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Teorias e Sistemas I Teorias e Sistemas I Centro Universitário Barão de Mauá Disciplina: Teorias e Sistemas I E-mail: euaugustonascimento@gmail.com Aula: 05 de fevereiro de 2020. Unidade I: A teoria psicanalítica de Sigmund Freud A biografia de Freud e as condições históricas que contribuíram para os seus achados ✓ No século 19 a Psicologia surgiu como disciplina na Alemanha. ✓ a psicologia era considera como química mental. ✓ A consiência era definida por elementos estruturais como por exemplo dos sentidos. ✓ As experiências complexas resultavam da reunião de várias sensações, imagens e sentimentos elementares. ✓ Haviam vários grupos de cientistas que tentavam definir o sentir e o pensar. ✓ Haviam aqueles que consideravam o consciente como processos ativos e não os seus conteúdos passivos, como sentir e não as sensações. ✓ Outro grupo de estudiosos protestavam, descreviam... ✓ Outro grupo de estudiosos afirmavam que a mente não era possível para ser considerada como método da ciência devido a sua subjetividade. ✓ Este grupo queria que a Psicologia fosse definido como ciência comportamento. Freud Através de pesquisas percebeu que a histeria era uma doença psíquica. ✓ Trabalhou com Breuer utilizando o método pelo qual o paciente era curado ao falar. ✓ Freud começou a desenvolver seus trabalhos sozinho, pois acreditava que os conflitos sexuais eram a causa da histeria. ✓ Em 1900 lançou o livro "A interpretação dos sonhos" O surgimento da teoria psicanalítica no trabalho com as histéricas Considerações preliminares sobre o mecanismo psíquico dos fenômenos histéricos ✓ De acordo com Freud não é possível estabelecer o ponto de origem da histeria com uma simples entrevista. ✓ Por muitas vezes o paciente não tem capacidade de recordar, sem conexão casual entre o evento desencadeador e o fenômeno. ✓ Freud juntamente com Breuer descreveram o caso clínico de uma jovem de 21 anos, Ana O. ✓ Este caso se tornou peça fundamental. ✓ Os sintomas físicos são descritos como sinais de histeria e que persistem por longos anos. Nevralgias e anestesias de natureza diversas, contraturas e paralisias, ataques histéricos e convulsões, tiques, vômitos crônicos e anorexia, várias formas de perturbação da visão e alucinações visuais recorrentes. ✓ Freud relacionava a histeria com algum fato da infância que se estabelece um sintoma mais ou menos grave e que persiste por muitos anos. ✓ Na histeria não acontece um fato isolado como trauma principal, mas a sucessão de traumas parciais que formam um grupo de causas desencadeadoras. ✓ Freud descreveu que cada sintoma histérico desaparecia quando conseguia trazer a lembrança do fato com clareza e conseguia lembrar com maior número de detalhes possível e traduzido o sentimento em palavras. ✓ Freud descreve os fenômenos histéricos proveniente de traumas psíquicos. ✓ Os traumas psíquicos não se encontram na memória normal, mas surgem no momento da hipnose. ✓ Nesse estudo Freud começa a perceber a existência de outra estância psíquica além do consciente. ✓ Os conteúdos que apareciam durante as sessões de hipnose, ficavam isolados da consciência. ✓ Esses conteúdos eram apresentados através de manifestações somáticas. ✓ Freud descrevia os casos agudos de histeria alterando toda a existência do paciente, criando sintomas crônicos e ataques. Desaparecendo com o tempo. ✓ Os ataques histéricos ocorrem de modo espontâneo, assim como fazem as lembranças. A psicoterapia da histeria ✓ Freud começou a observar que não deveria continuar seguindo apenas o método da hipnose. ✓ Percebeu que nem todos os casos de histeria conseguia fazer hipnose e que essa técnica também poderia ser utilizada nas neuroses. ✓ Determinou-se a investigar a etiologia (a história da doença) e a natureza do mecanismo psíquico, deixando de lado a confirmação do diagnóstico. ✓ Freud decidiu estudar a etiologia das neuroses em geral. ✓ Tentou compreender as causas determinantes que levam às neuroses e sua etiologia deveria ser buscada nos fatores sexuais. ✓ Após vários estudos Freud decidiu não rotular um caso de histeria como neurose pois seus sintomas eram complexos. ✓ Os casos de histeria eram caracterizados por traços de perversão. mailto:euaugustonascimento@gmail.com Teorias e Sistemas I Freud sugere que as neuroses que são mais comuns de encontrar nos casos clínicos, devem ser caracterizadas como mistas. ✓ Os casos clássicos de histeria e neurose obsessiva são raras. ✓ A razão que as neuroses mistas ocorrem com maior frequência é que seus fatores etiológicos estão entrelaçados. ✓ Em relação a histeria não deve ser segregado pois há uma grande ligação com os conflitos sexuais. Aula: 10 de fevereiro de 2020. ✓ Freud descreve que o método da hipnose muitas vezes não elimina os sintomas subjacentes da histeria. ✓ Ajuda o paciente a voltar na sua vida cotidiana, como voltar ao trabalho. Mas não se mostra eficaz em alterar a constituição histérica. ✓ Freud descreve a importância da psicoterapia para a cura da histeria, relatando o quanto a intervenção terapêutica é fundamental para o tratamento da histeria. ✓ Em sua grande indagação porque alguns pacientes eram hipnotizados e outros não, começou a pedir que as pacientes se deitassem com os olhos fechados e falassem o que vinha em sua mente. ✓ Observou que sem a hipnose as pacientes conseguiam relatar o passado. ✓ Começou a observar nos relatos sempre sentimentos de vergonha, autocensura e de dor psíquica. ✓ Freud descreve a resistência das pacientes em aprofundar os relatos emergidos durante as sessões de psicoterapia. ✓ Freud descreve a importância de aprofundar os relatos das pacientes. ✓ Utilizou a técnica de colocar a mão na testa da paciente e imaginar um quadro ou figura e descrever o que estava vendo. ✓ Essa técnica foi chamada de método de pressão. ✓ A psicanálise os assuntos não são pré-determinados. O paciente irá trazer aquilo que ele deseja. ✓ Freud descreve a técnica da pressão como um truque para pegar o ego desprevenido e ansioso por defender-se. ✓ Independente dos casos mais ou menos grave, o ego torna a relembrar seus objetivos e oferece resistência. ✓ Freud ressalta que os pacientes histéricos têm facilidades de visualizar (imaginar). Persistia em explorar o significado das imagens, para tentar romper as resistências. ✓ Freud menciona que a resistência psíquica só poderá ser dissipada com lentidão e paciência; ✓ O analista precisa se tornar um colaborador, induzindo o paciente a descobrir as maravilhas do mundo psíquico e a oportunidade de poder se descobrir mediante o processo analítico; ✓ Descreve o papel do terapeuta é se dedicar em seu melhor potencial. Tendo uma visão mais livre ou superior do mundo; ✓ Freud descreve como precondição essencial para a compreensão da atividade psíquica tentar compreender a natureza do caso e os motivos da defesa que nele atuam. ✓ Quanto maior a compreensão, mais cedo inicia-se um processo psíquico verdadeiramente curativo. ✓ O paciente só fica livre do sintoma histérico ao reproduzir as causas e verbaliza-las como uma expressão de afeto. ✓ Freud abandonou a técnica da hipnose pois começou a observar que as pacientes retornavam com novas queixas. ✓ Continuou a usar o método catártico como tratamento e elaborou a partir da catarse a técnica de livre associação. (Cura pela fala); Definições e Técnicas Método catártico: acreditava-se que essa técnica seria a cura através da fala. Livre associação: técnica de psicoterapia em que o paciente diz o que lhe vem à mente. O paciente fica deitado no divã e o terapeuta o encoraja a falar espontaneamente. O objetivo dessa técnica do sistema psicanalítico é trazer ao consciente as memórias e pensamentosreprimidos. Freud aplicando a técnica da associação livre descobriu que as lembranças dos pacientes estavam relacionadas a infância. A maioria das lembranças são relacionadas as questões sexuais sendo as prováveis causas do estresse emocional. Em 1898 ousou afirmar que as principais causas do distúrbio neurótico estão relacionadas aos fatores da vida sexual. As controvérsias sobre as definições de Freud Freud não tinha nenhuma dúvida sobre o papel determinante do sexo nas neuroses; Observou que a maioria das suas pacientes relatavam experiencias sexuais traumáticas vividas na infância envolvendo membros da família. Em 1896, apresentou o relato das pacientes em um congresso de Viena de Psiquiatria e Neurologia, afirmando que os traumas de sedução sendo a causa do comportamento neurótico adulto. Freud foi bastante criticado pela comunidade cientifica; Freud descreveu que os relatos de abusos sexuais infantis realmente ocorriam e isso o deixou perplexo dizendo: “Difícil de acreditar que tais atos pervertidos contra crianças fossem tão frequentes”. Freud durante toda sua vida fez sua autoanálise; Freud tornou-se uma referência da própria teoria. Freud continuou a sua autoanálise por meio da interpretação dos sonhos. Teorias e Sistemas I Aula: 12 de fevereiro de 2020. A dinâmica do inconsciente: sonhos e neuroses A análise dos sonhos: Quadro: Girl before a mirror, Picasso 1932 • Freud percebeu que os sonhos dos pacientes poderiam ser uma rica fonte de material analítico; • Poderiam ser pistas para causas subjacentes de um distúrbio; • Acreditava que os sonhos eram resultantes de algum fato do inconsciente; • Percebeu que não poderia utilizar o método de associação livre (deitar-se no divã e falar o que vem a mente), para sua autoanálise e com isso resolveu interpretar seus sonhos. Escrevia as histórias dos sonhos na noite anterior e em seguida, realizava a associação livre com o material obtido. • O papel do analista é investigar o sonho do seu paciente; • Através da interpretação de seus sonhos percebeu que sentia hostilidade pelo pai. Lembrou-se de sua paixão sexual pela mãe e sonhou ter desejos sexuais pela irmã mais velha. • A intensa exploração do inconsciente tornou-se a base da sua teoria; • Obra: “A teoria do complexo de édipo”. • Freud adotou a análise dos sonhos como técnica da psicanálise e tirava trinta minutos do seu dia para analisar seus próprios sonhos; • A análise dos sonhos não é um método separado do método de associação livre; • Esse método é a consequência natural da instrução dada ao paciente para lhe dizer tudo o que lhe vier à mente. • Freud percebeu os sonhos relatados e as associações livres eram fontes de informações ricas sobre a dinâmica da personalidade humana. • Freud formulou a teoria de que o sonho é uma expressão do funcionamento e dos conteúdos mais primitivos da mente humana. • Processo primário: é a tentativa de realizar um desejo ou descarregar uma tensão ao induzir uma imagem ou objeto desejado; • Ressalta-se que as defesas não estão vigilantes durante o sono, sendo mais fácil de expressar uma imagem ou desejo inconsciente. • Os sonhos possuem duas funções: A. Para o paciente: distinguir os desejos cujo conteúdo traumático aparece de outra forma. B. Para o analista: reverter os processos de trabalho onírico (é a primeira imagem que vem a mente do sonho que teve durante a noite, não quer dizer que seja a parte mais importante) e a formação de símbolo que transformaram o conteúdo latente (aquilo que está escondido no sonho, é o que o analista vai desbravar) em conteúdo. _______________________________________________ • Conteúdo manifesto: seria a verdadeira história do paciente expressa por meio de lembranças. • Conteúdo latente: seria o sentido simbólico ou oculto, expressando o verdadeiro sentido do sonho. • Elaboração onírica: consiste na passagem do conteúdo latente para uma representação através do nosso sonho. É a imagem que vem à mente quando acordamos. • Como determinar se um sonho é importante? A quantidade de vezes que sonhamos, o quanto é importante para o paciente. • Freud acreditava que o paciente ao descrever um sonho estaria simbolicamente expressando os desejos proibidos. • Embora muitos símbolos estejam associados ao sonho sejam atribuídos exclusivamente ao indivíduo que o está relatando, acredita-se em símbolos comuns a todos. • Apesar das universalidades dos símbolos, a interpretação de determinado sonho para fins terapêuticos demanda o conhecimento de conflitos específicos do paciente. • Vale ressaltar que nem todos os sonhos tem conflitos emocionais, alguns são provocados por conflitos externos. • Portanto, nem todo sonho tem material simbólico ou reprimido. Teorias e Sistemas I A memória dos sonhos • Freud descreve que muitas vezes ao lembrarmos do conteúdo do sonho e no estado de vigília, não reconheçamos como parte do nosso conhecimento ou se nossa experiencia, fica a dúvida de ter sonhado com a coisa em questão, mas não se lembra se já teve a experiencia na vida real. • Fica claro perceber que no sonho se revela conteúdos que ficam fora do estado de vigília. • O fenômeno de sonhar tenha inteiramente reduzido da memória. • Existe uma relação fixa, entre o momento que o sonho aconteceu e seu conteúdo; • As impressões do passado mais remoto são reproduzidas durante o sonho mais profundo, quando as impressões mais recentes são reproduzidas ao amanhecer; • As experiências vividas no estado de vigília podem ser reproduzidas no sonho, mas geralmente isso acontece em situações de acidentes ou casos de grande sofrimento psíquico. Os estímulos e as fontes dos sonhos Existem quatro tipos de fontes dos sonhos: 1. Excitações sensoriais externas: • Os estímulos sensoriais que chegam até nós durante o sono podem tornar-se fonte dos sonhos; • Exemplo: uma luz forte estar sobre seus olhos, o ruído pode ser ouvido, pode ser picado por algum animal afetando várias formas o sono e consequentemente o sonho; • A pessoa pode receber um estímulo sensorial à pessoa adormecida e nele reproduzir um sonho correspondente aquele estímulo. 2. Excitações sensoriais internas: • Freud descreve que somente as imagens visuais podem influenciar nos sonhos e a audição; • Ele acredita que os outros sentidos não têm relevância na elaboração do sonho. 3. Estímulos somáticos internos • Os distúrbios dos órgãos internos influenciam diretamente nos sonhos; • Um paciente com problemas cardíacos tem com frequência sonhos angustiantes; • Freud fala que os estímulos corporais aparecem durante o sono pois estão distantes de censura e acabam surgindo nos sonhos; 4. Fontes de estimulação puramente psíquicas • Freud salienta que não há uma explicação para o que realmente causam os sonhos e que se possa compreender todos os seus elementos; • Mas descreve que os fatores psíquicos são importantes, quanto os outros estímulos citados anteriormente. O sonho é a realização de um desejo? • Para Freud o sonho acontece devido a inúmeras variáveis e até mesmo na realização de um desejo; • Muitas vezes se revelam, sem qualquer disfarce, como realizações de desejos. De modo surpreendente a linguagem dos sonhos muito fácil de ser compreendida. Exemplo: comida salgada. • Os sonhos que se mostram como realiação de um desejo, são sonhos curtos, sem nenhum disfarce. Geralmente são sonhos simples e frequentes. • Frequentemente os sonhos de crianças geralmente são realizações de um desejo. Pois suas produções psíquicas são menos complicadas do que no adulto. • Os sonhos infantis não levantam problemas solucionados. • Freud descreve os sonhos infantis como uma fonte inestimável de importância. O esquecimento dos sonhos • Freud descreveque não temos nenhum conhecimento dos sonhos que nos dispomos a interpretar e nenhuma garantia de conhece-los como realmente ocorreram. • Aquilo que sonhamos de alguma maneira já foi mutilado pela nossa memória, Muitas vezes lembramos de ter sonhado, mas sempre fragmentado. • A lembrança dos sonhos aparece desconexa e confusa, mas pode-se duvidar que os sonhos são dessa maneira. • Muitas vezes a consciência não suporta e não tolera toda a compreensão do conteúdo latente de nossos sonhos. • Freud destaca a importância de que os elementos mais triviais de um sonho são indispensáveis a sua interpretação e que o trabalho analítico acaba sendo interrompido quando se tarda a prestar atenção a esses elementos; • Muitas vezes quando o paciente tenta descrever o seu sonho, o analista precisa estar atento, pois a censura pode esconder detalhes importantes que podem surgir no processo analítico. • Freud salienta que ao analisar o sonho de um paciente, sempre pede que o repita, pois, partes do sonho podem aparecer de maneira diferente; • Pois sob a pressão da resistência, a mente tenta encobrir os pontos fracos do disfarce do sonho; Teorias e Sistemas I • Muitas vezes o esquecimento dos sonhos permanece inexplicável enquanto não se leva em consideração o poder da censura psíquica. Aula: 17 de fevereiro de 2020. O esquecimento dos sonhos • Freud salienta que cada vez mais nos esquecemos dos sonhos à medida que o tempo passa, mas no processo analítico pode ser resgatado; • Isto exige do analista muita atenção e disciplina na condução da análise; • O esquecimento está diretamente relacionado a resistência, uma parte o paciente consegue relatar na análise e outra parte está no inconsciente. • Freud ressalta que a interpretação dos sonhos deve ser atingida através da prática, o analista deve esforçar-se e não ter nenhuma inclinação afetiva ou intelectual; • Isso mostra uma técnica descrita por um discípulo de Freud: “Bion fala da importância do analista estar sempre sem memória e sem desejo.” • A interpretação que faz sentido, tem que ser coerente e esclarecer todos os elementos do conteúdo do sonho. • Freud fala que mesmo um sonho minuciosamente interpretado, é frequente deixar um trecho na obscuridade, pois muitas vezes há vários pontos que poderão ser trabalhados em outra fase do processo analítico; • O esquecimento do sonho está relacionado com a resistência que já se fez durante a noite. E ao despertar a vida de vigília descarta um sonho como se não estivesse acontecido; • A resistência perde parte se seu poder a noite, mas age durante os sonhos como um papel transformador. O estado do sono possibilita a formação de sonhos reduzindo o poder da censura. • Freud descreve a importância de deixar livre os pensamentos ao interpretar o sonho, seja qualquer direção que o pensamento conduza, sem qualquer nenhuma intervenção do analista, o paciente chegará à associação de ideias de que se originou o sonho; • Há a formação de associações de ideias e com isso uma cadeia de pensamentos vai se formando podendo conectar uma com a outra. O pensamento é o ponto de ligação entre dois elementos do sonho; • A interpretação dos sonhos proporciona ao paciente o desaparecimento de sintomas; • No processo de interpretação dos sonhos, abandonamos a reflexão e deixamos que emerjam representações involuntárias. • Freud define os sonhos da seguinte maneira: A. Os sonhos são atos psíquicos tão importantes como qualquer outro. As primeiras definições de Freud da técnica psicanalítica Freud nesse momento usa o termo resistência; Resistencia é o processo de barrar ideias inaceitáveis, memória ou desejos do consciente, deixando o livre da ação inconsciente. A descoberta de Freud acerca do termo resistência levou-o a formular o termo repressão. A essência da repressão está simplesmente em se distanciar de algo, mantendo-o longe do consciente. Aula: 19 de fevereiro de 2020. Determinismo Psíquico (Modelo Mental) A primeira tópica de Freud • Na primeira tópica Freudiana o aparelho psíquico é constituído pelo Inconsciente, Pré-Consciente e Consciente. • Sendo que cada sistema tem uma diferenciação no seu significado funcional. • Ocorre uma dualidade entre o princípio do prazer e o princípio da realidade. • Nessa primeira tópica conclui que nem sempre o indivíduo segue o princípio do prazer. • Quando surgem coisas desagradáveis para o eu, a hegemonia do prazer desaparece e passa a ser controlada pelos interesses do eu. • Freud começa a observar que muitas vezes a realidade assume uma evidente importância, em certos momentos além do prazer. • Começou a observar que o ego não era apenas consciente, e que era capaz de se modificar e se adaptar. A segunda tópica freudiana • Freud elabora uma segunda tópica designando os lugares psíquicos em três instâncias: ID, EGO E SUPEREGO (todos provém do inconsciente). • O inconsciente passa a ser uma qualidade atribuída às instâncias psíquicas. Teorias e Sistemas I Determinismo Psíquico • Freud inicia seu pensamento teórico anunciando que não há nenhuma descontinuidade da vida mental. • Ele afirma que há uma causa para cada pensamento, para cada memória revivida, sentimento ou ação. • Cada evento é causado pela intenção consciente ou inconsciente e determinada pelo fato que as precedem. Consciente, pré-consciente e inconsciente • Freud descreve o consciente como sendo uma pequena parte da mente, inclui tudo o que estamos sentindo no momento; • Seu interesse era muito maior em relação às áreas da consciência menos expostas e exploradas, o que ele determinou de pré-consciente e inconsciente. Inconsciente • Encontra-se os elementos instintivos, que nunca chegaram à inconsciência. • Existe o material que foi excluído do consciente, censurado e reprimido; • Esse material não é esquecido ou perdido, mas não lhe é permitido ser lembrado; • Há uma vivacidade e imediatismo no material inconsciente; • Onde se encontram os principais determinantes da personalidade, as fontes de energia psíquica, pulsões ou instintos estão no inconsciente. Pré-consciente • O pré-consciente é uma parte do inconsciente que pode tornar-se consciente com facilidade; • As porções de memória que são acessíveis; • Exemplos: lembranças do que fez ontem, seu segundo nome, alimentos prediletos, o formato do bolo dos seus 10 anos; • O pré-consciente é uma vasta área de lembranças de que a consciência precisa para desemprenhar suas funções. Síntese do determinismo psíquico Inconsciente → encontramos os impulsos, as paixões, as ideias e os sentimentos reprimidos; Pré-consciente → memórias acessíveis, lembranças recentes; Consciente → tudo que estamos cientes no momento. Instintos (localizado no inconsciente) • São as forças propulsoras que dirigem as pessoas a ação. • O instinto possui quatro componentes: • Fonte: quando surge a necessidade de algo (barriga ronca, fome); • Finalidade: satisfação ao que o organismo necessita no momento (pensar em comida); • Pressão: é a quantidade de energia usada para gratificar o instinto; • Objeto: é a ação que permite a satisfação da finalidade original. • O trabalho analítico tem por objetivo procurar a causa do pensamento e do comportamento; O analista • Deve procurar maneiras adequadas para que o paciente possa lidar com uma necessidade que esteja sendo imperfeita por um pensamento ou comportamento particular; • Vários pensamentos e comportamentos parecem não reduzir a tensão. Eles criam uma tensão, pressão ou ansiedade. Instintos • Freud considera o modelo mental e saudável tendo como finalidade reduzir a tensão; • O ciclo completo do comportamento é denominado modelo de tensão/redução; (disfarce, vontade de comer bolo, mas comer maçã). • As tensões são resolvidasquando o corpo volta ao nível de equilíbrio que existia antes da necessidade existir. (quando queremos algo, o pé meche, ocorre inquietação, taquicardia); Instintos de vida • São aqueles que servem para a sobrevivência individual e da propagação racial; • A forma da energia pelo qual os instintos de vida realizam sua tarefa é chamada de libido; • Libido: é a energia aproveitável para os instintos de vida. • O instinto de vida cujo Freud mais estudou foi o do sexo. • Descreve que o instinto sexual possui uma plasticidade, pois existem várias necessidades corporais separadas que originam desejos eróticos; • Cada um desses desejos tem sua fonte diferente da região corporal, referida como zona erógena. Teorias e Sistemas I Aula: 02 de março de 2020. Instintos de vida • A zona erógena é uma parte do corpo, sendo pele ou membrana, que é extremamente sensível; • Por exemplo: os lábios e a cavidade oral constituem uma dessas zonas erógenas; • Como por exemplo sugar produz prazer oral, a eliminação provoca prazer anal ou esfregar traz prazer genital; • Vale ressaltar que na infância os instintos sexuais são relativamente separados, mas quando chega na puberdade eles tendem a fundir e a servir com o objetivo da reprodução; Instintos de Morte ou Destrutivos • Freud não aprofundou seus estudos sobre instintos destrutivos; • Freud dizia que a vida era apenas um caminho indireto para a morte; • O desejo de morte no ser humano é a representação psicológica do princípio da constância, de manter-se vivo. • O instinto de morte está diretamente ligado a pulsão agressiva; • A agressividade é a autodestruição deslocada para fora; (fusão vida/morte). • Exemplo: uma pessoa briga com a outra e se torna destrutiva porque o desejo de morte está bloqueado pela força do instinto de vida. • O instinto de vida e de morte podem se fundir, neutralizando um ao outro, ou substituindo um pelo outro. • O amor, um derivado do instinto sexual podem neutralizar o ódio, um derivado do instinto de morte. • Os instintos contêm toda a energia que passa pela estrutura da personalidade de cada indivíduo. Libido x Energia Agressiva • Libido: palavra latina que significa desejo ou prazer; • Freud descreve essa energia como sendo de grande mobilidade, fluindo de dentro para fora das áreas de interesse imediato; • Energia agressiva: apresenta as mesmas propriedades da libido. Catexia • Catexia: é o processo pelo qual a energia libidinal é investigada na representação mental de uma pessoa, ideia ou coisa; • A libido que foi catexizada perde sua mobilidade original e não pode mover-se para outra direção; • Ex: dinheiro, o quanto investe há uma parte que será perdida. • O que define a minha conduta é o princípio da realidade, a imagem que vem em forma de símbolo é chamada catexia. • É a forma simbólica que o instinto vem a sua mente. Aula: 03 de março de 2020. • A teoria psicanalista tem como objetivo investigar onde a libido foi catexizada inadequadamente. • Uma vez a libido redirecionada, esta energia está disponível para satisfazer outras necessidades habituais. Estrutura da Personalidade De acordo com Freud a personalidade é constituída de três grandes sistemas. ID (princípio do prazer), Ego (princípio da realidade) e Superego (os três ficam no inconsciente) Cada uma dessas partes da personalidade tem suas próprias funções, propriedades, dinamismo e mecanismos. O comportamento é quase sempre o produto entre a interação entre os três sistemas. O Id • É a estrutura da personalidade original, básica e central, exposta tanto as exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e superego. • O Id consiste em tudo que é psicológico, herdado e se acha presente desde o nascimento. • O Id é o reservatório de energia de toda personalidade. • “Não acredito, não era pra falar/fazer isso.” • Imediatista, age sem pensar. • Os conteúdos dele são todos inconscientes, incluem configurações mentais que nunca se tornaram conscientes, assim como o material que não foi tolerado pelo consciente. • Um pensamento ou uma lembrança excluída da consciência é localizado no Id. • O Id não tolera descarga de energia, quando o nível de tensão do organismo aumenta, ele funciona de maneira a descarregar a tensão imediatamente e a fazer o organismo a voltar a um nível de energia mais baixo. Teorias e Sistemas I • Esse princípio de redução de tensão pelo qual o Id opera é chamado de princípio do prazer. • Para evitar a dor e obter prazer, o Id tem sob seu comando dois processos: ações reflexas e processo primário. • Ações reflexas: são reações inatas, como espirrar, piscar, tendem a reduzir a tensão. • Processo primário: tenta formar uma imagem de um objeto que vai diminuir a tensão. Essa experiencia alucinatória em que o objeto desejado é formado de uma imagem ou memória é chamada realização do desejo. • O melhor exemplo de processo primário demonstrado por Freud é o sonho noturno. O ego É a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa; Desenvolve-se a partir do ID, à medida que o bebê se torna consciente da sua própria identidade. O Ego tem por objetivo garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade; • O Ego é criado pelo Id na tentativa de enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar o prazer. • O Ego tem por objetivo controlar os impulsos do Id de modo que o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas; • O Ego obedece ao princípio da realidade e opera por meio do processo secundário; • O Princípio do prazer: tem como objetivo evitar a descarga de tensão até ser descoberto um objeto apropriado para a satisfação da necessidade. • Princípio da realidade: suspende temporariamente o princípio do prazer. Permite se a constatação é verdadeira ou falsa, isto é, se tem existência ou é apenas uma fantasia. • Processo secundário: é o pensamento realista. O Ego formula um plano para a satisfação da necessidade e depois testa com algum tipo de ação para ver se vai ou não funcionar; • O Ego tem controle sobre todas as funções cognitivas e intelectuais; • O Ego controla toda ação, seleciona as características do ambiente às quais irá responder e decide quais instintos serão satisfeitos e de que maneira. • Ao executar essas ações o Ego tenta integrar as necessidades conflitantes do ID, do superego e do mundo externo. • O ego é o principal mediador entre as exigências instintuais do organismo e as condições do ambiente. O superego • É a última parte da estrutura da personalidade, e se desenvolve a partir do ego; • Atua como juiz sobre as atividades e pensamentos do ego; • Funciona como o depósito dos códigos morais, modelos de conduta dos construtos que constituem as inibições da personalidade; • Freud descreve as três funções do superego: • Consciência, auto-observação e formação de ideias. • O superego age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; • As restrições inconscientes são indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições. • A tarefa de auto-observação surge da necessidade de avaliar as atividades; • A formação de ideias está ligada ao desenvolvimento do próprio superego; Aula: 09 de março de 2020. O superego 1. Qual é a função do superego? Alertar o ego, ou às vezes através dos impulsos do Id que estão na memória, ele atua como juiz. Autoflagelo: Ato de se autoflagelar, de aplicar castigos físicos em si próprio, geralmente como forma de penitência; autoflagelação. • Ele é o representante interno dos valores tradicionais e dos ideais da sociedade conforme interpretados para a criança pelos pais e impostos por um sistema de recompensas e punições. • Para obter as recompensas e evitar o castigo a criança aprende a orientar o seu comportamentode acordo com os pais. • As principais funções do ego são: 1. Inibir os impulsos do Id, especialmente os de natureza agressiva ou sexual; 2. Induzir e ego a substituir objetivos realistas por moralistas; 3. Buscar a perfeição. A relação entre os três subsistemas • O objetivo principal da mente é manter ou recuperar um nível aceitável do equilíbrio dinâmico que aumenta o prazer e minimiza o desprazer; • O ID só possui forças pulsionais ou catexias, ao passo que a energia do Ego e do Superego é usada tanto para satisfazer quanto para frustrar as metas instintivas; • O Ego tem a função de supervisionar tanto o ID como o Superego para poder organizar a personalidade; • Se o ID controla uma grande parcela de energia da pessoa, o comportamento tende a ser impulsivo e primitivo; • Se o Superego obtém uma quantidade de energia indevida, a personalidade será mais moralista do que realista; Teorias e Sistemas I As mudanças de energia súbitas e imprevisíveis de um sistema para o outro e o de catexias e antincatexias são comuns até os 20 anos de idade; (não se enquadra na atualidade). • Essas mudanças de energia mantém a personalidade em um estado de fluxo dinâmico; Dinâmica da Personalidade • A dinâmica da personalidade consiste na interação das forças pulsionais (catexias) e das forças restritivas (anticatexia); • De acordo com Freud é a interação entre as forças que favorecem ou inibem uma a outra. O desenvolvimento Psicossexual • O desenvolvimento humano desencadeia uma série de mudanças marcantes no que é desejado e a maneira como estes desejos são satisfeitos; • As mudanças nas diversas formas de gratificação e as áreas físicas de gratificação são os elementos fundamentais da teoria de Freud; • Freud usa o termo “fixação” para descrever a dificuldade de uma pessoa de progredir de uma fase para outra; • Quando um indivíduo fica fixado em uma fase tentará satisfazer suas necessidades de forma mais infantil; • Para Freud os primeiros anos de vida são decisivos para formação da personalidade; • Cada estágio de desenvolvimento durante os primeiros anos de vida é definido pela reação de uma zona específica do corpo; • Freud baseia-se na sexualidade infantil para explicar o desenvolvimento dos estágios; • Os estágios apresentam uma sequência de diferentes modos de gratificar os impulsos sexuais. A maturação física é a responsável pela sequência normativa de zonas erógenas; • Os estágios são chamados de psicossexuais, pois são as pulsões sexuais que levam a aquisição de características psicológicas; Fase Oral • A principal fonte de gratificação estão concentrados na boca, lábios, língua e um pouco mais tarde os dentes; • A pulsão básica do bebê é receber o alimento para atenuar as tensões de fome e sede; • Lembrando que enquanto a criança é alimentada, é também acalentada, acariciada. Associando o prazer e a redução da tensão nesse processo; • A boca é a primeira área do corpo que o bebê pode controlar; • A energia libidinal (princípio do prazer, pulsão de vida) está localizada na boca; • O bebê é dependente da mãe, surge nesse período sentimentos de dependência; • Esses sentimentos podem persistir por toda a vida, podendo desencadear ansiedade e insegurança; • Quando a criança cresce, outras áreas do corpo se desenvolvem e tornam-se importantes regiões de gratificações; • Na fase adulta existem muitos hábitos e um desejo contínuo de manter esses prazeres, tais como: fumar, morder, lamber, chupar e beijar; • Pessoas que mordem demais, fumantes, comem demais, podem ser considerados fixadas na fase oral, cuja maturação psicológica não pode ter sido completa; • A fase oral tardia, como no aparecimento dos dentes pode indicar a gratificação dos instintos agressivos; • O prazer derivado da incorporação oral pode ser deslocado para outras maneiras. Como o prazer da aquisição de conhecimentos ou possessões; • A pessoa crédula tenta engolir quase tudo que lhe disserem; • A agressão de morder pode ser deslocada na forma de sarcasmo e de argumentação; • A retenção de prazer oral é normal. Pode ser considerado patológico se uma pessoa for excessivamente dependente de hábitos orais para aliviar a ansiedade; Aula: 11 de março de 2020. Fase Anal • Entre dois e quatro anos, geralmente as crianças aprendem a controlar os esfíncteres. Dando grande importância à micção e a evacuação; • Esse treinamento desperta um interesse pela autodescoberta; • A obtenção do controle fisiológico ligada à percepção de que esse controle é uma nova fonte de prazer, além disso, as crianças aprendem com rapidez que o crescente nível de controle lhes traz atenção e elogios por parte de seus pais. O inverso também é verdadeiro, o interesse dos pais no treinamento da higiene permite à criança exigir atenção tanto pelo controle bem sucedido quanto pelos “erros.” • O “caráter anal” cujo comportamento está intimamente ligado a experiências sofridas durante esta época da infância; • Parte da confusão que pode acompanhar a fase anal é a aparente contradição entre o pródigo elogio e o reconhecimento, por um lado e, por outro, a ideia de que ir ao banheiro é “sujo” e deveria ser guardado em segredo. • A criança não consegue compreender inicialmente que suas fezes e urina não sejam apreciadas. • Não é raro uma criança oferecer como presente a seu pai ou mãe parte de suas fezes. • Tendo sido elogiada por produzi-las, a criança pode surpreender-se ou confundir-se no caso de seus pais reagirem ao presente com repugnância. Teorias e Sistemas I • Nenhuma área da vida contemporânea é tão carregada de proibições e tabus como a área que lida com o treinamento da higiene e comportamentos típicos da fase anal. Aula: 23 de março de 2020. Fase Fálica • Bem cedo, já aos três anos, a criança entra na fase fálica, que focaliza as áreas genitais do corpo. Freud afirmava que essa fase é mais bem caracterizada por “fálica” uma vez que é o período em que uma criança se dá conta de seu pênis ou da falta de um. É a primeira fase em que as crianças se tomam conscientes das diferenças sexuais. • Freud concluiu, a partir de suas observações, que, durante esse período, homens e mulheres desenvolvem sérios temores sobre questões sexuais. • O desejo de ter um pênis e a aparente descoberta de que lhe falta “constituem um momento crítico no desenvolvimento feminino. • Segundo Freud: “A descoberta de que é castrada representa um marco decisivo no crescimento da menina. Daí partem três linhas de desenvolvimento possíveis: uma conduz à inibição sexual ou à neurose, outra à modificação do caráter no sentido de um complexo de masculinidade e a terceira, finalmente, à feminilidade normal”. • Em contrapartida, (SCHULTZ, 2002) afirma que “o menino começa a manipular o pênis e tem fantasias de praticar algum tipo de atividade com ele em relação à sua mãe, até que, devido ao efeito combinado de uma ameaça de castração e da visão da ausência de pênis nas pessoas do sexo feminino.” • Ademais, respectivo ao complexo de Édipo, (FADMAN, 1986), afirma que Freud durante suas observações viu crianças nesta fase reagirem a seus pais como ameaça potencial a satisfação de suas necessidades. Assim, para o menino que deseja estar próximo de sua mãe, o pai assume alguns atributos de um rival. Ao mesmo tempo, o menino ainda quer o amor e a afeição de seu pai e, por isso, sua mãe é vista como uma rival. A criança está na posição insustentável de querer e temer ambos os pais. • Para as meninas, o problema e similar, mas sua expressão e solução tomam um rumo diferente. A menina deseja possuir seu pai e enxerga sua mãe como a maior rival. Enquanto os meninos reprimem seus sentimentos, em farte pelo medo da castração, a necessidade da menina de reprimir seus desejos é menos severa. (FADMAN, 1986). Fase Genital A fasefinal do desenvolvimento biológico e psicológico ocorre com o início da puberdade e o consequente retorno da energia libidinal aos órgãos sexuais. Neste momento, meninos e meninas estão ambo conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazer suas necessidades eróticas e interpessoais. Questões 1. Qual a importância do caráter anal para o desenvolvimento da personalidade? A fase anal ocorre durante o segundo e o terceiro ano de vida, onde o prazer está no ânus. Nessa fase a criança tem o desejo de controlar os movimentos esfincterianos e começa também a entrar em conflito com a exigência social de adquirir hábitos de higiene. Uma fixação nessa fase pode causar conflitos para o resto da vida em torno de questões de controle, de guardar para si ou entregar. O caráter anal é caracterizado por três traços que são: ordem, parcimônia (econômico) e teimosia. 2. Quais a diferenças do complexo édipo masculino e feminino? Em que fase do desenvolvimento psicossexual esse processo ocorre? Conforme (SCHULTZ, 2002), meninos e meninas têm histórias diferentes, porém ambos começarão a por sua atividade intelectual a serviço de pesquisas sexuais, os mesmos acreditam que existe a presença universal do pênis. O desejo de ter um pênis e a aparente descoberta de que lhe falta um é algo inquietador para o desenvolvimento do entendimento feminino durante esse período. De acordo com (FADMAN, 1986), a descoberta da menina de que é castrada representa um marco decisivo em seu crescimento, pois surgem três linhas de desenvolvimento possíveis: a primeira conduz a inibição sexual ou a neurose, a segunda a modificação do caráter no sentido de um complexo de masculinidade e a terceira a feminilidade normal. Em contrapartida, (SCHULTZ, 2002) afirma que “o menino começa a manipular o pênis e tem fantasias de praticar algum tipo de atividade com ele em relação à sua mãe, até que, devido ao efeito combinado de uma ameaça de castração e da visão da ausência de pênis nas pessoas do sexo feminino.” Todo esse processo ocorre na Fase Fálica. Teorias e Sistemas I 3. Descrever as principais características de cada fase do desenvolvimento psicossexual. • Fase oral (nascimento até 1 ano): Interação primária de uma criança com o mundo é através da boca. A boca é vital para comer, e a criança obtém prazer da estimulação oral por meio de atividades gratificantes, como degustar e chupar. Se esta necessidade não é satisfeita, a criança pode desenvolver uma fixação oral mais tarde na vida, cujos exemplos incluem chupar o dedo, tabagismo, roer unha e comer demais. • Fase Anal (1 a 3 anos): Freud acreditava que o foco principal da libido estava no controle da bexiga e evacuações. O aprendizado do uso do banheiro é uma questão primordial com as crianças e os pais. • Fase fálica (3 a 6 anos): Freud sugeriu que o foco principal da energia do id é sobre os órgãos genitais. De acordo com Freud, a experiência do menino é uma experiência de Complexo de Édipo. • Fase latente (6 a 11 anos): Durante esta fase, o superego continua a se desenvolver, enquanto as energias do id são suprimidas. As crianças desenvolvem habilidades sociais, valores e relacionamentos com colegas e adultos fora da família. • Estágio Genital (11 a 18 anos): O início da puberdade faz com que a libido se torne ativa novamente. Durante esta fase, as pessoas desenvolvem um forte interesse no sexo oposto. Se o desenvolvimento é bem sucedido neste ponto, o indivíduo irá continuar a evoluir para uma pessoa bem equilibrada. Teorias e Sistemas I
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