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historia_do_brasil_julio_07012020

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História do Brasil | Júlio Raizer 
Brasil Atual 
www.focusconcursos.com.br | 1 
 
 
 
 
 
 
História do Brasil 
Brasil Atual 
Júlio Raizer 
 
 
História do Brasil | Júlio Raizer 
Brasil Atual 
www.focusconcursos.com.br | 2 
 
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de maneira RÁPIDA e DESCOMPLICADA pelo conteúdo. 
 
Veja o exemplo abaixo: 
 
 
 
BRASIL ATUAL 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 Não deixe de assistir aos outros episódios, disponíveis no canal Focus Concursos no 
Youtube: 
Episódio 01 – Brasil Colonial 
Episódio 02 – Brasil Império 
Episódio 03 – Brasil República 
Episódio 04 – Constituições Brasileiras 
entrada de sumário foi encontrada. 
História do Brasil | Júlio Raizer 
Brasil Atual 
www.focusconcursos.com.br | 3 
 
 
Nova República 
 
O fim da ditadura militar no Brasil também está relacionado com os rumos que o mundo tomava. 
A Guerra Fria dava sinais de fraqueza e os Estados Unidos davam todos os sinais de vitória no conflito. 
A União Soviética se mostrava enfraquecida por uma série de acontecimentos internos, em virtude 
disso, o apoio dos Estados Unidos aos regimes ditatoriais sofreu uma drástica diminuição. O Brasil 
caminhava, em meados dos anos 80, para uma nova ideologia econômica e política, vigente no mundo 
americano. 
 
JOSÉ SARNEY (1985 - 1990) 
O governo de José Sarney foi inicialmente marcado pela frustração político-ideológica da volta 
à democracia com a morte de Tancredo Neves. Ocupando o posto de vice-presidente, Sarney foi o 
primeiro civil a tomar posse do governo presidencial após os anos da ditadura. Historicamente ligado 
às tradicionais oligarquias nordestinas, o governo José Sarney tinha a difícil missão de recuperar a 
economia brasileira sem abrir mão dos privilégios das elites que apoiavam. 
Buscando contornar a crise da economia, Sarney montou uma equipe econômica contrária a antiga 
política econômica do período militar. A nova equipe foi responsável pela criação, em 1986, do Plano 
Cruzado. Adotando políticas de controle dos salários e dos preços, o governo esperava conter o 
desenfreado processo de inflação que assolava a economia brasileira. No primeiro instante, os 
objetivos desse plano foram alcançados: a inflação atingiu valores negativos, o consumo aumentou e 
os fundos aplicados foram lançados na economia. 
Alguns meses mais tarde, a euforia de consumo levou o plano à falência. A estabilização forçada 
dos preços retraiu os setores produtivos e acabou fazendo com que os bens de consumo 
desaparecessem das prateleiras dos supermercados e das empresas. Muitos fornecedores passaram a 
cobrar um ágio sob a obtenção de determinados produtos. Além disso, as reservas cambiais do país 
foram empregadas na obtenção das mercadorias essenciais que desapareceram da economia nacional. 
 
A fuga das reservas motivou um processo de crise econômica marcado pela moratória, ou seja, o não 
pagamento dos juros da dívida externa brasileira. Não suportando mais tal conjunto de medidas, o 
controle dos preços foi eliminado e assim a inflação voltava a disparar. Mesmo ainda tentando novos 
planos (Bresser, 1987; e Verão, 1989) a economia brasileira não conseguia vencer seu problema 
inflacionário. No ano de 1989, a inflação anual já alcançava 1764%. 
A ineficiência do campo econômico, só não ganhou maior destaque na época devido às 
movimentações políticas em torno da Constituição de 1988. Esperada como uma nova lei que acabasse 
com os últimos entraves do sistema repressivo militar e garantisse as liberdades civis e políticas, a 
nova constituição ofereceu ganhos significativos nas questões das liberdades e dos direitos 
individuais. 
 
Constituição de 1988 (atual) - Redemocratização 
História do Brasil | Júlio Raizer 
Brasil Atual 
www.focusconcursos.com.br | 4 
 Forma de Estado: Federativa 
 Forma de Governo: República 
 Sistema de Governo: Presidencialista 
 Regime: Democrático 
A República Federativa do Brasil: formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e 
do Distrito Federal; 
Constitui-se em Estado Democrático de Direito. 
Fundamentos: 
• soberania; 
• cidadania; 
• dignidade da pessoa humana; 
• valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
• pluralismo político. 
 
Divisão em 3 poderes independentes e harmônicos entre si: Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
 
Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
• construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
• garantir o desenvolvimento nacional; 
• erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; 
• promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
outras formas de discriminação. 
 
Artigo 5º: Igualdade de todos perante a lei. 
 
Os “Direitos” podem ser divididos em três tipos: Civis, Políticos e Sociais. A cidadania consiste 
na conquista desses direitos. 
 
Direitos civis Consistem na garantia da liberdade religiosa e de pensamento, o direito de ir e vir, 
o direito a propriedade, a liberdade contratual, principalmente a de escolher o trabalho, e finalmente, 
a justiça, que deveria salvaguardar todos os direitos anteriores. 
 
Direitos políticos referem-se aos direitos eleitorais (possibilidade de votar e ser votado) o direito 
de livre associação (partidos, sindicatos, etc.) e o direito de protestar. 
 
Direitos sociais: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, 
a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados. 
 
Meio ambiente 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum 
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever 
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
 
História do Brasil | Júlio Raizer 
Brasil Atual 
www.focusconcursos.com.br | 5 
Ainda, durante o Governo Sarney aconteceram as eleições diretas, quando 22 candidatos 
disputaram o pleito. Foram para o segundo turno os candidatos: Fernando Collor de Mello (PRN e 
coligações de direita) e Luis Inácio Lula da Silva (PT e coligações de esquerda). Num cenário eleitoral 
tumultuado e com trocas de acusações, debates intensos, Collor acaba por ser eleito presidente. 
ELEIÇÕES DE 1989 
Logo após a transição política vivida durante o governo José Sarney, o Brasil viveu um período 
de movimentação política que consolidou a retomada do regime democrático no país. Em 1989, após 
vinte e nove anos, a população brasileira escolheria o novo presidente da República através do voto 
direto. 
Conforme estabelecido na Constituição de 1988, o sistema político do país se organizaria de 
forma pluripartidária. Com a vigência do sistema pluripartidário, as mais variadas correntes de 
orientação política se estabeleceram no cenário político da época. Cercado por tantas opções, os 
eleitores se viam perdidos entre diferentes promessas que solucionariam os problemas do país. 
Os setores de direita não conseguiram emplacar um candidato capaz de garantir uma vitória 
tranquila no pleito presidencial. Tal enfraquecimento político se deu por conta das frustradas tentativas 
de sanear a economia. Dominado por políticos de direita, o governo José Sarney (1985 – 1990) foi 
palco de constantes arrochos salariais e, principalmente, de grandes surtos inflacionários. 
Já os partidos de esquerda viriam a lançar duas influentes figuras políticas que poderiam 
polarizar a disputa daquela eleição. De um lado, Luís Inácio Lula da Silva, representando o Partido 
dos Trabalhadores e com base política assentada entre os trabalhadores e as principais lideranças 
sindicais do país. De outro, Leonel Brizola, filiado ao Partido Democrático Trabalhista, e apoiado em 
sua extensa vida política influenciada pela política trabalhista da Era Vargas (1930 – 1954).Buscando reverter o quadro desfavorável, a direita tentou emplacar a candidatura do empresário das 
telecomunicações Sílvio Santos, logo impugnada pelo Superior Tribunal Eleitoral. Temendo uma 
vitória dos setores de esquerda e sem nenhum concorrente de peso, os partidos de direita passaram a 
apoiar um jovem político alagoano chamado Fernando Collor de Melo. Com boa aparência, um 
discurso carismático e o apoio financeiro do empresariado brasileiro, Collor se transformou na grande 
aposta da direita. 
Atraindo apoio de diferentes setores da sociedade, Collor prometia modernizar a economia 
promovendo políticas de cunho neoliberal e a abertura da participação estrangeira na economia 
nacional. Ao mesmo tempo, fazia discursos de orientação religiosa, se autoproclamava um “caçador 
de marajás” e alertava sobre os perigos de um possível governo de esquerda. 
 
No primeiro turno, a apuração das urnas deixou a decisão para um segundo pleito a ser disputado ente 
Collor e Lula. Mesmo tendo um significativo número de militantes durante seus comícios, a 
inabilidade do candidato do PT diante as câmeras acabou enfraquecendo sua campanha. De outro lado, 
Collor utilizou com eficácia o vantajoso espaço nas mídias a ele cedido. Com a apuração final, tais 
diferenças de proposta e, principalmente, comportamento garantiram a vitória de Fernando Collor de 
Melo. 
Por: Rainer Souza – in: http://www.brasilescola.com/historiab/eleicoes-1989.htm 
 
FERNANDO COLLOR DE MELO (1990 - 1992) 
Primeiro presidente eleito por voto direto após o regime militar, em eleições de dois turnos; 
Assumia com o slogam de ser o “Caçador de Marajás”; 
http://www.brasilescola.com/historiab/eleicoes-1989.htm
História do Brasil | Júlio Raizer 
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A posse de Collor ocorreu em 15 de março de 1990. No dia seguinte, houve o lançamento 
do Plano Collor I, cujo objetivo era o combate à inflação herdada dos anos anteriores. Esse programa 
econômico previa a estabilização monetária a médio prazo, mas dependeria de algumas medidas 
impopulares, como o bloqueio dos ativos financeiros (movimentações da caderneta de poupança) 
acima de 50 mil cruzeiros. 
Em seguida, em 31 de janeiro de 1991, houve o Plano Collor II, que agravou as medidas anti-
inflacionárias, promoveu-se um tarifaço nos preços administrados pelo governo. A energia elétrica 
subiu 59,5%; gasolina e álcool, 46%; telefone, 56,6%; e o gás de cozinhas, 50%. 
À frente dos planos econômicos, estava a economista Zélia Cardoso e sua equipe. 
Além dos aspectos propriamente econômicos, Collor ainda se caracterizou por ter dado início 
aos programas de privatização de indústrias ligadas ao setor primário, isto é, a indústria pesada 
(metalurgia e siderurgia), e por ter tentado dar maior flexibilidade à gestão pública dessas empresas, 
internacionalizando seus capitais. 
 
Consolidação do Mercosul 
O Tratado de Assunção assinado em 26/03/1991, entre a Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, 
com o intuito de criar um mercado comum entre os países acordados formando então, o que 
popularmente foi chamado de Mercosul. 
 
 
Eco – 92 
Realizada entre 3 e 14 de junho de 1992, no Rio de Janeiro. O seu objetivo principal era buscar 
meios de conciliar o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção dos 
ecossistemas da Terra; 
 
Leis importantes aprovadas durante o governo de Fernando Collor: 
Lei 8.069/1990 - Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente 
 
Lei 8.112/1990 - Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das 
autarquias e das fundações públicas federais. 
 
Lei 8.429/1992 - Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de 
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública 
direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. 
 
Escândalos e impeachment 
 
Em seu terceiro ano de governo, Collor foi denunciado por seu próprio irmão, Pedro, em uma 
entrevista dada à revista Veja! Nessa entrevista, Pedro Collor disse que o irmão era participante direto 
do esquema de corrupção montado por Paulo César Farias, ou PC Farias, que havia sido tesoureiro da 
História do Brasil | Júlio Raizer 
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campanha do presidente. PC Farias já era investigado pela Polícia Federal, mas até o momento da 
entrevista de Pedro, a investigação não havia chegado ao presidente. 
As denúncias de Pedro proporcionaram a criação de uma Comissão Parlamentar de 
Inquérito contra Collor para investigar os fatos. Houve também a abertura de um processo na justiça 
comum contra o presidente pela mesmas acusações. Em 29 de setembro de 1992, o processo de 
impeachment foi acolhido pela Câmara dos Deputados. Os autores do processo, que foi protocolado 
no dia 3 do referido mês, eram Barbosa Lima Sobrinho e Marcello Lavanère Machado. A denúncia 
versava sobre crime de responsabilidade, previsto no art. 85 da Constituição Federal e Lei n. 1.079 de 
1950. 
O processo foi aprovado na Câmara e seguiu para o Senado, onde foi julgado, no dia 29 de 
dezembro de 1992, por 79 senadores. 
 
Ação dos caras pintadas, jovens que protestavam contra o governo, com uma ampla e 
tendenciosa cobertura da Rede Globo; 
Em 2014 o STF – Supremo Tribunal Federal – absolveu, por inconsistência das provas, o ex-
presidente Fernando Collor de Melo dos crimes de corrupção, peculato e falsidade ideológica. 
 
ITAMAR FRANCO (1992 - 1994) 
Mediante a crise que se instaurava com as denúncias de corrupção contra Collor, a figura pacata 
e discreta do vice-presidente Itamar Franco estabeleceu uma espécie de contrapeso. Executado o 
processo de impeachment, ele se tornou o novo presidente do país e teve o respaldo de uma ampla 
coalizão de partidos. Fundamentalmente, sua missão seria promover uma transição segura e tranquila 
até que um novo processo eleitoral determinasse a escolha de outro presidente. 
Empossado em dezembro de 1992, o novo presidente do Brasil teve como primeira missão realizar um 
plebiscito previsto pela Constituição de 1988. Na votação, a população iria decidir qual forma de 
governo deveria ser adotada no país. Ao fim da contagem, a República presidencialista acabou sendo 
preservada com mais da metade dos votos válidos. Enquanto isso, as questões econômicas 
continuavam a alarmar a população como um todo. 
No final de 1993, uma nova equipe econômica foi formada sob a liderança de Fernando Henrique 
Cardoso, sociólogo que então assumia o Ministério da Fazenda. No dia 28 de fevereiro de 1994, o 
governo anunciou o Plano Real, posto como mais uma tentativa realizada em prol da recuperação da 
economia e o combate imediato de nossas taxas inflacionárias. Pelo novo plano, uma nova moeda, o 
Real, iria promover a estabilidade econômica através da paridade da moeda com as reservas cambiais 
disponíveis. 
Para que essas taxas cambiais assegurassem a estabilidade da moeda, o governo interveio na 
economia estabelecendo uma política de juros elevada. Com isso, a economia brasileira ganhava a 
capacidade de atrair capitais estrangeiros sem maiores dificuldades. Apesar de arriscado, esse modelo 
de desenvolvimento da economia conseguiu captar recursos e combater a inflação em um curto prazo 
de tempo. Uma nova esperança era injetada em amplas camadas da população. 
Ao fim de seu breve mandato, Itamar Franco experimentou o auge de sua popularidade. Nas eleições 
de 1994, o ministro Fernando Henrique Cardoso aproveitou do bom momento para lançar a sua 
candidatura à presidência do país, pelo PSDB. Valendo-se como autor e mantenedor do Plano Real, 
ele conseguiu vencer as eleições sem maiores dificuldades. 
 
História do Brasil | Júlio Raizer 
Brasil Atual 
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FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (1995 - 2002) 
FHC, como foi chamado o presidente eleito, em 1994, possuía grande experiência política, uma 
vez que foi o criador do Plano Real quando ainda era ministro da fazenda no governoItamar. Ao 
assumir a presidência, concentrou suas atenções na economia brasileira para organizar politicamente 
o país e diminuir os altos índices de desempregos gerados nos governos anteriores. 
Entre as principais medidas políticas do governo FHC destacou-se a privatização de empresas 
públicas brasileiras com o objetivo de controlar o processo inflacionário. Assim, estatais como o 
Sistema Telebrás (empresa de Telecomunicações) e a Companhia Vale do Rio Doce (empresa do setor 
de mineração e siderurgia) foram negociadas com empresários do setor privado a fim de estabilizar a 
economia brasileira. 
 
Partidos políticos como o PT, PDT e PSB questionaram duramente a política de privatização das 
empresas nacionais. Líderes partidários através da oposição tentaram mostrar que a venda de grandes 
empresas públicas era realizada para fins corruptivos e prejudicaria o crescimento econômico 
brasileiro. Luiz Inácio Lula da Silva e Leonel Brizola foram as figuras da esquerda política que mais 
demonstraram oposição ao governo de FHC. 
Além dos partidos de oposição, o governo brasileiro enfrentou outros sérios problemas. As 
revoltas no campo realizadas por integrantes do Movimento dos trabalhadores Sem Terra 
(MST), reivindicando a reforma agrária, foram movimentos oposicionistas à política do presidente 
brasileiro. O confronto na região de Corumbiara no Estado de Rondônia e o de Carajás no Pará foram 
os mais violentos. Camponeses, que exigiam a distribuição de terras improdutivas, entraram em 
choque com as forças policiais, que pretendiam impedir a invasão de áreas particulares. 
Mesmo com sua política de privatização e a oposição de movimentos como o MST, o governo 
brasileiro conseguiu em 1997 aprovar uma emenda constitucional permitindo o direito de reeleição do 
presidente, dos governadores dos estados e dos prefeitos. O controle da inflação e a estabilidade do 
Plano Real, que foram os carros-chefes da política de FHC, favoreceram mais uma vitória nas urnas, 
levando Fernando Henrique a seu segundo governo, que foi entre os anos de 1999 a 2002. 
 
O segundo governo 
 
Fernando Henrique Cardoso conseguiu sua reeleição no processo eleitoral de 1998 quando 
derrotou o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Somando 53% dos votos válidos, o político 
vitorioso tornou-se o primeiro presidente reeleito em dois mandatos consecutivos. O objetivo do novo 
mandato era de diminuir a dívida pública brasileira, que ultrapassava nesse período a cifra de 328 
bilhões de reais. 
Ao fim de seu primeiro governo (1995 – 1998), a dívida externa alcançou 30% de toda a 
produção interna do País (PIB). Além disso, a moeda brasileira estava num patamar elevado, em que 
1 dólar valia 1 real, dificultando as exportações dos produtos brasileiros. Dessa forma, o processo de 
privatização foi visto como o vilão da economia brasileira, que estava endividada nos primeiros anos 
do século XXI. 
Outros fatores foram preponderantes para o baixo crescimento econômico do Brasil, como as 
altas taxas de desemprego, que assolaram milhares de pessoas; e o alto índice de corrupção política, 
que desviou investimentos das áreas da saúde, educação, transportes etc. As ações corruptivas 
colocaram o Brasil nesse momento entre os países do mundo que possuíam os maiores níveis de 
desvios de verbas públicas. 
 
História do Brasil | Júlio Raizer 
Brasil Atual 
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A qualidade de vida foi outro reflexo dos problemas econômicos do país. As desigualdades 
sociais estavam alarmantes e o IDH (índice do desenvolvimento humano que mede a expectativa de 
vida da população, o grau de escolaridade, sanitarismo e renda per capita) do ano de 2001, da 
Organização das Nações Unidas, mostrou que o Brasil ocupava a 69° posição entre 162 países. 
Os problemas foram se agravando com o aumento da má distribuição de renda por todo o país. 
Grande parcela da população era pobre e possuía uma baixa renda econômica. Por outro lado, a minoria 
de ricos concentrava em suas mãos uma grande quantidade de poder econômico que acentuava os 
antagonismos sociais. Segundo um relatório da ONU de 1999, os 20% mais pobres do Brasil detinham 
apenas 2,5% da renda nacional, ao passo que os 20 % mais ricos possuíam 63,4%. 
A estagnação econômica também atingiu vários outros setores da sociedade durante os governos 
de FHC. Uma pesquisa realizada pela OMS – Organização Mundial da Saúde – revelou que os serviços 
da saúde pública brasileira eram piores do que os de alguns países periféricos, como Paraguai e El 
Salvador. Entre 191 nações, o Brasil ocupava a 125° posição em qualidade do sistema de saúde. Na 
América, o Brasil ocupou a 30° posição entre 35 países. 
Foi com essas dificuldades que a era FHC chegou ao seu fim em 2002, quando ocorreram novas 
eleições e o candidato Luiz Inácio Lula da Silva do PT (Partido dos Trabalhadores) conseguiu em sua 
quarta tentativa a vitória para a presidência do Brasil. 
 
Leis e programas 
• PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil; 
• Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Vale Gás; 
• Lei de Responsabilidade Fiscal – caracterizada pelo rigor na execução do orçamento público, 
objetiva limitar o endividademnto de Estados e Municípios, bem como os gastos com o 
funcionalismo público. A LRF entrou em vigor no ano 2000. 
 
LUÍS INÁCIO “LULA” DA SILVA (2002-2010) 
Os problemas enfrentados durante a crise econômica no segundo mandato de Fernando Henrique 
Cardoso reavivou antigas questões políticas que marcaram a recente experiência democrática no país. 
Vivia-se o impasse de uma democracia plena onde os problemas de ordem social e econômica não 
pareciam ter uma clara via de solução. As esquerdas tentavam, desde o inicio da Nova Republica, 
postarem-se como uma opção a população brasileira. 
 
Programas / Economia 
Fome Zero; 
Bolsa Família: Decreto n.º 5.209, de 17 de Setembro de 2004 - a finalidade do Programa era a 
transferência direta de renda, do governo para famílias pobres (renda mensal por pessoa entre R$ 60,01 
e R$ 120,00) e em extrema miséria (renda mensal por pessoa de até R$ 60,00); 
Estabilidade econômica, balança comercial superavitária; 
Geração de Empregos: segundo o IBGE, de 2003 a 2006, a taxa de desemprego caiu e o número 
de pessoas contratadas com carteira assinada cresceu mais de 985 mil, enquanto o total de empregos, 
sem carteira assinada, diminuiu 3,1%. Já o total de pessoas ocupadas cresceu 8,6%, no período de 2003 
a 2006; 
História do Brasil | Júlio Raizer 
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O Banco Central goza de autonomia prática, embora não garantida por lei, para buscar 
ativamente a meta de inflação determinada pelo governo; 
Educação: No campo da educação, houve um avanço apresentando fortes níveis de escolarização 
em todas as faixas etárias. A parcela da população que não frequentava a escola foi reduzida de 29% 
para 18% em apenas 36 meses, considerando o grupo de 5 a 17 anos de idade; 
Criação do FUNDEB - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica; 
PROUNI - Programa Universidade Para Todos; 
PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) – Conjunto de metas e ações que tem por objetivo 
nivelar a educação brasileira com a dos países desenvolvidos até 2021. Entre as principais medidas 
destacam-se a criação de um índice para medir a qualidade do ensino, bem como a adoção de um piso 
salarial para os professores de escolas públicas; 
Incentivo às exportações e à diversificação dos investimentos feitos pelo BNDES (Banco 
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social); 
PRONAF (Programa Nacional de Agricultura Familiar) - estimulou o micro-crédito e ampliou 
os investimentos na agricultura familiar; 
PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) - Engloba um conjunto de políticas 
econômicascom o objetivo acelerar o crescimento econômico do Brasil, prevendo investimentos totais 
de 503 bilhões de reais até 2010, priorizando obras de infra-estrutura, como portos e rodovias; 
Minha Casa, Minha Vida:programa habitacional do Governo Federal do Brasil, que consiste no 
financiamento da habitação, anunciado no dia 25 de março de 2009, instituído pela Lei nº 11.977. Suas 
principais diretrizes são a redução do déficit habitacional a distribuição de renda e inclusão social; e a 
dinamização do setor da construção civil e geração de trabalho. 
Brasil ganha o Grau de Investimento. 
 
Crises 
Waldomiro Diniz - Foi Subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República (2002-
2004) e homem de confiança do ministro da Casa Civil José Dirceu. O caso ganhou notoriedade após 
o empresário e bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, divulgar uma gravação na qual 
Waldomiro Diniz o extorquia para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do Partido dos 
Trabalhadores e do Partido Socialista Brasileiro. Em troca, Waldomiro se comprometia a facilitar 
concorrências públicas para Augusto Ramos; 
Mensalão ou "Esquema de compra de votos de parlamentares" – pode ser compreendida como 
sendo a maior crise política ocorrida durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 
entre 2005/2006. O neologismo mensalão, foi popularizado por Roberto Jefferson, deputado pelo PTB, 
em alusão a palavra "mensalidade", ao se referir a uma espécie de "mesada" paga a deputados para 
votarem a favor de projetos de interesse do Poder Executivo. O esquema veio a público em julho de 
2008, durante uma investigação sobre o banqueiro Daniel Dantas (Banco Opportunity), que apontou 
que empresas de telefonia da qual ele era gestor injetaram R$ 127 milhões nas contas da DNA 
Propaganda, administrada por Marcos Valério, criando o chamado “Valerioduto”, esquema de 
pagamento ilegal a parlamentares. A Polícia Federal someten conseguiu chegar a essa conclusão, após 
a Justiça ter autorizado a quebra de sigilo do computador central do Banco Opportunity; 
 
Dilma Rousseff (2010 – 2016) 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_econ%C3%B4mica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_econ%C3%B4mica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crescimento_econ%C3%B4mico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Presid%C3%AAncia_da_Rep%C3%BAblica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Dirceu
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogo_do_bicho
http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_dos_Trabalhadores
http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_dos_Trabalhadores
http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Socialista_Brasileiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Governo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_In%C3%A1cio_Lula_da_Silva
http://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_dos_Trabalhadores
http://pt.wikipedia.org/wiki/2005
http://pt.wikipedia.org/wiki/2006
http://pt.wikipedia.org/wiki/Neologismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Deputado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Executivo
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A candidatura de Dilma para a Presidência foi oficializada em junho de 2010. A ministra era 
uma alternativa à falta de quadros do PT. Na época, os principais nomes da cúpula do partido 
respondiam por crimes de corrupção. 
Apesar das denúncias contra o PT, Dilma foi eleita pela maioria de votos. Tinha 63 anos quando 
assumiu a Presidência em 2010, juntamente com o vice, Michel Temer. A chapa vence o candidato do 
PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), José Serra. 
Foi eleita novamente em 2014, assumindo a gestão do país em 2015. Disputou a eleição no 
segundo turno com Aécio Neves, também do PSDB. 
Crise Política 
As agências internacionais de classificação de risco de investimento (rating) rebaixaram as notas 
do Brasil. Na prática, diziam aos investidores que estava arriscado aplicar no país e que havia um risco 
grande de perder dinheiro se o fizessem. 
Desta maneira, a crise política foi agravada pela crise econômica. Isso acontece porque sem ter 
a maioria na Câmara dos Deputados, um presidente não consegue aprovar projetos e leis. 
A situação foi agravada por várias manifestações promovidas por movimentos populares contra 
o aumento do custo de vida. 
Aproveitando o clima tenso, Cunha também anunciou a existência de diversos pedidos 
de impeachment de Dilma. Um deles era especial, pois havia sido protocolado pelo fundador do PT, 
os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. 
Ambos alegavam três motivos para a abertura do processo da presidente: 
Operação Lava-Jato: o doleiro Alberto Youssef alegou que Lula e Dilma conheciam esquema de 
corrupção da Petrobras; 
Criação de créditos suplementares, sem a necessária autorização do Poder Legislativo, o que 
caracterizaria crime de responsabilidade fiscal; 
Pedaladas Fiscais: fazer com que bancos públicos paguem débitos que pertencem ao governo. 
Esse pedido foi aceito pelo deputado Eduardo Cunha em dezembro de 2015. 
Na época, Michel Temer criticou a possibilidade de um processo de impeachment alegando a 
instabilidade nacional. Mais tarde, devido as articulações dos setores conservadores, ele mudaria de 
opinião. 
Em 29 de março de 2016, foi a vez de Temer romper com Dilma. Ele lhe enviou uma carta onde 
reclamava ser apenas um “vice decorativo”. 
Corrupção 
Os partidos e movimentos sociais de esquerda criticaram o processo de afastamento de Dilma. 
Alegaram ser uma manobra eficiente de retirar o Partido dos Trabalhadores do poder. 
Também acusavam os políticos que apoiaram o impeachment de tentar barrar as investigações 
da Operação Lava Jato. A operação foi desencadeada pela Polícia Federal para combater a corrupção. 
 
 
Cronologia do Processo de Afastamento 
 2 de dezembro de 2015 – o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, admite 
o pedido de impeachment 
 17 de março de 2016 - após julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal), a Câmara nomeou 
uma comissão especial para analisar o processo 
 A comissão especial era composta por 65 deputados que representavam 24 partidos 
 A ex-presidente teve cinco sessões para defesa 
 11 de abril de 2016 – a comissão da Câmara apresenta o relatório final favorável ao afastamento 
https://www.todamateria.com.br/impeachment/
https://www.todamateria.com.br/michel-temer/
https://www.todamateria.com.br/lava-jato/
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 17 de abril de 2016 – em plenário, 367 deputados federais votaram pelo afastamento e 137 
contra 
 Com a aprovação da maioria dos deputados, o processo foi para o Senado 
 12 de maio de 2016 – Dilma foi afastada e Temer assume interinamente 
 25 de agosto – a sessão do Senado foi aberta pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski 
 26 de agosto – debate entre a acusação e defesa 
 29 de agosto – Dilma apresentou a defesa e foi questionada pelos senadores sobre as acusações 
que recebeu 
 
Resultado 
Em 31 de agosto ocorreu o afastamento definitivo de Dilma com 61 senadores votando a favor da saída 
e 20 pela manutenção do mandato. 
A ex-presidente não perdeu os direitos políticos, podendo voltar a concorrer a cargos eletivos. 
 
Michel Temer (2016-2018) 
Nos dois anos de governo, Michel Temer enfrentou uma série de desafios políticos e econômicos. 
Foi o presidente pior avaliado pelos brasileiros, com um índice de 6% de popularidade. 
Economia 
As taxas de juros caíram de 14,6%, em maio de 2016, para 8,8% ao ano. Por sua vez, a inflação 
também diminuiu no mesmo período de 9,32%. 
Desemprego 
A taxa de desemprego em maio de 2016 subiu de 11,3% para 13,7%. Isso significa 13,7 milhões 
de pessoas sem emprego. 
Intervenção Federal no Rio de Janeiro 
Durante o governo Temer, o governo do estado do Rio de Janeiro pediu ajuda ao governo federal 
para solucionar os graves problemas decorridos da falência do estado e da convulsão social. 
 
 
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