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CARIÓTIPO E ALTERAÇÕES CROMOSSOMICAS

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CARIÓTIPO E ALTERAÇÕES CROMOSSOMICAS 
INTRODUÇÃO
O genoma humano é composto por grandes quantidades de ácido desoxirribonucleico – DNA. Na qual, contêm na sua estrutura a informação genética necessária para especificar todos os aspectos da embriogênese, do desenvolvimento, do crescimento, do metabolismo e da reprodução.
Toda célula nucleada do corpo carrega sua própria cópia do genoma humano. Os genes, que neste momento definidos simplesmente como unidades funcionais de informação genética, são codificados no DNA do genoma, organizados em várias organelas em forma de bastonete, denominadas cromossomos, no núcleo de cada célula. 
Cromossomo = são estruturas formadas por uma molécula de DNA associada a moléculas proteicas. São filamentos de cromatina espiralados, presentes no núcleo da célula. Nos eucariontes, os cromossomos são lineares e estão localizados no interior do núcleo. Tipos de cromossomos:
· Autossomos – 22 pares na espécie humana 
· Heterossomos ou cromossomos sexuais – 1 par na espécie humana 
Cariótipo humano normal = 44ª+ XX – mulher. 44ª+XY – homem. 2n=46
Cariótipo = representado pelo número total de cromossomos, seguido de virgula e especificados os cromossomos sexuais. 46, XX mulher normal. 46, XY homem normal 
MUTAÇÃO 
As alterações hereditárias do material genético de um organismo, decorrentes de erros de replicação antes da divisão celular e não causadas por recombinação ou segregação, são denominadas mutações. 
As modificações hereditárias que ocorrem em um lócus gênico especifico são chamadas:
· Mutações gênicas – que podem envolver substituição, adição ou perda de uma única base
· Mutações cromossômicas – modificações maiores que alteram os cromossomos, sendo mutações estruturais – modificam a estrutura dos cromossomos 
· Mutações numéricas – alteram o seu número
Algumas mutações consistem em uma alteração no número ou na estrutura dos cromossomos em uma célula
Mutações/ ocorrência:
· Células somáticas = se atingirem células em divisão podem causar tumores e outras lesões degenerativas. Se atingirem um zigoto, embrião ou feto, essas mutações podem causar mosaicismo, sendo que o grau deste último dependerá do período do desenvolvimento em que as mutações ocorreram. Tumores. Não são hereditárias 
· Células germinativas = ocorrem nas células da linhagem germinativa, são transmitidas ás futuras gerações. Em geral não causam prejuízo ao seu portador, mas dependendo do tipo de dano, poderão acarretar redução da fertilidade. Atingem gametas. São hereditárias – descentes. 
· Podem afetar genoma inteiro, totalidade dos cromossomos, cromossomos isolados, apenas partes de cromossomos 
ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS 
Envolvem um ou mais autossomos cromossomos sexuais ou ambos 
· Aberrações cromossômicas numéricas = aumento ou diminuição de número do cariótipo normal da espécie humana 
· Modificações no numero cromossômico decido o encontro de gametas com cromossomos a mais ou a menos 
· Podem ocorrer na 1 ou 2 divisão meiótica 
· Também chamada “não disjunção”, onde um par de homólogos não se separam na meiose 
· Pode ocorrer a não disjunção das cromátides 
· Falha no pareamento ou retardo anafásico 
· Aneuploidias = modificações no número de um determinado par cromossômico 
· Falta ou excesso de um determinado cromossomo 
· Numero de genes de uma espécie tem um padrão necessário ao seu funcionamento correto 
· A maioria das aneuploidias provoca alterações graves levando ao abortamento espontâneo 
· Quando chegam a nascer, apresentam malformações múltiplas, associadas ao retardo mental, esterilidade e baixa expectativa de vida 
· Existem alguns tipos de aneuploidias: 
· Nulissomia = ausência de um par de cromossomos 2n-2 
· Monossomia = falta de um cromossomo 2n-1. Síndrome de Turner 45 XO
· Trissomia = um cromossomo a mais 2n+1. Síndrome de Down, 21. Síndrome de klinefelter,47 XXY. Síndrome de Edwards, 46 XX+18. Síndrome de Patau, 13
· Tetrassomia = 2cromossomos a mais 2n+2
· Não disjunção = causas: envelhecimento do ovócito, destruição das fibras cromossômicas, deterioração do centrômero, radiação com efeito acumulativo, degeneração dos ovócitos nas trompas, substancias com papel mutagênico – LSD, cocaína, tinturas de cabelo 
· Euploidias = mudanças nos números de cromossomos da espécie (3n, 4n,5n...). Na espécie humana, acabam em aborto no primeiro trimestre 
· Aberrações cromossômicas estruturais = um ou mais cromossomos apresentam alterações de sua estrutura 
· Quebra cromossômica seguida ou não de um “reparo”
· Equilibrada (balanceada) – sem perda nem ganho de material 
· Não equilibrada (não balanceada) – material adicional ou ausente 
· Deleção = são mutações nas quais um trecho de DNA é perdido ou deletado. A severidade dos possíveis fenótipos está associada ao tamanho do fragmento envolvido (quanto maior, mais genes perdidos) e se os genes são vitais ao desenvolvimento. Normalmente, causam danos ao organismo. Esta relacionadas com vários tipos de câncer. Síndrome de cri du chat, síndrome de Jacobsen 
· Inversão = resultam de duas quebras em um mesmo cromossomo, no mesmo braço ou um em cada braço do cromossomo. Ocorre religação do pedaço do cromossomo em posição invertida. Não perde genes, não gera problemas genéticos no indivíduo, mas pode gerar nos desentendes
· Translocação = troca de material genético entro cromossomos não homólogos. Pode ser recíproca – duas quebras em cromossomos diferentes, indivíduos normais, há complemento normal de material genético. Há quebras entre dois cromossomos diferentes e seu material é mutualmente trocado. Ou pode ser robertsoniana, que ocorre quando os braços curtos de dois cromossomos não homólogos são perdidos e os braços longos se fundem no centrômero, formando um só cromossomo 
· Duplicação = repetição de um segmento cromossômico, ocorre durante o crossing over, menos grave que deleções, não se perde material genético
· Isocromossomo = resultam de um erro de divisão do centrômero. Origina dois cromossomos nos quais os braços tem os mesmos genes 
· Cromossomo em anel = ocorrem duas quebras em um mesmo cromossomo – um em cada braço. As pontas se afastam ou se juntam e o pedaço mediano se curva, originando um anel 
Perdas são mais graves do que acréscimos 
INVESTIGAR ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS DURANTE A GESTAÇÃO 
Quando tiver:
· Idade materna avançada 
· Genitores com translocação balanceada 
· Gestações anteriores com relator de aneuploidias ou anomalias cromossômicas 
· Malformação fetal 
· Abortamentos de repetição – 2 ou mais 
· Ansiedade materna 
Diagnóstico pré-natal:
Testes invasivos:
· Amniocentese = é um procedimento diagnostico invasivo, comum no pré-natal, tipicamente realizado durante o segundo trimestre. Para fazer o diagnóstico pré-natal, retira-se uma amostra de líquido amniótico inserindo-se uma agulha através das paredes abdominal anterior e uterina da mãe até a cavidade amniótica. Uma seringa é então, fixada á agulha e o líquido amniótico é colhido. O procedimento é relativamente isento de risco, orientado por ultrassonografia para determinar a posição do feto e da placenta
· Punção de vilosidades coriônicas = biópsias de vilosidades coriônicas são usadas para detectar anormalidades cromossômicas, erros inatos do metabolismo e distúrbios ligados ao X. a amostragem de vilosidade coriônica não pode ser feita antes da sétima semana após a fecundação. A porcentagem de perda de fetos e de cerca de 1%, um risco pouco maior do que o risco de uma amniocentese. A principal vantagem da amostragem de vilosidade coriônica em relação á amniocentese é possibilitar obter resultados de análise cromossômica várias semanas antes da amniocentese. 
· Cordocentese = amostra de sangue fetal – cordão umbilical. A partir da 17 semana. Análise cromossômica e estudos hematológicos 
· Diagnóstico genético pré-implantação 
Testes não – invasivos 
· Triagem do soro materno 
· Ultra sonografia 
· Isolamento de células fetais da circulação materna = o sexo do feto e anormalidades cromossômicas também podem ser determinados pelo estudo dos cromossomos sexuaisem cultura de células fetais obtidas pela amniocentese. Essas culturas são comumente feitas quando há suspeita de anormalidades autossômicas, como ocorre na síndrome de Down. Erros inatos do metabolismo e deficiências enzimáticas de fetos também podem ser identificados pelo estudo de cultura de células fetais

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