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Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful Ofídios Mordedura por serpentes representam um sério problema de saúde publica em países tropicais em desenvolvimento. A OMS relata a ocorrência de 5,4 milhões de acidentes ofídicos por anos. Ofídios mais encontrados no Brasil: quase 85% dos acidentes ofídicos são causados por serpentes do gênero Bothrops, grupo de espécies que compreende as serpentes popularmente conhecidas como jararacas, jararacuçus, caiçacas e urutus. Os acidentes causados por esse gênero não induzem à mortalidade (apenas 0,4 % dos casos), mas elevada morbidade, isso porque o acidente botrópico é caracterizado por uma drástica mionecrose. Sintomas pela jararaca: a região picada apresenta dor e inchaço, as vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos pontos da picada, em gengivas, pele e urina. Pode haver complicações como grave hemorragia em regiões vitais, infecção e necrose na região da picada, além de insuficiência renal. Veneno Os venenos de Bothrops são uma mistura de componentes, incluindo fosfolipase A2, metaloproteaes, serina proteases e L-aminoácido oxidases que exercem diferentes atividades farmacológicas e bioquímicas. Existem evidências de que a resposta inflamatoria provocada pelas toxinas de Bothrops é principalmente mediada por fosfolipases A2 e metaloproteases. Os SVMPs ativam apenas dois fatores-chave de coagulação, o fator X (FX) e a protrombina para exibir seus efeitos pro-coagulantes. Corais No brasil são conhecidas como 32 espécies de cobras corais verdadeiras, entre elas a Micrurus lemniscatus, que ocorre em todo o território brasileiro. Amplamente distribuída no Brasil, a Erythrolamprus aesculapii é uma das 52 espécies de serpentes não peçonhentas que apresentam o padrão coralino ou então a cor vermelha em sua coloração e são chamadas de falsascorais O acidente por coral verdadeira não provoca o local da picada alteração importante. As manifestações do envenenamento caracterizam-se por dor intensa variável, visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento. Óbitos estão relacionados a paralisia dos músculos respiratórios, muitas vezes decorrentes da demora na busca. • Sintomas sistêmicos: vômitos, fácies miastênica (ptose palpebral, flacidez dos músculos da face, oftalmoplegia), turvação visual, diplopia, miose/midríase, dificuldade para deglutição. PARADA RESPIRATORIA. TOXICOLOGIA Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful O envenenamento sistêmico por corais é caracterizado por neurotoxicidade periférica que é medicada por dois principais grupos de toxinas: a-neurotoxinas: bloqueiam receptor nicotínicos pós sinápticos e b-neurotoxinas: que causam potente bloqueio pré-sináptica. Insuficiência respiratória: anticolinesterásico – neostigmina IV 30/30min ou contínuo. Acidente elapídico: Acidente Crotálico As serpentes do gênero Crotalus (cascavéis), distribuem- se de maneira irregular pelo país. Responsáveis por erca de 7,7% dos acidentes ofídicos registrados no Brasil, podendo representar até 30% dos acidentes em algumas regiões. Não são encontradas em regiões litorâneas. O INR é relação entre o tempo de protrombina do doente e um valor padrão do tempo de protrombina. Reflete o tempo necessário para o sangue coagular. A alteração da coagulação sanguínea observada relata uma das principais características dos envenenamentos por serpentes da família Viperidae, sendo que, em acidentes causados por C.d. terrificus observamp0se hipogibrinogenemia e incoagubilidade sanguínea. Tratamento O envenenamento por serpentes peçonhentas é uma emergência medica que requer atenção imediata e exercício de julgamento considerável. O veneno é uma mistura complexa de substancias na qual as proteínas contribuem para a maioria das propriedades deletérias, e o único antídoto adequado é o uso do antiveneno específico ou poliespecífico. Nem toda mordedura de serpente peçonhenta resulta em envenenamento. “Há mais de 1 século o Butantan produz diversos tipos de soros contra toxinas de animais peçonhentos e microorganismos. Sua produção envolve a imunização de cavalos com antígenos produzidos a partir de venenos, toxinas ou vírus, a obtenção de diferentes tipos de plasma, que são submetidos a processamento indústria de purificação e formulação, resultando em produtos de alta qualidade, segurança e eficácia.” Butantan.gov.br/soros-e-vacinas O antissoro contem anticorpos neutralizantes: um antígeno ou vários antígenos, o soro é colhido parcial ou totalmente purificado e processado antes de ser administrado no paciente. Os anticorpos ligam-se as moléculas do veneno, tornando-as inativas Todos os produtos antivenenos são produzidos por meio da imunização de animais, o que aumenta a possibilidade de hipersensibilidade. Os riscos de anafilaxia devem sempre ser considerados quando da decisão se administra o antiveneno. Aracnídeos Aranhas, possuem glândulas de veneno associado as quelíceras que são utilizadas para alimentação e sua defesa. Nem todas são responsáveis por acidentes humanos graves, devido a diverso fatores: baixa toxicidade do veneno para humanos, quantidade insuficiente de veneno injetado, quelíceras não capazes Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful de perfurar a pele, ou pelo fato de as espécies viverem em locais pouco frequentados pelo homem. Algumas espécies: caranguejeira, lycosa, phoneutria e a mais perigosa aranha marrom. Um dos grandes problemas do loxoscelismo é a identificação da picada, principalmente L. intedrmedia cuja toxina não tem uma reação tao efetiva, o que dificulta a própria administração do soro. Embora as duas espécies possuam peçonha com toxinas de atividade dermonecrótica, L laeta esta geralmente associada a casos clínicos mais severo. Normalmente a picada é imperceptível. O quadro clínico pode evoluir para forma cutânea ou cutânea-visceral, cujo pior desfecho pode ser a insuficiência renal e o óbito Sinais e sintomas da picada por aranha marrom: algumas horas após a picada, começa a apresentar dor, com sensação de queimadura, inchaço, vermelhidão, mancha roxa, bolhas e necrose. • Toxina principal: o principal papel desepnhado pelas PLDs na sintomatologia do loxoscelismo foi descrita pela primeira vez há 40 anos, quando pesquisas purificaram uma toxina hemolítica e esfingomielina, e foi referida como uma esfingomielinase-D, que foi posteriormente alterada para fosfolipase-D quando foi demonstrado que a enzima também clivou outros fosfolipídios celulares. Lesão Loxoscélico – Aranha Marrom Aracnídeos – Escorpiões Titys serrulatus (escorpião amarelo): possui as pernas e cauda amarelo-clara, e o tronco escuro. A denominação da espécia é devido a presença de uma serrilha nos 3º e 4º anéis da cauda. Mede até 7cm de comprimento. Os escorpiões de importância medica que ocorrem no Brasil possuem um espinho longo abaixo do ferrão. Além disso, sua coloração é mais opaca, diferente dos escorpiões sem importância médica, que aparentam serem naturalmente envernizados, pois sua coloração é mais brilhante. Toxinas: o veneno dos escorpiões contém vários tipos de toxinas que podem interagir entre si, modular a função dos canais iônicos, geralmente sendo responsável pelos múltiplos conhecidos sintomas de envenenamento. Do ponto de vista médico, as toxinas que se ligam aos canais de sódio dos mamíferos, particularmente os humanos, são os mais importantes. Acadêmica: Maria Beatriz @biawtiful • Leve: dor, eritema, parestesia, sudorese. Ocasionalmente náusea, vomito, agitação e taquicardia discretas. Tratamento analgésico e compressa local quente e/ou bloqueio anestésico local. • Moderado: manifestações sistêmicas de pequena intensidade: sudorese, náuseas, alguns episódios de vômitos, PA, agitação. Tratamento com soroterapia, SAse – 3 ampolas IV, internação, analgésico e compressa local. • Grave:inúmeros episódios de vômitos, sudorese profusa, sialorreia, agitação alternada com sonolência, taquidispneia, priapismo, convulsões, insuficiência cardíaca, edema pulmonar agudo. Tratamento SAEsc – 6 ampolas IV, internação, monitoração cardio-respiratória, cuidados de CTI, analgésico e compressa local quente /ou bloqueio anestésico local. Águas Vivas Carakia barnesi é uma água viva pequena e extremamente venenosa encontrada perto da Áustralia. Picadas podem resultar na síndrome de Irukandji. Uma característica comum das águas vivas é o nematocisto um tipo de célula exclusivo de filo. Uma estrutura constituída por uma capsula cilíndrica fechada por um opérculo e contendo um túbulo invertido imerso em uma solução aquosa com uma mistura complexa de toxinas. • Síndrome de Irukandji: dor lombar intensa, cãibra muscular, dor abdominal e peito, tremores, sudorese, ansiedade, inquietação, náusea, vomito, dor de cabeça, hipertensão com risco de vida (30/15), taquicardia e edema pulmonar. • Toxinas: direcionadas aos canais de potássio e de sódio dependentes de voltagem e outros canais catiônicos envolvidos na transdução da dor como o canal iônico sensor de acido e o receptor de potencial transitório vaniloide tipo 1, são componentes fundamentais e bem caracterizados de veneno destas criaturas. • Tratamento Irujandji: analgesia, medicamento anti hipertensivo, gluconato de cálcio, sufato de magnésio, trinitrato de glicerila sublingual, casos graves podem requerer intubação e farmacologia inotrópica. • Tratamento caravela: compressas geladas. Taturana Assasina Lonomia obliqua é um inseto de importância na área medica por apresentar na fase larval cerdas urticantes com toxina de efeitos hemorrágicos para o ser humano. A toxina ativa protrombina, formando trombina. A trombina requisitca e quebra as moléculas de fibrinogênio, produzindo fibrina, a matéria prima dos coágulos. Isso provoca uma coagulação intravascular disseminada. O organismo reage a presença de coágulos promovendo uma fibrinólise secundaria. Espoliado dos componentes que o levam a coagular, o sangue se torna incoagulável. Sobrevém dai as hemorragias que nos acidentes com a lagarta podem ate levar o paciente a morte, por complicações renais e cerebrais. • Tratamento: lavagem da região com agua corrente e compressas frias, antihistaminico oral, creme de corticoide local e analgésicos, se necessário. Soro antilonomia.
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