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Correcao de Questoes_conduta

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1. CONDUTA 
Prova MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça - Reaplicação - 
Aplicada em 30.11.19 (banca própria) 
 
A clássica frase a seguir inaugurou uma nova fase na dogmática jurídico-
penal: " O caminho correto só pode ser deixar as decisões valorativas político-
criminais introduzirem-se no sistema de direito penal" . Assinale a alternativa 
em que consta o autor da referida afirmação, bem como o sistema jurídico-
penal a que se refere: 
(A) Edmund Mezger - neokantismo penal 
(B) ClausRoxin - funcionalismo teleológico racional 
 
(C )GüntherJakobs - funcionalismo sistêmico radical 
 
(D) Hans Welzel - finalismo penal 
 
Comentário: Para Roxin, a missão do Direito Penal é proteger bens jurídicos 
indispensáveis ao homem, tendo como suas características, dentre outros, as 
orientações político-criminais. 
 
Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 - MPE-MG - Promotor de Justiça 
Substituto - Aplicada em 23.11.19 (fundação vinculada à UFMG) 
No tocante à teoria do delito, marque a alternativa incorreta: 
(A) Para a teoria causal, o resultado, como parte integrante da ação causal, deve 
estar contido necessariamente em todos os delitos, pois o conceito causal não 
pode reconhecer crimes sem resultado. 
Comentário: Para concepção causal, a análise da conduta baseia-se nas ciências 
naturais, pautando-se pelas leis da causalidade (relação causa e efeito), 
conceituando-a como uma ação humana voluntária, causadora de modificação 
no mundo exterior. 
(B) A reformulação neokantista na teoria do delito tem profunda repercussão na 
relação tipo-antijuridicidade, e com Mezger a perda da autonomia do tipo 
atinge seu clímax, ao ser concebido como um momento da antijuricidade. O 
delito é, assim, definido como a ação tipicamente antijurídica e culpável. 
 
Comentários: Para teoria neokantista, novas perspectivas sobre a conduta 
criminosa surgiram, uma vez que se passou a não mais admitir que a ação fosse 
tratada de forma separada da vontade, tendo em vista que esta é pressuposto 
para ocorrência daquela. Diante desse cenário, tipicidade e antijuridicidade 
foram diretamente afetadas, como ensina Luiz Régis Prado: 
As consequências dessa diretriz se revelam, sobretudo, na 
teoria da antijuridicidade. O delito é a ação tipicamente 
antijurídica, visto que a tipicidade não constitui um 
elemento independente da antijuridicidade. Por essa 
concepção, a ação vem a ser uma causalidade 
juridicamente relevante, consistente em atuar no sentido 
de um resultado (socialmente útil ou danoso), 
juridicamente relevante. Delito é um comportamento 
antijurídico e culpável.1 
 
 
(C) Característica básica da postura finalista é tratar o delito culposo segundo a 
condução da atividade humana estabelecida no tipo de injusto, quer tendo por 
base o objeto de um juízo de valor negativo sobre essa atividade, quer o desvio 
do processo causal ou defeito de congruência. 
 
Comentário: Inicialmente, o finalismo não conseguia explicar os crimes 
culposos. O conceito de conduta para a teoria finalista era o seguinte: é um 
comportamento humano voluntário, psiquicamente dirigido a um fim 
ILÍCITO. Por essa razão, não era possível explicar os crimes culposos, pois, 
nestes, o fim perseguido pelo agente não é ilícito. Contudo, retirou-se do 
conceito a palavra "ILÍCITO", motivo pelo qual abrangeu, também, os crimes 
culposos, tendo em vista que estes também possuem um fim, porém, não é 
ilícito. 
 
1 PRADO, Luiz Régis. Curso de direito penal brasileiro: parte geral e parte especial. 18. ed. – Rio 
de Janeiro: Forense, 2020. p. 121 
(D) A tipicidade, no conceito neoclássico de delito (neokantismo), foi 
profundamente afetada pelo descobrimento de elementos normativos do tipo. 
Os elementos subjetivos do injusto, por sua vez, somente vieram a integrar a 
tipicidade com o advento do finalismo. 
 
Questões MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina - 
Aplicada em 14.07.19 (banca própria) 
A finalidade da pena, conforme o funcionalismo sistêmico do Jakobs, é a 
prevenção geral implementada pela sensação de segurança decorrente da 
regular aplicação e execução das penas, e do índice de ressocialização dos 
condenados. 
Certo 
Errado 
Comentário: Para Jakobs, a pena possui função de prevenção integradora, isto 
é, de reafirmação da norma violada, reforçando a confiança e fidelidade ao 
Direito. A missão do Direito Penal é resguardar o sistema, ou seja, evitar a 
prática de fatos típicos. Aquele que frustra o Sistema é tratado como inimigo 
(Direito Penal do Inimigo). 
Prova MPE-PR - 2019 - MPE-PR - Promotor Substituto - Aplicada em 13.01.19 
(Banca Própria) 
A forma pela qual ocorreu a estruturação da teoria do delito nem sempre foi 
uniforme, sendo variável segundo um perfil de evolução de conceitos do que 
é o direito. Assim, na medida em que ocorreram mudanças nas teorias 
basilares que influenciaram a estruturação do Direito Penal, a forma de 
apresentação e de estudo do delito igualmente foram mudando. Tendo isto 
em mente, a afirmação de que “o direito positivo não possui uma valoração 
intrínseca e objetiva, sendo que as normas jurídicas aparecem determinadas 
por valores prévios e que contaminam, além de sua edição, também os próprios 
autores de sua elaboração, sendo que uma pretensa ‘verdade jurídica’ vem 
influenciada pela cultura”, se mostra ajustada à definição de: 
(A) Causalismo. 
(B) Neokantismo. 
 
(C )Finalismo. 
 
(D) Pós-finalismo. 
 
(E) Funcionalismo. 
 
Comentário: "O Neokantismo demonstrou que toda realidade traz em seu bojo 
um valor preestabelecido (cultura), permitindo a constatação de que o Direito 
positivo não contém em si mesmo um sentido objetivo que deve ser, 
simplesmente, “descoberto” pelo intérprete. Ao contrário, as normas jurídicas, 
como um produto cultural, têm como pressupostos valores prévios, e o próprio 
intérprete que, por mais que procure adotar certa neutralidade, não estará 
imune a maior ou menor influência desses valores". (Cézar Roberto Bittencourt. 
Tratado de Direito Penal, Parte Geral, volume 1, São Paulo: Saraiva, 2006) 
 
2. DOLO 
Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 - MPE-MG - Promotor de Justiça 
Substituto - Aplicada em 23.11.19 (fundação vinculada à UFMG) 
Assinale a assertiva incorreta acerca do dolo: 
(A) O dolo alternativo é espécie de dolo indireto e apresenta-se quando o 
aspecto volitivo do agente se encontra direcionado, de maneira alternativa, seja 
em relação ao resultado, seja em relação à pessoa contra a qual é cometido o 
crime. 
Comentário: Entende-se por dolo alternativo a situação em que, existindo a 
possibilidade da ocorrência de vários resultados, o agente deseja a produção de 
qualquer um deles, indistintamente 
(B) O nominado dolo de consequências necessárias é uma espécie de dolo 
indireto ou mediato. 
 
Comentário: É o mesmo que dolo direto de segundo grau. 
 
(C) O erro sucessivo caracteriza hipótese em que o agente atua com dolo geral, 
isto é, o agente, supondo já ter alcançado o resultado por ele visado, pratica 
nova ação que efetivamente dá causa ao resultado por ele pretendido. 
 
Comentário: Dolo Geral, Erro Sucessivo ou Aberratio Causae são sinônimos e 
trata da hipótese em que o agente, mediante conduta perpetrada mediante dois 
ou mais atos, provoca o resultado planejado, porém com nexo causal diverso. 
 
(D) Para a teoria extremada do dolo, a real consciência da ilicitude é elemento 
do dolo, enquanto para a teoria limitada do dolo, este é integrado pela potencial 
consciência da ilicitude. 
 
 
 
 
Prova MPE-PR - 2017 - MPE-PR - Promotor Substituto - Aplicada em 28.05.17 
Sobre o tipo dos crimes dolosos de ação, assinale a alternativa incorreta: 
(A) Nos tipos dolosos de resultado, a atribuição do tipo objetivo ao autor 
pressupõe a causação do resultado, explicada pela lógica da determinação causal,e a imputação do resultado, fundada no critério da realização do risco. 
(B) Na iminência de forte tempestade, B instiga C a caminhar sobre campo 
aberto, na expectativa de que este seja atingido mortalmente por um raio: o 
casual resultado de morte de C, efetivamente fulminado por um raio na 
caminhada em campo aberto, não é definível como risco criado por B, e assim 
não pode ser atribuível a B como obra dele. 
 
Comentário: não criou ou aumentou o risco e, por isso, não pode ser a ele 
atribuído o risco (aplicação da teoria da imputação objetiva). 
 
(C) Os crimes de roubo (CP, art. 157, caput), extorsão (CP, art. 158, caput), 
falsidade ideológica (CP, art. 299, caput), corrupção ativa (CP, art. 333, caput) e 
coação no curso do processo (CP, art. 344), constituem, cada qual, exemplo de 
ilícito penal cujo tipo subjetivo é composto pelo dolo e por elementos subjetivos 
especiais. 
 
Comentários: o elemento subjetivo de cada tipo está em negrito e sublinhado. 
 
 Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, 
reduzido à impossibilidade de resistência: 
 
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o 
intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, 
tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa: 
 
 Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele 
devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que 
devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a 
verdade sobre fato juridicamente relevante: 
 
 
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para 
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: 
 
Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse 
próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que 
funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou 
administrativo, ou em juízo arbitral 
 
(D) O erro de tipo inevitável sobre elementos objetivos do tipo de peculato (CP, 
art. 312, caput) exclui qualquer responsabilidade penal, o erro de tipo evitável 
sobre elementos objetivos do tipo de lesões corporais simples (CP, art. 129, 
caput) permite punição pela modalidade culposa (CP, art. 129, § 6º) e o erro de 
tipo evitável sobre elementos objetivos do tipo de apropriação indébita (CP, art. 
168, caput) exclui qualquer responsabilidade penal. 
 
Comentários: erro de tipo inevitável exclui dolo e culpa. Erro de tipo evitável 
exclui dolo, remanescendo a responsabilidade por culpa, caso exista previsão 
legal. 
 
(E) B realiza disparo de arma de fogo, com a finalidade específica de atingir 
pneu do veículo pilotado por C, levando a sério e se conformando com a 
possibilidade de atingir C mortalmente: se o projétil efetivamente atinge C, o 
resultado de morte é atribuível a B a título de dolo direto de 2º grau. 
 
Comentário: dolo eventual (as consequências embora sejam incertas, o agente 
assume o risco) e não dolo direto de 2º grau (as consequências são necessárias, 
ou seja, elas necessariamente irão acontecer). 
 
Questões MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina - 
Aplicada em 14.07.19 (banca própria) 
A especial finalidade da conduta (também denominada “dolo específico”) é 
um elemento subjetivo do tipo existente em alguns delitos materiais, mas não 
é compatível com os delitos formais. 
Certo 
Errado 
Comentários: os elementos subjetivos do tipo são compatíveis com os crimes 
formais. Ex: extorsão (art. 158 do CP). 
3. CULPA 
Questões MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina - 
Aplicada em 14.07.19 (banca própria) 
No caso em que o sujeito realiza a conduta e prevê a possibilidade de 
produção do resultado, mas não quer sua ocorrência e conta com a “sorte” 
para que ele não se materialize, pois sabe que não tem o controle sobre a 
situação implementada, se configura um exemplo de “culpa consciente” e não 
de “dolo eventual”, porque se o sujeito soubesse de antemão que o resultado 
iria ocorrer, provavelmente não teria atuado. 
Certo 
Errado 
Comentário: é hipótese de culpa inconsciente. Na culpa inconsciente, o agente 
não prevê o resultado que lhe era previsível. Em outras palavras, qualquer 
pessoa no lugar dele conseguiria antever o acontecimento do evento. 
Prova MPE-PR - 2017 - MPE-PR - Promotor Substituto - Aplicada em 28.05.17 
Sobre o tipo dos crimes culposos, assinale a alternativa correta: 
(A) Os tipos culposos, por não estarem descritos especificamente em cada tipo 
penal, constituem normas penais em branco, que dependem de um 
complemento por outro ato normativo. 
Comentários: Tipos culposos são considerados tipos penais abertos e não 
normas penais em branco. 
(B) De acordo com o critério da generalização, as diferenças de capacidade 
individual, como inteligência, escolaridade e habilidades, não são avaliadas na 
culpabilidade, mas consideradas já no tipo de injusto. 
 
(C) Objetivando produzir danos em veículo de som, estacionado em via 
pública, A atira bexiga de água de janela do 10º andar, ciente da possibilidade 
de atingir o pedestre B, mas com plena confiança em sua exímia habilidade 
para evitar este último resultado: se a bexiga atinge B, produzindo-lhe lesões 
corporais, A não responde por culpa consciente, mas por dolo eventual. 
 
Comentários: responderá com culpa consciente, pois acreditava que com suas 
habilidades poderia evitar o resultado. 
 
(D) no tipo dos crimes culposos, o desvalor do resultado é definido pelo 
resultado de lesão do bem jurídico, como produto específico da violação do 
dever de cuidado ou do risco permitido. 
 
(E) a culpa inconsciente constitui a modalidade subjetiva de realização de ação 
típica de menor intensidade psíquica, e sua influência na graduação da pena 
deve ser aferida na terceira fase de aplicação. 
 
Comentários: a terceira fase da aplicação da pena diz respeito as causas de 
aumento ou diminuição da pena. 
Questões - Penal - FUNDEP - 2018 - MPE-MG - Promotor de Justiça 
Substituto - Aplicada em 06.05.18 
Analise as afirmações adiante e, à luz da doutrina, assinale a alternativa 
INCORRETA: 
(A) Norma penal em branco ao revés (ou invertida) é aquela em que a 
complementação se dá no preceito sancionador e não no mandamento 
proibitivo. 
(B) O princípio da intervenção mínima do Direito Penal encontra fundamento 
no caráter de sua subsidiariedade e no princípio da intranscendência. 
 
(C) Pelo princípio da confiança, todo aquele que se conduz com observância ao 
dever de cuidado objetivo exigido, pode esperar que os demais co-participantes 
de idêntica atividade procedam do mesmo modo. 
 
Comentários: o princípio da confiança funda-se na premissa de que as pessoas 
devem se comportar de forma responsável, agindo de forma prudente e 
calcadas em regras de boa convivência em sociedade, evitando causar risco ou 
prejuízo a terceiros. 
 
(D) Entre outras características, o Direito Penal tem natureza constitutiva e 
sancionatória. 
 
 
 
 
4. ERRO DE TIPO 
Prova MPE-SP - 2019 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto - Aplicada 
em 21.07.19 (Banca Própria) 
José e João trabalhavam juntos. José, o rei da brincadeira. João, o rei da 
confusão. Certo dia, discutiram acirradamente. Diversos colegas viram a 
discussão e ouviram as ameaças de morte feitas por João a José. Ninguém 
soube o motivo da discussão. José não se importou com o fato e levou na 
brincadeira. Alguns dias depois, em um evento comemorativo na empresa, 
João bradou “eu te mato José” e efetuou disparo de arma de fogo contra José. 
Contudo o projétil não atingiu José e sim Juliana, matando a criança que 
chegara à festa naquele momento, correndo pelo salão. 
Nesse caso, é correto afirmar que, presente a figura(A) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3°, do Código Penal, João 
deve responder por homicídio doloso sem a agravante de crime cometido 
contra criança. 
(B) do erro sobre a pessoa, nos termos do artigo 20, § 3°, do Código Penal, João 
deve responder por homicídio doloso, com a agravante de crime cometido 
contra criança. 
 
(C) aberratio criminis, artigo 74 do Código Penal, João deve responder por 
tentativa de homicídio e homicídio culposo sem a agravante de crime cometido 
contra criança, em concurso formal de crimes. 
 
(D) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por 
homicídio doloso sem a agravante de crime cometido contra criança. 
 
Comentários: João representou bem a vítima (ele sabia que José era José), 
contudo, executou mal o crime (errou no manuseio dos meios de execução), 
acertando Juliana. O art. 73 do CP (aberratio ictus) determina que a agente 
responda como se tivesse atingido a vítima pretendida, sendo que, por esta 
razão, não se aplica a agravante. 
 
(E) aberratio ictus, artigo 73 do Código Penal, João deve responder por tentativa 
de homicídio e homicídio culposo, com a agravante de crime cometido contra 
criança, em concurso material de crimes. 
 
 
 
Prova FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2019 - MPE-MG - Promotor de Justiça 
Substituto - Aplicada em 23.11.19 (fundação vinculada à UFMG) 
Sobre a teoria do erro, marque a alternativa incorreta: 
(A) Entende-se por erro de compreensão a situação em que conhece o sujeito a 
proibição e a falta de permissão, e, sem embargo, não lhe seja exigível que 
entenda a regra que conhece; neste caso, estaremos diante de um erro de 
proibição invencível, na forma de erro de compreensão. 
Comentários: o erro de compreensão culturalmente condicionado se apresenta 
na situação em que o agente, mesmo conhecendo a ilicitude do fato, não a 
compreende, porque não internalizou os valores contidos na norma que o rege. 
(B) O indivíduo que ofende a outrem, desconhecendo-lhe a condição de 
funcionário público, não responde pelo crime de desacato, já que afastado o 
dolo quanto à elementar do tipo, mas subsiste o delito de injúria, pois a honra 
do particular também é tutelada pela lei penal. Tem-se, na hipótese, um erro de 
tipo, que, ainda que escusável, não exclui a criminalidade do fato. 
 
(C) O sujeito que crê que, se alguém lhe entrega o carro para conserto e não o 
retira dentro do prazo, pode vendê-lo por sua própria conta, para se ressarcir 
do valor do serviço, incide em erro de proibição direto, que, nos termos do 
artigo 21 do Código Penal, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá 
diminuí-la de um sexto a um terço. 
 
Atenção: a questão não foi muito bem elaborada, abrindo espaço para dúvida. 
 
Erro de Proibição Direto: É a hipótese em que o agente desconhece a ilicitude 
da norma de proibição (referente aos crimes comissivos) ou da norma 
mandamental (referente aos crimes omissivos) ou as interpreta 
equivocadamente. 
No caso, está em erro de proibição indireto, pois supunha estar acobertado por 
causa excludente de ilicitude. 
 
(D) Nos crimes omissivos, o erro que recai sobre os elementos objetivos do tipo 
é considerado erro de tipo, mas o erro incidente sobre o mandamento terá 
repercussão em sede de culpabilidade. 
 
Prova FCC - 2018 - MPE-PB - Promotor de Justiça Substituto - Aplicada em 
09.09.18 
 
O erro sobre elementos do tipo, previsto no artigo 20 do Código Penal, 
 
(A) exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
 
(B) sempre isenta o agente de pena. 
 
(C )não isenta o agente de pena, mas esta será diminuída de um sexto a um 
terço. 
 
(D) não tem relevância na punição do agente, pois o desconhecimento da lei é 
inescusável. 
 
(E) se inevitável, isenta o agente de pena; se evitável, poderá diminuir a pena de 
um sexto a um terço. 
 
5. NEXO CAUSAL E IMPUTAÇÃO OBJETIVA 
 
Prova MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça - Reaplicação - 
Aplicada em 30.11.19 (banca própria) 
Sobre o tema da relação de causalidade e das concausas, assinale a alternativa 
que está de acordo com a (s) teoria (s) adotada (s) pelo Código Penal (CP, art. 
13, caput e § 1º): 
(A) " A " efetua disparos de arma e fogo conta " B ", atingindo-o em regiões 
vitais. O exame necroscópico, no entanto, conclui que a morte de " B " foi 
causada pelo envenenamento anterior efetuado por "C" , que era seu desafeto. " 
A "deve responder pelo crime de homicídio consumado. 
Comentário: Causa preexistente absolutamente independente. Não há 
nenhuma relação da conduta do agente com a causa da morte. Portanto, não se 
pode atribuir ao veneno à morte da vítima. Responsabilidade por crime 
tentado. 
 
(B) " A " subministra dose letal de veneno a " B " , mas antes que produzisse o 
efeito desejado , surge , " C " , antigo desafeto de " B " , que contra ele efetua 
vários disparos de arma de fogo, matando, assim , " B " . " A " não responderá 
por tentativa de homicídio e nem pelo homicídio consumado ,já que sua 
conduta em nada contribuiu com o resultado morte. 
 
Comentário: Causa superveniente absolutamente independente. Não há 
nenhuma relação da conduta do agente com a causa da morte. Portanto, não se 
pode atribuir ao veneno à morte da vítima. Responsabilidade por crime 
tentado. 
(C) " A " , com a intenção de matar ,efetua disparos de arma de fogo contra " B " 
,sendo este levado ao hospital para intervenção cirúrgica. Ocorre que em razão 
a anestesia ( ou mesmo por causa de uma infecção hospitalar ) " B " vem a 
falecer. " A " deve responder pelo crime de homicídio consumado . 
 
Comentários: Causa relativamente independente superveniente que NÃO por 
si só produziu o resultado" (causa superveniente que não produza por si só o 
resultado). O resultado (causa efetiva) está na linha de desdobramento causal 
normal da causa concorrente (evento previsível). O resultado morte deve ser 
atribuído à conduta do agente aliada à causa concorrente, pois sua conduta 
contribuiu para materialização do resultado. 
(D) " A " , com a intenção de matar, efetua disparos de arma de fogo contra " B " 
, sendo este colocado em uma ambulância para ser levado ao hospital para 
intervenção cirúrgica. Ocorre que no trajeto o veículo se envolve em uma 
colisão fatal, tendo " B " falecido em razão do acidente. " A " deve responder 
pelo crime e homicídio consumado. 
 
Comentários: Causa relativamente independente Cézar Roberto Bittencourt que por 
si só produziu o resultado. O resultado (causa efetiva) sai da linha de 
desdobramento causal normal da causa concorrente (evento imprevisível). O 
resultado morte não pode ser atribuído à conduta do agente, pois sua conduta 
inicial, embora tenha contribuído para a causação do resultado (se não tivesse 
atirado não teria ido ao hospital), a causa determinante saiu da linha de 
desdobramento causal normal. 
Prova MPE-GO - 2019 - MPE-GO - Promotor de Justiça - Reaplicação - 
Aplicada em 30.11.19 (banca própria) 
A respeito da teoria da imputação objetiva, na concepção de Claus Roxin, 
assinale a alternativa incorreta: 
(A) A teoria da imputação objetiva, em sua forma mais simplificada, aduz que 
um resultado causado pelo agente só deve ser imputado como sua obra e 
preenche o tipo objetivo unicamente quando o comportamento do autor cria 
um risco não permitido para o objeto da ação , quando o risco se realiza no 
resultado concreto e este resultado se encontra dentro do alcance do tipo. 
(B) Considere o seguinte exemplo : " A " deseja provocar a morte de " B " e , para 
isso , " A " o aconselha a fazer uma viagem á Flórida , pois leu que lá , 
ultimamente , vários turistas têm sido assassinados . " A " planeja que também " 
B " tenha esse destino . " B " , que nada ouviu sobre os casos de assassinato na 
Flórida , faz a viagem de férias e de fato é vítima de um delito e homicídio . " A 
" deveresponder pelo homicídio , pois sua conduta acabou incentivando " B " a 
fazer a viagem , criando , assim , um risco não permitido ( no caso , criou um 
perigo de morte juridicamente relevante ) . 
 
Comentários: Risco é toda ação ou omissão que gere possibilidade de lesão ao 
bem jurídico tutelado. Nesse caso, não pode ser considerado causa, pois não 
criou, nem incrementou um risco proibido. 
 
(C )Ações que diminuam risco não são imputáveis ao tipo objetivo, apesar de 
serem causa do resultado em sua forma concreta e de estarem abrangidas pela 
consciência do sujeito. Assim, quem convence o ladrão a furtar não mil reais, 
mas somente cem reais, não é punível por participação no furto, pois sua 
conduta não elevou, mas diminuiu o risco da lesão. 
 
(D) Imagine a seguinte a hipótese: dois ciclistas passeiam um atrás do outro, no 
escuro, sem estarem com as bicicletas iluminadas, por mera falta de atenção e 
descuido. Em virtude da inexistência de iluminação, o ciclista que vai à frente 
colide com outro ciclista, que vinha na direção oposta, sofrendo este lesões 
corporais. O resultado teria sido evitado, se o ciclista que vinha atrás tivesse 
ligado a iluminação de sua bicicleta. Diante dessa situação, pode-se afirmar que 
o ciclista que vinha à frente deve responder por lesões corporais culposas, pois 
criou um risco não o permitido ao dirigir sem iluminação, que acabou 
resultando na colisão. O ciclista que vinha atrás, todavia, não responder· pelas 
lesões corporais culposas, já que este resultado não está· abrangido pelo fim de 
proteção de norma de cuidado, afinal, a finalidade do dever de iluminação é 
evitar colisões próprias, não de terceiros (colisões alheias). 
 
Questões MPE-SC - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina - 
Aplicada em 14.07.19 (banca própria) 
A chamada “teoria da imputação objetiva” reúne um conjunto de critérios 
pelos quais se restringe o âmbito da relevância penal dos fatos abrangidos 
pela relação de causalidade, e que seriam imputáveis ao sujeito caso não 
fossem empregados esses critérios. 
Certo 
Errado 
Comentários: A teoria da imputação objetiva foi criada para evitar o regresso 
ao infinito, instituindo, além do nexo físico, também o nexo normativo. 
Prova CESPE - 2019 - MPE-PI - Promotor de Justiça Substituto - Aplicada em 
24.02.19 
Assinale a opção que indica a teoria sobre a relação de causalidade penal, que 
define causa como uma condição sem a qual o resultado não teria ocorrido, 
sendo um antecedente invariável e incondicionado de algum fenômeno, sem 
distinção entre causa e condição. 
(A) teoria da equivalência das condições 
(B) teoria da causalidade adequada 
 
(C )teoria da prognose objetiva posterior 
 
(D) teoria da causa próxima ou última de Ortmann 
 
(E) teoria da imputação objetiva de resultado 
 
 
 
6. TIPICIDADE 
 
Prova MPE-PR - 2019 - MPE-PR - Promotor Substituto - Aplicada em 13.01.19 
(Banca Própria) 
A frase “O tipo de ação se constitui por meio da combinação entre uma norma 
incriminadora da parte especial e uma norma não incriminadora da parte 
geral do Código Penal”, corresponde ao conceito de: 
(A) Tipo penal aberto. 
(B) Norma penal em branco. 
 
(C )Tipicidade direta. 
 
(D) Tipicidade indireta. 
 
(E) Tipo penal de complementação heteróloga. 
 
Comentários: Tipicidade Indireta ou Mediata é a hipótese em que há 
necessidade de uma norma extensão para fazer a adequação típica. Precisam de 
duas normas pra fazer a exata subsunção dos fatos ao tipo penal. 
 
 
Questões - Penal - FUNDEP - 2018 - MPE-MG - Promotor de Justiça 
Substituto - Aplicada em 06.05.18 
 
Sabe-se que as atividades desportivas e médicas são fomentadas como “dever 
de Estado”, não só pela Constituição Federal como também por outros 
diplomas em vigor. É certo, outrossim, que de tais atividades podem 
acontecer lesões corporais até mesmo com resultado morte aos envolvidos, em 
vista dos riscos inerentes às próprias atividades. Nesse sentido, na esteira da 
doutrina de E. R. Zaffaronie Nilo Batista, é INCORRETO afirmar que: 
(A) Nos esportes arriscados, em regra, a aquiescência do esportista elimina a 
tipicidade conglobante nas condutas sistematicamente típicas (geralmente, 
culposas), eventualmente ocorrentes durante a prática esportiva, ainda que 
violadas as regras do jogo pelo autor. 
(B) As cirurgias médicas com fins terapêuticos, fomentadas juridicamente que 
são pelo Estado, permitem a consideração conglobada da norma deduzida do 
tipo legal, qualquer que seja seu resultado sobre a saúde ou a vida do paciente, 
desde que o médico proceda segundo a lexartis. 
 
(C ) Nas intervenções cirúrgicas sem finalidade terapêutica, a falta de 
consentimento do paciente torna típica a lesão; o erro sobre a normatividade da 
ação por parte do médico, seja por crer que o assentimento lhe fora concedido, 
seja por supor que poderia ter atuado sem ele, constitui erro de proibição. 
 
(D) Na luta de boxe, por se tratar de atividade desportiva que contempla ab initio 
condutas subsumíveis ao tipo de lesões corporais dolosas, uma vez havendo 
infração das regras com causação de morte do adversário, será possível 
trabalhar o caso no modelo complexo do crime preterintencional. 
 
 
Prova MPE-GO - 2016 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto - Aplicada 
em 05.06.16 
Após observar os três conjuntos descritos nos itens I, II e III, que possuem 
excludentes de tipicidade, antijuridicidade e culpabilidade como seus 
elementos, marque a alternativa correta: 
Conjunto I – coação física irresistível; aborto praticado por médico em casos de 
gravidez resultante de estupro; consentimento do ofendido quando o bem 
jurídico for individual disponível; embriaguez completa por caso fortuito ou 
força maior. 
Conjunto II – Erro de tipo escusável; os costumes; desenvolvimento mental 
incompleto por presunção legal; erro inevitável que configura uma 
descriminante putativa. 
Conjunto III – atipicidade formal; os princípios gerais do direito; erro de 
proibição. 
(A) Podemos pinçar no conjunto I e afirmarmos com correção, que 
vislumbramos a existência de uma causa de excludente de tipicidade e uma 
excludente de antijuridicidade. 
(B) Podemos pinçar no conjunto II e afirmarmos com correção, que 
vislumbramos a existência de duas causas de excludentes de culpabilidade e 
duas de tipicidade. 
 
(C ) Podemos pinçar no conjunto I a existência de uma excludente de tipicidade 
e duas de antijuridicidade; assim como podemos pinçar no conjunto III uma 
excludente de antijuridicidade. 
 
(D) Podemos observar que no conjunto de nº I, não há excludentes de 
tipicidade, assim como, no conjunto de nº III, não há excludentes de 
antijuridicidade. 
 
 
7. PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE. RIXA 
Questões - Penal - FUNDEP - 2018 - MPE-MG - Promotor de Justiça 
Substituto - Aplicada em 06.05.18 
Analise as proposições abaixo e assinale aquela que, à luz da doutrina, seja 
considerada INCORRETA: 
(A) Quando o tipo penal descreve, expressa ou implicitamente, o dissenso da 
vítima como elementar, o consentimento do ofendido, na hipótese, funciona 
como causa de exclusão da tipicidade. 
(B) Quanto ao modo de execução, o crime de perigo de contágio venéreo – art. 
130, do CP – é classificado pela doutrina como sendo de forma vinculada. 
 
Comentário: Para configuração do crime é necessário que o agente realize a 
transmissão da moléstia venérea por meio de relações sexuais (conjunção 
carnal) ou qualquer ato libidinoso (outros que satisfaçam o apetite sexual do 
agente, a exemplo de sexo oral, anal etc). 
(C) Crime de fato transitório é aquele que não deixa vestígios, a exemplo da 
injúria verbal. 
 
(D) Em relação aos crimes omissivos puros, exige-se a ocorrência de resultado 
naturalístico, uma vez que a simples omissão contida na norma não basta para 
que eles se aperfeiçoem. 
 
 
 
 
8. CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOALProva MPE-SC - 2016 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina - Aplicada 
em 29.05.16 
No crime de constrangimento ilegal, previsto no art. 146 do Código Penal, 
consta, expressamente, mais de um motivo em que o constrangimento é 
considerado atípico. 
Certo 
Errado 
Comentários: o art. 146, § 3º, prevê que: 
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: 
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento 
do paciente ou de seu representante legal, se justificada 
por iminente perigo de vida; 
II - a coação exercida para impedir suicídio. 
Questões - Penal - FUNDEP - 2018 - MPE-MG - Promotor de Justiça 
Substituto - Aplicada em 06.05.18 
No dia 22.03.2018, às 23:00 horas, João B. arrebatou de sua residência a jovem 
Cristina D., de 18 anos de idade, levando-a para um imóvel rural afastado da 
cidade e onde a manteve enclausurada. No dia seguinte, logo ao amanhecer, 
João B. efetuou ligação telefônica para os pais da menina, ocasião em que 
exigiu a quantia de R$ 100.000,00 como condição para entregá-la viva, 
advertindo, outrossim, que a matariam caso a polícia fosse comunicada. Ficou 
ajustado um encontro no período da tarde, em lugar ermo, para entrega do 
dinheiro, o que deveria ser feito direta e pessoalmente por Sinésio D., pai da 
garota. O encontro, então, foi concretizado. Entretanto, no momento do 
repasse da quantia, houve discussão entre João B. e Sinésio D.. Em meio ao 
debate, João B. disparou um tiro que atingiu Sinésio D. no peito, causando-
lhe a morte. João B. fugiu com o dinheiro. Por volta de 17:00 horas do mesmo 
dia, Cristina B. foi encontrada por policiais e levada de volta para casa. 
Avalie a situação e assinale a alternativa CORRETA no que se refere à 
adequação típica: 
(A) João responderá por roubo agravado pela restrição de liberdade em 
concurso com homicídio qualificado. 
( B) João responderá por extorsão mediante sequestro qualificada pela morte. 
 
(C) João responderá por cárcere privado em concurso com homicídio 
qualificado. 
 
(D) João responderá por extorsão mediante sequestro em concurso com 
homicídio qualificado. 
 
9. CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INTELECTUAL. CRIMES 
CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO. CRIMES CONTRA O RESPEITO 
AOS MORTOS. 
Prova MPE-SP - 2017 - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto - Aplicada 
em 29.10.17 
A simples exposição à venda de cópias não autorizadas de filmes sob a forma 
de DVD constitui 
(A) apenas um ilícito civil. 
(B) mero ato preparatório. 
 
(C )fato atípico. 
 
(D) crime contra a propriedade imaterial. 
 
(E) contravenção relativa à violação de objeto. 
Comentários: A Súmula 502 do STJ informa que “Presentes a materialidade e a 
autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º, do CP, a 
conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas.” 
 
 
 
10. CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA. CRIMES DE 
PERIGO COMUM. CRIMES CONTRA A SEGURANÇA DOS MEIOS DE 
COMUNICAÇÃO E TRANSPORTE E OUTROS SERVIÇOS PÚBLICOS. 
CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA 
Prova MPE-SC - 2016 - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina - Aplicada 
em 29.05.16 
O crime de envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou 
medicinal, de uso comum ou particular, cujo objeto jurídico a ser protegido é a 
saúde pública, não admite a modalidade culposa. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
 Modalidade culposa 
Art. 270 § 2º, do CP - Se o crime é culposo: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 
Prova MPE-PR - 2017 - MPE-PR - Promotor Substituto - Aplicada em 28.05.17 
Sobre crimes contra a saúde pública previstos no Código Penal, assinale a 
alternativa incorreta: 
(A) Admitem prática dolosa (dolo direto e eventual) e culposa. 
(B) Considerado o requisito objetivo de cominação de pena, alguns deles são de 
competência do juizado especial criminal. 
 
(C ) O bem jurídico protegido é a saúde pública. 
 
(D) Quanto ao agente ativo do crime, nenhum deles é próprio. 
 
Comentário: Existe crime próprio contra a saúde público, a exemplo do 
exercício ilegal da medicina (art. 282 do CP). 
 
(E) Há apenas dois crimes hediondos (Lei nº 8.072/90), no caso a epidemia com 
resultado morte e a falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto 
destinado a fins terapêuticos ou medicinais. 
 
Prova FCC - 2019 - MPE-MT - Promotor de Justiça - Aplicada em 01.09.19 
De acordo com o ordenamento jurídico e o posicionamento dos tribunais 
superiores acerca dos crimes contra a fé pública, 
(A) não comete o delito de falsa identidade (art. 307) do Código Penal aquele 
que, conduzido perante a autoridade policial, atribui a si falsa identidade com o 
intuito de ocultar seus antecedentes, tendo em vista o princípio da autodefesa. 
Comentário: A Súmula 522-STJ diz que “a conduta de atribuir-se falsa 
identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de 
alegada autodefesa.” 
(B) assim como nos demais crimes não patrimoniais em geral, os delitos contra 
a fé pública são incompatíveis com o instituto do arrependimento posterior, 
dada a impossibilidade material de haver reparação do dano causado ou a 
restituição da coisa subtraída. 
 
(C) a conduta do agente que altera, em parte, testamento particular, é tipificada 
como falsificação de documento particular. 
 
Comentário: Art. 297, § 2º, do CP: Para os efeitos penais, equiparam-se a 
documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou 
transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis 
e o testamento particular. 
 
(D) tanto o charlatanismo (art. 283), quanto o curandeirismo (art. 284), são 
classificados no Código Penal como crimes contra a fé pública. 
 
Comentário: crime contra a saúde pública. 
 
(E) fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente 
destinado à falsificação de qualquer papel público constitui contravenção penal. 
 
Comentários: constitui o crime de petrechos de falsificação (art. 294 do CP).

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