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Peça avaliação - Direito Civil - Impugnação ao cumprimento de Sentença

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EXMO.(A) SR.(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE VITÓRIA/ES
Processo nº XXXXXXXXXXX.
 JOSEFINO, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob. nº XXXXXX e portador do RG xxxxx, endereço eletrônico, residente e domiciliado na …, vem perante V. Exa, por meio de seu procurador que esta subscreve no prazo legal oferecer sua IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, que lhe move CARLOTA, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrita no CPF sob. nº XXXXXX e portadora do RG xxxxx, endereço eletrônico, residente e domiciliada na … , nos termos do artigo 525 e seguintes do CPC, conforme o que se segue:
1. DO CABIMENTO E TEMPESTIVIDADE
De acordo com o artigo 525 § 1º do CPC, o cumprimento de sentença poderá ser impugnado, e o executado poderá alegar umas das hipóteses previstas nos incisos de I a VII. 
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
No caso houve violação do inciso IV e se encaixa também no inciso VII cabendo essa impugnação, por ser uma penhora indevida, como se demostrará a seguir.
Este presente instrumento está sendo utilizado dentro do prazo legal, dentro de 15 dias após transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação, conforme previsto no art. 525 no CPC. A saber o prazo para pagamento voluntário, de 15 (quinze) dias, encerrou-se 10 (dez) dias atrás.
2. DOS FATOS E DO DIREITO
O executado foi condenado em ação de reconvenção de indenização ao pagamento do valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a Carlota, a títulos de danos morais na ação de reconvenção.
Acontece que o executado já realizou o pagamento a Carlota, logo que soube da publicação da sentença que lhe fora desfavorável. 
Conforme demonstrativo de transferência bancária, mostra o pagamento da quantia de R$ 5.000,00 em favor de Carlota, valor este estabelecido em sentença.
Entretanto, mesmo após a transação, o executado se deparou com uma restrição em sua conta bancária, que vislumbrou após retirar um extrato em sua agência, originada pela expedição de mandado por este Juízo, de penhora e avaliação, ocorrendo um bloqueio de valores de uma conta poupança, no equivalente a mais de 80 (oitenta) salários-mínimos depositados.
Nesse sentido, entende que nada mais tem a pagar, mesmo não tendo realizado o pagamento após a regular ordem judicial a tanto, se encaixando então no inciso VII, do artigo 525 do CPC, pois houve a extinção da obrigação após o pagamento, como previsto.
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
Ademais importante mencionar, que a penhora é incorreta, pois o Executado teve todo o seu valor depositado em conta poupança, penhorado, e que embora ele tenha no equivalente a mais de 80 (oitenta) salários-mínimos depositados, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos em caderneta de poupança é considera bem impenhorável, conforme disposto no art. 832 e 833, inciso X do CPC.
Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera impenhoráveis ou inalienáveis.
 Art. 833. São impenhoráveis:
X- a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
A ratio da norma consiste em resguardar quantia mínima necessária para sobrevivência do devedor. De fato, dentre os bens considerados essenciais à vida digna, que não podem ser constritos em execução, está a reserva que se faz por segurança para momentos não programados, como, por exemplo, desemprego, crise ou contingências imprevistas.
Como se nota, a norma estabelece uma presunção de que os valores depositados em caderneta de poupança até aquele limite assumem função de segurança alimentícia pessoal e familiar. Trata-se, pois, de benefício que visa à proteção do pequeno investimento, da poupança modesta, voltada à garantia do titular e de sua família contra imprevistos, como desemprego ou doença, conforme já anotou o STJ – Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp 1.330.567-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 16/5/2013.
Sendo assim, caso ainda o executado teria a obrigação de pagar a quantia, ora debatida, a constrição que deveria ser realizada seria apenas sobre o valor que exceder o limite legal de 40 salários mínimos.
Portanto, trata-se de uma execução indevida, razão pela qual deve ser sumariamente extinta por falta de interesse em agir.
Outro fator relevante é em relação ao valor em excesso da execução. O excesso, ocorre sempre que houver extrapolação dos limites do título executivo, ou seja, quando é requerido o cumprimento de sentença em valor maior que o devido. 
No presente caso há o inequívoco excesso de execução ao se evidenciar que o valor executado era de R$ 6.000,00, acrescido de multa e de 10% de honorários advocatícios. Acontece que o impugnante é beneficiário da gratuidade de justiça, sendo concedido desde o início do processo de conhecimento, sem que tenha sido revogado desde então, sendo assim não deverá arcar com despesas processuais e honorários advocatícios.
3. DO EFEITO SUSPENSIVO
O Novo Código de Processo Civil, em seu artigo 525, § 6º, indica que o Juiz poderá conceder efeito suspensivo à impugnação, desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incorreta reparação.
Ora, doutor julgador, a continuidade da presente execução e da penhora da dos valores da conta poupança do impugnante, acarretará graves prejuízos, na medida em que ele já efetuou o pagamento da obrigação, o os valores que possui em conta são usados para manutenção do seu sustento.
Sendo assim, é imperiosa a concessão de efeito suspensivo à presente impugnação.
4. PEDIDOS:
Diante de todo exposto, requer: 
a. Seja procedente a impugnação ao cumprimento de sentença, com a consequente liberação do bem indevidamente penhorado e extinção da presente execução, por ser medida de pura justiça;
b. A concessão de feito suspensivo à impugnação, sendo a mesma processada nos próprios autos;
c. A condenação da parte impugnada ao pagamento dos ônus sucumbenciais, cf. dispõe o artigo 85, § 1º, do CPC/15; 
Nesses termos, pede deferimento.
Vitória/ES, data ____ de ____ de _____				
ASSINATURA ADVOGADO
OAB Nº

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