escura) – é pigmento e não pode passar pelo glomérulo; Bacterianos: Pseudomonas (cor esverdeada) Medicações e metabólico (azul de metileno, nitrofurantoina) ODOR Depende da dieta Normal: suis generis; característico Alterado: Medicamentos – penicilina Amônia – amônia produzida pela urease bacteriana, amostra velha (amônia é transformada em ureia e eliminada em forma de urina, a ureia é transformada em amônia pela urease das bactérias) Acetona: diabetes mellitus (não aproveita glicose, falta ATP porque a glicose não entra na célula pela deficiência de insulina, começa a usar a gordura como fonte de energia e gera muitos corpos cetônicos que são tóxicos e só descobre a partir do exame de urina); Putrefato ou pútrido: degradação de proteína por bactéria, necrose epitélio (infecção urinária, neoplasia) TRANSPARÊNCIA (ou aspecto) Coloca a urina em um tubo de fundo cônico. Não tem a ver com a cor. Límpida: cães e gatos (se conseguir ler o que está atras do tubo) Turvo: cavalo é naturalmente turva (liberação fisiológica de carbonato de cálcio e muito muco da pelve renal) Indica presença de cristais, células (leucócitos, bactérias), mucos, secreções, cilindros, gotículas de gordura. Semi turvo Obs.: colocar na requisição se foi utilizado lubrificante na sondagem. DENSIDADE Densidade específica da urina Falsa elevação: (aumento na densidade da urina) proteína 0,001 =400mg/dl glicose 0,001 = 270mg/dl Avaliação da densidade: refratômetro Densidade BAIXA – Principal função do rim é concentrar a urina e nos túbulos por diferença de osmolalidade a água é reabsorvida pelos túbulos e assim o rim concentra a urina, toda vez que o rim não estiver trabalhado não consegue concentrar a urina. (facilita a infecção) Causas: - Distúrbios renais; - Diabetes mellitus (muita molécula de glicose no túbulo, poliuria e urina muito clara) - Corticoide; - Hiperadrenocorticismo; OBS.: A urina de gato é mais concentrada por que os túbulos contornados são mais longos e então eles têm mais lugar pra reabsorver e logo a urina sai mais concentrada no final. Densidade ELEVADA (é bom porque impede a infeção bacteriana) Coloca açúcar para retirar a água do ambiente da ferida, aumentar a densidade, diminuir a quantidade bacteriana. Açúcar causa menos irritação ao tecido. Utiliza fitas reativas urinárias (mergulha a fita na urina e deixa de lado para retirar o excesso e faz a leitura junto ao tubo da embalagem); O primeiro valor é o pH: pH é relacionado com a dieta pH <5,5 carnívoros acidose respiratória dietas acidificantes medicamentos acidificantes – metionina, furosemida cetoacidose azotemia catabolismo proteico (vai acidificar) pH > 7.5 • Dieta vegetal • Fluxo alcalino pós- prandial • Existem bactérias produtoras de urease que alcalinizam o pH da urina, as vezes o animal tem infecção por Staphylococcus ou Proteus que são bactérias produtoras de urease e tem o pH alcalino. O pH alcalino causa precipitação de estruvita, olha o pH alcalino, tem que baixar para os cristais se dissolverem • Uso de drogas alcalinizante – bicarbonato, citrato de potássio • Alcalose respiratória • Urina velha PROTEÍNA Normal até 30mg/dl, 2+ em urina diluída significativo (densidade 1,020) – está alta a proteína Urina com alta densidade o número de elementos está concentrado. Pequena quantidade é filtrada, sendo absorvida em túbulos Causas: Hemorragias, inflamação, febre, doenças renais (glomerulopatia 3+ a 4+, danos tubulares 2+) Proteinúria na ausência de hemácias e leucócitos (pré-renal, febre, doença cardíaca, choque, colostro < 40h) GLICOSE É filtrada livremente pelos glomérulos sendo reabsorvida por completo nos túbulos; Glicosúria – carga filtrada é maior que a reabsorvida (altas glicemias, estresse, medo, diabetes) > 100mg/dl em bovinos (precoce, acontece quase que simultaneamente com o aumento sérico) > 180mg/dl em cão (para começar a aparecer na urina) > 280mg/dl em gatos (quando começa a aparecer na urina é porque a glicemia tá muito alta há algum tempo) Presença: Transitória 1+, ocasionalmente 2+ Diabetes mellitus 3+ ou 4+ Convulsão, estresse grave Glicose na urina predispõe a infecção urinária Falso positivo: contaminação por peróxidos e hipoclorito Falso negativo: Urina refrigerada, vitamina C, formaldeído. CORPOS CETÔNICOS Mede acetoacetato, beta OH-butirico e acetona que são produtos da degradação da gordura. Causas: Diabetes mellitus; Inanição; Insulinoma – hipoglicemia; Dietas pobres em carboidratos e ricas em gordura; Cetose do gado: acetonemia bovina; SANGUE OCULTO Pode ser do sistema urinário, mas pode ser de via sistêmica Representa presença de hemácias, hemoglobina e/ou mioglobina. Hemoglobina solta é sinal de hemólise (passa pelo glomérulo) – babesiose, transfusão sanguínea mal sucedida Mioglobina – Vem do metabolismo muscular Hemácias inteiras é sinal de processo hemorrágico ou lesão dentro do sistema urinário. Diferenciação de hemoglobina e hemácias pode ser feita através da centrifugação. - Se a urina vier vermelha pode centrifugar e se o sangue precipitar (concentrar no fundo do tubo) é hemácia - Se continuar tudo vermelho é hemoglobina ou mioglobina pode ter vindo da via glomerular, se ficar escura é mioglobina – quando pigmento passa no glomérulo causa lesão renal. Hemoglobinúria – hemólise – vesícula urinária, ou intravascular Mioglobinúria – rabdomiólise – exercício extenuante, isquemia, trauma ou toxemia, insolação, picada de cobra,choque elétrico, miosites agudas, convulsões prolongadas. Hematúria trato urinário – hemácia Trauma, cálculo, neoplasia Rins: Leptospirose aguda, necrose tubular aguda, glomerulopatias, parasitos, cistos. Vesícula urinária e uretra Trato genital Prostatopatias Pênis e prepúcio Útero, vagina e vulva (saber se a cadela tá no cio) Causas generalizadas Alteração de hemostasia – hepatopatia grave, tóxico Septicemia, toxemia, viremia Congestão passiva crônica BILIRRUBINA A que sai na urina é a conjugada Mais comum em cães do que gatos Causas: Obstrução de fluxo biliar: intra e extra- hepático Hemólise intravascular – aumenta o número de bilirrubina que chega no fígado Afecções hepáticas Discreta: associada febre ou jejum prolongado 3+ ou 4+ indicação confiável de icterícia UROBILINOGÊNIO Bilirrubina conjugada – intestino delgado é transformada em urobilinogênio pelas bactérias circulantes Uma parte é eliminada pelos rins Aumenta quando: Hemólise grave Obstrução biliar Urina alcalina Obstipação Supercrescimento bacteriano (Aumento das bactérias intestinais – vai melhorar a degradação do urobilinogênio) Obstrução gastrointestinal Quantidade excretada depende: Quantidade excretada pelas fezes Atividade da microflora gastrointestinal Tempo de trânsito intestinal NITRITO E LEUCÓCITOS A fita urinaria humana não oferece um resultado confiável para esses parâmetros. SEDIMENTO Quais elementos são considerados normais: hemácias, leucócitos, células epiteliais, cristais de carbonato (em equinos) e cristais de fosfato, cilindros hialinos, bactérias (dependendo da forma de coleta), leveduras Avaliação microscópica Celularidade excessiva está associada a processos inflamatórios Urina com pouco sedimento – insuficiência renal crônica Hemácias inteiras (normalmente é 0 a 5 por campo) Leucócitos ‘’Piúria” – até 5 por campo Célula epitelial renal - originário do túbulo renal, isquemia, nefrotoxicidade, traumatismo, neoplasias. Célula de pelve renal – infecções renais, pielonefrites Células e transição vesicais – processo inflamatório de vesícula urinária, cistite, urolitíase, neoplasia. Células escamosas/pavimentosas – descamação da uretra distal, vagina ou prepúcio. Grandes, finas, com margem irregular. CILINDROS É um elemento formado dentro do túbulo renal, situações em que há liberação de proteína e liberação de células irá formar um molde que é o cilindro. É a gelificação da glicoproteína de Tamm-Horsfall, no interior do lúmen tubular e vai se juntar as partículas e gorduras, células, pigmentos. Fatores que contribuem para formação dos cilindros: • Presença de albumina e debris celulares • Estase urinária • Baixa taxa de filtração glomerular • pH ácido • Presença de proteínas • Urina concentrada Fatores para dissolução dos cilindros pH alcalino e urinas diluídas Cilindros hialinos até 2 por campo Cai muito a taxa de filtração, febre, desidratação, extenuantes, Cilindros granulares – tem granulações, grossos e finos Cilindros hemáticos Cilindros leucocitários Cilindros céreos – borda quadrada, proveniente da degeneração dos cilindros celulares Grande quantidade de cilindros – lesão renal ativa, geralmente aguda Cilindros largos refletem a largura dos néfrons hipertrofiados – insuficiência renal crônica Presença de número de cilindros não é indicador confiável de reversibilidade ou não, da gravidade, duração, isso se deve porque cilindros são liberados em jatos intermitentes CRISTAIS São formados por componentes normais da urina (cristais de fosfato em cães e gatos e cristais de carbonato em ovinos e equinos) Cristais unidos formam urólitos Pode ser proveniente: Componentes exógenos – medicamentos Metabolismo alterado Excreção anormal Podem estar diluídos na urina dependendo do pH, temperatura da urina, concentração e grau de solubilidade do cristaloide. Urina alcalina formam cristais de fosfato triplo (estruvita), fosfato amorfo (pó), carbonato de cálcio, biurato de amônio Urina acida: uratos, ácido úrico, oxalato, hipuratos, tirosina, cistina e leucina.
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