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Financiamento do SUS

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Existem duas leis orgânicas da saúde, a lei 8.080 e a 8.142, que são 
complementares a Constituição Federal e ajudam a organizar o SUS. O maior 
desafio era garantir recursos para estruturar o SUS, para ações e serviços de 
saúde, com isso a lei 8.142 traz dispositivos para organizar esse financiamento. 
A lei 8.142 garante a forma de repasse dos recursos. 
No artigo 2 da lei 8.142 determina como serão alocados os recursos do Fundo 
Nacional de Saúde, o FNS e estabelece regras para utilização desses 
recursos. O artigo diz que os recursos podem ser alocados de 4 forma, através 
das despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e 
entidades da administração direta e indireta. Investimentos previstos em lei 
orçamentária, de iniciativa do poder legislativo e aprovados pelo Congresso 
Nacional, investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde, 
cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos 
Municípios, Estados e Distrito Federal (esse último inciso deve ser destinado a 
investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial ambulatorial e 
hospitalar e às demais ações de saúde, além disso determina que as verbas 
serão repassadas de forma regular e automática para os Municípios Estados e 
Distrito Federal). 
Para que os municípios, estados e distrito federal recebam esses recursos eles 
deverão possuir um Fundo de Saúde (fundo público, formado por um conjunto 
de contas correntes que são utilizadas para movimentação de recursos da 
administração pública), Conselho de Saúde ( onde se encontra o controle 
social, o conselho de saúde atua supervisionando ações e serviços de saúde, 
além de aprovar e supervisionar os relatórios de gestão) e um Plano de Saúde 
(instrumento de planejamento, que garante que essa região proponha como 
utilizar os recursos que eles vão receber), relatórios de gestão (feito ao final de 
cada ano, que avaliam o Plano de Saúde, a fim de analisar se o que foi 
planejado foi executado), apresentar uma contrapartida de recursos para a 
saúde no retrospectivo orçamento (a garantia de que cada esfera da gestão vai 
entrar com sua parte nos recursos, para que possa receber os recursos 
federais), os municípios precisam contar com uma comissão de elaboração do 
Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto a prazo de dois anos 
para a sua implantação ( não foi comprida na maioria dos municípios). 
O Conselho de Saúde é a garantia de que as pessoas e usuários continuem 
participando das tomadas de decisão sobre a saúde, o controle social é quem 
bate o martelo sobre as ações de saúde, os planos de saúde e quem faz os 
relatórios. 
FINANCIAMENTO DO SUS 
Existem duas instâncias de participação popular e controle social, os conselhos 
(possuem caráter permanente, consultivo e deliberativo) e conferências de 
saúde (são temporárias e organizadas de tempo em tempo, as municipais de 2-
2 ou 4-4 anos, as estaduais, distritais e federal são convocadas de 4-4 anos, 
possuem também caráter consultivo e deliberativo). Essas duas instancias 
possuem composição paritária, garantem a participação popular, de modo que 
o conselho nem a conferência seja composto apenas por pessoas que 
trabalhem no SUS, é determinado que os conselhos e conferências sejam 
compostos por 50% de usuários, 25% trabalhadores do sistema de saúde, 25% 
gestores e prestadores de saúde. 
A Emenda Constitucional n. 29/2000 e a Lei Complementar n. 141/2012, foram 
criadas para qualificar o processo de financiamento do SUS, a EC e a Lei n. 
141 regulamenta a quantidade de recursos que serão repassados para a 
saúde. Sendo assim, esses instrumentos determinam que a união deve 
reservar, no mínimo, o montante empenhado no exercício anterior acrescido da 
variação nominal do PIB, determina que os estados destinem, no mínimo, 12% 
da arrecadação de impostos e os municípios 15% da arrecadação de impostos, 
o distrito federal deve destinar 12% e 15%, por arrecadarem impostos 
estaduais e municipais. Com esses instrumentos o SUS consegue a garantia 
de repasse de recursos mínimos. 
Porém, o sub financiamento é um problema crônico do sistema de saúde, com 
isso, ocorreram algumas mudanças importantes de 2016 para 2021, que são: 
- Promulgação da portaria 3.992, responsável pela extinção dos blocos de 
financiamento (assistência farmacêutica, atenção de média e alta 
complexidade, investimentos, atenção básica, gestão do SUS e vigilância em 
saúde) do SUS, com o argumento que os blocos tornavam a utilização do 
recurso travada, e criou dois blocos o de custeio (são as despesas necessárias 
à prestação de serviços e à manutenção da ação da administração como o 
pagamento de pessoal) e o de investimento (são despesas relacionadas à 
aquisição de bens e à construção de obras primárias). 
Antes da NOB 1/96 o repasse de recursos das ações e serviços de saúde eram 
basicamente feitos a partir da contraprestação de serviços, ou seja, os estados 
e municípios só recebiam se tivessem serviços implantados, com prestação de 
serviços, porém essa forma de repasse de recurso era limitante, visto que, 
pequenos municípios não receberiam os repasses necessários por não 
possuírem prestação de serviços. A NOB 1/96 instituiu o PAB, piso assistencial 
básico, garantiu que todos os municípios do Brasil recebessem uma parcela de 
recursos através do financiamento per capita, além de instituir incentivos de 
custeios para a programas e serviços estratégicos, como o programa de saúde 
da família. 
A portaria n. 2.979 de 2019 instituiu o programa Previne Brasil e derrubou as 
mudanças importantes feitas pela NOB 1/96, extinguindo o PAB, tanto o fixo 
quanto o variável, e baseando o financiamento do SUS através de 3 
componentes, captação ponderada (população cadastrada, vulnerabilidade 
socioeconômica, classificação geográfica), pagamento por desempenho 
(processo e resultados da equipe, resultados em saúde e globais da APS) e 
incentivo para ações estratégicas (especificidades e prioridades, estrutura das 
equipes, produção com ações estratégicas).

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