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NEUROLOGIA – AULA 1 1 NEUROINFECÇÃO • Emergência médica → como qualquer emergência medica, o tempo é essencial e o diagnostico deve ser preciso, pois a demora em estabelecer um diagnostico de meningite e começar um tratamento vai estar relacionado diretamente ao prognostico do paciente • São condições graves de evolução rápida, cujo prognóstico depende fundamentalmente do diagnóstico precoce e da instituição imediata de tratamento adequado • Suspeita clínica → Punção lombar (padra ouro para analise do líquor e fechar diagnostico de meningite) → Tratamento ❖ Dependendo do local não terá disponível a punção lombar e devemos ter noção de que não ter a punção NÃO deve atrasar instituir o tratamento ❖ A partir de uma suspeita forte de meningite, mesmo não tendo disponível a punção lombar, institua o tratamento! • Incidência brasileira de Meningites: ❖ Incidência total: 2 casos / 100 mil habitantes ❖ Menores de 5 anos: 7 casos/ 100 mil habitantes ❖ Menores de 1 ano: 13 casos/ 100 mil habitantes Conceitos básicos • Meningite ❖ Processo inflamatório que acomete as meninges pia-máter e aracnoide (juntas são chamadas de leptomeninges) e o espaço entre estas membranas, o espaço subaracnóideo ❖ Etiologia: bacterianas (culturas positivas → meningites sépticas) ou asséptica (LCR: padrão linfomonocitário. Vírus, agentes químicos, doenças inflamatórias, neoplasias) • Encefalite: ❖ Processo inflamatório do parênquima cerebral → alteração da consciência e crise convulsiva (principal alteração clinica, diferente das meningites em que os achados são sinais de irritação meníngea) ❖ Etiologia: bactérias, vírus, fungos, autoimune ➢ Autoimune → muitas vezes associada com processos neoplásicos, como por exemplo, a encefalite autoimune pelo anticorpo NMDA, que é o principal dentro da neurologia infantil, cursando com um quadro de distúrbio do movimento, alteração da consciência, crise convulsiva, distúrbio psiquiátrico e esta associado a um teratoma de ovário Mais comuns no meio NEUROLOGIA – AULA 1 2 • Meningoencefalite: ❖ Processo inflamatório das meninges e do parênquima cerebral ❖ Etiologia: Bactérias, vírus, fungos • Patogênse → Via hematogênica (indireta) ❖ Principal → a maioria doa agentes utilizam essa via, mas por exemplo, a Neisseria não atinge pela nasofaringe, ela normalmente atinge por alimentos contaminados ❖ Para atingir o sistema nervoso central (SNC) o patógeno precisa vencer quatro etapas: 1. Proliferação mucosa da nasofaringe 2. Invasão dos vasos subjacentes e vencer os mecanismos de defesa do hospedeiro 3. Atravessar a barreira hematoencefálica e hematoliquórica atingindo o SNC → a nível do ESA, esse é um local que o agente vai ter uma predisposição muito grande para se replicar rapidamente, pois o sistema de defesa a nível do ESA não é um dos melhores, então o agente vai sobreviver e replicar no líquor causando o quadro de meningite 4. Sobreviver e replicar no líquor cefalorraquidiano (LCR) • Particularidade do LCR: ❖ Mecanismo de defesa humoral pouco desenvolvido → baixas concentrações de anticorpos e do sistema de complemento • Via direta: ❖ Laceração da dura-máter → infecções contiguas ao SNC (infecções a nível da mastoide), fraturas cranianas, neurocirurgia recente, derivações ventriculoperitoneais, acesso ao espaço subaracnóideo para procedimentos anestésicos ou terapêuticos ❖ É a via em que o patógeno não vai passar pelas barreiras hematológica, ou seja, ele vai cair direto do SNC a nível do ESA ❖ As agentes infecciosos relacionados a essa via são diferentes, então por exemplo, se eu tenho um paciente que tem uma derivação ventriculoperitoneal eu tenho que pensar em S. Aureus, gram - MENINGITES BACTERIANAS • Neisseria meningitidis: ❖ Diplococo Gram-negativo capsulado (importante para penetração no LCR e indução da resposta inflamatória) ❖ Colonização assintomática da nasofaringe em 20% da população ❖ Representam 10 a 40% das meningites bacterianas ❖ Transmissão: pessoa a pessoa por gotículas de saliva e secreções da nasofaringe ❖ 13 sorogrupos: A, B, C, 29E, H, I, K, L, W135, X, Y e Z ❖ Principal agente no Brasil, seguido do S. pneumoniae • Haemophilus influenzae: ❖ Coco-bacilos gram negativos ❖ Seis sorotipos (A, B, C, D, E, F) → a vacina contem o tipo B e é o principal sorotipo ❖ 1999: vacinação anti-Hib no calendário vacinal → queda brusca no número de casos de meningite por HI ❖ Devemos pensar principalmente em crianças, pois é muito comum em crianças menores que 5 anos • Streptococcus pneumoniae: ❖ Diplococos-gram positivo capsulado → a capsula tem uma grande importância na patogenia ❖ Presente na microbiota residente do trato respiratório superior ❖ Existem mais de 90 sorotipos descritos. Prevalentes no Brasil: 14, 1, 6B, 5,6 A, 23F, 19F, 9V, 3, 4, 10 A, 8, 7F ❖ Alta morbi-mortalidade e numero de sequelas ❖ Mais de 50% dos pacientes têm menos de 1 ano ou mais de 50 anos ❖ As meningites mais graves estão relacionadas ao pneumococo NEUROLOGIA – AULA 1 3 • Quadro clínico → composto por três síndromes principais: ❖ Síndrome de hipertensão craniana → Cefaleia intensa, náuseas, vômitos e certo grau de confusão mental ➢ Tríade de Cushing → Hipertensão arterial sistêmica + bradicardia + bradpnéia ❖ Síndrome toxêmica → Febre alta, mal estar e prostração ou agitação psicomotora ❖ Síndrome de irritação meníngea → Rigidez de nuca, sinal de Kernig, sinal de Brudzinski ➢ Rigidez de nuca → resistência e desconforto a flexão anterior da cabeça com o paciente em decúbito dorsal ➢ Sinal de Kernig → flexiona-se a coxa do paciente, mantendo também o joelho flexionado e faz uma extensão do joelho sobre a perna e o paciente refere dor ➢ Sinal de Brudzinsk → faz-se a flexão da cervical e o paciente de forma reflexa faz a flexão de joelho ➢ OBS → a presença de pelo menos 1 sinal já é suficiente para ter a suspeita de meningite ❖ IMPORTANTE! Em crianças, sobretudo nas menores, a clínica é inespecífica. Não há queixa de cefaléia e os sinais de irritação meníngea podem estar ausentes. Os achados mais frequentes são: febre, irritabilidade, prostração, vômitos, convulsões e, eventualmente, abaulamento de fontanela • Diagnóstico → A confirmação diagnóstica das meningites bacterianas é feita pelo exame do líquor cefalorraquidiano (LCR) ❖ Características do LCR normal → aspecto em “agua de rocha”, porem o líquor nesse aspecto NÃO exclui a possibilidade de meningite ❖ Alterações do LCR nas meningites bacterianas: ➢ Aumento da pressão do LCR ➢ Aumento do número de células ➢ Predomínio de polimorfonucleares neutrófilos ➢ Proteínas totais elevadas ➢ Presença de bactérias ao exame bacteriológico direto ➢ Culturas positivas (70-90%) das amostras • Agentes etiológicos x grupos vulneráveis: Agente etiológico Grupos mais suscetíveis Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis Crianças e adultos Listeria monocytogenes Pacientes > 60 anos, RN, transplantados, gestantes, doentes com neoplasia ou tto com imunossupressor Estreptococos do grupo B RN e puérperas, pacientes com doenças graves Haemophilus influenzae tipo b Crianças e adultos não vacinados Pseudomonas sp., Echerichia coli, Klebsiella sp., Serratia sp. Pcts internados com comorbidades (CA, DM, IC, IPC, disfunção renal ou hepática) e pacientes neurocirúrgicos Staphylococcus aureus, Estafilococos coagulase negativa Pós operatório de neurocirurgia NEUROLOGIA – AULA 1 4 ➢ Pesquisa de antígeno bacteriano: contraimunoeletroforese e provas de aglutinação do Látex (Especificidade alta , mas sensibilidade moderada) ➢ Outros exames: Reação em cadeia da polimerase (PCR) alta sensibilidade e especificidade, lactato elevado (alta sensibilidade, baixa especificidade) ❖ Contraindicações a punção lombar: ➢ Coagulopatia grave ➢ Sinais neurológicos focais → como por exemplo, sinal de babinski positivo em apenasum lado ➢ Papiledema ➢ Paciente clinicamente instável com sinais predominantes de HIC → a presença de vomito e cefaleia simplesmente não contraindica puncionar ➢ Infecções de pele no local da punção lombar ➢ Sinais focais/ localização ao exame neurológico ❖ A punção lombar não modifica o início da antibioticoterapia empírica. Na impossibilidade de realização da punção lombar o tratamento adequado deve ser iniciado imediatamente • Neuroimagem (Tomografia de Crânio) → não é essencial para o diagnóstico das meningites ❖ Indicações: ➢ Sinal focal ao exame neurológico ➢ Papiledema, HIC predominante ➢ Convulsão de início recente ➢ Imunossuprimidos • Propedêutica laboratorial : ❖ Hemograma, PCR, coagulograma, eletrólitos (distúrbio de sódio associado), hemocultura, cultura de urina, função renal, glicemia • Tratamento: ❖ Tratamento empírico x Tratamento específico ➢ Na grande maioria dos casos vamos instituir o tratamento empírico, pois quando o paciente chega raramente sabemos qual é o agente etiológico ❖ Medicações mais utilizadas como terapias empíricas de acordo com a faixa etária: • Dicas clínicas para agentes etiológicos específicos: ❖ Meningites meningocócicas: situações de epidemia, presença de petéquias, rash cutâneo ou grandes equimoses ❖ Meningite por pneumococos: Presença concomitante de infecções pulmonares, otites e sinusites ❖ Meningite por Haemophilus influenzae: infecções em vias aéreas superiores ou otites. Principalmente em crianças. Não vacinados ? ❖ Pacientes com derivação LCR ou em pós operatório neurocirúrgico: Estafilococos ou bacilos gram- negativos ❖ Presença de sintomas gastrointestinais , doenças linfoproliferativas ou mieloproliferativas, pacientes imunossuprimidos: Listeria monocytogenes NEUROLOGIA – AULA 1 5 • Corticoide ❖ A maioria dos autores sugere a utilização de corticosteroides entre 15 a 30 minutos antes da primeira dose de antibiótico ❖ Dexametasona: 10 mg 6/6 hs IV por 4 dias ❖ Função: modulação da atividade dos mediadores inflamatórios ❖ Benefícios: ➢ Diminuição da mortalidade ➢ Redução nas alterações da audição ➢ Diminuição das sequelas neurológicas ❖ Os principais estudos relacionados a corticoide são relacionados ao pneumococo, dessa forma o seu uso e benefícios são muito relacionados ao pneumococo • Segundo líquor → feito somente em pacientes que não estão evoluindo bem ❖ Após 72hrs de tratamento ❖ Na prática uma melhora clínica importante após o terceiro dia de tratamento dispensa a realização de uma punção lombar de controle • Complicações: ❖ Agudas: Abscessos cerebrais, coleções subdurais, ventriculites, hidrocefalia, hiponatremia, convulsões, trombose de seio venoso ❖ Crônicas: Déficit cognitivo, déficit auditivo, epilepsia, déficits focais, hidrocefalia • Evolução: ❖ Os sinais de melhora clínica ocorrem em pouco tempo ➢ Melhora do estado geral (confusão mental): 4 a 6 horas ➢ Diminuição da febre: 6 a 12 horas ➢ Diminuição dos sinais de irritação meníngea: alguns dias • Antibioticoterapia específica de acordo com o agente etiológico Agente etiológico Antibioticoterapia Alternativas Streptococcus pneumoniae susceptível a penicilina Penicilina G ou Ampicilina Ceftriaxone Streptococcus pneumoniaes suscetibilidade intermediária Ceftriaxone ou Cefotaxima Cefepima e Meropenem Streptococcus pneumoniae resistente Ceftriaxone ou Cefotaxima + Vancomicina Fluoroquinolona Neisseria meningitidis Penicilina G ou Ampicilina ou Ceftriaxone Fluoroquinolona, Meropenem Listeria monocytogenes Ampicilina + aminoglicosídeo Sulfametoxazol-trimetoprim, Meropenen Streptococcus agalactiae Penicilina G ou Ampicilina + aminoglicosídeo Cefalosporina de 3 geração Escherichia coli e outras Enterobacteriaceae Cefotaxima ou Ceftriaxona Aztreonam, Fluoroquinolona, Meropenem Pseudomonas aeruginosa Cefepima ou Ceftazidima ou Meropenem Aztreonam, Ciprofloxacino Haemophilus influenzae Ceftriaxona Cefepima, Fluoroquinolona, Aztreonan Staphylococcus aureus: metila sensível Oxacilina ou Naficilina Vancomicina, Meropenem, Linezolida Staphylococcus aureus: metila resistente Vancomicina Sulfametoxazol-trimetoprim, Linezolida, daptomicina Staphylococcus epidermidis Vancomicina Linezolida Treponema pallidum Penicilina G Ceftriazona Se o paciente estiver clinicamente bem NÃO mude o antibiótico, pois o comportamento in vitro não é igual ao comportamento no corpo, então o fato de uma bactéria se comportar in vitro de uma maneira, isso não é igual a como ela se comporta no organismo com os mecanismos de defesa Por outro lado, se o paciente em 48h não melhorou e não está evoluindo bem DEVE trocar o antibiótico NEUROLOGIA – AULA 1 6 • Medidas de profilaxia e controle: ❖ Todas as meningites são de notificação compulsória à simples suspeita • Quimioprofilaxia: ❖ Objetivo: Prevenção de casos secundários ❖ Deve ser instituída, de preferência nas primeiras 24 horas do caso índice, podendo ser feita até o 30 dia. ❖ Indicação: ➢ Neisseria meningitidis: Contactantes próximos e profissionais de saúde com contato com secreções ➢ Haemophilus influenzae: Para todos os contatos domiciliares se existir uma criança com menos de 4 anos de idade ou se existir uma criança imunocomprometida na residência ❖ Esquemas quimioprofiláticos: ➢ Rifampicina (600mg) VO/dia 12/12 hs por 2 dias ➢ Ceftriaxone 250mg IM, dose única ➢ Ciprofloxacina 500 mg VO, dose única MENINGITES E ENCEFALITES VIRAIS • Meningoencefalites: apresentação mais comum • Nas meningites viras o quadro infeccioso é qualitativamente semelhante ao das meningites bacterianas. Nem sempre os critérios clínicos são suficientes para distinguir um processo viral de bacteriano. • Agentes Etiológicos: • Meningoencefalites: apresentação mais comum • Nas meningites viras o quadro infeccioso é qualitativamente semelhante ao das meningites bacterianas. Nem sempre os critérios clínicos são suficientes para distinguir um processo viral de bacteriano. • Agentes Etiológicos: Tipo de vírus Representantes mais comuns Enterovírus Poliovírus, Coxsackievírus, Echovírus Herpesvírus Herpes simples tipo 1 e 2, citomegaçovírus, varicela zoster, Epstein Barr Arbovírus Zika, Dengue Outros HIV, raiva, influenza, sarampo, caxumba NEUROLOGIA – AULA 1 7 • LCR X Patógeno: • Propedêutica laboratorial: ❖ Reação de cadeia de polimerase para vírus (PCR) no líquor: alta sensibilidade e especificidade ❖ Cultura de vírus no LCR e em outros sítios é um procedimento caro, lento e raramente disponível • Tratamento: ❖ Terapia de suporte: Hidratação e analgesia ❖ Aciclovir (10 mg/Kg/dose 8/8hs por 14-21 dias): indicada nos pacientes com alterações focais ao exame neurológico, alterações na neuroimagem e EEG • Meningoencefalite Herpética: ❖ Agente etiológico: Herpes simplex tipo 1 (HSV-1) ❖ Elevada morbidade e mortalidade (70%) ❖ Clínica: Febre, convulsões de difícil controle, distúrbios comportamentais e da consciência, sinais neurológico focais ❖ Diagnóstico: ➢ PCR para HSV-1 positivo no LCR (padrão ouro) ➢ Neuroimagem: Ressonância cerebral com hipersinal em região temporal em T2 e FLAIR ➢ EEG: PLEDS : descargas epileptiformes periódicas lateralizadas ❖ Tratamento: Aciclovir • COVID-19 ❖ Agente etiológico: SARS-CoV-2 ❖ RNA vírus ❖ Gêneros: alfa, beta, gama, delta ❖ Síndrome respiratória do Médio Oriente (MERs-CoV) ❖ Síndrome respiratória aguda: SARS-CoV ➢ Clínica: Doença multisistêmica → Comprometimento pulmonar + renal + cardíaco + neurológico ▪ Febre(90%), tosse (70%), fadiga muscular (50%), cefaléia, diarreia (5%), anosmia ➢ Patogênese: ▪ Envolvimento direto do SARS-COV2 no SNC ▪ Fatores inflamatórios (citoquinas) ▪ Fatores autoimunes NEUROLOGIA – AULA 1 8 ▪ Efeito colateral de medicamentos ▪ Hipóxia • Meningoencefalite crônica Neurotuberculose ❖ Agente etiológico:Mycobacterium tuberculosis ❖ Formas de comprometimento do SNC: ➢ Meningoencefalite ➢ Tuberculoma (tumoral) ➢ Mal de Pott (Espondilite tuberculosa) ❖ Quadro clínico: ➢ Insidioso: astenia, anorexia, febrícula, sudorese vespertina, cefaleia, crises convulsivas, hipertensão intracraniana secundário a um quadro de hidrocefalia, sinais focais, comprometimento dos pares cranianos (III, IV, VI, VII). ❖ Propedêutica diagnóstica: ➢ LCR: Pleocitose moderada (misto), proteína elevada, hipoglicorraquia, lactato aumentado, ADA ( atividade da adenosina-deaminase) aumentada ➢ Coloração de Ziehl-Neelsen (BAAR): sensibilidade baixa (30%) ➢ PCR: sensibilidade intermediária (45 a 80%) ➢ Neuroimagem: Espessamento meníngeo particularmente na base do crânio. ❖ Tratamento: ➢ Rifampicina + Isoniazida + Pirazinamida + Etambutol (2 meses) ➢ Rifampicina + Isoniazida por 10 meses ➢ Corticóide nos primeiros semanas de tratamento Neurossífilis ❖ Agente etiológico: Treponema pallidum ❖ Formas clínicas: ➢ Meningovascular ➢ Paralisia Geral Progressiva (Pupila de Argyll-Robertson) ➢ Tabes Dorsalis ➢ Atrofia óptica ➢ Sífilis espinhal (Paraplegia espástica de Erb) ❖ Propedêutica diagnóstica: LCR ➢ Testes não treponêmicos : Reação de Wasserman (Fixação do complemento), VDRL ➢ Testes treponêmico: FTA-abs, Hemaglutinação passiva, Teste de imobilização do treponema -TPI ➢ PCR ❖ Tratamento: ➢ Penicilina Cristalina (18 a 24 milhões UI/dia) por 14 a 21 dias ➢ Reação de Jarish- Herxheimer NEUROLOGIA – AULA 1 9 • Emergência médica. • Suspeita clínica Punção lombar Tratamento • Principais agentes etiológicos: • Neisseria meningitides • Streptococcus pneumoniae • Haemophilus influenzae • Clínica: • Síndrome de hipertensão intracraniana • Síndrome toxêmica • Síndrome de irritação meníngea • Diagnóstico: Clínica + análise do LCR. • Na impossibilidade de realizar punção lombar iniciar empiricamente o tratamento adequado. • Tratamento: • Antibiótico + Corticoideoterapia • Quimioprofilaxia: Haemophilus + Meningococo • Notificação compulsória para todas as meningites.