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Porto – Semiologia Médica; Rafael Augusto Ribeiro de Souza @rafael.augustor A importância da anamnese é justamente para facilitar o processo, mesmo que dê a ideia de que demore, sem ela não se sabe exatamente quais condutas devem ser executadas, fazendo com que assim haja demora em diagnósticos efetivos e também o desperdício de recursos com exames que não são importantes. Esse processo não é simplesmente uma conversa, e sim uma entrevista que busca por questões chaves no diagnóstico trazido pelo médico – trata-se de entender o que se passa com o paciente sob a óptica médica. A início de tudo seve para a variação de numa relação positiva médico-paciente a qual é importante, pois traz conforto e segurança ao ambiente, possibilitando um diálogo honesto. Além disso, compreende-se o histórico do paciente, seus hábitos e modo de vida, bem como seu atual estado, para facilitar o encontro dos problemas. Tal perfil traçado no micro, possibilita no macro traçar necessidades comuns em certa localidade e, assim, direcionar políticas públicas, como na atenção primária à saúde. Por fim, a anamnese também trata da avalição de todos os sintomas do paciente, a fim de buscar diferentes problemas, ou aqueles que estejam correlacionados. Há diversos modo de realizar a anamnese, todavia, sempre é importante não deixar que as opiniões pessoais sobressaiam, nem induzam respostas do paciente, porque isso pode afetar no real relato. É um trabalho árduo e que só é adquirida a destreza para realizá-lo após muitas tentativas. Todos os dados do paciente que possam auxiliar na compreensão da diferenciação em meio aos demais – nome, idade, gênero, religião, profissão, endereço etc. É o motivo principal que leva o paciente ao atendimento, seus sintomas e/ou problemas. Seu fato motivante, seu motivo de ida Importante utilizar palavras do paciente Destrincha a queixa principal como o tempo que os sintomas já perduram ✓ É uma narrativa cronológica sobre a evolução daquele quadro que faz parte da queixa ✓ O relato também pode ser dado pelos familiares que acompanham o paciente ✓ Importante atentar ao sintoma guia, isto é, aquele que pode ser entendido como a base daquele problema ✓ É importante deixar o paciente falar sobre seu problema, levando em conta a comunicação efetiva, isto é, evitar interrupções para que o fluxo de raciocínio do paciente não seja atrapalhado ✓ Utilizar o sintoma guia como uma forma de destrinchar o raciocínio do problema, relacionando com eventuais queixas – famosa pergunta “há mais algum problema ocorrendo?” “Alguma outra queixa?” – norteamento melhor do que está rolando ✓ Ficar atento para saber se houve um começo, meio e fim no relato para não haver lacunas ✓ NÃO INDUZIR RESPOSTAS – mesmo que o sintoma possa parecer familiar, deve-se ser feitas perguntas abrangentes que não atrapalhem o relato ✓ Rever tudo que foi anotado, relembrando ou relendo aquilo que o paciente disse ✓ Sintoma-guia: o de maior duração e mais relatado ✓ Sinal: Manifestação objetiva da doença que o médico vê ✓ Sinal e sintoma patagônico: excluídos de uma determinada doença ✓ Síndrome: Conjunto de sinais e situações as quais se apresentam conjuntamente e que podem ter causas diversas Porto – Semiologia Médica; Rafael Augusto Ribeiro de Souza @rafael.augustor Permite que o médico possa analisar aquilo que está ocorrendo com o corpo e que tenha sido esquecido no HDA ou que não tenha relação com aquela queixa em específico na visão do relato do paciente Sintomas gerais – ordem de análise dos sintomas por parte do corpo (por sistema ou por altura do corpo) ✓ Pele e fâneros ✓ Cabeça e pescoço ✓ Tórax ✓ Abdome ✓ Sistema geniturinário ✓ Sistema hemolinfopoético ✓ Sistema endócrino ✓ Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades ✓ Músculos ✓ Artérias, veias, linfáticos e microcirculação ✓ Sistema nervoso ✓ Exame psíquico e avaliação das condições emocionais. Condições gestacionais e de nascimento do paciente, bem como a dos irmãos a fim de traçar similaridades clínicas DNPM – desenvolvimento neuropsicomotor – análise de desenvolvimento e aproveitamento escolar Desenvolvimento Sexual – marcas clássicas de desenvolvimento sexual, assim como a orientação sexual e identidade de gênero ✓ Doenças na infância – infectocontagiosas ou congênitas ✓ Doenças na vida adulta – infeciosas, internamentos e DNCT ✓ Alergias – medicamentos, alimentos, substâncias ✓ Cirurgias (eletivas ou emergenciais) ✓ Traumatismos ✓ Transfusão Sanguínea – quantas e porque ✓ História Gestacional (GPAC) ✓ Paternidade ✓ História Vacinal ✓ Medicamentos em Uso ✓ Acompanhamento médico Doenças genéticas Autoimunes Falecimento precoce por causas não externas Neoplasia – foco para todas as idades Como é a alimentação – análise das implicações biológicas do modelo de alimentação Objetividade, qualidade, fator nutricional e suplementação de carências (B12 em veganos) Realização de atividades físicas – por que faz ou por que não faz? Motivações e impedimentos Hábitos relacionados a vícios, drogas lícitas e ilícitas Determinantes Sociais de Saúde – mecanismos de promoção da saúde em meio ao espaço que habita – será que a demanda é igualmente suprida nos diferentes espaços – elevada desigualdade Relações psicológicas entre os cônjuges, frequência quanto a relações sexuais, rotina etc.
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