Buscar

PATOLOGIA CLÍNICA

Prévia do material em texto

Patologia Clínica 
 
Transfusão Sanguínea 
 
Definição: Medida que visa 
manter a volemia para as funções 
do animal. 
● Possibilidade de transmitir doenças ou 
reações adversas 
 
Parâmetros Clínicos para 
transfusão: 
● Mucosas pálidas 
●Hipotermia 
● TPC aumentado: acima de 2 seg 
● Taquipneia 
● Histórico de hemorragia 
● Valores de hematócrito entre 12 e 15% 
Indicações: 
● Necessidade de aumentar a saturação 
de O2 
● Melhorar a hemostasia 
● Hipovolemia ↪ diminuição anormal do volume 
de sangue 
 
Doadores caninos: 
● Adultos 1-8 anos 
● Peso: maior que 25 kg 
● Vg maior que 40% 
● 13 a 17 ml/kg a cada 3 ou 4 semanas 
 
Doadores Felinos: 
● Idade: 1-8 anos 
● Peso: maior que 4kg 
● 11 a 15 ml/kg a cada 3 semanas 
 
Grupos sanguíneos de cães: 
DEA 1.1 DEA 5 
DEA 1.2 DEA 6 
DEA 3 DEA 7 
DEA 4 DEA 8 
 
 
Grupos sanguíneos de gatos: 
● 3 grupos sanguíneos 
● Tipos sanguíneos: A, B e AB 
● Tipo A: mais comum 
● Tipo B: raro 
● Gato tipo B: alto título de Ac anti- A 
● Tipo AB: extremamente raro 
 
Grupos sanguíneos de equinos e 
bovinos: 
● Equinos: A, C, D, K, P, Q e U. 
● Bovinos: A, F, J, L, M, Z, R, B, C, S, T. 
 
 
Tipagem Sanguínea: 
● Método do cartão 
 
Coleta de sangue: 
● Tricotomia (raspagem de pelos) e anti 
sepsia 
● Jugular 
● Seringa heparinizada 
 
Estocagem e conservação do 
sangue: 
● Bolsas plásticas 
●Seringas plásticas 
 
Teste de compatibilidade: 
Para diminuir o risco de reações 
transfusionais. 
● Reação cruzada maior: Para saber se o 
receptor tem Ac contra a hemácia do 
doador → se sim, não fazer 
 → soro receptor (tem os Ac) + 
hemácias doador 
● Reação cruzada menor: soro doador + 
hemácias receptor (se o doador possui 
Ac contra o sangue do receptor) 
● Positivo: incompatível → causa 
hemólise ou aglutinação 
● Negativo: pode prosseguir a transfusão, 
não aglutina 
● Reação Fraca: pouco aglutinado 
● Reação Intermediaria: mais aglutinado 
● Reação Forte: muito aglutinado 
 
 
 
 
 
 
Derrames 
Cavitários 
Avaliação das efusões: 
Conceito: Acúmulo de líquido no 
interstício ou em cavidades naturais. 
 
Efusões: 
- Pleural 
- Peritoneal 
- Pericárdica 
Se formam quando há: 
→ Aumento da pressão hidrostática 
intravascular; 
Ex: ICC 
→ Aumento da permeabilidade vascular; 
Ex: alergias, queimaduras 
→ Diminuição da drenagem linfática; 
→ Diminuição da pressão oncótica 
intravascular 
Ex: proteinúria (doenças renais), 
parasitismo.. 
 
Avaliação celular: 
● Os fluidos são classificados como: 
Transudato (aspecto translúcido, baixa qtd 
de proteínas), Transudato modificado ou 
Exsudato (saída de líquidos orgânicos 
através de cavidades → amarelo, verde, 
opaco. 
● Transudato Puro: claro, límpido, sem 
bactérias 
● Transudato Modificado: seroso, límpido 
a turvo, sem bactérias 
● Efusão hemorrágica: opaco, 
hemorrágico, sem bactérias 
● Exsudato não- séptico: 
serosanguinolento, turvo, sem bactérias; 
● Exsudato séptico: purulento, turvo, 
floculento, com bactérias. 
 
Efusão Pleural (torácica) 
→ Acúmulo de líquido na cavidade 
pleural 
→ sensação de afogamento 
→ O espaço pleural tem alguns ml de 
líquido seroso que age como lubrificante, 
facilitando que a pleura visceral deslize 
sobre a pleura parietal na respiração. 
→ A efusão pleural normalmente é 
causada mais por motivos secundários do 
que pela doença pleural, propriamente 
dita. Nesse sentido, deve ser tratada 
como um sinal clínico e não como um 
diagnóstico. 
→ Retirada: TORACOCENTESE 
 ● introduz uma agulha na parte cranial 
das costelas 
● punção tem que ser na parte inferior 
● tipos de fluidos que podemos 
encontrar: 
 → Sangue (hemotórax) 
 → Pus (piotórax) 
 → Linfa (quilotórax): cor de lama 
 → Liquido seroso: transudato 
 → Ar (pneumotórax) 
 
Causas: 
→ ICC 
→ Distúrbios linfáticos 
→ Hipoproteinemia 
→ Processos inflamatórios 
 
Efusão Peritoneal ou 
Abdominal: 
Conceito: 
É a passagem de fluido, transudato ou 
exsudato para cavidade abdominal entre 
o peritônio parietal e visceral. 
Causas: 
● ICC; 
● Hipoproteinemia; 
● Enteropatia ou nefropatia 
● Peritonite 
 
→ Transudato: síndrome nefrótica, 
cirrose hepática, congestão cardíaca 
direita, etc. 
→ Exsudato: Peritonite, neoplasia 
abdominal 
Retirada: ABDOMINOCENTESE 
 
Efusão Pericárdica: 
Acúmulo anormal de fluido dentro do 
saco pericárdico 
→ Neoplasias cardíacas, traumatismos 
→ Sinais clínicos inespecíficos como 
abafamento dos sinais cardíacos 
→ Retirada: PERICARDIOCENTESE 
 
Efusão Articular 
→ Artrocentese 
→ A osteartrose afeta a articulação 
→ Fatores que aumentam a prevalência: 
displasia coxofemoral, ruptura de 
ligamentos, luxação de patela, etc. 
 
Urinálise 
Funções dos rins: 
Néfron: unidade funcional do rim 
→Processos de formação da urina: 
● Filtração: ocorre na cápsula glomerular. 
Caracteriza-se pela saída do filtrado do 
plasma do interior do glomérulo para a 
cápsula por causa da alta pressão do 
sangue nesse local. O chamado filtrado 
glomerular, ou urina inicial, é livre de 
proteínas. 
● Reabsorção: O filtrado resultante da 
etapa da filtração apresenta substâncias 
que são bastante importantes para o 
organismo e devem ser reabsorvidas. A 
reabsorção ocorre no túbulo néfrico, 
principalmente nos túbulos proximais, e é 
importante para evitar a perda excessiva 
de substâncias, tais como água, sódio, 
glicose e aminoácidos. 
● Secreção: Algumas substâncias 
presentes no sangue e que são 
indesejáveis ao organismo são absorvidas 
pelas células do túbulo contorcido distal. O 
ácido úrico e amônia fazem parte dessas 
substâncias que são retiradas dos capilares 
e lançadas ao líquido que formará a urina. 
Após passar por toda a extensão do 
túbulo néfrico, a urina está formada. Ela 
então é conduzida até os ureteres, que a 
levarão até a bexiga, onde permanecerá 
até sua eliminação. 
Coleta: 
→ micção natural 
→ cateterismo: sondas uretrais 
→ cistocentese: pode ter auxilio do 
ultrassom 
 ● direto da bexiga 
→ Acondicionamento e transporte: pode 
ser congelado 
 
Exame Físico: 
Cor: 
● amarelo claro a amarelo citrino: normal 
● incolor: muito diluída 
● amarelo escuro: muito concentrada, 
bilirrubinúria (desidratado) 
● vermelha a amarronzado: hematúria, 
hemoglobinúria, mioglobinúria 
● marrom- avermelhada a marrom: 
hemoglobinúria, mioglobinúria, meta- 
hemoglobina (intoxicação) 
● esverdeada: bilirrubinúria 
 
Densidade: 
Quanto mais concentrada, maior a 
densidade. 
Quanto mais diluída menor a densidade. 
● Densidade abaixo do plasma→ 
hipostenúria 
● Densidade da urina = densidade do 
plasma→ isostenúria 
● Densidade da urina maior que a do 
plasma→ hiperestenúria 
Nos estados de poliúria, exceto na 
diabetes mellitus, a densidade urinaria esta 
diminuída.. 
A elevação da densidade está relacionada 
a oligúria: edema, desidratação, febre, 
choque.. 
 
Exame químico da urina: 
→ Tira de urina 
1) Ph → herbívoros: pH alcalino; 
carnívoros: pH acido 
Muito ácido: pode indicar 
infecções 
Cistites: pH poderá ser alcalino 
 
2) Proteína: 
Proteinúria: pode estar associada a 
doenças renais 
● Pré- renais: estresse, febre, 
gestação.. 
● Pós- renais: tumores da bexiga e 
pelve renal, infecções urinárias 
● Renais: glomerulonefrite, síndrome 
nefrótica, nefropatias. 
 
3) Glicose: 
Urina normal é isenta de glicose, pois 
ela é reabsorvida 
Glicosúria: ocorre sempre que a 
glicemia exceder a capacidade de 
reabsorção normal. 
4) Corpos Cetônicos: 
Normamelnte ausentes na urina 
Cetonúria= associada a acidose, jejum 
prolongado, hepatopatias, diabetes 
 
5) Bilirrubina: 
Bilirrubinúria: relacionada a 
hepatopatias e obstrução das vias 
biliares. 
 
6) Urobilinogênio: 
Ausência: distúrbios intestinais 
Aumento:Hepatite, cirrose hepática 
 
7) Hemoglobina: 
Hemoglobinúria: doenças infecciosas 
8) Nitritos: 
Evidencia de bacteriúria. 
 
Sedimentoscopia 
Análise laboratorial de sedimentos 
urinários. 
Células: 
→ Epiteliais 
→ Escamosas (+ agrupadas) 
 ● uretrite, vaginite 
→ Transicionais: bexiga, ureter 
→ Renal 
 ● isquemia, intoxic. Renal 
 
Hemácias: 
→hematúria: sangue na urina 
Ex: cistite, pielonefrite.. 
 
Sangue: 
→Eritrocitos: >4-5 hemorragia 
→ Leucócitos: 5-8 inflamação 
 
Cilindros: 
Não espera-se encontrar! 
Cilindrúria: indica danos 
Cristais: 
Presentes em animais sadios 
Alta qtd: anormalidades 
Urolitiases, parasitas.. 
 
Fisiologia Renal: 
Provas Bioquímicas: 
As principais incluem a determinação de 
ureia e creatinina sérica. 
● Ureia (BUN) 
→ Produzida no fígado 
→ Excretada através do filtrado 
glomerular 
→ Quando há menos filtração 
glomerular, há mais retenção de ureia 
→ Não é um bom indicador da função 
renal quando analisada unicamente 
 
● Ureia Sérica 
Valores altos podem indicar insufic. Renal 
aguda ou crônica. 
Origens: 
→ Pré renal: 
↪Diminuição do fluxo renal 
●Perfusão diminuída → filtração 
glomerular cai → taxa de excreção de 
ureia diminui 
↪Hipotensão e choque: paciente 
hipotenso interfere na pressão glomerular 
→ interfere no fluxo→ ureia acumula 
↪Desidratação 
→ Pós renal: 
↪Quando ¾ ou mais do néfrons estão 
afuncionais 
↪ Ruptura ou obstrução do trato urinário 
→ Renal: 
↪Ingestão proteica elevada 
↪Hemorragia gastrintestinal 
↪ Febre e trauma tecidual 
↪ Aplicação de glicocorticoide e 
tetraciclina 
 
● Creatinina Sérica 
→ Pode ser usada como índice de 
filtração glomerular 
● Cálcio 
Na nefropatia crônica generalizada, há 
perd da capacidade de reabsorção com 
consequente HIPOCALCEMIA. 
● Fósforo: 
Na doença renal generalizada há redução 
na velocidade da filtração e perda da 
capacidade de excreção de fósforo, 
levando a hiperfosfatemia. 
 
Azotemia x Uremia 
Azotemia: elevação dos índices no 
sangue de ureia, creatinina, sem sinais 
clínicos. 
Uremia: Além dos parâmetros 
laboratoriais, o paciente também tem 
sinais clínicos. 
 
Hipercreatinemia: produção elevada de 
creatinina.. 
 
●Sódio: 
Nefropatia crônica: perda de sódio 
Redução: Hiponatremia 
 
●Potássio: 
Nefropatia: retenção de potássio → 
Hipercalemia 
OBS: Creatinina só aumenta quando 75% 
da função renal for perdida.

Continue navegando