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Tema: A educação brasileira no século XXI Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à educação e ao bem-estar. No entanto, a ineficiência do sistema educacional brasileiro no século XXI impossibilita que uma parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que favorecem esse quadro. De fato, a inocuidade administrativa do Estado contribui para o cenário de decadência da educação pública brasileira. A Constituição Federal de 1988 marcou o encerramento de um longo processo político e social e abriu o país para experiências ausentes em Cartas anteriores, como a ampliação ao acesso universalizado à educação gratuita e de qualidade. No entanto, a lei não devidamente aplicada, nota-se isso na precariedade das instituições públicas de ensino, constantemente acometidas pela falta de recursos públicos para suprir as necessidades mais básicas de funcionamento. Logo, é inaceitável a aceitação da ineficácia do poder público pela sociedade e pelos órgãos competentes. Outrossim, a desigualdade social, característica da sociedade pós-moderna, é um fator recrudescente da exclusão e da discriminação social, bem como da falta de acesso à educação de qualidade. Tal realidade fica, satisfatoriamente, exposta na desigual taxa de analfabetismo entre brancos e pretos/pardos, que representam 70% da população iletrada, segundo IBGE. Assim, é notável que os estratos sociais marginalizados, não usufruindo das mesmas oportunidades, são privados da democratização do acesso à educação. É crucial, portanto, a solidificação de políticas públicas voltadas à população. Infere-se, destarte, que medidas devem ser adotadas para o desenvolvimento da educação no Brasil. Para isso, convém ao Governo Federal, por meio de financiamentos estáveis e adequados para as instituições de ensino, garantir o funcionamento pleno desses locais, visando o acesso à material didático e condições dignas a professores e alunos. Ademais, o Ministério da Educação deve ampliar as políticas sociais de educação, com o aumento de vagas e melhoria no acesso a escolas em locais vulneráveis socialmente, assim como ampliar as vagas de ações afirmativas em universidades públicas, a fim de que o acesso à educação seja democratizado. Dessa maneira, oferecendo melhorias e oportunidades, o decreto da Declaração Universal dos Direitos Humanos poderá ser, gradativamente, concretizado na prática. Tema: a ética médica na contemporaneidade O sociólogo alemão Dahrendorf, no livro “A lei e a Ordem”, definiu a “anomia” como uma condição social onde as normas que regulam o comportamento das pessoas perdem a validade. De maneira análoga, a anomia assemelha-se ao cenário da ética médica contemporânea, à medida que as diretrizes determinantes do comportamento moral e profissional não são respeitadas. Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que favorecem o quadro. O advento das redes sociais é, de fato, o principal fator etiológico da omissão ética. Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, vivemos em uma época de artificialidade nas relações humanas e, dessa forma, a lógica da volatilidade atinge até mesmo a questão moral, quando o profissional transgrede as normas éticas, exibindo imagens de pacientes sem autorização, caracterizando, segundo o Código Penal, crime de injúria e difamação. É inadmissível, desse modo, a negligência e desumanização no atendimento ao paciente e, portanto, a punição na existência da violação dos princípios éticos deve ser preconizada. Outrossim, a exposição da intimidade do paciente e até mesmo dos familiares é um efeito da problemática. Segundo a plataforma de software Buffer, o conteúdo visual tem 40 vezes mais probabilidade de ser compartilhado nas mídias sociais do que os outros tipos de conteúdo. Desse modo, pela rapidez na circulação de postagens, reverter a publicação de uma imagem ou vídeo na internet é praticamente uma impossibilidade. Esse cenário torna-se, certamente, transtornador para o indivíduo exposto e, também, um abalo para os familiares que perderam seus entes. Além disso, esse tipo de publicação é aclamado por muitos usuários, sendo mais uma vez notável a falta de empatia e solidariedade. É necessário, logo, a restrição rígida na veiculação de publicações ofensivas à imagem privada. A manutenção da ética médica na contemporaneidade é um desafio e, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Conselho Federal de Medicina, pela fiscalização do cumprimento das normas, punir rigidamente os profissionais que infringirem o código de conduta e incentivem a denúncia, para que haja mais humanização na relação profissional-paciente. Outrossim, o Ministério da Tecnologia deve prestar assistência, pela implementação de canais de atendimento online, para que os culpados sejam identificados e as vítimas assistidas. Com essas medidas será possível, gradativamente, garantir a ética médica e a manutenção da anomia. Tema: A participação política do brasileiro Na democracia ateniense o cidadão valorizado era aquele que participava ativamente da vida política, comparecendo às assembleias, opinando nas decisões dos rumos da cidade e tendo habilidade com a palavra, isto é, saber discursar e defender o seu ponto de vista. No Brasil, hodiernamente, a democracia conserva diferentes conceitos e, como consequência, a participação política da sociedade entra em questão, dada a sua factual necessidade e o interesse dos cidadãos em atuarem ativamente nas instituições políticas vigentes. Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que influenciam esse quadro. De fato, o cenário caótico e corrupto da política brasileira impulsiona o desinteresse e descaso da sociedade para com questões que envolvem esse assunto. A imagem refletida nos meios de comunicação sobre a questão política é, notavelmente, de negatividade, sendo satisfatoriamente exposta nas investigações da Lava-Jato. Nesse contexto, dada a desonestidade de figuras políticas e seu envolvimento em escândalos de corrupção, inicia-se um processo de apagamento da política como benéfica a sociedade. Logo, é crucial que o papel da política como base sustentadora e formado da sociedade seja retomado. Outrossim, a ausência do engajamento e da responsabilidade cidadã são fatores recrudescentes do cenário de perda da participação social na política. Segundo o iminente filósofo Aristóteles, o indivíduo é naturalmente um ser social e político, isto é, a participação no público não é um aspecto secundário da existência humana, mas algo constitutivo. Nesse sentido, a participação dos cidadãos na política é um fator indispensável para a reivindicação de direitos e deveres que o indivíduo, como um ser político, deve ter conhecimento. É necessário, portanto, o estímulo a participação ativa e direta da população na política nacional. A solidificação da participação política da sociedade no Brasil é um desafio em questão, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Educação, por meio da mídia, criar campanhas que retomem a importância da política como meio de garantir a organização da sociedade, a fim de que haja conscientização acerca da política como ferramenta benéfica e não apenas corruptora. Ademais, o Governo Federal deve ampliar a participação política da sociedade nas decisões do Estado, criando espaços para que os cidadãos possam votar e opinar diretamente sobre a criação e modificação de leis, com o fito de estimular e concretizar o engajamento cidadão. Dessa maneira será possível, gradativamente, restaurar conceitos anteriores de democracia e cidadania, consoantes à sociedade ateniense. Tema: a valorização do trabalhador doméstico no Brasil Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade sóprogride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a valorização do trabalhador doméstico no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela discriminação da profissão, seja pela ineficiência de leis. Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que favorecem a inercial problemática. A princípio, compreender a valorização do trabalho doméstico requer resgatar a formação histórica do Brasil. De acordo com a teoria “Habitus”, do sociólogo Pierre Bourdieu, as estruturas sociais são incorporadas no processo de socialização, o que faz com que comportamentos e crenças sejam naturalizados e produzidos ao longo de gerações. Análogo a isso, o trabalho doméstico tem suas origens na escravidão, o que faz com que hoje, certamente, haja uma reprodução de pensamentos discriminatórios contra essa profissão, refletindo em salários baixos e autoridade excessiva dos patrões. Logo, a contemporaneidade tem em suas estruturas raízes arcaicas cujos impactos expressam-se na desvalorização dos empregados domésticos. Outrossim, convém analisar que a ineficiência legislativa contribui para o cenário de descumprimento dos direitos trabalhistas. A aprovação da PEC das domésticas marcou o encerramento de um processo de debates e abriu o país para experiências ausentes anteriormente. Todavia, segundo o filósofo Maquiavel, de nada adianta um Estado de Leis caso elas não sejam praticadas. Tal realidade fica exposta no índice de trabalhadores domésticos em situação de informalidade – 70% segundo dados do IBGE, e que, consequentemente, não possuem seus direitos constitucionais garantidos. Assim, percebe-se certa ineficiência dos atores públicos de fiscalização e regulamentação no que tange ao cumprimento dos direitos trabalhistas para os domésticos. A valorização do trabalhador doméstico no Brasil ainda é um desafio, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Cidadania, por meio da mídia, promover campanhas de apoio à valorização dos empregados, a fim de que haja uma maior valorização do trabalho prestado e a desmistificação desses profissionais como submissos aos empregadores. Ademais, o Ministério da Justiça, pela execução das leis, deve priorizar a fiscalização dos trabalhadores domésticos informais, garantindo que todos tenham conhecimento acerca de seus direitos, para que eles sejam aplicados na prática e não apenas na legislação. Dessa maneira, incentivando o respeito e assegurando os direitos, os ideais iluministas poderão ser, gradativamente, solidificados na prática. Tema: Medidas para combater o assédio sexual no transporte público Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o acesso à Segurança e ao bem-estar social. No entanto, o frequente assédio sexual no transporte público brasileiro contra mulheres impossibilita que essa parcela da população desfrute de um direito universal na prática. Nessa perspectiva, é necessário compreender suas verdadeiras causas para solucionar o problema. A princípio, é possível perceber a persistência e naturalização do machismo como fator etiológico da problemática. De acordo com a teoria “Habitus” do sociólogo Pierre Bordieu, as estruturas sociais são incorporadas no processo de socialização, o que faz com que comportamentos e crenças sejam naturalizados e reproduzidos ao longo das gerações. Análogo a isso, a reprodução de comportamentos discriminatório, como a inferioridade feminina, certamente, reflete nos índices de abuso sexual, tornando-se um problema de caráter coletivo a partir do momento que tais atos de assédio são explicitados em locais públicos. Logo, a contemporaneidade tem em suas estruturas raízes arcaicas cujos impactos expressam-se na violência e assédio contra a mulher. Outrossim, vale ressaltar a ineficiência dos dispositivos legais como impulsionador do problema. A Lei Maria da Penha e a Lei do Feminícidio são ferramentas de proteção à mulher contra casos de abuso e violência, porém a falta de esclarecimento sobre elas e até mesmo o temor a denúncia, corroboram para a impunidade das ações. Dessa forma, muitas mulheres sofrem diariamente com o assédio no transporte público sem pronunciamento sobre o ocorrido e, consequentemente, outras mulheres são alvo da continuidade dos atos pelo agressor. É inaceitável, portanto, o descaso da sociedade e dos órgãos competentes em proteger e fazer o devido uso dos recursos legislativos, impossibilitando mudanças significativas na segurança feminina nos transportes públicos. O assédio sexual no transporte público é um desafio no Brasil hodierno, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Educação instituir, nas escolas, palestras e rodas de conversa ministradas por psicólogos que abordem a questão do machismo, desestimulando desde a infância práticas de assédio e violência, com o fito de alterar os pensamentos naturalizados nas estruturas sociais à longo prazo. Ademais, o Ministério da Justiça, visando diminuir o abuso sexual e aumentar as denúncias, deve, por meio de campanhas, promover a divulgação de informações sobre as diretrizes legais que protegem as mulheres, assim como elaborar estratégias de promoção à segurança no transporte público, incentivando a denúncia não só pelas vítimas como também por possíveis testemunhas. Com essas medidas será possível, gradativamente, minorar o assédio no transporte público e assegurar, na prática, as pautas da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Tema: Educação indígena no Brasil – desafios atuais José de Alencar, Gonçalves Dias e outros autores do romance indianista retrataram os povos indígenas como figuras heroicas e representantes legítimos do Brasil. Todavia, caso tais escritos fossem refletidos atualmente, não passariam de uma utopia, pois o apagamento da imagem do índio no Brasil é uma realidade cada vez mais presente, que fica exposta na ineficiência da educação indígena no país, sendo um desafio em questão. Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que favorecem a inercial problemática. A dificuldade de inclusão escolar do índio é, de fato, um empecilho. Um estudo feito pelo antropólogo Everaldo Guimarães afirma que os livros encontrados em escolas sobre os indígenas, como a obra “Caramuru”, define esses povos como cruéis, selvagens e primitivos. Nesse contexto, a sociedade tende a observar o índio pelo ponto de vista estereotipado, o que contribui, certamente, com o receio de conviver com o indígena de maneira igualitária, usufruindo dos mesmos direitos e espaços públicos e, consequentemente, dificultando a inserção desse grupo em escolas e universidades. Logo, a efetivação e defesa de mecanismos de inclusão e tolerância devem ser preconizados. Outrossim, é notório que o etnocentrismo exacerbado presente na sociedade é um fator recrudescente na educação indígena. No período colonial, os jesuítas impuseram sua cultura cristã europeia sobre os índios pela catequização. Nesse contexto, a cultura da sociedade moderna também é imposta a esse grupo à medida que os centros educacionais não procuram se adaptar aos costumes indígenas, como a língua, intrincando a integração do índio ao ambiente escolar e acadêmico e impulsionando os sentimentos etnocentristas e xenofóbicos. É necessário, portanto, que a discrepância cultural seja interligada pelo respeito em detrimento do sentimento de superioridade. A educação da população indígena no Brasil enfrenta desafios, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Para isso, convém à ONGs de Apoio ao Índio, por meio de palestras e rodas de conversa, em escolas e universidades, incentivar o processo de inclusão indígena na sociedade, a fim de que se compreenda que o índio possui os mesmosdireitos e deveres e não é distinto de nenhum outro cidadão. Ademais, o Ministério da Educação deve promover, com programas de capacitação, o ensino da língua indígena para o educador que lecionar em tribos, com o intuito de facilitar a comunicação e valorizar a identidade desse povo. Com essas medidas, a realidade brasileira distanciar-se-á da vivida pelos antigos indígenas no século XVI. Temas: As fake news na sociedade contemporânea O século XX, batizado pelo historiador Eric Hobsbaw de “Era dos Extremos”, deixou ao período sucessor ecos de revolução de amplo impacto, o que originou o advento de novas dinâmicas de organização técnico-informacional. Em meio a esse cenário turbulento, destaca-se a eclosão das “fakes news”, que atingem os cidadãos de maneira antagônica. Nessa perspectiva, convém analisar a intensificação dos meios de comunicação e suas consequências. De fato, as redes sociais tornaram-se o principal meio de veiculação de informações na atualidade. Nota-se, nesse universo informacional, a facilidade do escoamento de notícias enganosas de maneira extremamente rápida. Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a “Modernidade Líquida”, característica da sociedade atual, é maculada sob a óptica da volatilidade das ações. Nessa perspectiva sociológica, a sociedade atual tende a acreditar em informações errôneas e tendenciosas sem, certamente, questionar-se sobre a veracidade dos fatos. É necessário, portanto, priorizar a identificação das fake news nos meios comunicativos. Consequentemente, a difusão de notícias enganosas influencia o comportamento dos indivíduos nas redes sociais e, também, fora delas. A veiculação de notícias falsas objetiva, por vezes, a manipulação da opinião do usuário, por meio da menção injusta a determinado indivíduo, intervindo diretamente na opinião do leitor, que passa a crer na informação errônea, compartilha- la, e impor sua convicção sobre o fato, caracterizando a “pós-verdade”, ou seja, uma situação em que as crenças pessoais afetam mais a opinião pública do que fatos objetivos. É crucial, desse modo, haver campanhas que atentem ao cuidado com a veracidade das notícias compartilhadas, visto o amplo impacto que elas causam. O combate às fake news é um desafio na sociedade contemporânea, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Tecnologia, com a criação de portais digitais, incentivar a denúncia de notícias falsas, para que sejam analisadas e retiradas de circulação. Além disso, a mídia, por meio de campanhas, deve exibir os perigos das fake news e métodos de identifica-la, propagando esses anúncios prioritariamente em redes sociais, visando um maior alcance e conscientização coletiva. Com essas medidas, as fake news serão, gradativamente, minoradas nos meios de comunicação no Brasil. Aluna Victoria Zambon Brondani Tema: fotografar e compartilhar tragédias no Brasil Na Roma Antiga, por muitos séculos, os gladiadores lutavam entre si ou contra animais ferozes até a morte para entreter os Romanos, sendo uma atividade muito atrativa para o grande público. Hoje, a exposição de acontecimentos trágicos ainda é aprazível a sociedade. Com o advento das redes sociais, fotografar e compartilhar tragédias tornou-se uma ação cotidiana e questionável. Nesse cenário, convém analisar o comportamento humano como mediador da inercial problemática. De fato, o interesse por episódios de tragédia é inerente ao ser humano. O cérebro humano está condicionado a aprender mais rapidamente comportamentos relacionados a imagens negativas, como o medo, do que positivas. Dessa maneira, certamente, o interesse e curiosidade por notícias trágicas despertam a atenção, pois há uma maior consolidação desses eventos na memória pelo instinto de se aprender a evitar situações perigosas e, do mesmo modo, o compartilhamento dessas informações carece de necessidade. Porém, é fundamental que limites sejam impostos no momento em que isso se torna incoerente com a humanidade. Outrossim, a cultura de vaidade também é impulsionadora da problemática. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a “Modernidade Líquida”, característica da sociedade atual, é maculada sob a óptica da volatilidade das ações. Nesse contexto, o ato de fotografar e compartilhar tragédias dá-se, por certo, pelo exibicionismo online, que está voltado mais para o espetáculo do que para o comportamento ético, revelando a falta de empatia para com o próximo. Logo, é necessário que haja uma mudança de perspectiva diante dos meios de comunicação. O ato de fotografar e compartilhar tragédias é um problema em questão no Brasil, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Governo Federal assegurar a aplicação das leis já vigentes sobre o compartilhamento de imagens e tragédias, pela denúncia de internautas a portais digitais criados pelo Estado, a fim de que haja redução da divulgação desses eventos nas redes sociais. Ademais, a mídia, por meio de campanhas, deve incentivar as pessoas a evitarem o compartilhamento e visualização exacerbada de tragédias, visando a conscientização coletiva para a mudança de hábitos criados pela cultura da vaidade. Com essas medidas, será possível alcançar, gradativamente, uma sociedade mais solidária e humana, contrária a manifestada na Roma Antiga. Tema: medidas para combater a gravidez precoce no Brasil Desde a Antiguidade, a mulher exercia papel central na constituição familiar, tendo como função inerente ao seu gênero a procriação. Da conquista pela emancipação feminina, até o avanço dos métodos contraceptivos, a gravidez na adolescência prospera num cenário turbulento, que apresenta deficiência de medidas para minimiza-la. Nesse sentido, é preciso entender suas verdadeiras causas para solucionar esse problema. A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se a carência de políticas escolares de educação sexual. A adolescência é um período de mudanças físico-emocionais muitas vezes incompreendidas pelos jovens e que exigem, certamente, uma abordagem profissional e acessível, visto que, o desconhecimento da utilização e importância de métodos contraceptivos é comum entre os jovens, os quais, em vários casos, não recebem orientação e auxílio familiar. É necessário, portanto, que estratégias sejam elaboradas para abordagem desse assunto desde o início da adolescência. Outrossim, a desigualdade, característica da sociedade pós-moderna, também é um fator desencadeante da gravidez precoce. Segundo dados do IBGE, as meninas que engravidam na adolescência são, na maioria dos casos, pobres e com menor escolaridade. Nesse contexto social, observa-se tanto o desconhecimento ou a ausência ao acesso de métodos contraceptivos, como também a baixa perspectiva em relação à escolaridade e à inserção no mercado de trabalho, restando, consequentemente, o papel social de mãe. Logo, é crucial a elaboração de recursos que visem a isonomia social. O combate às altas taxas de gravidez na adolescência é um desafio no Brasil hodierno, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Educação abordar, no ambiente escolar, por meio de palestras e rodas de conversa, questões voltadas à promoção da saúde sexual, com o fito de estimular o conhecimento e autocuidado essenciais nesse período etário. Ademais, o Ministério da Saúde, por meio de postos itinerantes de atendimento ginecológico, deve priorizar as áreas mais vulneráveis, levando auxílio e orientação sobre métodos contraceptivos, a fim de que essa parcela da população receba informação e cuidados igualitários. Com essas medidas será possível, gradativamente, minorar os altos índices de gravidez precoce no Brasil e desmistificar a crença de dever de procriação oriunda da Antiguidade. Tema: Importância dapreservação do meio ambiente O Brasil é o país que possui maior diversidade biológica, mas, desde a colonização, sofre com impactos no ecossistema oriundos da extração de minérios, do desmatamento e do uso extensivo do solo. Desse modo, a degradação ambiental tem como justificativa a necessidade do uso constante de matéria-prima para manter o crescimento econômico. No entanto, é indispensável que medidas sejam tomadas para minimizar a devastação da natureza e preservá-la sem que isso reduza o progresso. Nesse sentido, no século XIX, um chefe indígena escreveu o “Manifesto da Terra Mãe”. De modo a enfatizar que, quando o homem prejudica a terra, há prejuízo para si mesmo. Assim, apesar do alerta e de todo o conhecimento sobre a importância da flora e da fauna para o equilíbrio biológico, para a produção da ciência e para a sobrevivência, há um constante aumento dos desastres ambientais antropogênicos. Além disso, no Brasil, o desrespeito às leis é um fator que agrava a preservação da natureza, haja vista que a fiscalização ineficiente facilita a extração inapropriada dos recursos naturais. Ademais, as punições são brandas e as medidas de reparação exigidas são insuficientes para recuperar a área degradada. Cabe ainda ressaltar que, segundo José Saramago, a sociedade tende a retardar pensamentos sobre situações que julgam ser a longo prazo. Sob essa ótica, é comum a atuação desmedida sobre a natureza por parte de empresas, que não fazem uso da sustentabilidade, bem como da própria população, que normaliza atos como jogar lixo no chão, por avaliarem que não haverá consequência instantânea. Entretanto, um desastre ambiental pode causar prejuízos danosos e de difícil controle, como o rompimento, em 2015, da barragem da mineradora Samarco, em Minas Gerais. Nessa circunstância, além da contaminação da água, houveram mortes e destruição de habitações, que obrigou a mudança brusca dos moradores, alterando o estilo de vida. Portanto, para melhorar a preservação ambiental, é necessário que o Ministério do Meio Ambiente crie leis mais severas contra os infratores que não respeitam a legislação ambiental, com multas maiores e exigência efetiva de reparação, a fim de reduzir a ilegalidade. Aliado a isso, é preciso que o Governo incentive, por meio da isenção fiscal, a prática de ações sustentáveis pelas empresas, como o reaproveitamento da água, o uso de materiais biodegradáveis e a utilização de fontes renováveis de energia. Outrossim, é crucial que a mídia televisiva empregue sua função social para estimular a população a separar os lixos recicláveis e os orientem a descartá-los nos locais apropriados. Dessa forma, essas intervenções poderão resultar em benefícios para os diferentes biomas. Tema: Justiça com as próprias mãos e suas implicações na sociedade brasileira O herói de Gotham City, Batman, é um personagem dos quadrinhos que, em Nova York, cria sua própria noção de justiça que o coloca à sombra da lei e da marginalidade, tornando-se a personificação do justiceiro em face de um sistema falho e em benefício da sociedade. Fora dos quadrinhos, a percepção de fazer-se justiça com as próprias mãos na sociedade contemporânea mimetiza a do herói, e suas implicações representam um desafio. Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que influenciam a inercial problemática. A princípio, a ineficiência do Sistema Jurídico brasileiro é pressuposto para justificar os atos de justiça com as próprias mãos. Segundo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. No entanto, a punibilidade pelo Estado, é um processo lento e burocrático. Assim, a “justiça” aplicada pelo povo assume o papel da polícia e do Estado, e o desejo uníssono de vingança é o penalizador, seguindo os mesmos princípios da Lei de Talião, levando, pois, a desordem social. É notável, desse modo, a incoerência dos atos punitivos adotados pelos cidadãos e a regressão social que isso representa em um Estado democrático. Consequentemente, ações punitivas de justiça configuram-se, em casos, como julgamentos injustos. Uma moradora do litoral paulista, vítima de boatos espalhados em redes sociais, onde foi acusada de sequestrar crianças para rituais satânicos, foi vítima de linchamento por centenas de pessoas, sendo levada à morte. Esse exemplo elucida, satisfatoriamente, que a tomada de decisões fundamentadas em hipóteses e rumores faz vítimas inocentes. Também nota-se, nesse cenário, que a justiça do povo é baseada no instinto antes da lei e, certamente, nem sempre espera defesa. Logo, os princípios do Estado Democrático de Direito, que têm suas garantias constitucionais de defesa, devem ser preconizados. A justiça com as próprias mãos é um desafio na sociedade hodierna, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. O Governo Federal deve garantir, com verbas estáveis e adequadas, melhorias na Segurança Pública e no Sistema Judiciário, a fim de que órgãos competentes assumam suas funções cabíveis. Ademais, o Ministério da Justiça, por meio da mídia, deve criar campanhas que mitiguem a necessidade de certificar informações recebidas, evitando linchamentos e injustiças, dando orientações para denúncias de crimes, visando que os atos pautados em leis próprias sejam minorados. Com essas medidas será possível alterar, gradativamente, as noções de justiça comuns as apresentadas pelo personagem Batman. Tema: Mobilidade Urbana no Brasil A partir da Revolução Industrial, o processo de êxodo rural acelerou o crescimento dos centros urbanos. Isso originou o advento de novas dinâmicas de organização socioespacial, que teve impacto direto na mobilidade urbana no Brasil. Nessa perspectiva, a valorização exagerada do carro culminou de maneira antagônica na locomoção dos indivíduos nos centros urbanos. Assim, convém analisar os fatores envolvidos na inercial problemática. De fato, a infraestrutura das cidades não acompanhou de maneira proporcional as necessidades da crescente população. No governo de Juscelino Kubitschek, houve ascensão da indústria automobilística e, a partir daí, criou-se uma cultura em que o carro é sinônimo de status social, como também a necessidade de transporte individual. Com essas mudanças, os grandes centros urbanos começaram a enfrentar problemas na viabilização da locomoção. Certamente, a precariedade dos transportes públicos leva as pessoas a optarem, em busca de conforto e segurança, por automóveis próprios, gerando um excesso no contingente de veículos. Logo, é fundamental que o poder público invista em medidas efetivas na melhoria do fluxo urbano. Consequentemente, o problema da mobilidade urbana afeta a qualidade de vida nas metrópoles. Segundo pesquisas realizadas pelo SPC, o brasileiro passa quase 40 dias por ano no trânsito nas capitais. Tal infortúnio também é responsável pelo aumento da insegurança nas malhas rodoviárias e, consideravelmente, por agravar as poluições atmosféricas e sonoras nos locais. A construção de estradas e rodovias também contribui para a redução das “áreas verdes” afetando, igualmente, a qualidade de vida dos indivíduos nos centros urbanos. É crucial, portanto, que novos hábitos sejam adotados pela sociedade. A mobilidade urbana nas cidades brasileiras enfrenta problemas e, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Governo Federal investir na ampliação da rede pública de transportes e na implantação de ciclovias, visando o fim do congestionamento e, consequentemente, a redução dos problemas ambientais. Outrossim, é conveniente que ONGs ambientalistas, com o auxílio da mídia, estimulem, por meio de campanhas, o uso de veículos coletivos ou alternativos, a fim de reduzir o número de carros particulares nas vias citadinas. Com essas medidas será possível, gradativamente, minorar os desafios do tráfego brasileiro.Tema: O politicamente correto em questão no Brasil Em 2005, no Brasil, foi elaborada pela Secretaria Especial de Direitos Humanos a cartilha do Politicamente Correto – um manual que listava expressões consideradas pejorativas, preconceituosas e que deveriam ser evitadas. Na época, a cartilha teve repercussão desfavorável, recebendo várias críticas da imprensa e da sociedade pelo seu conteúdo. Hoje, a questão do politicamente correto ainda é alvo de discussões divergentes, em razão da sua factual necessidade e importância frente a diferentes âmbitos sociais. Nessa perspectiva, deve-se analisar os fatores envolvidos na inercial problemática. De fato, a expansão de políticas conservadoras e de posturas radicais dificulta a discussão acerca da vulnerabilidade social dos segmentos marginalizados da sociedade. Na luta dessas minorias, o politicamente correto representa uma ruptura com discursos antigos e enraizados, que muitas vezes foram normalizados e suscitaram na formação de estereótipos negativos e discriminatórios como, a saber, a expressão “traveco”, referindo-se a transexuais. Logo, a representatividade desses grupos é fundamental, pois instiga a efetivação e defesa de mecanismos de tolerância e inclusão. Outrossim, a conduta do politicamente correto é vista, por vezes, como uma inflexibilidade da liberdade de expressão. Segundo a ética utilitarista, o caráter ético é formado a partir do dialogo racional de ideias diferentes. Nesse contexto, o cerceamento de “normas de conduta” restringiria o debate aberto e sem censura a respeito de uma miríade de assuntos. É indubitável, desse modo, a importância da liberdade de expressão e de pensamento para a prática de discussões racionais e pacíficas, que integrem a conscientização sobre a tolerância e respeito mútuos. Para que haja um equilíbrio entre a ideologia do que é “correto” e a expressão de ideias e concepções, medidas devem ser adotadas. Para isso, compete ao Ministério dos Direitos Humanos, por meio de canais gratuitos de atendimento, prestar serviços de apoio e denúncia ás pessoas que sofreram ofensas injustas à dignidade, com o intuito de impulsionar a representatividade das minorias e analisar de maneira coerente os casos. Ademais, é fundamental que o Governo Federal, por meio da mídia, crie campanhas que demonstrem a diferença entre liberdade de expressão e imoralidade, para que haja maior conscientização acerca de opiniões ofensivas. Dessa maneira será possível alcançar, gradativamente, uma sociedade mais justa e ética. Tema: Os desafios da saúde pública brasileira O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado em 1988 para garantir o acesso à saúde a todos os cidadãos, e foi pautado em três princípios fundamentais: a universalidade, a integralidade e a intersetoriedade. No entanto, inúmeros são os desafios para garantir a concretização desses princípios na saúde pública brasileira. Nessa perspectiva, convém analisar a má gestão dos recursos econômicos e o descaso frente às políticas públicas como agentes etiológicos da problemática. Apesar de o SUS ser considerado um dos maiores e melhores sistemas de saúde pública do mundo, é inegável a ineficiência do seu gerenciamento no território brasileiro. Isso, de fato, provém da má gestão dos recursos públicos e da corrupção dos órgãos governamentais, caracterizando, segundo John Locke, uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir que tais cidadãos gozem de direitos imprescindíveis. Logo, é inadmissível que a negligência do Estado seja aceita por parte dos órgãos competentes e da sociedade. Somado à inocuidade administrativa do Estado, o descumprimento de políticas públicas integradas também é um desafio na saúde pública. Certamente, a manutenção da saúde do indivíduo não é apenas assistência médico-hospitalar, mas também a garantia do bem-estar e de condições igualitárias de vivência, como saneamento básico, que promove o controle e distribuição de recursos essenciais na preservação da qualidade de vida. Portanto, é fundamental que o descompasso nas condições de vivência entre os estratos sociais seja superado. Infere-se, destarte, que para superar os desafios da saúde pública, medidas devem ser adotadas. Convém ao Governo Federal elaborar estratégias que visem um financiamento estável e adequado para os serviços de saúde, via reuniões com os órgãos de saúde municipais e estaduais, para que haja conhecimento e transparência dos investimentos do Estado. Outrossim, o Ministério da saúde deve aperfeiçoar a gestão nos setores, com o estabelecimento de metas que visem a garantia do acesso à saúde e ao saneamento básico em todo o território brasileiro, a fim de que as comunidades mais vulneráveis tenham condições básicas de moradia e bem-estar. Com essas medidas, os direitos garantidos pela Constituição Federal de 1988 poderão ser concretizados na prática. Tema: Os obstáculos da doação de sangue no Brasil Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os obstáculos para doação de sangue no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nessa perspectiva, convém analisar o desinteresse da sociedade e o processo de doação sanguínea como mediadores da problemática. Certamente, a ausência de interesse é um fator recrudescente no cenário de doação de sangue no país. Segundo pesquisas do Ministério da Saúde, cerca de 98% da população brasileira não é doadora de sangue. Tal fato exemplifica, satisfatoriamente, a omissão da responsabilidade cidadã e da empatia no país, seja pela falta de estímulo, seja pelo desconhecimento de como ou onde realizar a doação. É fundamental, portanto, o fomento a pratica do dever ético cidadão de solidarizar-se com a necessidade do próximo. Outrossim, faz-se mister salientar a dificuldade burocrática como impulsionado do problema. Vários são os critérios necessários para doação de sangue e, por esse motivo, diversas pessoas tornam-se inaptas a serem doadoras. Nesse contexto, um grande grupo é privado de doações – os homossexuais. Tal critério é baseado na crença de que esse grupo é responsável pela disseminação de DSTs, o que é, naturalmente, uma inverdade, já que heterossexuais também podem ser possíveis transmissores. Logo, é necessária uma revisão nos critérios de doação de sangue pelos órgãos. Infere-se, destarte, que ainda há entraves para garantir a doação de sangue no Brasil, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. O Ministério da Saúde, com hemocentros itinerantes, deve facilitar o acesso a locais de coleta de sangue, para que haja maior interesse, informação e mobilização social. Ademais, convém ao Governo Federal, por meio de uma emenda governamental, liberar a doação de sangue para homossexuais, sob critérios menos rígidos, algo já feito em outros países da América Latina, para que aumente a quantidade de doadores e diminua o preconceito sofrido por esses cidadãos. Com essas medidas será possível minimizar os obstáculos para doação de sangue e aproximar-se dos ideais outrora convencionados no Iluminismo. Tema: Os trotes universitários violentos Os índios Mandan praticam um ritual de iniciação atípico, no qual realizam vários tipos de torturas diferentes para que seus guerreiros demonstrem sua força física, coragem e consigam a aprovação dos espíritos. Assim como esses e vários outros povos, também faz parte da tradição das universidades brasileiras “rituais de iniciação”: os trotes. Essas comemorações têm deixado de promover a integração entre calouros tornando-se um evento violento e perigoso. Diante dessa perspectiva, convém analisar a influênciado uso do álcool e a falta de impunidade como propulsores da problemática. De fato, o uso irregular de bebidas alcoólicas é presente em trotes universitários e contribui para que as práticas de violência e abuso sejam concretizadas. Da mesma forma, a necessidade de aceitação dos calouros naquele contexto leva ao cumprimento de brincadeiras humilhantes e ofensivas que, certamente, emergem o sentimento de hierarquia dos veteranos e, consequentemente, essa diversão de mal gosto pode trazer consequências negativas a quem sofre. Logo, é essencial que medidas para exclusão desses atos sejam adotadas no meio acadêmico. Outrossim, a inocuidade jurídica e de fiscalização nas universidades contribuí para a persistência da problemática. Um exemplo marcante foi o ocorrido em 1999, quando a recepção aos calouros do curso de Medicina da USP terminou com a morte de um estudante e com a absolvição, posteriormente, dos culpados. Nota-se, novamente, que brincadeiras irresponsáveis e abuso de poder por parte dos realizadores do trote provoca danos permanentes aos envolvidos. É inadmissível, portanto, que o descaso das universidades e dos órgãos jurídicos e de segurança admitam a impunidade da violência e a continuidade das práticas ilegais nesses eventos. Infere-se, destarte, que medidas devem ser adotadas para a extinção dos trotes universitários violentos. Para isso, convém as Universidades a adoção generalizada dos “trotes solidários”, por meio de campanhas de doação de sangue e alimentos, entre outras práticas, a fim de promover ações sociais e de conscientização para com os estudantes. Ademais, cabe aos órgãos de segurança das universidades a fiscalização dos trotes, por meio de canais de denúncia acessíveis nas reitorias universitárias, a fim de que práticas abusivas sejam identificadas e punidas. Com essas medidas, a iniciação da vida acadêmica poderá afastar-se de prática tortuosas como dos índios Mandan, e ir de encontro à integração pacífica. Tema: Preconceito Linguístico O personagem literário “Jeca-Tatu”, de Monteiro Lobato, é a personificação do interiorano brasileiro, destacado na obra pelo modo cômico de seu linguajar “caipira” de trabalhador rural da década de 1950. Análogo a isso, as variantes linguísticas ainda hoje são tratadas de maneira pejorativa, caracterizando o preconceito linguístico em questão no Brasil. Nesse panorama, convém analisar as causas e efeitos da inercial problemática. De fato, o poder midiático viabiliza a construção de estereótipos regionais. De acordo com pesquisas do portal G1, 63% dos brasileiros têm a televisão como principal meio de informação. Nesse contexto, a maneira como as variantes linguísticas são abordadas em novelas e series nacionais, certamente, potencializa a criação de preconceitos, a saber, o uso de gírias como representação de personagens com baixo grau de escolaridade e habitantes de áreas periféricas. É fundamental, portanto, o combate à generalização da linguagem como determinante social. Outrossim, a valorização da norma culta padrão, adquirida na sociedade romancista, também é um impulsionador do preconceito linguístico. Para o filósofo Ortega Y Gasset todas as coisas estão em permanente processo de mudança. Nessa perspectiva filosófica, a língua é dinâmica e pode se adequar ao contexto. No entanto, o modo como as classes dominantes tratam as variações linguísticas faz com que, notavelmente, o conhecimento da linguagem normativa seja instrumento de distinção social, agravando o preconceito linguístico e, consequentemente, a segregação social. É crucial, desse modo, a desmistificação da linguagem não-formal como completamente errônea. O preconceito linguístico é um desafio no Brasil hodierno, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Cultura, por meio de campanhas, exibir as variantes linguísticas regionais abordando a valorização das identidades culturais dos diferentes povos, visando uma mudança de consciência coletiva e minorando a discriminação. Ademais, o Ministério da Educação deve implantar nas escolas, pela adoção de projetos educacionais, o aprendizado das diferentes linguagens não-formais do Brasil, para que a educação não seja centrada apenas na gramática normativa do currículo escolar. Com essas medidas será possível, gradativamente, superar preconceitos enraizados como apresentado por Monteiro Lobato em seu personagem Jeca-Tatu. Tema: os efeitos trazidos pelas mudanças no mercado de trabalho de trabalho A Teoria da Evolução, de Charles Darwin, sugere que os indivíduos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência que os menos adaptados. De maneira análoga, as mudanças observadas no mercado de trabalho contemporâneo apontam para a necessidade de adaptação da sociedade, onde indivíduos serão atingidos de maneira antagônica. Nessa perspectiva, convém analisar os efeitos da inercial problemática. A princípio, a massificação dos robôs e dos serviços automatizados é um fator recrudescente do cenário empregatício global. A 4ª Revolução Industrial é um tópico em questão na nova era, onde há convergência dos mundos físico, digital e biológico. Nesse paradigma, a mão de obra não qualificada é facilmente substituída pela máquina e, certamente, a afluência do desemprego e redução dos salários será de grande impacto, alterando significativamente a forma como a sociedade se relaciona com o mercado de trabalho, ao mesmo tempo que descartará profissões outrora necessárias. Portanto, é essencial que subterfúgios sejam alcançados para a adaptação às mudanças em frente a nova era. Outrossim, a desigualdade social, característica da sociedade pós-moderna, é acentuada com as mudanças no mercado de trabalho. Sob a perspectiva de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmo direitos e deveres. No entanto, sabe-se que no Brasil, assim como em outros países subdesenvolvidos, grande parte da população não possui acesso a um direito básico: a educação. Desse modo, em vista da perspectiva de substituição dos serviços, os estratos sociais que não possuem condições de aperfeiçoar seu aprendizado e habilidades e de reinventar-se em suas profissões serão, naturalmente, excluídos do mercado de trabalho, centralizando ainda mais o poder econômico. Logo, é necessário que a garantia de acesso à educação seja prioridade para a população vulnerável. Os efeitos trazidos pelas mudanças no mercado de trabalho são um desafio na sociedade hodierna, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém a mídia, por meio de programas de TV, sites e redes sociais, abordar com mais ênfase como os avanços tecnológicos afetam o mercado de trabalho, para que os indivíduos tenham uma visão mais crítica sobre suas profissões e possíveis adaptações futuras. Ademais, o Ministério da Educação, com a ampliação de cursos técnicos e de especialização, deve garantir o acesso ao ensino profissionalizante às populações de baixa renda, a fim de assegurar futuros empregados qualificados e preparados para os óbices da nova era. Com essas medidas, será possível adaptar os indivíduos para as mudanças no mercado de trabalho, em consoante à Teoria da Evolução de Charles Darwin. Tema: O combate a violência no Brasil A colonização do Brasil, entre os séculos XVI e XIX, pelos portugueses, foi um período marcado pela escravização e violência de índios e africanos, que dizimou grande parte desses povos que habitavam o território brasileiro. Nesse panorama, a violência é um fenômeno histórico na constituição brasileira e persiste na contemporaneidade, sendo o seu combate um desafio. Logo, convém analisar a ineficácia constitucional e educacional como propulsores da problemática. É indubitável que a inocuidade jurídica brasileira esteja entre as causas do problema.Segundo o eminente filósofo Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que o equilíbrio seja alcançado na sociedade. No entanto, o oposto é percebido no Brasil, onde o poder público não consegue ou não demonstra interesse em oferecer os serviços mais básicos para a população de áreas periféricas, onde a criminalidade e a marginalização alcançam proporções exacerbadas. É fundamental, portanto, que seja priorizada a busca pela segurança em áreas de maior vulnerabilidade social. Outrossim, faz-se mister salientar o déficit na educação como impulsionador da criminalidade nas cidades. O ensino, assim como a cultura e o esporte, são componentes fundamentais para se interromper o fluxo de conversação dos jovens à criminalidade, pois, de acordo com Émile Durkheim, filósofo e sociólogo, a construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios, que balizam a conduta do sujeito em um grupo. Desse modo, é crucial que a educação seja a principal ferramenta no combate à violência. Infere-se, destarte, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem o combate à violência. Dessa maneira, urge que o Governo Federal destine maiores investimentos nas áreas periféricas, por meio de programas sociais que garantam acesso à educação, saúde e segurança, a fim de que o envolvimento na criminalidade deixe de ser uma opção. Ademais, o Ministério da Segurança Pública deve assegurar o policiamento e manutenção da ordem nos centros urbanos, através da instalação de postos de segurança em locais estratégicos, com o intuito de facilitar o auxílio a vítimas da criminalidade. Dessa forma, oferecendo oportunidades e proteção às pessoas, a violência concretizada na colonização do Brasil reduzirá gradativamente. Aluna Victoria Zambon Brondani Tema: Violência praticada contra à criança Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos acesso à segurança e ao bem-estar social. No entanto, a persistência da violência praticada contra as crianças impede que elas desfrutem desse direito na prática. Nessa perspectiva, deve-se analisar os fatores envolvidos na inercial problemática. De fato, o castigo físico como forma de educação é uma prática enraizada nos costumes da sociedade. Confirma-se isso, a saber, na necessidade de criação da “Lei da Palmada” instituída no Brasil, que proíbe castigos físicos ou tratamentos hediondos contra crianças e adolescentes. Não apenas a violência física, como também a psicológica, moral e verbal, são consideradas práticas legítimas de educação na sociedade, e é indubitável que essas ações afetam o equilíbrio psicológico das vítimas, prejudicando seu desenvolvimento psíquico-social. Logo, é necessário que haja o rompimento dessas práticas errôneas. Ademais, faz-se mister salientar o contexto social como impulsionador do problema. A violência sexual contra crianças é frequente e deve-se, entre outros fatores, a sexualização e erotização infantis, como também a impossibilidade de defesa física e ameaças psicológicas que impedem a denúncia. Os estratos sociais mais carentes são os mais atingidos, seja por falta de segurança, seja por falta de auxílio psicológico e judicial. É crucial, desse modo, haver órgãos acessíveis e amplamente divulgados, que ofereçam amparo em áreas de maior necessidade. Infere-se, destarte, que ainda há entraves para minimizar os índices de violência infantil e, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Educação, por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a criação de campanhas direcionadas aos pais que exponham a gravidade de práticas violentas como forma de educação, afim de que haja uma mudança social nas formas de educação habituadas no meio familiar. Outrossim, o Ministério da Saúde, com palestras e atendimentos psicológicos nas escolas, deve priorizar o apoio a áreas periféricas e marginalizadas, para que denúncias de abuso e violência domiciliares sejam identificadas e devidamente tratadas pela justiça, objetivando a minimização do sofrimento de várias crianças e adolescentes que sofrem com atos punitivos extremos. Dessa maneira, será possível efetivar os direitos juramentados na Constituição e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, minorando a violência contra a criança.
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