Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Síndromes pulmonares: - Síndromes Brônquicas -Síndromes parenquimatosas -Síndromes Pleurais ❖ Síndromes Brônquicas: -Decorre do acometimento da árvore traqueobrônquica (zona condutora) por enfermidades que podem causar: ● Redução do calibre brônquico. ● Dilatação brônquica. ● Hipersecreção brônquica. -Tais alterações manifestam-se tipicamente por dispneia acompanhadas de sensação de constrição/aperto no tórax, dor torácica difusa, sibilância e tosse. ➢ A tosse (seca ou produtiva) decorre da irritação brônquica e/ou do aumento da produção de muco. -Enfermidades mais comuns que ocasionam síndrome brônquica: (redução do calibre devido a edema de mucosa brônquica e aumento do tônus broncomotor= *#) a) Asma → inflamação brônquica de origem alérgico→leva a *# b) DPOC → resposta inflamatória anormal dos brônquios à inalação de partículas ou gases tóxicos → leva a *# c) Bronquiectasia → infiltrado inflamatório nas vias aéreas de pequeno e médio calibre →leva a *# d) Infecções traqueobrônquicas → liberação de mediadores inflamatórios devido ao agente infeccioso → leva a *# ASMA: a) Inspeção: Normal ou aumento da FR, tiragem inspiratória. b) Palpação: Normais ou expansibilidade diminuída*. FTV normal/diminuído* c) Percussão: Normal/Hipersonoridade* d) Ausculta: Sibilos, roncos e/ou estertores grossos. Diminuição do MV*, expiração prolongada. *= em pacientes com crise asmática (tórax insuflado causando outras alterações mais notórias no exame físico) Bronquite crônica da DPOC: (excessiva produção de muco na árvore brônquica). -Manifestação clínica principal é tosse com expectoração mucopurulenta de pequeno volume que persiste por meses com períodos de melhora e piora dependendo dos fatores de exposição. a) Inspeção: DIspnéia, Tiragem, inspiração profunda. b) Palpação: Redução bilateral da expansibilidade, redução do FTV ou normal. c) Percussão: Normal ou Hipersonoridade d) Ausculta: Estertores grossos disseminados em ambos os hemitórax. Roncos e sibilos são frequentes. MV diminuído. BRONQUIECTASIA: - Dilatação irreversível dos brônquios em consequência da destruição de componentes das paredes destes ductos. - A manifestação clínica + comum é: tosse produtiva com expectoração mucopurulenta abundante e principalmente pela manhã. Hemoptises são frequentes. a) Inspeção: Aumento da FR. b) Palpação: Redução do FTV (devido a uma broncoconstrição associada), redução da expansibilidade, c) Percussão: Hipersonoridade (se houver broncoconstrição) d) Ausculta: Estertores grossos localizados. Pode haver roncos ou sibilos. INFECÇÕES TRAQUEOBRÔNQUICAS: - A bronquite aguda geralmente é causada por vírus que compromete as vias respiratórias desde a faringe. -Manifestações: sintomas gerais como FEBRE e CEFALÉIA, desconforto retroesternal, rouquidão, tosse seca seguida após alguns dias de expectoração mucosa que se transforma em mucopurulenta se houver infecção bacteriana secundária. a) Inspeção: Tiragem. b) Palpação: FTV normal ou diminuído. c) Percussão: normal ou hipersonoridade. d) Ausculta: diminuição do MV, expiração prolongada, sibilos expiratórios (predominantemente), pode haver roncos e estertores grossos. ❖ Síndromes Parenquimatosas: -São síndromes que têm em comum a alteração do parênquima (aumento ou diminuição dele) -Enfermidades mais comuns que ocasionam síndrome Parenquimatosa: a) Consolidação (por pneumonia, infarto pulmonar, tuberculose) b) Atelectasia (Neoplasias e obstrução por corpos estranhos) c) Hiperação (enfisema pulmonar, caverna pulmonar, etc) Consolidação: -Ocupação dos espaços alveolares por células ou exsudatos. -Manifestações: Dispneia, Tosse seca ou produtiva com hemoptise (ex: tuberculose). Dor retroesternal quando a pleura é comprometida, dor localizada em um dos hemitórax com características de dor pleurítica. a) Inspeção: Expansibilidade diminuída b) Palpação: FTV aumentado. c) Percussão: SUbmacicez ou macicez. d) Ausculta: Estertores finos, Respiração brônquica substituindo o MV. Broncofonia/Egofonia/Pectorilóquia. Atelectasia -Desaparecimento de ar dentro dos alvéolos sem ocupação do espaço alveolar por células ou exsudato → alvéolos murcham → atelectasia. ● Oclusão de brônquio principal→ Atelectasia de todo o pulmão. ● Oclusão de brônquios lobares ou segmentares → Atelectasia restrita a um lobo ou segmento. -Causas: Neoplasias e corpos estranhos que obstruem completamente a passagem do ar. -Manifestações dependem da área comprometida: Dispneia, sensação de desconforto, tosse seca. a) Inspeção: Retração do hemitórax, tiragem. b) Palpação: Expansibilidade diminuída e FTV diminuído ou abolido. c) Percussão: Submacicez ou macicez. d) Ausculta: Som broncovesicular Ressonância vocal diminuída. Enfisema Pulmonar: -A hiperaeração é observada no enfisema e resulta de alterações anatômicas caracterizadas pelo aumento anormal dos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais (modificações estruturais das paredes alveolares). -Alvéolos se tornam áreas mortas (sem função de troca). Ar fica retido nesse espaço. -Manifestações clínicas: DIspneia que se agrava lentamente (mais importante→ No início ocorre apenas aos grandes esforços, mas depois até em repouso). Na fase final surge insuficiência respiratória. a) Inspeção: Expansibilidade diminuída (perda de parênquima→ ?) e tórax em tonel nos casos avançados (devido a ar preso que não consegue sair). b) Palpação: FTV diminuído (perda de parênquima) c) Percussão: Normal e hipersonoridade em casos avançados (ar preso) d) Ausculta: inicialmente temos redução do MV e expiração prolongada (ar fica preso…). Ressonância vocal diminuída Congestão passiva dos Pulmões: -Definição: líquido se acumula no interstício causando dispneia de esforço -As principais causas: insuficiência ventricular esquerda e estenose mitral. -Manifestações clínicas: Dispnéia de esforço, dispnéia de decúbito e dispnéia paroxística noturna. Além de tosse seca ou com expectoração rósea e, às vezes, sibilância. a) Inspeção: expansibilidade normal ou diminuída b) Palpação: FTV normal ou aumentado. c) Percussão: Submacicez nas bases pulmonares d) Ausculta: Estertores finos nas bases ds pulmões (principal achado); prolongamento da expiração quando há broncoespasmo. Escavação ou caverna pulmonar: -São consequências da eliminação de parênquima em uma área que sofreu necrobiose. Isso pode ocorrer nos abscessos, neoplasias, micoses e tuberculose (TB é o principal). -Manifestações clínicas: Tosse seca com expectoração purulenta - Para ser detectada no exame físico, é necessário que a caverna esteja próxima à periferia do pulmão e que tenha diâmetro mínimo de mais ou menos 4 cm. a) Inspeção: expansibilidade diminuída na região afetada b) Palpação: expansibilidade diminuída e frêmito toracovocal aumentado (se houver secreção). c) Percussão: sonoridade normal ou som timpânico d) Ausculta: Som broncovesicular ou brônquico no lugar do MV; Ressonância vocal aumentada ou pectorilóquia. ❖ Síndromes Pleurais: -Quem são elas: Síndrome pleurítica,síndrome de derrame pleural, síndrome pleural aérea (pneumotórax). Síndrome pleurítica: -É caracterizada pela presença do atrito pleural. -A pleurite, ou seja, a inflamação dos folhetos pleurais pode ocorrer em várias entidades clínicas, destacando-se a tuberculose, as pneumonias, a moléstia reumática e outras colagenoses, viroses e as neoplasias da pleura e pulmão. -Manifestações: dor localizada em um dos hemitórax com características de dor pleurítica. Além de dor, podem ocorrer tosse, dispnéia, febre e outros sintomas relacionados com a causa da pleurite. -Inflamação da pleura evolui → produção de líquido acumula no espaço pleural→ afasta o folheto parietal e visceral → desaparecimento da dor pleurítica e do atrito pleural. (Síndrome Pleurítica pode evoluir para → Síndrome de derrame pleural) a) Inspeção: Expansibilidade diminuída b) Palpação: expansibilidade e FTV diminuídos c) Percussão: Sonoridade normalou submacicez. d) Ausculta: Atrito pleural que é o principal dado semiológico. Síndrome de derrame pleural: --Podem ser observados os derrames pleurais nas pleurites, pneumonias, neoplasias, colagenoses, síndrome nefrótica e na insuficiência cardíaca. - dor distinta da pleurítica torácica, tosse seca e dispnéia cuja intensidade depende do volume do líquido acumulado. a) Inspeção: b) Palpação: expansibilidade diminuída e FTV abolido na área do derrame (móvel) e aumentado na área do pulmão em contato com o líquido pleural. c) Percussão: Macicez d) Ausculta: MV abolido na área do derrame, egofonia e estertores finos na área do pulmão em contato com o líquido pleural na região mais alta do derrame. Síndrome pleural aérea ou de pneumotórax: -Acúmulo de ar na pleura que penetra por lesão traumática, ruptura de bolha subpleural ou em certas afecções pulmonares como tuberculose, pneumoconiose, neoplasias, etc. (Ducto em contato com a Pleura). -Manifestações clínicas: dor no hemitórax comprometido, tosse seca, dispnéia que depende da quantidade de ar e de outros mecanismos que acompanham o pneumotórax. a) Inspeção: normal ou abaulamentos dos espaços intercostais (quando há MT ar). b) Palpação: expansibilidade e FTV diminuídos. c) Percussão: Hipersonoridade ou som timpânico (principal achado) d) Ausculta: MV diminuído, Ressonância vocal diminuída.
Compartilhar