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SAE SAE -- POPO Profª. Ms.Tainara Sardeiro de Santana Faculdade Estácio de Sá de GO Gerente do Ambulatório CEROF/HC/UFG enftainara@gmail.com SAE SAE -- POPO REAVALIAÇÃO!!! SAE NO SAE NO POPOPOPO Os cuidados pós-operatórios incluem a recuperação pós-anestésica, a recuperação hospitalar e a convalescença domiciliar e terminam com o restabelecimento do paciente. PÓS-OPERATÓRIO O pós-operatório imediato são as primeiras 24 horas. Começa na sala de recuperação pós-anestésica e continua na enfermaria, no cuidado intermediário ou intensivo, dependendo da gravidade do quadro clínico do paciente do porte da cirurgia e do risco de complicações graves. Os cuidados pós-operatórios compreendem medidas básicas como: suporte hidroeletrolítico e nutricional, controle da dor, PÓS-OPERATÓRIO mobilização precoce, cuidados com a ferida cirúrgica, suporte emocional, prevenção e detecção de complicações relacionadas à cirurgia e comorbidades. Os distúrbios cardíacos, respiratórios, hidroeletrolíticos e as infecções não controladas são os que mais frequentemente podem levar o paciente ao óbito no pós-operatório, essas alterações devem ser detectadas e tratadas precocemente; PÓS-OPERATÓRIO A assistência pós-operatória deve ser multidisciplinar, incluindo além da assistência do cirurgião e especialistas relacionados ao caso os cuidados de enfermagem, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, assistente social, etc. Durante o período em que o paciente estiver internado, ele deve ser examinado diariamente pelo menos duas vezes ao dia e cada evolução deve ser registrada no prontuário de forma concisa, completa, sistematizada e legível PÓS-OPERATÓRIO Essa evolução deve conter o diagnóstico, o tipo de cirurgia realizado, o tempo de pós-operatório, os dados vitais, a descrição dos achados relevantes dos exames clínico e complementares, intercorrências e conduta. PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES E INTERCORRENCIAS NO POS- OPERATORIO SINAIS VITAIS E EVOLUÇÃO DE PARÂMETROS CLÍNICOS ESSENCIAIS: Nas primeiras horas pós-operatórias a evolução e variações dos sinais vitais, como frequência respiratória, frequência cardíaca, pressão arterial, pressão venosa central (se estiver sendo monitorizada), amplitude dos pulsos, Temperatura, perfusão periférica, nível de consciência, volume urinário, volume e aspecto do líquido drenado, Em situações especificas, outras monitorizações são necessárias, como a pressão intracraniana, em algumas neurocirurgias e pulsos periféricos em membros operados, etc. consciência, volume urinário, volume e aspecto do líquido drenado, intensidade da dor, etc., são os principais sinais de alarme de possíveis complicações. Febre acima de 38ºC ocorre em até 15% dos pós-operatórios de cirurgias limpas e não complicadas e a maioria dos casos não está relacionada a infecção. FEBRE NO PÓS-OPERATÓRIO: Quando a febre se manifesta nos primeiros dois dias, geralmente está relacionada a atelectasia pulmonar. Entretanto, nos pacientes com deterioração do estado geral, deve-se afastar a possibilidade de uma complicação operatória maior, como fistula, deiscência de sutura, isquemia, peritonite, etc. A avaliação clínica deve ser cuidadosa, incluindo a pesquisa de sinais de infecção na ferida cirúrgica, flebites e infecção relacionada a cateter, alterações da ausculta pulmonar ou na palpação abdominal, etc. FEBRE NO PÓS-OPERATÓRIO: Quando a febre persistir por mais de 3 a 5 dias - ou antes disso se o paciente - parece estiver piorando - complementar a pesquisa clinica de possíveis focos de infecção com um radiografia de tórax, hemograma, urocultura, hemocultura e outros exames de imagem (ultra-som, tomografia). FEBRE NO PÓS-OPERATÓRIO: As visitas periódicas ao paciente e os exames clínicos seriados são as medidas mais importantes para detecção de complicações. É necessário procurar sinais de complicações mais frequentes para o tipo de cirurgia de acordo com o paciente. EXAME CLINICO SERIADO: Nas cirurgias abdominais a evolução do íleo temporário é acompanhada pela ausculta do peristaltismo, característica dos vômitos, eliminação de flatos, apetite, distensão abdominal e suas repercussões respiratórias. EXAME CLINICO SERIADO: A presença de dor, edema ou aumento de volume das pernas pode ser sinal de tromboembolismo. Modificações do padrão respiratório, dispneia, taquipnéia, dor torácica, A ferida cirúrgica deve ser cuidado somente examinada sobretudo se houver sensibilidade, dor exagerada, rubor, edema ou secreção. volume e aspecto do catarro, intensidade da tosse e alterações à ausculta são importantes para detectar complicações respiratórias (atelectasia. bronquite, pneumonia, embolia. etc.) PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Na maioria dos casos o paciente evolui bem no pós-operatório e nenhum exame subsidiário é necessário. COMO CONFIRMAR Nas cirurgias de grande porte, ou quando há suspeita de complicações, ou nos pacientes de risco (idosos, debilitados, desnutridos, obesos mórbidos, imunodeprimidos, portadores de comorbidades graves, etc), os exames mais frequentemente necessários são hemograma, função renal, glicemia e radiografia de tórax. COMO CONFIRMAR CUIDADOS NA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA O paciente deve ser acomodado de forma confortável que facilite a respiração, o posicionamento correto das vias aéreas, a observação e monitorização. As macas ou leitos precisam ter grades de proteção contra quedas em As macas ou leitos precisam ter grades de proteção contra quedas em caso de agitação. O aquecimento deve ser suficiente para evitar ou reverter hipotermia (usar cobertores). CUIDADOS NA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA As vias aéreas são mantidas de acordo com o nível de depressão pós- anestésica, por intubação, por cânula orofaríngea temporária ou apenas com posicionamento, aspiração e vigilância. Como os vômitos são frequentes nessa fase, deve-se estar preparado paraComo os vômitos são frequentes nessa fase, deve-se estar preparado para posicionar o paciente em decúbito lateral, recolher o material vomitado, evitar a aspiração e aspirar a faringe se for necessário Se a ausculta pulmonar mostrar excesso de secreção brônquica, o paciente deve ser estimulado a tossir ou, se estiver intubado ou traqueostomizado, deve ser aspirado adequadamente. CUIDADOS NA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA O paciente é acordado com estímulos táteis externos e voz, avisado que a cirurgia terminou e que está bem, observando-se sua reação. À medida que o paciente acorda, a dor costuma ser sua principal queixa e a necessidade de analgesia complementar deve ser avaliada. Os idosos devem receber atenção maior, respeitando sua eventual confusão mental, raciocínio lento, dificuldades de ouvir e enxergar. CUIDADOS NA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA Pacientes mantidos em ventilação assistida na recuperação anestésica precisam ter os cuidados de vigilância e monitorização intensificados, sobretudo em relação à aspiração de secreções, deslocamento do tubo por agitação na recuperação da anestesia e mau funcionamento do respirador Pacientes já extubados e conscientes devem ser estimulados a tossir e fazer inspirações profundas intercaladas. CUIDADOS NA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA Enquanto permanecer inconsciente, o paciente deve ser mudado de posição no leito a cada meia hora. Depois de consciente, mas ainda sonolento, a mudança de posição deve ser providenciada ou estimulada com frequência.ser providenciadaou estimulada com frequência. A folha de balanço hídrico da anestesia (principalmente fluidos e sangue infundidos, perda urinaria, perda por cateteres, drenos e sondas) deve continuar sendo completada no período em que o paciente estiver na recuperação pós-anestésica. Isso ajuda a orientar a necessidade de infusão adicional de liquidas e eletrólitos ou, ao contrário, indica ser preciso administrar diuréticos para reduzir a sobrecarga hídrica e o edema pulmonar. CUIDADOS NA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA Se o paciente estiver sem cateter urinário, deve ser estimulado a urinar periodicamente em comadre ou marreco e se não urinar em 6 a 8 horas após a cirurgia, comunicar o cirurgião. Após a estabilização respiratória, cardíaca e neurológica, o que geralmente demora de 1 a 3 horas, o paciente pode ser liberado para o leito da enfermaria, cuidados intermediários ou terapia intensiva. CUIDADOS NA RECUPERAÇÃO PÓS ANESTÉSICA Ao passar o paciente para o médico responsável das unidades de tratamento intensivo. o anestesiologista faz um relato do histórico cirúrgico, eventuais complicações e recomendações pertinentes. Pode ocorrer por depressão anestésica prolongada. Obstrução Laringottaqueobrônquica por edema (traumático ou alérgico), retenção de secreções, trauma da intubação, broncoespasmo, etc. EXTUBAÇÃO COMPLICADA AO FIM DA ANESTESIA: Outras causas são as disfunções respiratórias por atelectasia, pneumotórax, paralisia diafragmática ou de pregas vocais, por lesão dos nervos frênicos e laríngeo recorrente. SISTEMATIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO BÁSICA DO PÓS- OPERATÓRIO 1 Posição do paciente no leito e mobilização. 2. Dados vitais em intervalos de 1 a 6 horas, dependendo da estabilidade clínica do paciente. 3. Medida da diurese e balanço hídrico de 12 em 12 horas.3. Medida da diurese e balanço hídrico de 12 em 12 horas. 4. Oxigenioterapia e micronebulização com soro fisiológico por 20 a 30 minutos, 3X ao dia. 5. Fisioterapia respiratória e mobilização passiva e ativa do paciente. 6. Cuidados com sondas, drenos e cateteres SISTEMATIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO BÁSICA DO PÓS- OPERATÓRIO 7. Cuidados com a ferida cirúrgica e estomas. 8. Medicação sintomática para febre, dor e vômitos. 9. Medicamentos de uso habitual do paciente após avaliação de sua necessidade. 10. Antibióticos profiláticos ou terapêuticos. 11. Medicamentos específicos do pós-operatório, (como heparina, bloqueador ácido, reposição de corticoide, laxativos ou emolientes fecais, hemoderivados, etc.). 12. Nutrição oral, enteral ou parenteral. Posições especificas relacionadas com a cirurgia devem ser especificadas pelo cirurgião na prescrição. A necessidade de manter determinadas posições é mais frequente em cirurgias ortopédicas, da coluna e em alguns tipos de cirurgia plástica. POSIÇÃO NO LEITO E MUDANÇAS DE POSIÇÃO: Enquanto estiver inconsciente. o paciente deve ser mudado de posição a cada meia hora para evitar isquemia por compressão além de proteger as vias aéreas. Após recuperar a consciência, mudanças de decúbito e movimetação ativa e passiva das pernas ajudam a evitar atelectasias e tromboembolismo. HIDRATAÇÃO: Antes da prescrição do soro de reposição de perdas e de manutenção, deve-se avaliar cuidadosamente o estado de hidratação e a volemia do paciente (turgor e elasticidade da pele, umidade das mucosas, frequência cardíaca, pressão arterial, amplitude dos pulsos, volume e aspecto da urina). HIDRATAÇÃO: Pesquisar eventuais sinais de congestão (jugulares túrgidas ou com refluxo hepatojugular, área cardíaca aumentada ao exame clinico ou à radiografia, hepatomegalia dolorosa, terceira bulha, crepitações nas bases com taquipnéia, etc.), que Indicariam necessidade de reduzir o E recomendável recalcular o balanço hídrico do dia anterior e, no pós- operatório imediato. da cirurgia. A diurese deve ser mantida em torno de 1 ml/kg/hora (mínimo de 0.5 ml/kg/hora ou 40 ml/hora). volume de liquides ou mesmo usar diuréticos. HIDRATAÇÃO: NUTRIÇÃO No tratamento do paciente, seja clínico ou cirúrgico, o aspecto nutricional deve ser uma das prioridades. Existe, atualmente, uma nítida e crescente preocupação dos profissionais A introdução precoce de suporte nutricional tem sido enfatizada como uma maneira de diminuir a morbimortalidade. Existe, atualmente, uma nítida e crescente preocupação dos profissionais médicos com o estado nutricional de seus pacientes, principalmente aqueles internados em unidade de terapia intensiva (UTI), pacientes sépticos, desnutridos prévios e, cirúrgicos. É necessário que o profissional da saúde veja a cirurgia como um agente gerador de alterações metabólicas, que nada mais são do que uma resposta compensatória do organismo. NUTRIÇÃO Essas alterações provocam aumento de glucagon, glicocorticóides, catecolaminas e liberação de mediadores inflamatórios como inter- leucinas e fator de necrose tumoral. Ocorrem ainda, alterações importantes no metabolismo das proteínas, carboidratos e gorduras. Pode ser precoce, 8 a 24 horas após a cirurgia, nos procedimentos não complicados sob anestesia geral, desde que o paciente esteja alerta, tenha passado completamente o efeito da anestesia, retomado o apetite e o peristaltismo. REINICIO DA DIETA e o peristaltismo. Vários estudos demonstram que é seguro iniciar a dieta 4 a 12 horas após a recuperação anestésica. Nos pacientes com depressão do estado de consciência e com risco aumentado de aspiração se houver vômito ou regurgitação, a dieta é reiniciada após 3 ou 4 dias pós-operatórios. REINICIO DA DIETA Deve-se evitar períodos longos de jejum, pois o início da dieta aumenta o fluxo esplâncnico e a ação de hormônios gastrintestinais, melhorando o peristaltismo e reduzindo o tempo do íleo adinâmico. Mesmo após colectomias, é possível reiniciar a dieta liquida restrita em pequenos volumes com 24 a 48 horas pós-operatórias nos pacientes estáveis Geralmente, faz-se uma progressão de dieta liquida (sopa e sucos), dieta branda e dieta livre, mas não existem evidências de que esse tipo de progressão apresente uma vantagem real. REINICIO DA DIETA Pacientes com perda de 25% do peso corporal possuem maior risco de mortalidade. Uma perda ≥ 10% do peso é clinicamente significativa, e medidas NUTRIÇÃO Uma perda ≥ 10% do peso é clinicamente significativa, e medidas nutricionais devem ser aplicadas. Cuidado: com a interpretação de grandes perdas de peso após o trauma e ressuscitação, pois podem refletir a perda de líquido que foi administrado durante a fase do primeiro atendimento. A grande meta é prevenir ou tratar a desnutrição e suas consequências. Sendo assim, os pacientes que irão se beneficiar de um aporte nutricional são: Pacientes traumatizados graves com prognóstico de ventilação mecânica prolongada. NUTRIÇÃO prolongada. Pacientes que não terão o restabelecimento da via oral em cinco dias ou que não estão recebendo nutrição adequada. Pacientes com fístulas digestivas. Pacientes com perda de peso corporal ≥ 10%. Desnutridos prévios. Pacientes que receberam transfusão sanguínea maciça (>20 unidades/24h). Para que se possa iniciar um suporte nutricional é fundamental que o paciente esteja hemodinamicamente estável. MOMENTO PARA O INÍCIO DO SUPORTE NUTRICIONAL Já está estabelecido que a nutrição precoce possui impacto positivo na prevenção ou minimização da desnutrição proteica aguda e na sepse. Para a escolha da via de acesso devem ser considerados aspectos relativos à duração do suporte nutricional, função gastrintestinal, risco de aspiração, potencialidade de complicações. VIAS DE ACESSO PARA O SUPORTE NUTRICIONAL de aspiração, potencialidade de complicações. Está estabelecido que, caso o paciente não possa receber dieta por via oral, a nutrição enteral via gastro ou jejunostomia deve ser recomendada. São inúmeras as vantagens da via enteral, tais como manter o trofismo do intestino evitando translocação, mantera ação imunológica da mucosa, atenuar os efeitos catabólicos hormonais e tornar o aparelho gastrintestinal mais adaptado quando iniciar via oral. VIAS DE ACESSO PARA O SUPORTE NUTRICIONAL mais adaptado quando iniciar via oral. A nutrição parenteral estará indicada quando houver impossibilidade de utilizar o trato gastrointestinal ou quando a nutrição enteral não conseguir atender todas as necessidades calóricas. A nutrição parenteral (NP) é classicamente indicada quando há contraindicação absoluta para o uso do trato gastrointestinal; TERAPIA NUTRICIONAL mas é também utilizada como complemento para pacientes que não podem receber todo o aporte nutricional necessário pela via enteral. Consiste basicamente de uma solução ou emulsão preparada para estar em equilíbrio com as demandas do organismo de nutrientes como carboidratos, aminoácidos, lipídeos, vitaminas e minerais. Estas duas terapias são regulamentadas, respectivamente, pela Resolução RCD Nº 63/2000 da Agência Nacional de Vigilância TERAPIA NUTRICIONAL Sanitária (ANVISA) e pela Portaria SVS/MS Nº 272/1998 do Ministério da Saúde; TERAPIA NUTRICIONAL O Conselho Federal de Enfermagem aprovou uma nova norma técnica relativa a assistência de enfermagem na terapia nutricional: a Resolução COFEN Nº 277/2003 determina normas de procedimentos a serem seguidos pelas equipes de enfermagem,procedimentos a serem seguidos pelas equipes de enfermagem, estabelece os recursos humanos e técnicos necessários e revoga a Resolução COFEN Nº162/1993. IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO NUTRICIONAL O enfermeiro e sua equipe têm um importante papel em identificar os pacientes desnutridos e também aqueles que apresentam determinadas características sabidamente associadas a problemas nutricionais. Para este fim, os dados básicos a seguir devem ser colhidos pelo enfermeiro.Para este fim, os dados básicos a seguir devem ser colhidos pelo enfermeiro. Pacientes que apresentam perda significativa de peso, índice de massa corporal (IMC) fora da normalidade ou outros fatores de risco nutricional, devem ser atentamente monitorados e receber terapia nutricional quando indicado. Condições físicas e doenças Úlceras de pressão Imobilidade, dependência, limitações para as atividades diárias Câncer e seus tratamentos AIDS IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO NUTRICIONAL AIDS Complicações gastrointestinais Condições de catabolismo ou hipermetabolismo (trauma, cirurgia, infecção) Alergias a alimentos Perdas sensoriais (visão, gosto, olfato etc) Doença renal, hepática ou cardíaca crônica Doença pulmonar obstrutiva crônica Uma vez identificado o paciente internado com risco nutricional, deve-se monitorar rigorosamente a sua ingestão de alimentos. Quando necessário, o nutricionista deverá calcular a ingestão calórica a partir de IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES COM RISCO NUTRICIONAL Quando necessário, o nutricionista deverá calcular a ingestão calórica a partir de anotações de enfermagem completas e claras. Em alguns casos esta anotação pode ser feita pelo próprio paciente ou seu acompanhante sob forma de um recordatório de 24 horas. Uma série de fatores, como: depressão respiratória anestésica, dificuldade de tossir por dor, fraqueza transitória do diafragma, tendência a atelectasias, retenção ou aspiração de secreções, OXIGENOTERAPIA E SUPORTE VENTILATÓRIO retenção ou aspiração de secreções, inflamação pulmonar secundária a resposta inflamatória sistêmica, lesão ou irritação laringotraqueal pela intubação, edema pulmonar por hipervolemia ou disfunção cardíaca, broncoespasmo, doença pulmonar prévia, etc., podem contribuir para graus variáveis de disfunção respiratória no pós-operatório. Evitar a hipoxemia melhora a cicatrização, acelera a recuperação e reduz os riscos de complicações. OXIGENOTERAPIA E SUPORTE VENTILATÓRIO Pacientes com quadros mais graves de hipoxemia e hipercapnia poderão exigir ventilação pulmonar assistida nas primeiras horas ou dias após aexigir ventilação pulmonar assistida nas primeiras horas ou dias após a cirurgia. Outros toleram a extubação inicial no bloco cirúrgico e voltam a apresentar disfunção respiratória grave, exigindo reintubação nas primeiras horas por SARA/SIRS, atelectasia, edema pulmonar ou obstrução alta. Os principais sinais de que o paciente está entrando em insuficiência respiratória são taquipnéia acima de 25-30 irpm, PCO2 acima de 50 mmHg e PO2 abaixo de 60 mmHg. OXIGENOTERAPIA E SUPORTE VENTILATÓRIO Dificuldades respiratórias são mais frequentes nas cirurgias torácicas e do abdômen superior, sobretudo se houve manipulação do ou nervos frênicos. A necessidade de terapia intensiva com ventilação assistida principalmente em cirurgias cardíacas e neurológicas PROFILAXIA DAS ATELECTASIAS E DOS PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS Os pacientes de maior risco de complicações respiratórias no pós- operatórios são: portadores de DPOC pacientes acima de 60 anos (risco duplica nos acima de 60 anos, triplica nos acima de 70 anos)acima de 60 anos, triplica nos acima de 70 anos) pacientes com classificação pré-operatória ASA II ou maior portadores de insuficiência cardíaca (mesmo controlada) cirurgias de emergência cirurgias com mais de 3 horas de duração. Aumentos menores de risco estão relacionados: aos fumantes sem evidências de DPOC (30% de aumento), aos obesos (10% de aumento) e portadores de asma sem DPOC (aumento de 3%). PROFILAXIA DAS ATELECTASIAS E DOS PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS portadores de asma sem DPOC (aumento de 3%). As complicações mais frequentes são atelectasias, pneumonias de aspiração ou hospitalar, insuficiência respiratória e exacerbação de DPOC (diagnosticada previamente ou não). Após as cirurgias abdominais maiores, a capacidade vital pulmonar reduz em cerca de 40% durante as primeiras horas, o que se aos efeitos PROFILAXIA DAS ATELECTASIAS E DOS PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS reduz em cerca de 40% durante as primeiras horas, o que se aos efeitos da depressão respiratória pós-anestésica, edema e inflamação pulmonar, Dor, distensão abdominal e disfunção diafragmática outros complicadores frequentes. PROFILAXIA DAS ATELECTASIAS E DOS PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS As atelectasias ocorrem em cerca de 25% dos pacientes em pós operatório de laparotomia, complicando o quadro respiratório e podem levar a insuficiência respiratória aguda. É mais comum nas primeiras 48 horas e é responsável por 90% dos casos de febre nesse período, se a atelectasia não se desfizer em até 3 dias, uma pneumonia poderá complicar na maioria dos casos. As principais medidas para evitar atelectasias são: • sentar o paciente assim que possível • Incentivar o paciente a tossir e fazer inspirações profundas periódicas forçadas de forma sistemática. PROFILAXIA DAS ATELECTASIAS E DOS PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS forçadas de forma sistemática. • hidratar o paciente adequadamente (e sem excesso), para manter as secreções mais fluidas e fáceis de serem eliminadas. Ao incentivar a tosse, se o paciente se queixar de dor ao tossir, ensiná- lo a abraçar um travesseiro contra o tórax abdômen, para reduzir a dor PROFILAXIA DAS ATELECTASIAS E DOS PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS Além das inspirações forçadas, é importante realizar fisioterapia respiratória. Nos pacientes de maior risco de complicações respiratórias está indicada uma maior vigilância e acompanhamento da função respiratória e poderá haver indicação de nebulização, fluidificação de secreções, técnicas de incentivo de tosse e mobilização de secreção, pressão positiva com máscaras externas, etc. PROFILAXIA DAS ATELECTASIAS E DOS PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS Broncodilatadores podem estar indicados em pacientes intubados ou traqueostomizados, a fisioterapia respiratória e aspiração de secreções são essenciais. Edema pulmonar deve ser controlado com aporte adequado de líquidos, diuréticos e melhora do controle de eventual insuficiênciacardíaca. Edema pulmonar não inflamatório pode ser devido a resposta inflamatória sistêmica ou SARA, por sepse ou pelo próprio trauma cirúrgico. Dar continuidade às medidas tomadas no pré operatório de acordo com o nível de estratificação de risco cirúrgico. PROFILAXIA DO TROMBOEMBOLISMO As medidas profiláticas podem ser mecânicas ou farmacológicas Para a maioria dos pacientes (com risco baixo) são suficientes medidas mecânicas, com a movimentação ativa e passiva das pernas, pernas levemente elevadas, mudanças frequentes de posição e, principalmente deambulação o mais precoce possível. As medidas profiláticas podem ser mecânicas ou farmacológicas Nos pacientes com risco moderado a alto, passa a ser essencial o uso meias de compressão progressiva (ou enfaixamento). PROFILAXIA DO TROMBOEMBOLISMO Um sistema de compressão pneumática intermitente é recomendável nos pacientes de médio risco e obrigatório nos de alto risco, sobretudo nos pacientes com contra-indicação para uso de anticoagulantes como no pós operatório de neurocirurgia e em politraumatizados. Nos casos com risco moderado, alto ou muito alto, há indicação de heparinização profilática que deve ser iniciada após 12 horas do fim PROFILAXIA DO TROMBOEMBOLISMO heparinização profilática que deve ser iniciada após 12 horas do fim da cirurgia (tempo maior se houver qualquer indício ou suspeita de hemorragia). FarmacológicoFarmacológico: Heparina de baixo peso molecular subcutânea (Fragmin, Clexane, Cutenox, Dripanina) a cada 12 a 24 horas; Heparina convencional na dose de 5000 UI por via EV ou subcutânea cada 8 ou 12 horas; PROFILAXIA DO TROMBOEMBOLISMO cada 8 ou 12 horas; MecânicoMecânico:: Fisioterapia/deambulação (exercícios com pé e pernas); Compreensão elástica; Aparelhos de compressão pneumática em MMII; Dispositivos de compressão sequencial deverão ser utilizados quando o doente não possa receber terapia medicamentosa (heparina) ou como um adjuvante. 89 CUIDADOS COM DRENOS, TUBOS E CATETERES Drenos torácicos tubulares, drenos abdominais (tubulares ou Penrose) são usados para permitir a eliminação de secreções, sangue, soro, pus ou para diagnosticar eventual deiscência de anastomose (intestinal, biliar, pancreática, etc.) ou infecção profunda. Podem ser profiláticos (para drenar coleções que posse formar) ou terapêuticos, para drenar coleções já formadas ou áreas infectadas. CUIDADOS COM DRENOS, TUBOS E CATETERES Não se deve deixar drenos de rotina em cirurgias como colecistectomia, Colectonia, esplenectomia, histerectomia, anastomose gástrica e intestinais, etc. em que não seja esperada a drenagem de secreções, salvo em incomuns. Os drenos podem ser cobertos por curativos com gaze ou compressa ou exterizados em bolsas adesivas à pele ou recipientes de diferentes formatos que devem ser esvaziados quando estiverem com a metade de sua capacidade. CUIDADOS COM DRENOS, TUBOS E CATETERES É fundamental que seja anotado o volume e o aspecto da secreção drenada e que nível de drenagem. O cirurgião deve prescrever os cuidados indicados com o dreno, como nível de pressão negativa indicada, necessidade de irrigação e trocas de curativo no ponto de saída. Observar tipo, localização do dreno, como estão fixados a pele, características do efluente drenado e tipo de cobertura existente na ferida. Aferir e anotar o volume do efluente drenado de um ou mais drenos. Realizar curativo com técnica asséptica diariamente e sempre que CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM DRENOS Realizar curativo com técnica asséptica diariamente e sempre que necessário. Colocar dispositivo coletor (bolsa) de preferência estéril para mensurar rigorosamente o conteúdo drenado, trocando-o diariamente. Não dar nós na extensão dos drenos ou no próprio dreno. Realizar limpeza da área peridreno com SF0,9% AVALIAÇÃO DE PACIENTES CIRURGICOS 14 PASSOS PARA O SUCESSO 1. Identificação Data de internação hospitalar. Data de internação UTI. 2. Lista de problemas História mórbida pregressa (dados relevantes), hábitos e costumes, diagnóstico de entrada, problemas ocorridos desde o início da AVALIAÇÃO diagnóstico de entrada, problemas ocorridos desde o início da internação. 3. Eventos significantes ocorridos nas últimas 24 horas. 4. Neurológico Nível de consciência; pupilas; escala de coma de Glasgow; déficit motor; PIC, PPC; sedação (escalas de Ramsay/SAS), doses de sedativos; resultados de exames. AVALIAÇÃO 5. Cardiovascular Ritmo, frequência cardíaca e bulhas cardíacas; PAM; uso de drogas vasoativas e suas doses; PVC, Swan-Ganz; oxigenação tissular (pH, BE, lactato, CO2, VO2, etc.). 6. Respiratório Sinais e sintomas; parâmetros ventilatórios; última gasometria arterial;Sinais e sintomas; parâmetros ventilatórios; última gasometria arterial; radiografia de tórax (pneumotórax, atelectasia, infiltrado novo); pressão do cuff e localização da cânula traqueal. 7. Gastrintestinal Exame do abdome; ingesta oral ou por cateter enteral; débito do cateter nasogástrico; diarréia ou obstipação; resultados de exames. 8. Metabólico e renal Diurese (kg/hora e total em 24 horas); balanço hídrico; diálise; creatinina, eletrólitos, estado ácido-base, função hepática). 9. Endócrino Hiperglicemias? Administração de insulina; necessita de dosagem de hormônios tireoidianos ou cortisol? AVALIAÇÃO hormônios tireoidianos ou cortisol? 10. Infecção Curva térmica, leucograma; culturas; uso de antibióticos (quantos, quais, quanto tempo). 11. Hematológico Hematócrito, coagulograma; medicamentos AVALIAÇÃO 12. Nutricional Enteral ou parenteral; ingesta calórica; ingesta protéica, lipídica e de carboidratos; balanço nitrogenado, albumina, pré-albumina. 13. Psicossocial Depressão, delirium? Os familiares estão inteirados da situação? HáDepressão, delirium? Os familiares estão inteirados da situação? Há como viabilizar acompanhamento psicológico e/ou de terapia ocupacional? 14. Tubos, drenos, cateteres e medicamentos Posicionamento de tubos, drenos e cateteres; posição, fixação, data e presença de sinais de infecção na inserção de cateteres venosos e arteriais; checar ritmo de gotejamento das drogas e funcionamento das bombas de infusão. Escala de coma de Glasgow;** Avaliação das pupilas; AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA Posturas anormais e déficits motores; Reflexo de tronco; Padrão respiratório; Na assistência de enfermagem aos pacientes com distúrbios neurológicos, destaca-se a avaliação do nível de consciência. MONITORIZAÇÃO NEUROLÓGICA NÃO-INVASIVA 113 Avaliar a decorticação: presença de posturas motoras anômalas flexão de membros superiores e extensão de membros inferiores) e; Descerebração (extensão de membros superiores e inferiores) Indica progressiva lesão de tronco. A agitação também é um item de avaliação, porque às vezes, a inquietação indica melhora do quadro do paciente (recuperação de MONITORIZAÇÃO NEUROLÓGICA NÃO-INVASIVA REFLEXOS MOTORES 114 sua consciência). A sedação exagerada será evitada, pois impedirá a avaliação do nível de consciência. MONITORIZAÇÃO NEUROLÓGICA NÃO-INVASIVA Investigar se apresenta cefaléia, localização, característica (constritiva, em pontada). Relacionar a presença de cefaléia com variações de PA e de nível de consciência. 115 A contraturas musculares devem ser observadas e registradas, a intensidade da contratura (pequena, média, ou grande) e a duração. Os tremores são mais comuns nas mãos, porém podem ser notados também em face e membros inferiores. MONITORIZAÇÃO NEUROLÓGICA NÃO-INVASIVA REFLEXOS MOTORES 116 Garantir proteção da permeabilidade de vias aéreas em pacientes com comprometimento do nível de consciência ou perda dos reflexos protetores das vias respiratórias. Nas convulsões avaliar: hora de início e término, onde começaram os movimentos ou rigidez, tipo de movimento da parte comprometida. MONITORIZAÇÃO NEUROLÓGICA NÃO-INVASIVA 117 Observar a presença de sintomasou alterações como arritmias, problemas respiratórios, alterações no tamanho pupilar, emissão de urina ou fezes durante a convulsão, alteração no nível de consciência. Suporte Ventilatório As indicações de suporte ventilatório no paciente cirúrgico não diferem daquelas aceitas para qualquer paciente em UTI. Atentar-se quanto à prevenção de hipoxemia, efeitos devastadores. MONITORIZAÇÃO NÃO-INVASIVA 118 Garantia e proteção da permeabilidade de vias aéreas. MONITORIZAÇÃO BÁSICA Ventilação: A taquipnéia deve chamar a atenção sobre perfusão inadequada e choque, dor, pneumotórax ou hemotórax.choque, dor, pneumotórax ou hemotórax. Reavaliar parâmetros hemodinâmicos e revisar a ausculta respiratória. Revisar a reposição volêmica inicial e procurar por possível fonte de sangramento. Verificar a analgesia do paciente. Frequência de pulso e amplitude: O pulso periférico normalmente é palpável a partir de uma pressão MONITORIZAÇÃO BÁSICA O pulso periférico normalmente é palpável a partir de uma pressão sistólica de 90mmHg, sendo a sua amplitude relacionada de forma razoável com o estado volêmico do paciente; pulsos periféricos filiformes indicam que a volemia do paciente está diminuída. MONITORAÇÃO DA TEMPERATURA A alteração da temperatura em pacientes graves muitas vezes pode ser um sinal precoce de infecção, inflamação, disfunção no sistema nervoso central ou de intoxicações exógenas. 121 Retal Oral Axilar MONITORIZAÇÃO BÁSICA Temperatura: O aquecimento do paciente hipotérmico melhora o parâmetro de oxigenação tecidual. A temperatura das extremidades corporais é um bom parâmetro para avaliar a ressuscitação volêmica, pois a vasoconstrição periférica secundária à resposta adrenérgica, que ocorre no paciente hipovolêmico, causa uma diminuição da temperatura do tecido subcutâneo. Débito urinário: pode ser medido através de uma sonda vesical conectada em sistema fechado. MONITORIZAÇÃO BÁSICA É um bom parâmetro de controle da reposição volêmica, pois o rim é um órgão muito sensível às alterações de perfusão. Em um paciente com uma boa reposição volêmica, o débito urinário deve ficar em torno de 0,5-1,0ml/kg/h. Débito urinário: A diminuição da diurese deve levar à suspeição de volemia inadequada, seja por ressuscitação volêmica inadequada ou sangramento, lesão renal (rabdomiólise), falha de bomba (choque MONITORIZAÇÃO BÁSICA sangramento, lesão renal (rabdomiólise), falha de bomba (choque cardiogênico) ou obstrução da sonda. 0,5-1,0ml/kg/h. OXIMETRIA DE PULSO Método de monitoração não invasivo que permite a detecção de hipoxemia não detectável pelo exame físico 125 Possibilita a avaliação contínua da saturação de oxigênio arterial. O princípio do método consiste em identificar e calcular a diferença entre oxiemoglobina e hemoglobina reduzida no tecido analisado OXIMETRIA DE PULSO 126 Falhas em reabsorver as ondas em virtude de unhas pintadas, nos estados de hipoperfusão tecidual grave, nas hipotermias e em casos de movimentos e tremores indesejáveis. OXIMETRIA DE PULSO 127 PRESSÃO ARTERIAL Depende do fluxo sanguíneo e da resistência vascular periférica. 128 Nas situações de hipotensão grave, esses métodos indiretos não são precisos, sendo então necessária a medida invasiva de pressão arterial pela inserção de cateter arterial. Pressão arterial não-invasiva: Deve-se ter em mente que o melhor parâmetro de pressão é a pressão arterial média, que pode ser calculada pelo próprio monitor MONITORIZAÇÃO BÁSICA Convém lembrar que, nas fases iniciais do choque hipovolêmico, a pressão arterial altera-se mais tardiamente que os parâmetros clínicos, como a frequência de pulso e a perfusão periférica. MONITORIZAÇÃO INVASIVA PARA 130 ENFERMAGEM MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA INVASIVA Quando a estabilidade hemodinâmica do cliente fica comprometida, há a necessidade de se ter acesso aos parâmetros vitais com 131 há a necessidade de se ter acesso aos parâmetros vitais com procedimentos invasivos, como a pressão arterial média, pressão venosa central e o cateter de Swan-Ganz. permite avaliar a respiração e a ventilação, assim como o estado perfusional do paciente. MONITORIZAÇÃO INVASIVA - Gasometria arterial A saturação do oxigênio assim como a pressão parcial de O2 são parâmetros da respiração do paciente, refletindo a competência das trocas gasosas a nível alveolar. A pressão parcial de CO2 permite controlar a capacidade de ventilação, refletindo tanto a competência da musculatura respiratória como a patência das vias aéreas. Monitorização do estado do paciente e de seus sinais e sintomas gerais nos permitem tomar decisões que alteram o prognóstico dos pacientes; ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 133 A maioria das medidas que modificam a morbidade e mortalidade destes dependem de cuidado e controle muito simples vias aéreas, evitando hipotensão, monitorização rigorosa da glicemia ou prevenção de hiportermia entre outros. É crescente evidência científica que suporta o fato de que as Unidades de Cuidados Neurocritical com enfermeiros treinados em cuidados ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 134 de Cuidados Neurocritical com enfermeiros treinados em cuidados específicos tem um efeito favorável sobre os resultados clínicos de pacientes. O início alimentação enteral precoce é um componente-chave no cuidado de pacientes criticos; ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 135 Aumenta o fluxo sanguíneo mesentérico; Mantendo a integridade da mucosa intestinal e; Promovendo a motilidade gastrointestinal e peristaltismo. O cérebro é incapaz de armazenar glicose, a sua fonte de energia primária. ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO (NEURO) 136 As células do cérebro morrem se tornar disfuncional qualquer diminuição significativa nos níveis de glicose Promover o bom funcionamento dos intestinos em pacientes com lesão cerebral aguda reduz o risco de sepse relacionada com a translocação de bactérias intestinais. ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO (NEURO) 137 A reposição nutricional deve começar na fase inicial dentro de 24 – 48 horas após a lesão cerebral. ANALGESIA A dor tem impacto negativo na recuperação fisiológica e psicológica dos pacientes. ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 138 Paciente neurológico sente dor não só devido à sua doença subjacente, mas também para procedimentos de rotina: Mudança de decúbito, aspiração, perfuração, cicatrização de feridas, etc. E também devido a PIC. Físicos: expressão facial, movimentos e postura. SINAIS DE DOR ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 139 Fisiológicos: taquicardia, hipertensão, taquipnéia. ANALGESIA ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 140 A infusão contínua de drogas analgésicas ou doses administradas regularmente são mais eficazes do que doses em bolus "quando necessário", o que pode levar a intervalos de tempo sem tratamento adequado dor. SEDAÇÃO Ambos insuficiente ou excessiva pode ter efeitos deletérios ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 141 Ambos insuficiente ou excessiva pode ter efeitos deletérios sobre os resultados dos pacientes. ELEVAÇÃO DA CABECEIRA (NEURO) A elevação cabeceira para 30-45° pode reduzir a incidência de refluxo gastroesofágico e reduzir as taxas de pneumonia ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 142 refluxo gastroesofágico e reduzir as taxas de pneumonia nosocomial em em pacientes com VM. Os pacientes devem sempre permanecer com a cabeça em uma posição neutra, impedindo a sua rotação, hiperflexão e ELEVAÇÃO DA CABECEIRA (NEURO) ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 143 uma posição neutra, impedindo a sua rotação, hiperflexão e hiperextensão da coluna cervical posições que aumentam PIC por alterações na drenagem venosa. A prevenção de úlcera por estresse é especialmente importante em pacientes com insuficiência respiratória, PREVENÇÃO DE ÚLCERA POR ESTRESSE ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 144 importante em pacientes com insuficiência respiratória, alterações de coagulação ou com históriade úlcera péptica, eles têm risco aumentado de desenvolver hemorragia gastrointestinal relacionada com o stress. ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 145 145 AÇÕES PARA EVITAR UM AUMENTO DA PIC - POSIÇÕES Elevar a cabeceira da cama 15-30 ° para promover a drenagem venosa cerebral. (Mais de 30 ° dificultar o fornecimento de sangue); Mantenha sua cabeça em uma posição neutra. ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO (NEURO) 146 146 Mantenha sua cabeça em uma posição neutra. Evitar rotação da cabeça e flexão do pescoço pois aumenta PIC e diminui a drenagem venosa. Prenda o tubo endotraqueal de modo que haja compressão das veias do pescoço. CUIDADOS COM AS VIAS AÉREAS Hipoxemia agrava os efeitos da isquemia cerebral a saturação de O2 deve ser mantida próxima de 95%. A hipoxemia no trauma de crânio está associada com aumento da ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 147 morbidade e mortalidade. As causas mais comuns de hipóxia são obstrução parcial das vias aéreas, hipoventilação, pneumonia de aspiração de secreções brônquicas e atelectasia. Avaliação da capacidade de um paciente para o proteger das vias aéreas baseia-se em: CUIDADOS COM AS VIAS AÉREAS ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 148 1) Escala de coma de glasgow 2) A presença de reflexão náuseas, 3) A capacidade de lidar com secreções orais e 4) A presença de sinais de obstrução das vias aéreas. Todos os guias intravenosa, intra-arterial, eletrodos, cateteres devem ser posicionados de modo que evite o stress desnecessário e estímulos. CUIDADOS COM SONDAS, CATETERES E TUBOS Sondas mal posicionada, deslocadas, combinado ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 149 e estímulos. Todos os tubos geram algum risco de infecção e podem gerar algum grau de desconforto e dor e isso aumenta o consumo de oxigênio cerebral. Sondas mal posicionada, deslocadas, combinado com alimentação enteral geram aumento do risco de aspiração em pacientes criticamente enfermos. A depressão da consciência, o uso de relaxantes musculares e sedação em pacientes sob ventilação mecânica, contribui para a falta de fechamento das pálpebras causado pela diminuição da contração tônica CUIDADOS OCULARES ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 150 fechamento das pálpebras causado pela diminuição da contração tônica dos músculos dos olhos. Ceratites Cegueira O uso de gelo ou água fria aplicado diretamente ao corpo do paciente causa vasoconstrição periférica, e o calor não é dissipado. CUIDADO COM HIPERTERMIA (NEURO) Manter a temperatura corporal <37,5°C. ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 151 Além disso, podem causar calafrios e contracções musculares importantes que produzem mais libertação de calor pode gerar aumento na PIC. PREVENÇÃO OU CORREÇÃO DA HIPOTERMIA ENFERMAGEM EM PÓS OPERATÓRIO 152 disfunção cardíaca, arritmias, coagulopatia, desvio da curva de dissociação da hemoglobina para a esquerda e diurese induzida pelo frio. Reversão do quadro com o uso do aquecimento passivo externo (aquecimento com manta térmica) e ativo interno (infusão de fluidos a 37-39°C, uso de O2 aquecido, lavagem peritoneal com soro aquecido), até que a temperatura corporal seja > 35°C. REFERÊNCIAS Suarez J. Outcome in neurocritical care: Advances in monitoring and treatment and effect of a specialized neurocritical care team. Crit Care Med 2006; 34[Suppl.]:S232–S238) Guidelines for the management of severe traumatic brain injury. 3rd. edition. Journal of Neurotrauma. Volume 24. Supplement 1, 2007. 153 CITIN – CURSO DE IMERSÃO EM TERAPIA INTENSIVA NEUROLÓGICA. 5ªed. AMIB.2005 Tratado de medicina de urgência e emergência: pronto-socorro e UTI / editores Hélio Penna Guimarães, Renato Delascio Lopes, Antonio Carlos Lopes. - São Paulo :Editora Atheneu, 2010. Sociedad Argentina de Terapia Intensiva Capítulo de Enfermería Crítica Protocolos y Guías de Práctica Clínica -CUIDADOS NEUROLÓGICOS DEL PACIENTE EN UCI. http://slideplayer.com.br/slide/3103184/ http://slideplayer.com.br/slide/5627959/ http://slideplayer.com.br/slide/5253102/ http://pt.slideshare.net/resenfe2013/psoperatrio-de-cirurgia-cardaca http://pt.slideshare.net/fmed01/ps-operatrio-e-complicaes-cirrgicas http://pt.slideshare.net/EduardoBernardino/109808215- cuidadosdeenfermagempreeposoperatorios?next_slideshow=1 http://www.ebah.com.br/content/ABAAABbPEAE/pos-operat-aula-v
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