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História Regional final

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1A cultura científica parte do princípio de que, para conhecer todo e qualquer objeto (ou questão sobre um tema), é preciso formular um problema sobre ele e jamais se contentar em ter apenas opiniões definidas sobre o objeto a ser estudado. Transpondo esse princípio para uma aula que pretende formar o aluno crítico, não cabe ao professor planejá-la apenas para discorrer sobre um tema histórico sem formular perguntas problematizadoras que instiguem os alunos a se posicionarem sobre o tema a partir de seu conhecimento e de sua experiência prévia. O debate apresentado suscita importantes questões sobre os procedimentos metodológicos que devem ser adotados por professores no ensino de História. Considerando tais procedimentos, sobre a estratégia didática coerente com as ideias desenvolvidas no texto, assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: BITTENCOURT, C. M. F. Ensino de História: fundamentos e Métodos. São Paulo: Editora Cortez, 2005 (adaptado).
A
Atentar para a necessidade de formular problemas, a fim de propiciar a configuração de um objeto de estudo que possibilite aos alunos compreender a História como construção de conhecimento.
B
Pesquisar previamente sobre as conclusões a que chegaram os historiadores reconhecidos sobre determinado assunto, para transmiti-las aos alunos, de modo que esses as aprendam com os parâmetros científicos adequados.
C
Apresentar um tema específico para pesquisa bibliográfica, a fim de que os estudantes comparem as abordagens de diversos autores.
D
Preparar roteiros para apresentar aos alunos fatos importantes do passado, com o objetivo de desenvolver sua capacidade de reflexão e crítica.
2Há diferentes interpretações sobre a proclamação da República. Para alguns historiadores, não houve resistência do Imperador ou dos monarquistas. Além disso, de acordo com Aristides Lobo, propagandista da República, a população do Rio de Janeiro assistia a tudo "bestializados", sem compreender o que se passava, julgando ver uma parada militar. Na concepção do historiador José Murilo de Carvalho, com esta frase Aristides Lobo demonstrou o seu contentamento sobre a forma como foi proclamado o novo regime de governo, pois no ideário republicano a população em geral é que deveria ter sido protagonista nesse processo.
Não se sabe ao certo se houve a participação política dos populares naquele evento e qual foi a relação estabelecida entre o cidadão e o Estado. Contudo, passado o entusiasmo de alguns intelectuais, militares e de uma parcela da população, o Brasil viveu a primeira década da República em meio a uma turbulência de ordem política, social, ideológica e principalmente econômica. E nessa turbulência a população ouviu com espanto a notícia da derrota de uma expedição militar pelos jagunços do interior da Bahia. Sobre a Revolta de Canudos, assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: http://www.edufrn.ufrn.br/bitstream/123456789/1105/1/OS%20BESTIALIZADOS.%20INTRODU%C3%87%C3%83O%20E%20CAP%C3%8DTULO%20V.%20CARVALHO%2C%20Jos%C3%A9%20Murilo..pdf. Acesso em: 9 abr. 2020.
MARTINS. Paulo Emílio de Matos. Canudos: organização, poder e o processo de institucionalização de uma governança comunitária. Caderno EBAPE.BR, v. 5, n º4, dez. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cebape/v5n4/v5n4a05.pdf. Acesso em: 18 mar. 2019.
A
As origens do conflito revelavam as dificuldades do Brasil, preso ao padrão de uma economia agrária de modelo colonial, em se adaptar às dinâmicas da modernização no contexto internacional.
B
O Governo do Estado da Bahia resolveu intervir no conflito de Canudos através do Exército Nacional, porque os sertanejos invadiram de forma violenta as terras pertencentes a união. Sendo assim, representavam risco eminente à estrutura fundiária brasileira.
C
Antônio Conselheiro, com os seus seguidores, organizou uma comunidade produtiva industrial, num modelo autossuficiente que destoava da estrutura rural arcaica, o que revoltou latifundiários, pois perderam mão de obra e também ao Estado, haja vista que os sertanejos se recusavam a pagar impostos.
D
Devido à organização e resistência dos sertanejos, o Governo da Bahia pediu apoio da República para combater o movimento. Foi somente na quarta tentativa e com um enorme contingente que o exército venceu. A chacina foi imensa; nem as crianças, idosos e as mulheres conseguiram escapar.
3"No tempo dos homens, e não mais dos deuses, Clio foi eleita a rainha das ciências, confirmando os seus tributos de registrar o passado (com estilete da escrita) e deter a autoridade da fala dos fatos, homens e datas de um outro tempo, assinalando o que deveria ser relembrado e execrado". Neste trecho, Sandra Pesavento (2005) se refere à Clio, musa Grega da História que nasceu da união de Zeus e Mnemósine. Em seu livro, a historiadora escreve sobre o perfil de Clio no novo milênio e de uma de suas facetas mais recentes, chamada de História Cultural. Pesavento explica que até o final da Segunda Guerra mundial, o estudo da História seguia numa perspectiva macro, globalizante, generalizante e por vezes reducionista. Contudo, o pós-guerra causou uma crise de paradigmas explicativos da realidade, colocando em xeque os marcos conceituais dominantes na história, levando ao esgotamento do modelo da macro-história. Sobre as mudanças que ocorreram na História a partir de 1970, analise as sentenças a seguir:
I- Até o final da Segunda Guerra Mundial, o estudo da história se pautava numa perspectiva da macro-história. Sendo assim, eram comuns os livros sobre a história da humanidade, a história do Ocidente, História do Oriente e História Geral da África.
II- Com o fim do regime militar em 1964, os historiadores brasileiros começaram a se amparar teoricamente em diferentes matrizes teóricas, além do Positivismo e da História Cultural e começaram a enfocar também as questões regionais, locais, sociais e culturais.
III- Em nível nacional era comum encontrarmos até as décadas de 1970 e 1980, livros de história geral que contavam a história do Brasil Colônia até os dias atuais. Além disso, esse modelo de análise não dava conta da diversidade, das novas modalidades de fazer política e da complexidade dos contextos sociais, políticos, culturais, econômicos e religiosos do país.
IV- A partir da década de 1970 a história passou a olhar os sujeitos como produtores de cultura e história e romper com as aspirações às totalidades e verdades absolutas que utilizavam métodos quantitativos para a pesquisa.
V- A fixidez dos modelos de análise utilizados pelos historiadores até a década de 1970 não permitia a investigação das questões regionais e locais, sociais, culturais ou ainda, dar a devida importância às especificidades de cada região do país, de alguns grupos sociais e das minorias que permaneceram silenciadas na história. Contudo, no Brasil, percebemos a escrita da história só começou a mudar com o fim do regime militar, em 1985.
Assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: PESAVENTO, Sandra Jatahy. História e História Cultural. 2. ed. Belo Horizonte, Autêntica: 2005.
A
As sentenças I, II, III e V estão corretas.
B
As sentenças II, IV e V estão corretas.
C
As sentenças I, III, IV e V estão corretas.
D
As sentenças II, III e IV estão corretas.
4O historiador que trabalha com a História Regional opta por um recorte menor do passado do que aquele investigado pela História Nacional e escolhe temas, problemáticas e objetos de pesquisa bem definidos com relação ao espaço e à temporalidade. Contudo, cabe ressaltar que não pode perder de vista os aspectos da macro-história. Quanto à importância de o pesquisador investigar a relação entre os fatos regionais e nacionais dentro de um contexto mundial, analise as sentenças a seguir:
I- É importante que o estudo da História Regional esteja relacionado com a macro-história para não fragmentar o acontecimento histórico ou torná-lo irrelevante ou sem sentido.
II- Estudar a história do Brasil, as histórias regionais e locais relacionadas à história mundial permite um maior questionamento com relação a situações variadas, permeadas de acontecimentosem setores diversos, seja cultural, político, econômico e social.
III- É importante o enfoque na História Regional relacionada à história mundial, pois esta modalidade de escrita permite não apenas a investigação das histórias na perspectiva da macroanálise, mas também dá pistas acerca de outras regiões e cidades.
IV- O estudo da História Regional é importante porque apresenta novas possibilidades de interpretação ao estudo de cunho nacional, podendo abordar questões temáticas fundamentais da história global a partir do ângulo particular, já que opera com as diferenças e a multiplicidade de identidades.
Assinale a alternativa CORRETA:
A
As sentenças II, III e IV estão corretas.
B
As sentenças I, III e IV estão corretas.
C
As sentenças I, II e IV estão corretas.
D
As sentenças II e III estão corretas.
5Na concepção de Sandra Pesavento (2005, p. 8-9), a fixidez dos modelos de análise da realidade do século XIX não permitia ao historiador a construção do conhecimento sobre os diferentes grupos sociais e suas especificidades num contexto local ou regional. E do mesmo modo, o estudo sobre a construção das diferenças, isto porque, as coisas, os animais, as pessoas já estavam classificados em categorias de análise que não permitiam "[...] a problematização dos sentidos das identidades, da diversidade biológica, cultural e as relações de poder que as envolvem".
Com o surgimento de novas vertente interpretativas da história, principalmente a partir das décadas de 1980 e 1990, essas concepções de fazer história passaram a ser contestadas e a opção por um recorte espacial e temporal menor para a análise da realidade ganhou espaço nos estudos historiográficos e também na Educação Básica. Sendo assim, quando falamos sobre o Ensino de História, é correto afirmar que:
FONTE: PESAVENTO, Sandra Jatahy. História e História Cultural. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
A
A incorporação das fontes orais no Ensino de História Regional/Local não possibilita vantagens e não acrescenta perspectivas diferentes no ensino.
B
A História Regional/Local não dá ao pesquisador uma ideia muito mais próxima do passado.
C
Para motivar os alunos na aprendizagem de História Regional/Local, deve-se dar a possibilidade para que eles se distanciem dos acontecimentos históricos do seu cotidiano, de sua família, de sua localidade.
D
A História Regional/Local traz à tona acontecimentos, atores e lugares comuns ao estudante, isso faz com que este se aproxime da disciplina.
6O historiador precisa ter em mente que a História Regional e a Micro-História são abordagens distintas. Cabe destacar que ao eleger como objeto de estudo temas relacionados à História Regional nem sempre utiliza a Micro-História como método de análise. Citamos como exemplo de abordagem da Micro-História o filme "Desmundo", que enfatiza um recorte dos primeiros anos da História do Brasil (1570), com destaque para uma situação específica - a condição feminina naquele contexto. Acerca das duas perspectivas metodológicas sobre as relações entre História Regional e a Micro-História, analise as sentenças a seguir:
I- A História Regional se relaciona com a Micro-História quando o historiador utiliza um tipo de abordagem específica: a microanálise. Cabe frisar que a microanálise não se relaciona necessariamente com estudo de um espaço físico reduzido, embora isso possa acontecer.
II- A História Regional se relaciona com a Micro-História haja vista que utiliza como instrumental a macroanálise, com objetivo de ampliação da escala de observação do historiador, com o intuito de perceber aspectos que de outro modo passariam despercebidos.
III- Quando o micro-historiador elege como tema o estudo de uma pequena comunidade, ele não estuda propriamente a comunidade, mas através da comunidade (não é, por exemplo, a perspectiva da história local que busca o estudo da realidade microlocalizada por ela mesma).
IV- A História Regional se relaciona com a Micro-História quando o historiador investiga através da microanálise uma prática específica, a trajetória de determinados atores sociais, um núcleo de representações, uma ocorrência (por exemplo, um crime) ou qualquer outro aspecto que considere revelador com relação aos problemas sociais ou culturais que se propõe a examinar, sem perder de vista as conexões com os aspectos nacionais e mundiais.
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: DESMUNDO: Produção de Van Fresnot. Distribuição: Columbia Pictures do Brasil, 2003 (100 min.). 1 DVD, son, color. Disponível em: <http://www.ivox.com.br/opiniao/?id=100295>. Acesso em: 25 fev. 2011.
A
As sentenças I, II e III estão corretas.
B
As sentenças I, III e IV estão corretas.
C
As sentenças II e IV estão corretas.
D
As sentenças I, II e IV estão corretas.
7A relação entre História e memória suscita reflexões muito interessantes. No decorrer do longo processo de construção e reconstrução do conhecimento histórico, o sentido atribuído à memória foi sofrendo várias transformações e, dependendo da corrente historiográfica, a memória vai ter um determinado papel e uma determinada importância no ofício do historiador. As possibilidades de abordar a memória como processo individual ou coletivo também provocam importantes inquietações. Sobre a relação entre História e memória, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(    ) A memória é uma forma parcial de interpretação do passado, tendo seu uso como fonte invalidado, pois é um processo restrito e fragmentado de relembrar fatos ocorridos.
(    ) No mundo antigo, era por meio da memória que era possível fazer a ligação entre o mundo real e o mundo da representação.
(    ) No mundo medieval, os homens deveriam ter a memória sempre muito presente, pois ela significava a ponte entre Deus e os homens.
(    ) No mundo do Renascimento, sendo as questões terrenas mais importantes, houve um processo de dessacralização da memória.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A
F - V - V - V.
B
F - V - F - F.
C
V - V - V - V.
D
V - F - V - V.
8De acordo com Voltolini (2009, p. 31-32), a partir do desmembramento da comarca do Paraná da Província de São Paulo em 1853, tem-se início questões de limites de terras entre os estados do Paraná e Santa Catarina. A partir de 1900, os debates se tornam "[...] mais presentes nos relatórios apresentados aos Congressos Legislativos de cada estado". Ambos os governos tinham interesse em aumentar a área de influência e arrecadar impostos. Essa questão perdurou de 1900 até 1916 e se relaciona com a Guerra do Contestado que eclodiu em 1912. Isto porque atingiu diretamente a população que vivia na área contestada. Sobre a Guerra do Contestado, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(    ) A Guerra do Contestado ocorreu na chamada Primeira República (1889 a 1930). Apesar da presença de diferentes grupos chamados de caboclos na região contestada, oficialmente eram consideradas "áreas vazias" pelos governos federal e estadual, pois as pessoas não possuíam o título de posse das terras.  
(    ) A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre os caboclos produtores de erva-mate, madeireiros e empresários estrangeiros que se instalaram na região contestada (sem a concessão federal) e os representantes do poder estadual e federal brasileiro.
(    ) O povo da região contestada vivia em precárias condições de vida, sem qualquer assistência por parte do governo federal, da República recentemente implantada ou ainda, das administrações dos estados do Paraná e Santa Catarina.  
(    ) A construção de uma estrada de ferro (com concessão federal), que ligaria São Paulo ao Rio Grande do Sul, pela influente multinacional Brasil Railway, ocasionou a desapropriação de terras, a expulsão de moradores locais que viviam há anos na região e alterou as relações de trabalho.  
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
FONTE: VOLTOLINI, Anderson Francisco Floriani. A questão de limites de terras entre Santa Catarina e Paraná: uma análise das mensagens de governadoresde 1900 a 1916. Revista Santa Catarina em História - Florianópolis - UFSC - Brasil ISSN 1984- 3968, v.1, n. 2, 2009. Disponível em: http://seer.cfh.ufsc.br/index.php/sceh/article/view/321. Acesso em: 7 abr. 2020.
A
F - F - V - V.
B
V - F - F - F.
C
V - F - V - V.
D
F - V - V - V.
9Dentro de cada matriz teórica como o Positivismo, o Marxismo, a História Nova, a Fenomenologia, dentre outras, existem diferentes vertentes históricas de ordem econômica, social, política e cultural. Até a década de 1970 e 1980, muitos historiadores se pautavam na matriz Positivista ou Marxista para desenvolver as suas pesquisas. Por isso, muitos livros didáticos contemplavam apenas a história do Estado, da elite e dos grandes heróis, ou ainda a história econômica, a estrutura funcional do capitalismo, os modos de produção, as relações de trabalho e as lutas de classe, sempre numa visão macro. Todavia, a partir das décadas de 1970 e 1980, a historiografia se voltou para outros sujeitos e outros objetos de investigação, fazendo recortes espaciais e temporais menores e mais curtos, se voltando para as questões locais, regionais e para a micro-história. Sobre essas novas abordagens históricas utilizadas para a compreensão do passado, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(    ) Primeiramente é preciso compreender que a História Regional/Local e a Micro-história não são métodos de pesquisa e análise, mas uma nova abordagem histórica utilizada pelos pesquisadores para a melhor compreensão do passado.
(    ) A História Regional/Local e a Micro-História são recortes espaciais e temporais que o historiador faz para investigar de forma mais aprofundada o passado de uma região, de uma localidade, ou ainda sobre especificidades referentes a alguma questão social, política, religiosa, cultural ou de um grupo social, de minorias, dentre outras problemáticas.
(    ) A história numa visão macro tende a ressaltar as diferenças de ordem social, política, econômica e cultural valorizando as especificidades dos grupos sociais. Já a História Regional/Local e a Micro-História abordam as semelhanças sociais, econômicas, políticas e culturais e dão voz social àqueles que por muito tempo foram excluídos da história.
(    ) A História Regional/Local, assim como a Micro-história, é uma matriz teórica de interpretação da realidade que surgiu na França no final do século XIX e que deu sustentação teórica a muitas ações de governo para a organização da sociedade moderna, pois se amparou em censos, dados estatísticos e demográficos.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A
F - V - V - V.
B
V - V - F - F.
C
V - F - V - F.
D
F - V - F - V.
10A Cabanagem é considerada por alguns historiadores como uma revolução social que eclodiu na Província do Grão-Pará, que compreendia os Estados do Pará e Amazonas e contava com pouco mais de 80 mil habitantes na década de 1830. De acordo com a historiadora Magda Ricci (2006, p. 6), a Cabanagem é analisada como um movimento regional, apesar de abarcar uma ampla região que "chegou até as fronteiras do Brasil central e ainda se aproximou do litoral norte e nordeste. Gerou distúrbios internacionais na América caribenha, intensificando um importante tráfico de ideias e de pessoas". Cabe enfatizar que durante o período Regencial, ocorreram muitas rebeliões que demonstraram o descontentamento de parte da população contra o sistema de governo vigente e a elite branca, e a Cabanagem figura entre os principais levantes políticos daquele período. Sobre os fatores que motivaram a revolta dos Cabanos, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
(    ) A independência do Brasil despertou grande expectativa de mudanças e melhorias nas condições de vida do povo pobre da Província do Grão-Pará e a Cabanagem pode ser vista como prosseguimento da guerra de independência na região. Desde então, até a eclosão da revolta em 1835, os povos indígenas - assim como as pessoas escravizadas e os mestiços - passaram a lutar por direitos, pela liberdade e sobretudo, contra os desmandos dos portugueses.  
(    ) A Cabanagem foi motivada por diferentes fatores, em particular, pela insatisfação diante da falta de autonomia política e administrativa da província, pois aos olhos dos revoltosos, o governo regencial era ilegítimo, devido ao recrutamento obrigatório de impostos aos paraenses, em função da Guerra dos Farrapos. Apesar da participação massiva dos povos indígenas, pessoas escravizadas e mestiços, os principais líderes do movimento representavam a elite branca europeia.
(    ) Não é possível citar apenas um motivo específico para a revolta dos cabanos, mas de maneira geral, as causas estão diretamente relacionadas aos desmandos políticos dos grandes latifundiários do Pará e o abuso do poder pelas autoridades. Um grande líder na revolta da cabanagem foi o artesão e fabricante de balaios Manoel dos Anjos Ferreira.
(    ) O nome da revolta "Cabanagem" indicava a origem social dos seus participantes, os "cabanos", moradores de casas de palha que se revoltaram contra a situação de pobreza, as injustiças sociais e desmandos dos brancos, especialmente dos portugueses abastados.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
FONTE: RICCI, Magda. Cabanagem, cidadania e identidade revolucionária: o problema do patriotismo na Amazônia entre 1835 e 1840. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-77042007000100002&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 8 abr. 2020.
A
V - F - V - V.
B
V - V - F - F.
C
F - V - V - F.
D
V - F - F - V.
11(ENADE, 2011) Com relação às lutas pela independência nas Américas portuguesa e espanhola, as quais, apesar de visarem aos mesmos objetivos, apresentaram um desenrolar em que se verificaram semelhanças e diferenças importantes, é correto afirmar que:
A
A longa guerra nas duas Américas foi financiada essencialmente por capitalistas britânicos.
B
A participação popular foi mais intensa nas colônias espanholas, como no México.
C
Os comerciantes e os grandes proprietários de terra colocaram-se firmemente ao lado da metrópole.
D
A evidência da neutralidade da Igreja diante da independência reside na ausência de participação de padres nas lutas.
12(ENADE, 2017) Quando a história se torna, para quem a pratica, o objeto de sua reflexão, pode-se inverter o processo de compreensão que conduz um produto a um lugar? O historiador seria então um fugitivo, cederia a um álibi ideológico se, para estabelecer o estatuto de seu trabalho, recorresse a um além filosófico, a uma verdade formada e recebida fora dos seus caminhos, pelos quais, em história, todo sistema de pensamento encontra-se referido a "lugares" sociais, econômicos, culturais etc. Tendo em vista o texto apresentado e as reflexões de Michel de Certeau sobre o fazer historiográfico, assinale a alternativa CORRETA:
FONTE: CERTEAU, M. A operação histórica. In: LE GOFF, J.; NORA, R História: novos problemas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995 (adaptado).
A
As pesquisas realizadas nas universidades dependem de possíveis aportes financeiros, de modo que os lugares econômicos são determinados pelas agências de fomento, que são externas às instituições acadêmicas.
B
Os textos historiográficos são produzidos em um determinado lugar social - as instituições de ensino e pesquisa -, mas seus verdadeiros leitores são o público, que expressa o valor de uma obra por meio de seu sucesso comercial.
C
O lugar de produção do conhecimento histórico privilegia determinado tipo de produção, mas não interdita outras possibilidades, e por isso a investigação histórica tem se caracterizado por um alargamento ilimitado dos temas de pesquisa.
D
A operação historiográfica não pode abstrair-se do tempo em que ocorre, já que os temas, problemas e perspectivas de análise são condicionados a partir da articulação entre o lugar social dos profissionais da área, seus procedimentos de análise e a escrita que produzem.

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