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CONTEÚDO-E-METODOLOGIA-DA-LINGUA-PORTUGUESA

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Prévia do material em texto

1 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 3 
2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA LÍNGUA 
PORTUGUESA ...................................................................................................... 4 
 Dia da Língua Portuguesa – a importância do nosso idioma ....... 4 
 O Surgimento da Língua Portuguesa ........................................... 4 
 A Importância do Português no dia a dia ..................................... 5 
3 A ORIGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA ............................................... 6 
 A origem do português europeu ................................................... 6 
 A disseminação do português em outros lugares ........................ 7 
 A origem do português brasileiro ................................................. 7 
 O porquê de português de Portugal e português brasileiro .......... 8 
 Países onde o português é a língua oficial................................... 8 
 Países e territórios onde o português possui relevância .............. 9 
 O português vem do latim vulgar ................................................. 9 
4 EVOLUÇÃO DA LINGUA PORTUGUESA ............................................10 
5 GEOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA ..........................................11 
6 OS DESAFIOS DA VIDA CONTEMPORÂNEA E O REFLEXO NAS 
PRÁTICAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA ............12 
7 A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA PORTUGUESA ...................................14 
8 FATORES QUE MOSTRAM A IMPORTÂNCIA DO PORTUGUÊS NO 
COTIDIANO ..........................................................................................................16 
 É importante saber a Língua Portuguesa? ..................................20 
9 A LÍNGUA INGLESA NO NOSSO PORTUGÊS ...................................22 
 As competências de Língua Portuguesa na BNCC .....................24 
 O centro das práticas de Língua Portuguesa e Linguagens .......25 
 A apresentação dos eixos organizadores de aprendizado ..........25 
 
2 
10 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O 
ENSINO FUNDAMENTAL .....................................................................................25 
11 REPENSANDO A LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO .......26 
12 SAIBA COMO AJUDAR ESTRANGEIROS A FALAR PORTUGUÊS ...28 
 Fale inglês ...................................................................................29 
 Conheça as necessidades e expectativas do aluno ....................29 
 Promova o aprendizado por meio de atividades dinâmicas ........30 
 Fale apenas português ...............................................................30 
 Dê importância à pronúncia ........................................................30 
 Use expressões corporais ...........................................................31 
 Seja paciente ..............................................................................31 
13 COMO ENRIQUECER O VOCABULÁRIO DOS ALUNOS DO COLÉGIO?
 31 
 Aprender vocabulário do português no ensino primário ..............32 
 Ensinar o vocabulário do português no primário: programas escolares
 33 
 Aulas de português no fundamental: como ensinar o vocabulário?34 
 Mobilize todos os tipos de memória ............................................35 
 Jogos para aprender o vocabulário .............................................36 
14 PORTUGUÊS PARA FILHOS NASCIDOS E CRIADOS FORA DO BRASIL
 37 
 Qual a importância em transmitir o idioma nativo dos pais para os 
filhos 37 
 Como ensinar português para os filhos desde o nascimento? ....38 
 Como ensinar o português para os filhos em idade escolar?......39 
15 O ensino de língua portuguesa: aspectos metodológicos e linguísticos40 
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................52 
 
 
3 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DA LÍNGUA 
PORTUGUESA 
 Dia da Língua Portuguesa – a importância do nosso idioma 
No dia 5 de maio, comemoramos o Dia da Língua Portuguesa e da Cultura 
Lusófona. Essa data foi estabelecida pela CPLP, sigla para a Comunidade dos Países 
de Língua Portuguesa, que é uma organização formada exclusivamente por nações 
que falam esse idioma e tem o propósito de unir e trazer cooperação entre os países. 
A data foi selecionada em 2009, enquanto acontecia uma reunião de conselho 
em Cabo Verde com todos os países participantes da CPLP. No dia do evento, foi 
grandemente debatida a importância cultural e a influência da língua portuguesa no 
restante do mundo, sendo destacada principalmente a parte de vínculo histórico com 
Portugal e a boa convivência entre os países, o que levou a estabelecer um dia 
específico para a comemoração. 
De fato, a língua portuguesa é muito importante e falada por cada vez mais 
pessoas ao redor do globo. 
Atualmente ela é o idioma oficial em Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, na região de Goa na Índia, 
em Macau na China e no Brasil, e falada por mais de 260 milhões de pessoas, 
conforme o embaixador Luís Faro Ramos, presidente do Instituto Camões. É também 
o terceiro idioma mais falado no ocidente e a quinta língua com mais falantes em todo 
o mundo. 
 O Surgimento da Língua Portuguesa 
Há muitos anos atrás, na Europa, existia apenas um idioma. Com a grande 
quantidade de imigrações entre nações, as línguas foram se transformando e deram 
origem a cinco divisões: o românico, helênico, germânico, eslavo e céltico. 
A partir da língua românica, também chamada de latina, se formaram vários 
idiomas, como o francês e o italiano. O latim era falado por muitos tipos de pessoas e 
com o tempo foi ganhando também uma divisão interna. 
O latim clássico era usado pelos ricos e instruídos, pessoas cultas na 
sociedade, enquanto o latim vulgar (introduzido pelos romanos) era falado pela 
 
5 
maioria do povo comum. Com isso, foram-se criando novos dialetos até que a língua 
portuguesa fosse constituída, sendo usada em toda a faixa da península ibérica. 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
Até hoje, o idioma está em constante mudança e aos poucos passa por 
alterações. Em cada país em que é falado o português, há um sotaque específico e 
expressões características. 
 A Importância do Português no dia a dia 
Atualmente, em nosso dia a dia, ter conhecimento em língua portuguesa é 
fundamental para realizar atividades corriqueiras como ler e escrever e também para 
fazer outras mais complexas, como obter destaque e diferenciação no meio 
profissional. Isso tudo porque nossa transmissão de ideias melhora com o 
conhecimento da língua, assim como a comunicação. 
O conhecimento gramatical e coloquial, especialmente em relação ao seu 
domínio culto, é fundamental para qualquer pessoa no meio profissional. Desde os 
estudos na escola até a faculdade, a língua portuguesa é crucial paraos que precisam 
interpretar questões, fazer uma boa redação e redigir um bom trabalho de conclusão, 
sendo diretamente ligada a um bom aprendizado também. 
 
6 
No ambiente de trabalho, o conhecimento em língua portuguesa também é 
fundamental. Os que conseguem dominar bem o português estão aptos a elaborar 
melhor os seus currículos, fazer boas apresentações pessoais, ter um bom 
desempenho na comunicação e interpretação de ideias.1 
3 A ORIGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA 
Há quem diga que a língua portuguesa é um idioma sem muita repercussão e 
pouco falada no mundo, inclusive, geralmente associa o idioma português a Portugal 
ou ao Brasil, e ainda imagina que somente esses países falam o idioma português. 
Contudo, é aí onde muita gente se engana. 
O que muita gente não sabe é que na África, como Angola, Moçambique e 
Cabo Verde, também se fala em português. E tem mais: até mesmo em lugares da 
Ásia e da Oceania, incluindo Timor Leste, Goa e Macau. Aproximadamente 250 
milhões de pessoas em todo o mundo falam o português como sua língua nativa e 
mais de 200 milhões somente no Brasil. 
 A origem do português europeu 
O português é uma das línguas românicas, um título que se refere à sua língua 
materna, o latim vulgar, ou seja, o português tem suas raízes em latim. O latim era a 
principal língua falada em Roma durante o auge do Império Romano. No entanto, o 
crescimento e a expansão do Império Romano tiveram um tremendo impacto no latim. 
Dois dialetos distintos do latim evoluíram, a saber, latim clássico e latim vulgar. 
O latim clássico era usado na sociedade de classes altas e em todos os assuntos 
administrativos e políticos, onde era razoavelmente estável. O latim vulgar foi 
desenvolvido a partir da fala mais comum do povo; foi usado por soldados, cidadãos 
comuns e até pelos povos conquistados por Roma. Assim, quando os romanos 
conquistaram a Península Ibérica (atualmente Portugal e a província espanhola da 
Galícia), os soldados e cidadãos que foram enviados para habitar a terra da Península 
falavam uma forma de latim vulgar. O latim vulgar substituiu basicamente todos os 
idiomas locais anteriores. 
 
1 Extraído do link: www.catho.com.br 
 
7 
 Assim, o latim vulgar evoluiu para a língua galego-portuguesa. Houve uma 
transformação em galego e português após a incorporação da Galícia na Espanha e 
o desenvolvimento independente de Portugal. Portanto, a história indica que o 
Português acabou se desenvolvendo no século III a.C., no ano 218. 
As pessoas que habitavam a península antes da invasão de Roma falavam 
línguas que, infelizmente, sabemos muito pouco a respeito. O basco é a única língua 
falada na península antes de 218 a.C, que sobreviveu e trouxe influência no 
português. 
 A disseminação do português em outros lugares 
O período antigo do desenvolvimento da linguagem portuguesa é melhor 
explicado pelo desejo de Portugal de expandir e ampliar como um império. Isso foi 
particularmente evidente nos séculos XIV e XV. O resultado de consistentemente 
explorar, descobrir e colonizar, era que o português entrava em contato com muitas 
línguas em várias partes do mundo. 
As colônias portuguesas foram montadas em partes da Ásia, África e Américas 
– a mais notável foi o Brasil, que foi descoberto em 1500. Podemos encontrar 
evidências de contato de linguagem com cada uma dessas áreas do mundo hoje em 
português. 
Na África, Ásia e Oceania, o português é categorizado em crioulo e não-crioulo. 
O crioulo é uma mistura de línguas africanas locais com o português. Eles são 
comumente considerados uma língua diferente devido às diferenças entre os dois. 
Angola e Moçambique são os primeiros lugares na África onde o português se 
tornou a língua dos fusos misturada com outras línguas locais. Muitos dialetos são 
parecidos com os do português europeu, mas algumas partes se assemelham ao 
português brasileiro. 
O português também foi exposto às línguas africanas no período clássico 
devido à importação de escravos para o Brasil. 
 A origem do português brasileiro 
O efeito da colonização do Brasil na língua portuguesa é especialmente 
interessante. Quando Portugal enviou cidadãos para se instalarem no Brasil nos anos 
 
8 
1500, havia muitas línguas indígenas com as quais os portugueses entravam em 
contato. No entanto, um grupo parecia predominar desde que eles habitavam a área 
costeira do país. A língua conhecida como Tupinambá ou Tupi, foi usada 
simultaneamente com o Português por vários anos até que foi finalmente banida pelos 
portugueses e as pessoas eram obrigadas a falar estritamente português, mas 
adaptaram algumas palavras de Tupi e outras línguas locais. 
 O porquê de português de Portugal e português brasileiro 
É muitíssimo comum as pessoas no mundo todo associarem o idioma 
português ao Brasil ou Portugal. Isso acontece porque foi em Portugal que o idioma 
foi desenvolvido na Idade Média. No entanto, foi no Brasil que o idioma herdado de 
Portugal sofreu alteração lexical. E o Brasil ainda se destaca como sendo o único país 
da América do Sul a falar português. 
Os diferentes dialetos parecem ter se desenvolvido, em parte, devido à 
separação geográfica dos dois países. Portugal criou sua própria gramática, e na sua 
independência, o Brasil passou a ter muitas mudanças idiomática. 
As diferenças também se devem às diferentes influências políticas e sociais 
que cada uma delas experimentou de forma independente. Por exemplo, no século 
XVIII, a influência francesa trouxe as mudanças em Portugal, enquanto os italianos e 
outros imigrantes europeus para o Brasil influenciaram o português brasileiro. Além 
disso, o Brasil ainda teve uma grande influência africana. 
Assim, a este respeito, o português continental tendeu a aproximar-se do 
francês. Essas diferentes situações propiciaram variações entre as formas falada e 
escrita do português. 
Mais tarde, no século 20, mais diferenças surgiram devido às novas palavras 
tecnológicas. Os europeus não tinham um procedimento uniforme para adaptar 
palavras. Em contraste, os brasileiros estavam ansiosos para adaptar as novas 
palavras e adotaram o uso de expressões idiomáticas. 
 Países onde o português é a língua oficial 
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Macau, 
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste. 
 
9 
 Países e territórios onde o português possui relevância 
Galiza (Espanha), Goa (Índia), Damão e Diu (Índia), Amambay (Paraguai), 
Rivera (Uruguai), Antígua e Barbuda, Bermudas e Guiana. 
Embora o português tenha mantido muito do seu vocabulário do latim vulgar, 
foi dramaticamente influenciado por outras línguas no seu desenvolvimento como uma 
língua distinta. É uma língua rica em história e, através de colonização passada e 
mistura com línguas locais, evoluiu bastante durante os séculos de sua existência.2 
 O português vem do latim vulgar 
Sabe-se que o latim era uma língua corrente de Roma. Roma, destinada pela 
sorte e valor de suas bases, conquista, através de seus soldados, regiões imensas. 
Com as conquistas vai o latim sendo levado a todos os rincões pelos soldados 
romanos, pelos colonos, pelos homens de negócios. As viagens favoreciam a difusão 
do latim. 
Primeiramente o latim se expande por toda a Itália, depois pela Córsega e 
Sardenha, plenas províncias do oeste do domínio colonial, pela Gália, pela Espanha, 
pelo norte e nordeste da Récia, pelo leste da Dácia. O latim se difundiu acarretando 
falares diversos de conformidade com as regiões e povoados, surgindo daí as línguas 
românticas ou Novi latinas. 
Românicas porque tiveram a mesma origem: ao latim vulgar. Essas línguas 
são, na verdade, continuação do latim vulgar. Essas línguas românicas são: 
português, espanhol, catalão, provençal francês, italiano, rético, sardo e romeno. 
No lado ocidental da Península Ibérica o latim sentiu certas influenciase 
apresenta características especiais que o distinguiam do “modus loquendi” de outras 
regiões onde se formavam e se desenvolviam as línguas românicas. Foi nesta região 
ocidental que se fixaram os suevos. Foram os povos bárbaros que invadiram a 
península, todos de origem germânica. Sucederam-se nas invasões os vândalos, os 
suevos (fixaram-se no norte da península que mais tarde pertenceria a Portugal), os 
visigodos. Esses povos eram atrasados de cultura. Admitiram os costumes dos 
vencidos juntamente com a língua regional. 
 
2 Extraído do link: ideiasblogsite.wordpress.com 
 
10 
É normal entender a grande influência desses povos bárbaros sobre o latim que 
aí se falava, nessa altura bastante modificado. 
4 EVOLUÇÃO DA LINGUA PORTUGUESA 
A formação e a própria evolução da língua portuguesa contam com um 
elemento decisivo: o domínio romano, sem desprezar por completo a influência das 
diversas línguas faladas na região antes do domínio romano sobre o latim vulgar, o 
latim passou por diversificações, dando origem a dialetos que se denominava 
romanço (do latim romanice que significava, falar à maneira dos romanos). 
Com várias invasões barbaras no século V, e a queda do Império Romano no 
Ocidente, surgiram vários destes dialetos, e numa evolução constituíram-se as línguas 
modernas conhecidas como: neolatinas. Na Península Ibérica, várias línguas se 
formaram, entre elas o catalão, o castelhano, o galego-português, deste último 
resultou a língua portuguesa. 
O galego-português, era uma língua limitada a todo Ocidente da Península, 
correspondendo aos territórios da Galiza e de Portugal, cronologicamente limitado 
entre os séculos XII e XIV, coincidindo com o período da Reconquista. Na entrada do 
século XIV, percebe-se maior influência dos falares do Sul, notadamente na região de 
Lisboa; aumentando assim as diferenças entre o galego e o português. 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
11 
O galego apareceu durante o século XII e XV, aparecendo tanto em 
documentos oficiais da região de Galiza como em obras poéticas. A partir do século 
XVI, com o domínio de Castela, introduz-se o castelhano como língua oficial, e o 
galego tem sua importância relegada a plano secundário. 
Já o português, desde a consolidação da autonomia política e, mais tarde, com 
a dilatação do império luso, consagra-se como língua oficial. Da evolução da língua 
portuguesa destaca-se alguns períodos: fase proto-histórica, do Português arcaico e 
do Português moderno. 
 
Fase proto-histórica 
Anterior ao século XII, com textos escritos em latim bárbaro (modalidade do 
latim usado apenas em documentos e por isso também chamado de latim tabaliônico 
ou dos tabeliões). 
 Fase do português arcaico 
Do século XII ao século XVI, corresponde dois períodos: 
1. Do século XII ao século XIV, com textos em galego-português; 
2. Do século XIV ao século XVI, com a separação do galego e o portugu6es. 
 Fase do português moderno 
A partir do século XVI, quando a língua portuguesa se uniformiza e adquire as 
características do português atual. A rica literatura renascente portuguesa, produzida 
por Camões, teve papel fundamental nesse processo. As primeiras gramáticas e 
dicionários da língua portuguesa também surgiram do século XVI. 
5 GEOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA 
O atual quadro das regiões de língua portuguesa se deve às expansões 
territorial lusitana ocorrida no século XV a XVI. Assim que a língua portuguesa partiu 
do ocidente lusitano, entrou por todos os continentes: América (com o Brasil), África 
(Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola, Moçambique, República Democrática de São 
Tomé e Príncipe), Ásia (Macau, Goa, Damão, Diu), e Oceania (Timor), além das ilhas 
atlânticas próximas da costa africana (Açores e Madeira), que fazem parte do estado 
português. 
 
12 
Em alguns países o português é a língua oficial (República Democrática de São 
Tomé e Príncipe, o Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde), e apesar 
de incorporações de vocábulos nativos de modificações de pronúncia, mantêm uma 
unidade com o português de Portugal. 
Em outros locais, surgiram dialetos originários do português. E também regiões 
em que essa língua é falada apenas por uma pequena parte da população, como em 
Hong Kong e Sri Lanka.3 
6 OS DESAFIOS DA VIDA CONTEMPORÂNEA E O REFLEXO NAS PRÁTICAS 
DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA 
É importante observar que, nas décadas passadas, no Brasil, tínhamos uma 
escola fechada, voltada para uma literatura canônica, conteudista, sem preocupação 
com a criatividade do professor e dos alunos. 
Mediante isso, cabe observar a importância de atividades de leitura e produção 
de textos por meio dos gêneros orais, escritos e digitais, os atributos dos textos 
multimodais, a valorização da cultura dos alunos e da cultura brasileira, os subsídios 
do trabalho por meio de projetos interdisciplinares, o ensino da gramática em uma 
sociedade que vive os avanços da globalização, a preocupação com o universo jovem, 
a sua identidade e a sua participação social no mundo contemporâneo “a organização 
dos cursos superiores e a forma de acesso a eles tiveram, portanto, influência decisiva 
na organização do ensino secundário”. 
Os anos sessenta e setenta assinalaram o acesso da população à 
escolarização formal pública, a criação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional de 1971 que estabeleceu a disciplina “Comunicação e Expressão” como a 
responsável pelo ensino da língua materna, a consolidação dos gêneros escolares 
que já vigoravam nas aulas das épocas anteriores e a preocupação para a formação 
de um aluno capaz de se expressar com eficiência por meio de mensagens 
padronizadas (Marcuschi, 2010). 
Os anos oitenta marcaram a preocupação acerca de a escrita ser explorada de 
modo contextualizado e mediante isso, “propôs-se que se deixe de “fazer redações” e 
se passe a “produzir textos”, respeitando assim o processo envolvido no ato de 
 
3 Extraído do link: linguamaterna-marcia.blogspot.com 
 
13 
escrever. Essa proposta é reveladora de uma mudança de concepção quanto ao 
entendimento de ensino da escrita” (Marcuschi, 2011, p.71). 
As reflexões desse período foram indispensáveis para que a perspectiva 
sociointeracionista da linguagem ganhasse força nas salas de aula das décadas 
seguintes, sobretudo a partir dos debates centrados nos estudos dos gêneros textuais 
e também para as discussões das políticas públicas de educação. 
Marcuschi (2011) aborda que na segunda metade dos anos noventa o estudo 
dos gêneros textuais assumiu espaço expressivo nas salas de aula. Para tanto, no 
que diz respeito à produção textual Dolz & Schneuwly (apud Marcuschi, 2011, p.74) 
observam, não escrevemos da mesma maneira quando redigimos uma carta de 
solicitação ou um conto; não falamos da mesma maneira quando fazemos uma 
exposição diante de uma classe ou quando conversamos à mesa com amigos. 
Os textos escritos ou orais que produzimos diferenciam-se uns dos outros e 
isso porque são produzidos em condições diferentes (2004, p.97). 
Desse modo, entendemos que “a escolha do gênero se faz em função da 
definição dos parâmetros da situação que guiam a ação” (Dolz & Schneuwly, 2004, 
p.27). Assim, os gêneros textuais se caracterizam por seus aspectos comunicativos e 
funcionais. No entanto, é necessário esclarecer que o ensino por meio de gêneros 
textuais não visa abandonar a gramática. 
Nesse sentido, retomando nossas palavras iniciais, consideramos importante 
observar que o ensino de português, no Brasil, sempre seguiu uma tradição calcada 
na gramática normativa. Assim, para argumentarmos acerca do ensino de português 
na atualidade, é necessário considerarmos as dificuldades que temos para 
desvencilharmos das tradições, uma vez que a nossa formação seguiu os moldes 
tradicionais. 
Reconhecemos que nossaspráticas estão calcadas no conceito de educação 
tradicional, podemos observar tais práticas, por exemplo, quando propomos 
avaliações/atividades de identificação de conteúdo gramaticais em frases 
descontextualizadas. 
Os PCNs foram organizados com o intuito de propor novas práticas e romper 
com as práticas tradicionais. Para tanto, sugerem como metodologia para o ensino da 
Língua Portuguesa atividades de produção e compreensão de textos em diferentes 
gêneros discursivos/textuais, seguidas de atividades de reflexão sobre a língua e a 
linguagem, a fim de aprimorar as possibilidades de uso. 
 
14 
Nesse sentido, os PCNs assumem uma perspectiva contrária à tradição 
gramatical e não fazem alusão ao aprimoramento dos conhecimentos linguísticos 
visando à norma culta ou se referem à dicotomia fala x escrita. Apontam para a 
necessidade de o aluno conhecer e valorizar as variedades da língua e o domínio da 
leitura e da escrita. “(…) a atividade mais importante, pois é a de criar situações em 
que os alunos possam operar sobre a própria linguagem, construindo pouco a pouco” 
(PCN, 1998, p.28). 
O papel da escola na sociedade atual está se transformando e novas 
estratégias de ensino surgem de modo a responder às novas demandas econômicas 
e sociais, especialmente no que diz respeito à introdução da tecnologia nas aulas, 
uma vez que a educação é instrumento para a emancipação. 
A formação ao longo da vida requer a contribuição das relações sociais e da 
economia, no sentido de promover a criação de estruturas de ensino. Portanto, o 
computador é um instrumento capaz de oferecer condições de criação pelo fato de 
viabilizar ao professor a criação de atividades que integrem o aluno ao processo de 
aprendizagem e a inserção no mercado de trabalho.4 
7 A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA PORTUGUESA 
A língua portuguesa é muito mais do que gravar regras e macetes. Na verdade, 
são suas regras que nos ensinam a escrever e a nos comunicarmos melhor. Mesmo 
tendo um povo totalmente alheio a regras gramaticais e com uma facilidade imensa 
para a criação de neologismos, os professores de língua portuguesa enfrentam todos 
os dias um desafio impressionante dentro das escolas, faculdades e cursos: o 
desamor, o desdém, o desprezo e a recusa. 
A importância de se aprender as regras gramaticais, para se escrever textos 
melhores, aumenta a cada período, em: nossa vida diária, profissional e 
principalmente em nosso convívio diário. Cada vez mais encontramos pessoas nos 
observando, e quando desprezamos o domínio mínimo da norma culta, principalmente 
na escrita, incorporando o coloquial diário, reduzimos a língua com uma criatividade 
espetacular. 
Veja alguns exemplos de palavra e internetês: 
 
4 Extraído do link: fce.edu.br 
 
15 
Você = vc 
Também = tb 
Hoje = hj 
Não = ñ 
Porque = pq 
Além das reduções, que agilizam as comunicações informais (entre amigos e 
familiares), encontramos ainda – o que é bem mais grave - o uso sintático incorreto 
das palavras, já que muitos falantes acreditam, por conta da prática coloquial, que 
podem escrever como falam. Por conta disso, alguns usos, como os abaixo, são 
frequentes: 
Errado | Certo 
Me dá... | Dá-me ou Dê-me 
O carro bateu mais ninguém se feriu | O carro bateu, mas ninguém se feriu 
Afirmo sou inteligente | Afirmo que sou inteligente 
Senão não fosse o trânsito tinha me atrasado | Se não fosse o trânsito tinha me 
atrasado. 
Se o domínio da norma culta da Língua Portuguesa é importante para o 
sucesso pessoal e profissional de todos, o mínimo que se pede aos professores e 
Palestrantes é que deem o exemplo. Isto porque, diretores, superintendentes e 
presidentes de empresas precisam contar com a competência linguística - 
conhecimento gramatical e interpretativo - daquelas pessoas. A falta desse domínio 
será notada por muitos rapidamente. 
 
Mas, por que afinal precisamos escrever e saber utilizar a norma culta? 
 
A resposta a esta pergunta não está somente no fato de que iremos ser 
professores, palestrantes, diretores..., mas, sim, pela obrigatoriedade cotidiana que 
temos em nossas vidas de escrever bilhetes, relatórios, preparar documentos, 
currículos, escrever e-mails etc. 
Veja a seguinte situação e tente perceber a diferença de interpretação e não 
gramatical e sintática. Pois gramaticalmente ambas estão corretas, porém a 
interpretação é feita de duas formas: 
Esposa: 
1. - Amanhã estarei de serviço de 8h a 10h. 
 
16 
2. - Amanhã estarei de serviço das 8h às 10h. 
Com isso observamos que o avanço digital tem aumentado à necessidade de 
escrevermos e sabermos melhor a Língua Portuguesa. 
Resposta: 
Primeira = Quantidade de horas (de 8 a 10 horas de trabalho) 
Segunda = Período em que se trabalhará (aqui a quantidade seria de 2 horas 
de trabalho).5 
8 FATORES QUE MOSTRAM A IMPORTÂNCIA DO PORTUGUÊS NO 
COTIDIANO 
A língua portuguesa possui extrema importância em nosso dia a dia e no nosso 
convívio em sociedade. 
 
Fonte:paracatu.net 
A vida de todas as pessoas está relacionada diretamente com a comunicação, 
a vida pessoal, social e profissional, ou seja, em todos os aspectos do cotidiano. 
A capacidade de comunicação acompanha a evolução humana, por isso 
sempre devemos aprimorar nossos conhecimentos sobre nossa língua para estarmos 
completamente aptos a viver em sociedade. 
 
5 Extraído do link: www.portaleducacao.com.br 
https://canaldoensino.com.br/blog/curso-gratuito-online-de-comunicacao-assertiva
 
17 
A língua é um código desenvolvido com o intuito de transmitir pensamentos e 
ideias através da comunicação e interação com todos os indivíduos. 
Apresentar um bom uso da língua e todas as suas normas e regras pode fazer 
com que as pessoas se destaquem em tudo e com todos com quem ela se relacione 
no dia a dia. 
A língua também modifica a forma como nos expressamos e vemos as coisas, 
como captamos e enviamos mensagens, como interpretamos o mundo e as pessoas. 
É por meio da linguagem que o mundo perpetua sua cultura através da escrita, 
aliás, cultura e linguagem estão correlacionadas. Sem a linguagem o mundo seria 
vazio. Portanto, a comunicação é a base para as relações humanas sociais. 
Nesse sentido, a língua portuguesa é importante na vida de nós, brasileiros, 
como todas as outras línguas do mundo são importantes para os povos. 
Necessitamos do português para exercer quase todas as funções e tarefas que 
executamos em nosso cotidiano, a leitura e a escrita são fundamentais para todas as 
pessoas. 
Mas o português não se baseia apenas em ler e escrever, é preciso ir além, é 
preciso compreender aquilo que se lê, é preciso interpretar. Na hora em que 
desejamos passar uma mensagem, ou seja, comunicar-se, também devemos fazê-la 
de uma forma clara, de uma forma que as outras pessoas a entendam. 
Portanto, separamos uma série de oito fatores que mostram a importância de 
estudar o português e como ele se apresenta em nosso cotidiano. Alguns desses 
fatores podem parecer óbvios, porém, são de extrema importância em nossas vidas: 
 
1 – Leitura 
 
A leitura é uma das bases fundamentais no convívio em sociedade, pois 
necessitamos dela para exercermos a maioria das funções em nosso dia a dia. 
É necessário saber ler para desenvolvermos uma vida plena em sociedade, 
pois muitas das informações que são passadas às pessoas são através da escrita, 
por isso a leitura, por mais óbvio que possa parecer, é uma das funções mais 
importantes da nossa língua em nosso cotidiano. 
Utilizamos o ato de ler para sabermos qual ônibus devemos pegar para irmos 
ao trabalho, para lermos uma receita na cozinha, para entendermos documentos no 
trabalho, enfim, em quase todos os aspectos de nossas vidas. 
 
18 
2 – Escrita 
 
A escrita é outra base fundamental no convívio em sociedade, dependemos 
dela para várias funções. 
A escrita servecomo base para diversas outras atividades importantes da 
nossa vida, precisamos escrever em diversas etapas de nossas vidas, inclusive 
algumas outras que entrarão nessa lista e são de grande importância para a vida em 
sociedade. 
Escrever aplica-se na hora de passarmos informações, seja em recados, 
bilhetes ou anotações; precisamos da escrita para utilizarmos grande parte das 
ferramentas da internet. 
 
3 – Comunicação/Fala 
 
A comunicação é a principal base de convívio em sociedade, através da fala é 
que podemos nos comunicar com as outras pessoas, que vivemos em sociedade. 
Transmitimos ideias e recebemos as ideias de outras pessoas tudo graças à 
comunicação, o que demonstra a importância da língua portuguesa em nosso 
cotidiano, pois devemos ser objetivos e claros na hora de nos comunicarmos. 
Comunicar-se bem aumenta as chances de sucesso, como também, destaca o 
falante de outras pessoas que não se comunicam tão bem. 
 
4 – Interpretação 
 
Agora, não basta apenas saber ler, é preciso entender aquilo que se lê, 
interpretar os códigos linguísticos e analisar as possíveis mensagens que estão por 
trás das palavras ou imagens ou outros tipos de mídias. 
A interpretação está mais presente em nossas vidas do que a maioria das 
pessoas imaginam, utilizamos interpretação para entendermos algo escrito de uma 
forma mais subjetiva, para entendermos um filme, uma peça de teatro, etc. 
Interpretação não se baseia apenas ao texto, refere-se a signos linguísticos, a 
mensagens verbais e não-verbais, ao entendimento de imagens e as mensagens 
passadas através delas, a semiótica. 
 
 
19 
5 – Estudo 
 
O português é fundamental para compreendermos todos os outros tipos de 
matérias na escola ou universidade, enfim, é essencial para nossa vida 
escolar/acadêmica. 
Ninguém pode aprender determinados assuntos ou áreas específicas sem 
saber ler, escrever e interpretar corretamente, todos concordamos com isso, então a 
aplicação do português está ligada diretamente ao nosso aprendizado. 
Até mesmo para se aprender a matemática é necessário saber o português 
primeiro. 
Os vestibulares exigem um conhecimento de português muito maior do que as 
pessoas estão acostumadas a saberem sobre. 
 
6 – Trabalho 
 
Bom, podemos dizer que a maioria dos trabalhos existentes exigirão que as 
pessoas sejam alfabetizadas, saibam ler, escrever, interpretar e falar bem. 
Está certo que possam existir trabalhos manuais ou outros segmentos em que 
não é preciso necessariamente ler e escrever, mas comunicação ou ter conhecimento 
sobre o assunto é imprescindível, e as pessoas só conseguiram isso através do 
português. 
O português está presente em diversas formas na vida profissional de uma 
pessoa, podemos usar como exemplo a própria situação de se conseguir um 
emprego: é preciso elaborar um currículo e passar por uma entrevista. Ambos 
quesitos necessitarão de conhecimentos da língua portuguesa para isso. 
Muitos concursos públicos apresentam grande parte das suas questões sobre 
a língua portuguesa. 
 
7 – Senso crítico 
 
É necessário interpretar as mensagens recebidas através da leitura ou qualquer 
outro meio de comunicação e conseguir formar uma opinião sobre tal assunto. 
 
20 
O senso crítico nada mais é que formar sua própria opinião sobre as coisas, 
assim as pessoas estarão mais capazes de expressar suas ideias e entender sobre 
assuntos que são desconhecidos. 
Essa parte está ligado com o aprendizado, porque sempre é necessário ter uma 
opinião para se viver na sociedade. Um exemplo disso é quando se lê o jornal ou se 
assiste ao noticiário, muitos ficam indignados com aquilo que veem, formam opiniões 
e passam a discutir sobre determinados assuntos. 
Isso é construir um senso crítico, e isso seria impossível se a sociedade não 
pudesse se comunicar, ler, escrever ou interpretar. 
 
8 – Criatividade 
 
Pode se ter criatividade mesmo que a pessoa não seja letrada, contudo, 
àqueles que são alfabetizados e desenvolvem os aspectos da sua comunicação, são 
muito mais propensos a terem aquelas ideias geniais. 
A criatividade está ligada à imaginação, e nada melhor para desenvolver a 
imaginação do que a leitura, para se ler e compreender é preciso interpretar. 
É meio estranho separar todos esses fatores por tópicos, pois podemos 
perceber que todos estão interligados um ao outro de alguma maneira. 
Mas a questão em si é que a criatividade pode ser potencializada através do 
estudo do português, a leitura é a principal responsável por tal desenvolvimento.6 
 É importante saber a Língua Portuguesa? 
Muita gente acredita que não tem valor nenhum conhecer o idioma pátrio e 
utilizá-lo, corretamente, nos diferentes contextos da vida. Outras acreditam ser tarefa 
para os professores da área de Letras. Mas mesmo na área de Letras há os espaços 
das literaturas que não se debruçam nos melindres do idioma nacional. Assim, mesmo 
aquelas pessoas com formação em Letras possuem uma lacuna nesse campo do 
conhecimento. 
Mas não esse ementário do campo das Letras que aqui se aprecia, mas sim o 
respeito e o valor que as pessoas não devotam ao idioma nacional, aquele que os faz 
 
6 Extraído do link: canaldoensino.com.br 
 
21 
cidadãos de uma pátria como o Brasil. É o bom domínio do idioma que estabelece a 
paz, a harmonia, os avanços e as conquistas de uma nação. 
Sei que essa temática é ‘batida’, mas está sempre a merecer atenção, isso 
porque o domínio do idioma é fator importante para o sucesso e os avanços de uma 
nação em relação às outras no mundo. Cada povo cultiva o ‘domínio do idioma pátrio’ 
de forma peculiar, colocando-o no altar dos conhecimentos primordiais ou na dispensa 
da cozinha, guardando-o num canto como um tempero raramente utilizado. 
Realço o valor do idioma nacional na boa formação do cidadão brasileiro, como 
uma disciplina fundamental para a hegemonia da nação, o sucesso das profissões, a 
realização das pessoas no mercado de trabalho. Muitos estudiosos falam dessa 
importância, afirmando que o ensino de língua portuguesa é essencial para a 
formação do indivíduo. Mas dizer isso por si só não é suficiente, é necessário mostrar 
qual o papel de uma língua nas relações sociais, políticas, religiosas, comerciais e de 
trabalho. 
O ensino de Língua Portuguesa tem o intuito de preparar a pessoa para lidar 
com a linguagem, em situações diversas do cotidiano da vida. Ninguém vive na 
mudez, são as palavras, ou a utilização delas, pela linguagem, que vão traduzir ao 
outro tudo quanto a gente pensa, sonha, deseja, quer conquistar. Não é um jogo de 
adivinhação, mas de realização, de escolhas, de saber e conhecer o idioma para bem 
utilizá-lo com êxito. Nenhuma pessoa deseja ser alienada no campo do idioma nativo. 
Isso seria um absurdo, pois a linguagem é identidade, forma e lugar, como assegura 
o linguista francês Louis Hjelmslev. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais dizem que: O domínio da língua, oral e 
escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o 
homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, 
partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento”. Por isso, ao ensiná-la, a 
escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos 
saberes linguísticos, necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de 
todos”. (PCN, p. 15) 
Então, os próprios PCN‘s mostram a importância do estudo de Língua 
Portuguesa na formação dos cidadãos brasileiros. Pois a linguagem, a pessoa a utiliza 
em todas as situações de seu dia. Com isso, será importante uma mudança política 
em relação ao ensino do idioma pátrio e ao papel do professor de Língua Portuguesa, 
profissional que poderá fazer uma diferença gigante no cenário de uma nação. É 
 
22 
preciso olhar esse professor com atenção e carinho. É ele quem aponta o caminhopara o sucesso das profissões, levando ao mercado de trabalho pessoas que 
manejam, com facilidade, o idioma pátrio para traduzir aquilo que eles aprenderam na 
escola ou na vida. É pelo bom uso da linguagem que se tem a eficiência do processo 
comunicativo e que se terá um país mais livre, capaz de fazer melhores escolhas 
políticas para sair do atraso educacional no qual se encontra mergulhado. 
O Ensino de Língua Portuguesa, junto com os demais (Matemática, História, 
Ciências) é de fundamental importância para a mudança da realidade brasileira. 
Querendo ou não a pessoa que tem uma escolarização, ou seja, uma formação 
efetivamente boa, consegue se sobressair dos demais, conseguindo os melhores 
lugares no mercado de trabalho e, consequentemente, melhoria na vida social.7 
9 A LÍNGUA INGLESA NO NOSSO PORTUGÊS 
Muitas das palavras usadas pelos brasileiros no dia-a-dia são termos 
“emprestados” da língua inglesa. Mas por que utilizar tantas palavras estrangeiras no 
seu cotidiano? Certamente por tal vocabulário estar tão inserido em nossa cultura, 
muitas pessoas não percebem que essas palavras não são “em português”. 
É fácil observar isso em várias situações do dia-a-dia: escola, faculdade, 
trabalho, televisão, jornais e principalmente na internet, onde há conexão com o 
mundo. 
 
Fonte: www.inglesnosupermercado.com.br 
 
7 Extraído do link: agazetadoacre.com 
 
23 
Isso acontece por alguns motivos como a influência do mercado de filmes e 
músicas americanas, o peso das grandes indústrias e seus produtos no mercado 
internacional, o impacto da internet na globalização cultural, especialmente para as 
novas gerações, entre outros. 
Algumas palavras que já foram, praticamente, incorporadas no vocabulário do 
brasileiro são: 
1- TV Full HD: Traduzindo para o português seria “Alta definição cheia”. Mas 
quem fala assim? Ou melhor, quem entenderia assim? 
2- Refrigerador Frost Free: O que você pensaria, por exemplo, de um anúncio 
com a descrição de “Refrigerador com gelo livre”? 
3- SMS: Todo mundo sabe o que é um “SMS”, certo? E se eu te falar que vou 
te mandar uma mensagem curta de serviço? SMS nada mais é do que a 
abreviação do termo, em inglês, “Short Message Service”. 
 
Obs: Não é correto fazer a tradução literal dessas expressões, mas é 
exatamente assim, de forma errônea, que muitas pessoas compreendem. 
 
E parando apenas alguns minutos para pensar a lista parece não ter fim. 
Internet, site, ranking, funk, milkshake, check in, diet, fashion, e-mail, mouse etc. A 
cada dia mais palavras e há até uma lista específica para cada tipo de profissão. Eu, 
por exemplo, sou publicitária e desde a faculdade termos como budget (verba), target 
(público-alvo), job (tarefa), briefing (instruções), brainstorming (discussão de ideias) 
são parte da minha vida. Confesso até que para escrever a tradução em português de 
algumas dessas palavras aqui eu precisei usar um tradutor online porque eu não 
sabia. E isso está tão enraizado em nossa cultura que se ouvir alguém falando: “Já 
receberam as instruções (briefing) desta tarefa (job)? ” Não só isso causará 
estranhamento em um ambiente profissional, como podem até duvidar de sua 
experiência e vivência na área. 
E se a vida no Brasil já é influenciada em demasia pela cultura americana, 
quando se mora nos Estados Unidos tudo isso se complica. Vou explicar o porquê: 
Ninguém duvida das vantagens de se falar várias línguas no mundo 
globalizado, mas isso, às vezes, pode causar uma espécie de curto-circuito. E até 
esquecimento. 
 
24 
Neste caso em um país onde a língua nativa é o inglês, é possível perceber 
que algumas palavras do português “somem” da sua memória. O vocabulário 
português entra em atrito com o vocabulário inglês e o resultado disso é uma fala onde 
mistura-se as duas línguas. Esse comportamento pode parecer estranho ou até 
arrogante para os seus velhos amigos, mas a confusão é real. Frases como “vou fazer 
a minha laundry (lavanderia) ”, “Vamos marcar um playdate (encontro para as crianças 
brincarem)? ”, “Vamos na gym (academia)? ”, “Preciso de um help (ajuda). ” e “Estou 
busy (ocupado) agora” fazem parte da vida dos brasileiros que moram em Nova-
Iorque e todo mundo além de entender acha tudo supernormal. 
Outra situação bem comum de vivenciar morando fora do Brasil é escutar 
expressões que são bastante usadas na língua inglesa, traduzidas literalmente para 
o português, o que fica bastante esquisito e até feio de se escutar como por exemplo: 
“Deixe me saber” = “Let me Know”, ao invés de “Me conta depois” e, “Posso ter uma 
água”? = “Can I have a water? ” – ao invés de “Gostaria de uma água”. 
E quando filhos de brasileiros nascidos em Nova Iorque começam a falar? Eis 
que a “confusão” também acontece por essas crianças aprenderem duas línguas ao 
mesmo tempo: o português “em casa” com os pais, e o Inglês “fora de casa”. Isso 
pode trazer insegurança aos pais, já que especialistas dizem que crianças expostas a 
mais de uma língua tendem a ter um atraso no desenvolvimento da linguagem. Para 
ilustrar o que estou dizendo, ouvi outro dia do filho de uma amiga e mãe brasileira que 
mora em Nova Iorque o seguinte: “Mommy (mamãe em inglês), posso assistir cartoon 
(desenho animado)? ”. 
Quem mora no exterior, em especial em países onde a língua oficial é o inglês, 
sabe que isso realmente acontece. Uma boa notícia é que pesquisas indicam que é 
muito difícil, praticamente impossível, sobretudo na vida adulta, esquecer o idioma 
nativo, mesmo após anos fora do país.8 
 As competências de Língua Portuguesa na BNCC 
Ao aprofundarmos a leitura nas propostas da BNCC – Base Nacional Comum 
Curricular – para Língua Portuguesa, observamos ampla construção no âmbito das 
Linguagens e seus aspectos produtivos e comunicativos. Veremos, então, o elemento 
 
8 Extraído do link: www.brasileiraspelomundo.com 
 
25 
norteador do ensino da língua, o texto, bem como os eixos organizadores de 
aprendizagem das práticas de linguagem e, por fim, as competências do ensino da 
língua materna. Este é o primeiro post da série Língua e Linguagens no Currículo. 
 O centro das práticas de Língua Portuguesa e Linguagens 
Dentro das propostas de ensino e apropriação da linguagem, o texto é foco no 
ensino da Língua, em sua significação mais abrangente: 
O texto é o centro das práticas de linguagem e, portanto, o centro da BNCC 
para Língua Portuguesa, mas não apenas o texto em sua modalidade verbal. Nas 
sociedades contemporâneas, textos não são apenas verbais: há uma variedade de 
composição de textos que articulam o verbal, o visual, o gestual, o sonoro – o que se 
denomina multimodalidade de linguagens. Assim, a BNCC para a Língua Portuguesa 
considera o texto em suas muitas modalidades: as variedades de textos que se 
apresentam na imprensa, na TV, nos meios digitais, na publicidade, em livros didáticos 
e, consequentemente, considera também os vários suportes em que esses textos se 
apresentam. (BNCC) 
Sendo assim, o texto passa a ser o centro do desenvolvimento linguístico, do 
acesso aos saberes socialmente difundidos e do trabalho com a mobilização dos 
conhecimentos necessários para interpretação. 
 A apresentação dos eixos organizadores de aprendizado 
No total, são cinco os eixos organizadores da língua: leitura, escrita, oralidade, 
conhecimentos linguísticos e gramaticais e Educação literária. Cada eixo descrito, 
merece aprofundamento, o que será feito nos próximos artigos, que também se 
basearão nas seguintes competências para área: 
10 COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO 
FUNDAMENTAL 
1. Reconhecer a língua como meio de construção de identidades de seus 
usuários e da comunidade a que pertencem. 
 
26 
2. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, 
heterogêneo e sensível aos contextosde uso. 
3. Demonstrar atitude respeitosa diante de variedades linguísticas, rejeitando 
preconceitos linguísticos. 
4. Valorizar a escrita como bem cultural da humanidade. 
5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem 
adequado à situação comunicativa, ao interlocutor e ao gênero textual. 
6. Analisar argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos 
meios de comunicação, posicionando-se criticamente em relação a conteúdos 
discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais. 
7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação de valores e ideologias. 
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos e 
interesses pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, 
trabalho etc.). 
9. Ler textos que circulam no contexto escolar e no meio social com compreensão, 
autonomia, fluência e criticidade. 
10. Valorizar a literatura e outras manifestações culturais como formas de 
compreensão do mundo e de si mesmo. 
Vemos que texto, leitura, língua, linguagem, literatura e interações sociais são 
palavras-chave no desenvolvimento dessa área rica em análise e criticidade da nossa 
Língua Portuguesa. A BNCC apresenta, então, um olhar integral na formação do 
educando a partir dos eixos organizadores, práticas de linguagem, objetos do 
conhecimento e habilidades esperadas.9 
11 REPENSANDO A LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO MÉDIO 
Sentido. Este deve ser o ponto de partida para toda e qualquer prática 
educacional. O professor precisa construir um sentido para si, para sua prática 
docente e, assim, apenas por este caminho, o ensino poderá proporcionar trajetórias 
e possibilidades satisfatórias aos alunos no que diz respeito à aprendizagem. ·. 
Os propósitos, objetivos e construções da forma de ser, devem (ou deveriam) 
estar bem consolidados e aprofundados no ensino médio, e, em se tratando do ensino 
 
9 Extraído do link: www.lerecompreendertextos.com.br 
 
27 
de Língua Portuguesa, torna-se inconcebível uma prática docente que não haja 
no/pelo/para o social, construindo sujeitos para o mundo. Prontos? Talvez. Mas 
certamente dispostos a aprender e ver criticamente o mundo à sua volta. Tal 
Aprendizado e Leitura são possíveis de serem efetivados através do sentido que 
damos à nossa língua, aquilo que nos é oferecido assim que nascemos, dando-nos 
uma forma de ser, de nos expressar, de nos entender enquanto indivíduos. 
Se tomarmos como base a Língua Portuguesa, a partir das Orientações 
Curriculares para o Ensino Médio (2006), entenderemos a importância de se construir 
sentidos em sala de aula, já que tudo se dá pelo processo, um processo que 
não termina nesta fase, mas que, pelo contrário, deve ser consolidado, (re) 
aproveitado e aprofundado para que suas capacidades sejam desenvolvidas. 
Para isso, esta fase deve oferecer ao aluno a possibilidade de “ (i) avançar em 
níveis mais complexos de estudos; (ii) integrar-se ao mundo do trabalho, com 
condições para prosseguir, com autonomia, no caminho de seu aprimoramento 
profissional; e (iii) atuar, de forma ética e responsável, na sociedade, tendo em vista 
as diferentes dimensões da prática social” (BRASIL/SEMTEC, 2006, p.17-18). Sendo 
assim, um ensino de Língua Portuguesa fora do contexto social fará com que o aluno 
continue sem perspectivas, sem a devida compreensão de sua participação na 
construção de sentidos para a sociedade 
O processo – no qual está em jogo a efetivação do ensino/aprendizagem de 
Língua Portuguesa – dependerá das escolhas feitas pelo professor, da metodologia 
por ele utilizada, enfim, dos objetivos que foram traçados para a aula. O docente deve 
se conscientizar de seu papel mediador e orientador dos usos e procedimentos 
adequados ao ensino da língua, que no ensino médio devem “propiciar ao aluno o 
refinamento de habilidades de leitura e de escrita, de fala e de escuta” 
(BRASIL/SEMTEC, 2006, p.18). 
O aluno precisa ser motivado ao prazer da leitura para que a escrita seja uma 
consequência, também prazerosa, na sua vida diária. Os domínios da fala e da escrita 
necessitam estar sendo sempre motivados pelo professor de Língua Portuguesa, que, 
como orientador, carece primeiramente se orientar, ou seja, necessita estar atento aos 
materiais didáticos e usá-los da melhor forma possível, observando-os criticamente, 
para que continuem sendo materiais de uso e não a sua única possibilidade 
metodológica no ensino. Há, portanto, a necessidade de diversificar as práticas 
metodológicas para um efetivo trabalho com a língua portuguesa. 
 
28 
A Língua Portuguesa é, portanto, um instrumento indispensável para a 
construção da autonomia dos indivíduos nas sociedades contemporâneas. No 
entanto, para isso, o seu ensino deve ceder espaço para as múltiplas linguagens e 
não se deter aos limites impostos pelo ensino tradicional, assim sendo poderá 
abranger os conhecimentos provenientes de diversas outras mídias. Os textos com 
marcas de hibridismo e hipertextualidade veiculados através da internet, da imprensa 
e dos filmes, por exemplo, são marcas legítimas dessas sociedades contemporâneas, 
que são caracterizadas pelo intenso fluxo de informações e pela velocidade na 
comunicação e na criação de novos elementos de interação linguístico-social. O 
ensino de língua portuguesa representa um meio de aquisição dos conhecimentos 
necessários para os indivíduos que pertencem a essas novas sociedades. Somente 
portando esses conhecimentos é que os sujeitos em formação poderão ter mais 
segurança ao agirem sobre o meio do qual fazem parte.10 
12 SAIBA COMO AJUDAR ESTRANGEIROS A FALAR PORTUGUÊS 
O desejo de conhecer novas culturas, somado ao ambiente globalizado em que 
vivemos, faz com que pessoas de todos os cantos do mundo se interessem cada vez 
mais pela aprendizagem de novos idiomas. 
Para nós, brasileiros, a necessidade de aprender a falar inglês ou espanhol não 
é nenhuma novidade. No entanto, para um estrangeiro, aprender a falar português é 
um desafio relativamente novo. 
Devido aos recentes eventos esportivos que o Brasil sediou e como 
consequência de sermos um dos maiores países, com uma economia de destaque e 
com uma diversidade cultural enorme, a língua portuguesa ganha escala global. 
O interesse que os estrangeiros têm em falar português cresce ano após ano, 
seja por objetivos profissionais ou por questões relacionadas à cultura e ao turismo. 
Do mesmo modo, é crescente o interesse em ensinar ou ajudar os estrangeiros que 
residem aqui a falar português. Algumas dicas de como ajudar um estrangeiro são: 
 
10 Extraído do link: acaocolegioecurso.com.br 
http://www.br-visa.com.br/blog/a-importancia-do-treinamento-cultural-para-estrangeiros/
 
29 
 Fale inglês 
Para ajudar um estrangeiro a falar português, antes de mais nada, você precisa 
falar inglês, no mínimo. Considerando que o inglês é o idioma universal, será 
necessário utilizá-lo como modelo de comparação para os termos e gírias da língua 
portuguesa. 
 
 
Fonte: aprenda2.org 
O português é um idioma com uma gramática muito complexa, de difícil 
assimilação. Dessa maneira, para um iniciante no estudo do português, a comparação 
utilizando o inglês facilita — e muito! — o entendimento. 
 Conheça as necessidades e expectativas do aluno 
É importante compreender quais são as necessidades e expectativas que o 
indivíduo tem em relação à aprendizagem do português. Alguns estrangeiros vêm ao 
Brasil com o intuito de aprender a falar português por uma questão de negócios. Nesse 
caso, ajude-o com termos e palavras relacionadas à profissão em questão. 
Já outros, por exemplo, têm a intenção apenas de aprender o necessário para 
a vida do cotidiano, sem exigência de termos mais complexos. No entanto, as 
 
30 
estruturas básicas da língua portuguesa devem ser passadas de qualquermaneira, 
sejam quais forem as necessidades do indivíduo. 
 Promova o aprendizado por meio de atividades dinâmicas 
Uma das melhores maneiras de aprender um novo idioma é através de 
atividades dinâmicas. Uma simples ida ao cinema, a um evento cultural ou a uma 
exposição gastronômica pode ter uma influência muito positiva no aprendizado da 
língua portuguesa. 
A combinação do ensino com as atividades do dia a dia, sem dúvidas, favorece 
a compreensão do idioma estudado. Indo além, isso permite que o estrangeiro entre 
em contato com o português realmente falado pelos nativos, que possui muitas 
diferenças em relação ao idioma encontrado nas gramáticas e dicionários. 
 Fale apenas português 
Isso pode até parecer contraditório com a primeira dica que mencionamos, mas 
não é. Para ajudar um estrangeiro a falar português, você precisa falar apenas 
português! 
Utilize a língua estrangeira apenas para as situações em que isso é realmente 
necessário, que geralmente incluem a explicação da gramática ou comparações de 
termos e gírias. Fora isso, independentemente do nível de português da pessoa, tente 
utilizar nosso idioma pelo máximo de tempo possível. 
 Dê importância à pronúncia 
O foco na pronúncia é uma obrigação na aprendizagem de qualquer novo 
idioma. Ao ensinar português para um estrangeiro, seja exigente em relação a isso, 
cobrando uma pronúncia aceitável e compreensível. 
No entanto, não misture a qualidade da pronúncia com o sotaque. É importante 
compreender que ter sotaque ao falar outra língua é algo natural, difícil de ser mudado. 
Uma dica que ajuda a melhorar a pronúncia é incentivar a interação com a 
língua portuguesa, seja através de filmes e programas de TV nacionais, músicas 
ou grupos de conversação. 
http://www.br-visa.com.br/blog/conheca-os-principais-aplicativos-para-aprender-portugues/
 
31 
 Use expressões corporais 
Uma dica interessante no estudo de idiomas, e normalmente muito eficaz, é o 
uso de expressões corporais. 
Mímicas, associações, desenhos, dança ou qualquer expressão que possa ser 
relacionada com uma palavra ou situação será de grande ajuda no aprendizado do 
português. A assimilação e memorização dos termos se torna mais fácil quando eles 
são associados a imagens ou situações específicas. 
 Seja paciente 
Para ajudar um estrangeiro a falar português, é preciso ter paciência. As coisas 
não acontecem num piscar de olhos, ainda mais tratando-se de um idioma tão rico e 
complexo quanto o nosso. 
Naturalmente, algumas pessoas terão mais facilidade do que outras. Para 
todos os casos, seja paciente e compreenda as dificuldades do indivíduo.11 
13 COMO ENRIQUECER O VOCABULÁRIO DOS ALUNOS DO COLÉGIO? 
Para aprender português, as crianças do ensino fundamental devem adquirir 
uma grande quantidade de habilidades. Embora o português seja sua língua materna, 
aprender a ler, estudar gramaticalmente, escrever exercícios em português, falar e 
vocabulário. 
O português tem milhares de palavras. No dicionário Aurélio Online, estão 
catalogados 435 mil verbetes (palavras com seus significados na internet). 
Ao longo da escolaridade, os alunos estendem seu léxico de português: na 
sexta série, espera-se que um aluno conheça até 6 mil palavras (um adulto com um 
alto nível de educação conheceria entre 25 mil e 40 mil). 
Como aprender o vocabulário de português na escola primária? Aqui está um 
panorama de algumas dicas para crianças em idade escolar. 
 
11 Extraído do link: www.br-visa.com.br 
 
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 Aprender vocabulário do português no ensino primário 
Existe uma relação recíproca entre o vocabulário português e aprender a ler: 
quanto melhor o aluno estiver lendo, mais vocabulário ele adquirirá e mais rápido será 
seu progresso. 
Ler: a solução número um para enriquecer o seu vocabulário! 
Aprender português como língua materna não começa com a entrada na 
escolinha, mas com a idade de dois anos. 
Quando o bebê começa a falar as suas palavras, ele reproduz aquelas faladas 
por seus familiares e aprende suas primeiras 50 palavras. Na turma do jardim de 
infância, a escola trabalha para descobrir o mundo e diferenciar entre a linguagem oral 
e a escrita. 
O jovem aprendiz descobre suas primeiras 750 palavras, então ele deve 
memorizar até 1.500 palavras em média e chegar ao conhecimento de 2.500 palavras 
de vocabulário no maternal: é a descoberta do princípio alfabético. 
Ao longo dos próximos anos, o estudo da língua continua com a aquisição de 
habilidades para enriquecer seu vocabulário e aprender a ler e escrever. 
Assim, os alunos são convidados a aprender entre 2500 e 6 mil palavras entre 
a escolinha e os primeiros anos de colégio. 
Para a criança, isso representa todo um novo universo! Mas tenha certeza: será 
sempre, na escola, acompanhado pela pedagogia do professor. 
A fase fundamental de aprendizagem do ciclo 2 diz respeito aos primeiros anos 
do fundamental: 1º, 2º, 3º ano. 
Educar uma criança para que ele conheça um máximo de campos lexicais tem 
várias questões a serem levadas em conta: 
 Questões filosóficas e sociológicas: aprender a nomear e imaginar o mundo, a 
apropriar-se do mundo para expressar um pensamento, agir e interagir, 
comunicar-se, 
 Questões linguísticas: aumentar o léxico e entender o significado de cada 
palavra aprendida. 
A aquisição do vocabulário pela criança da escolinha, em seguida, o ciclo 
primário, visa classificar as palavras dentro dos tipos de frases e conseguir escrevê-
las na ordem gramatical (sujeito, verbo, objeto e adjetivo). 
 
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Além disso, o aluno constrói um repertório sintático através do estudo de textos, 
documentos, rimas e mídias multivariadas. 
Adquirir a linguagem também é uma ferramenta socializadora que contribui 
para a integração social da criança. Quanto mais ele conhecer um número crescente 
de palavras e assimilar o significado delas, mais ele será dotado da leitura e da escrita. 
Além disso, mais o seu cérebro será rápido, intelectualmente falando. 
Isso evitará alguns fracassos escolares… 
Mas como ensinar o vocabulário às crianças? A leitura é uma ótima maneira de 
melhorar seu vocabulário… 
 Ensinar o vocabulário do português no primário: programas escolares 
As aulas de português e os exercícios de vocabulário ocupam um lugar de 
destaque no sistema escolar. 
Isso é normal, porque cada palavra portuguesa desconhecida do aluno põe um 
freio na boa compreensão do texto ou na compreensão oral. 
Como dar um bom nível lexical a todas as crianças do país? 
Aqui estão os temas do programa para ensinar português a crianças em idade 
escolar. 
Mas a aquisição de vocabulário e a capacidade de falar com certa nitidez não 
se limitam ao curso de português: de história, geografia e matemática também 
envolvem o progresso de um vocabulário técnico e específico. 
Normalmente, as crianças com o vocabulário mais fraco têm, em média, 3 mil 
palavras no fim do 3º ano. Enquanto os alunos com mais facilidade escolar obtêm, em 
média, 8 mil palavras conhecidas. 
Considerando esses dados, é importante distribuir de forma mais equitativa o 
poder das palavras para que algumas não sejam excluídas da fala, leitura e escrita. É 
importante o aluno ter o domínio das regras gramaticais, mas de vocabulário também. 
Os currículos escolares nos primeiros anos do fundamental visam aperfeiçoar 
as aulas do jardim de infância. Eles o fazem graças a prática de atividades de leitura 
e escrita. 
Para fazer isso, o professor de português primário deve respeitar o projeto 
educacional implementado pelo Ministério da Educação, MEC. 
https://www.mec.gov.br/
 
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O MEC, portanto, deve se esforçar para implantar recursos de ensino que 
permitam a regularidade, repetição e esclarecimento da aprendizagem do aluno. 
No fundamental, os alunos são encorajados a fazer uma análise diferenciada 
das palavras mais e mais facilmente, praticar a leitura em voz altae, entre outras 
coisas, escrever. 
O objetivo é memorizar a grafia de palavras frequentes ou palavras irregulares, 
identificar com coerência semântica a ordem das palavras de uma frase simples e, 
finalmente, aprender e assimilar novas palavras. 
Os pais dos alunos, portanto, esperam que a escola dê aos seus filhos um 
conhecimento metodológico para adquirir essas bases. 
Nas 4ª, 5ª e 6ª séries, os alunos continuam a consolidar as habilidades 
supostamente adquiridas no nível escolar anterior. Os novos programas publicados 
nos textos oficiais visam “treinar o leitor aluno”. 
Eles introduzem análise e compreensão de textos e acrescentam: 
 Dominar a forma de palavras relacionadas à sintaxe, 
 Observar como o verbo funciona e soletrar. 
Todas as crianças são, em teoria, levadas a dominar a base comum de 
conhecimento que as escolas têm a missão de fornecer. 
No entanto, um certo número de alunos não consegue acompanhar a rapidez 
dos ritmos escolares ou a qualidade da escola não é boa o suficiente para transmitir 
esses conhecimentos aos alunos: 
Apesar dessa observação, ainda há uma esperança no final do túnel no sistema 
educacional. Quem sabe um dia vamos ter uma escola pública de qualidade? Que vai 
alcançar suas ambições de dar aos nossos estudantes brasileiros uma linguagem oral 
e escrita rica e variada, organizada e compreensível? É importante sonhar e ter 
esperanças… 
Melhorar a gramática brasileira é essencial na escola primária. 
 Aulas de português no fundamental: como ensinar o vocabulário? 
A leitura de obras literárias ajuda muito a enriquecer o vocabulário dos alunos. 
Mas podemos dar Machado de Assis, Euclides da Cunha para uma criança de 
8 a 9 anos para ler? Difícil, somente se a criança for superdotada… Elas ainda não 
têm maturidade para ler esses autores. 
 
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Por isso, a leitura tem que ser adaptada com a sua idade. 
Cada aluno tem, lembre-se, diferentes tipos de memorização. Alguns possuem 
memória visual, auditiva ou cinestésica. 
Algumas crianças precisam se divertir e visualizar para memorizar palavras em 
português. 
 Mobilize todos os tipos de memória 
Em memorização por abordagem visual, pode-se: 
 Escrever a palavra que o aluno deve aprender, 
 Pedir ao aluno que leia a palavra em voz alta 
 Fazer soletrar a palavra, 
 Fazer escrever ou copiar a palavra em uma folha, 
 Pedir ao aluno para “fotografar” a palavra com os olhos, 
 Pedir à criança para fechar os olhos e soletrar a palavra, 
 Pedir ao aluno para escrever a palavra, 
 O adulto corrige a grafia da palavra. 
O aluno pode ser solicitado a distinguir vogais e consoantes da mesma palavra. 
A operação é diferente para ensinar português com memória auditiva: 
 A palavra está escrita em uma folha em branco, 
 O aluno escreve a palavra dizendo cada letra em voz alta, 
 O aluno nomeia a palavra, 
 Então ele reescreve a palavra e lê duas ou três vezes, 
 Esconder a palavra e o aluno escreve a palavra de memória. 
A memória cinestésica combina as abordagens auditiva e visual: 
 A criança pronuncia a palavra em voz alta, 
 Ele escreve e repete a palavra, 
 Ele verifica a palavra e corrige se necessário, 
 Ele traça a palavra com o dedo ou em uma superfície (uma parede ou nas 
costas do adulto), 
 Ele repete a palavra novamente em voz alta, 
 Ele escreve a palavra de memória, verifica e corrige. 
 
36 
Bem, esses métodos funcionam para uma palavra de cada vez. Mas quando 
uma página inteira de texto continua incompreendida, não podemos fazer esse 
exercício para cada palavra! 
O professor pode completar por ditado, desenho ou brincadeira. 
 
 
Fonte: www.youtube.com 
 Jogos para aprender o vocabulário 
As ferramentas de ensino disponíveis para os professores são compostas 
principalmente de jogos para aprendizado e ditado. 
Antes do colégio, o vocabulário aprendido permanece rudimentar. 
Para evitar que seu filho crie uma aversão à língua portuguesa, a maneira mais 
eficaz de captar a atenção é aprender sem contrariar. 
Aqui estão alguns jogos que você pode fazer com seu aluno em sala de aula 
ou com seu filho: 
 Procurar as famílias de palavras: para a palavra “terreno”, por exemplo, 
podemos pedir ao estudante se outras palavras vêm à mente (“terra” ou 
“pasto”), 
 Escrever em outros lugares fora do caderno: em um quadro em branco, folhas 
coloridas, etc., para liberar a criatividade, 
 Revisar as palavras da vida cotidiana (roupas, objetos domésticos, cores, 
animais, etc.) e categorize-as para aprender o campo lexical, 
 
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 Criar listas de palavras do vocabulário e pedir que eles leiam em voz alta, 
 Pedir à criança que leia as palavras enquanto o adulto as estiver escrevendo 
(inversão de papéis): é a criança que estará se formando e sem saber! 
 Jogar o jogo das capitais do mundo e soletrar as cidades: ao mesmo tempo em 
que aprendemos geografia física, aprendemos a grafia dos nomes próprios. 
Variando a metodologia, aprender o vocabulário pode ser uma atividade 
divertida para crianças pequenas.12 
14 PORTUGUÊS PARA FILHOS NASCIDOS E CRIADOS FORA DO BRASIL 
Vivendo em um mundo tão globalizado e interligado o bilinguismo já não é uma 
opção e sim uma necessidade da atualidade. Porque não oferecer essa vantagem aos 
seus filhos desde o nascimento?! 
 Qual a importância em transmitir o idioma nativo dos pais para os filhos 
Qual a importância em transmitir o idioma nativo dos pais para os filhos? 
Existem muitos motivos para os pais incentivarem o bilinguismo em seus lares. 
O bilinguismo tem um impacto profundo e estrutural no desenvolvimento do cérebro 
infantil, especialmente na primeira infância. Esse impacto é muito positivo em geral: 
 Estudos mostram que o cérebro bilíngue tem mais facilidade na realização de 
tarefas simultâneas (conflituosas). 
 Crianças multiculturais se beneficiam tanto socialmente quanto 
individualmente, por saberem se comunicar em mais de um idioma; 
 Psicologicamente, crianças que aprendem os idiomas nativos da mãe e do pai 
se sentem mais ligadas às suas origens. 
A língua materna é a primeira língua aprendida pelo bebê e geralmente é 
aquela correspondente a cultura com a qual o indivíduo vai se identificar. (Um bilíngue 
simultâneo possui duas línguas maternas.) 
 
12 Extraído do link: www.superprof.com.br 
 
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 Como ensinar português para os filhos desde o nascimento? 
Os bebês aprendem linguagem involuntariamente e por exposição. O cérebro 
humano é formado de uma tal forma que busca sentido e significado em tudo, ele é 
feito para a linguagem. Na verdade, o bebê não aprende a linguagem ele é apreendido 
pela linguagem. 
Se você mora no exterior e deseja criar seus filhos bilíngues, falar com eles em 
português desde o nascimento é a opção mais fácil para pais e filhos. Abaixo, algumas 
dicas de como alcançar este objetivo: 
1) Mãe e pai devem conversar sobre esta decisão e definir um método de 
ensino que funcione para a situação familiar: 
a) Se a mãe é brasileira e o pai é de outra nacionalidade ou vice-versa, o melhor 
método é aquele no qual a mãe se comunica com a criança exclusivamente na língua 
nativa dela e o pai na língua nativa dele. Este método é conhecido como OPOL – One 
person, one language. 
b) Se a mãe e o pai são brasileiros, o melhor método é o de falar português em 
casa e o idioma do país onde vivem fora de casa. Este método é conhecido como 
MLAH – Minority Language At Home. Ambos métodos tendem a proporcionar uma 
exposição balanceada aos dois idiomas. Assim o bebê aprende as duas línguas 
simultaneamente. 
2) Comunique aos familiares, amigos íntimos, pediatra e futuramente 
professores, sobre a sua decisão de criar seus filhos bilíngues e os informes sobre o 
seu método usado. Este comunicado é muito importante. Pode evitar situações 
desagradáveis e indesejadas quando os familiares te ouvirem falar em português com 
seu filho empúblico ou em reuniões de família. Dar esta informação para as pessoas 
que farão parte da sua vida e da vida do seu filho faz uma diferença imensa e te ajuda 
e se engajar na causa porque agora todos sabem dos seus objetivos. Quando as 
pessoas sabem e entendem o que você está fazendo, fica mais fácil conseguir o apoio 
e suporte delas. Com o apoio de todos, você se sentirá forte e certo da sua escolha. 
Além de criar uma situação onde você não vai se sentir rude por estar falando com 
seu filho (a) em outro idioma. 
3) É importante que os pais se comuniquem com seus bebês e se relacionem 
com eles na língua que for mais natural para esses pais. Assim terão condições de 
oferecer aos filhos acesso irrestrito ao seu idioma e cultura. Caso português seja sua 
https://bilingualkidspot.com/2016/10/07/opol-method-one-person-one-language/
https://bilingualkidspot.com/2016/10/07/opol-method-one-person-one-language/
https://bilingualkidspot.com/2017/01/04/minority-language-home-method-mlah-bilingual-kids/
 
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língua materna, mas não a mais fluente, você pode trabalhar em melhorar a sua 
fluência em português e beneficiar, não apenas o cérebro do seu filho, como o seu 
também. 
4) Exponha seus filhos ao português diariamente e consistentemente! Fale, 
cante, leia e se expresse em todos os sentidos em português para seus filhos desde 
o nascimento. Tente ao máximo não misturar os idiomas e seja consistente com o 
método de ensino escolhido. A exposição ao português e a consistência desta 
exposição são a chave para o sucesso em qualquer método. 
Os estudos mostram que o bilinguismo não justifica um atraso na fala, mas 
crianças bilíngues ou monolíngues podem ter atraso na fala devido a outros fatores. 
 Como ensinar o português para os filhos em idade escolar? 
Se o seu filho fala apenas o idioma do país onde ele nasceu e vive não se 
preocupe, ainda está em tempo de ele aprender! Uma abordagem positiva no uso e 
incentivo do idioma é importante, assim como a consistência, e o contexto. 
A criança que já está em idade escolar, ou seja, a partir da segunda infância, 
tem plenas condições de aprender um outro idioma. No entanto, ela será um bilíngue 
sequencial e não um simultâneo. Sendo assim, a segunda língua não será 
posicionada como materna no cérebro. 
Existem vários níveis de fluência nas línguas e o nível de fluência tem relação 
com: a necessidade do idioma, a exposição ao idioma, o uso propriamente dito do 
idioma, o status da língua na região em que o sujeito vive, e a relação que esse sujeito 
tem com esse idioma e cultura. 
Algumas dicas de como inserir e incentivar a aprendizagem do português na 
idade escolar, ou segunda infância: 
1) Descubra o que o seu filho gosta ou poderia gostar na cultura 
brasileira: Músicas, artistas, séries, livros, cordel, gibi, folclore, etc. podem te ajudar a 
saber por onde começar a conquistar a atenção e interesse do seu filho em aprender 
português. 
2) Procure brasileiros perto de onde você mora e forme ou participe de grupos 
que possam trazer contextualização e enriquecimento social a essa aprendizagem. 
Afinal ninguém aprende uma nova língua para falar com as paredes ou com o espelho 
(risos). 
 
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3) Coloque seu filho (a) em situações onde seja necessário que ele tente falar 
e/ou entender o português para se comunicar. Por exemplo: uma babá que fale 
apenas português; uma visita prolongada de algum familiar querido que se comunique 
apenas português; férias no Brasil com a vovó, tios e primos; colônia de férias no 
Brasil com outras crianças. Estas são situações onde a criança tem um enorme 
estímulo para tentar se comunicar. Tais circunstâncias, reúnem questões afetivas e 
sociais, e são ricas em contextualização e intensidade. 
4) Matricule seu filho em alguma escola de português ou arranje aulas 
particulares com professores ou tutores de português, nem que seja pelo Skype, por 
exemplo. Claro que, não adianta forçar seu filho a estudar português, esta opção só 
funciona se ele tiver interesse em aprender. 
De toda a herança que deixaremos para nossos filhos poucas coisas trarão 
consigo tanta conexão e autoconhecimento quanto uma língua de herança.13 
15 O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: ASPECTOS METODOLÓGICOS E 
LINGUÍSTICOS 
A insegurança na comunicação, principalmente em situações formais, 
demonstrada pelos escolares, a incapacidade de redação na maioria dos candidatos 
em concurso vestibular e a dificuldade de compreensão de textos em todos os níveis 
escolares constituem indicações da importância do ensino na Língua Portuguesa, cujo 
questionamento vem ocupando uma posição central no contexto educacional. 
Essa situação faz com que os professores de Português realizem estudos e 
pesquisas e apresentem alternativas para melhor funcionalidade desse ensino, a partir 
da análise das suas deficiências. 
Os profissionais da Língua Portuguesa voltam-se às ciências linguísticas como 
a fonte de onde se podem inferir normas metodológicas para o ensino, que, 
associadas aos princípios metodológicos, permitem uma tomada de posição mais 
efetiva sobre o que ensinar e como fazê-lo. 
Nossa interpretação é de que o fato metodológico é realmente abrangente, 
visto encerrar uma filosofia de educação, o pensamento de uma sociedade com 
peculiaridades locais em permanente e acelerada mudança, e uma teoria linguística. 
 
13 Extraído do link: abcmulticultural.com 
 
41 
No Brasil, o ensino da língua materna tem-se desenvolvido quase somente por 
meio do ensino da gramática tradicional. E o pressuposto básico, nessa acepção, é 
de que saber a teoria gramatical equivale a saber Português. 
A gramática é, portanto, colocada e vista como parte fundamental do ensino da 
língua. Decorrentes dessas premissas surgem as diretrizes metodológicas: toda a 
teoria gramatical é sistematizada e estruturada para que o escolar a domine no 
processo de escolarização. Os conteúdos das oito séries de 1º grau e os das três 
séries do 2º grau são reunidos num conjunto compartimentado. Há, assim, onze 
compartimentos, cada um correspondendo a um ano letivo, complementados com 
exercícios dimensionados, conceitos, regras e exceções. 
Embora essa metodologia de ensino da Língua Portuguesa eivada só de 
gramática seja desgastante, ela é de procedimento geral em classes de 1º grau. 
O posicionamento, visto assim, é fruto de uma tradição histórica, organizada 
numa concepção clássica do ensino da língua, trazida pelos jesuítas. Em termos 
concretos, essa tradição de ensino, que procurava seu aperfeiçoamento evitando 
qualquer alternativa, fazia com que o professor que só havia aprendido gramática, 
apenas gramática ensinasse, fechando assim um círculo vicioso, com poucas 
perspectivas de mudanças. 
 
 
Fonte: www.portalbueno.com.br 
 
42 
Esse posicionamento foi sendo reforçado e estratificado pelas principais 
normas legislativas. Em 1959, por exemplo, a Portaria 36, do Ministério da Educação 
e Cultura (MEC), disciplina a adoção da Nomenclatura Gramatical Brasileira e 
recomenda seu uso no ensino programático como também em atividades que visem 
à verificação da aprendizagem. Nessa mesma Portaria são definidas as instruções 
quanto à seleção dos termos da nova nomenclatura: exatidão científica do termo; 
vulgarização internacional e a sua tradição na vida escolar brasileira. E quanto às 
recomendações atinentes à aplicação, destaca-se: dá-se importância a revisão da 
doutrina gramatical e à realização de pesquisas contínuas para detectar os erros mais 
comuns cometidos pela coletividade escolar, atentatórios à gramática. Se é louvável 
a intenção da Portaria com relação à revisão permanente da doutrina gramatical - o 
que nunca foi feito - e com a pesquisa dos fatos linguísticos correntes - o que também 
nunca foi feito - é lamentável a concepção linguística subjacente à Portaria. É uma 
concepção defasada da variação linguística,

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