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DIETAS HOSPITALARES

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@nutrifuturaR1 
 
 
 
 
Introdução 
Dieta ou Regime Alimentar: Conjunto 
sistematizado de normas de alimentação de 
um indivíduo, seja ele saudável ou enfermo. 
Dieta para pacientes enfermas é aquela 
empregada na dietoterapia. 
Dietoterapia: tratamento dos indivíduos 
portadores de determinadas patologias 
através de uma alimentação adequada 
considerando-se não só a doença, mas 
também as condições em que se encontra o 
indivíduo. 
Alimentação normal x alimentação especial 
Alimentação normal: aquela balanceada em 
nutrientes, de fácil preparação, de 
apresentação agradável, adequada a 
indivíduos sadios e aqueles doentes que não 
necessitam de nenhum tipo de modificação na 
sua dieta. 
Alimentação especial: é aquela que 
apresentam modificações nas suas 
características sensoriais, físicas e químicas 
para atender a necessidades dos enfermos. 
Finalidade da dietoterapia: ofertar ao 
paciente nutrientes adequados da forma que 
melhor se adapta ao tipo de doença e 
condições físicas, nutricionais e psicológicas 
do paciente, mantendo o estado nutricional 
do indivíduo recuperando-o. 
Para aplicação do cuidado nutricional é 
necessário que a gente conheça: 
- Valor dos alimentos; 
- Composição química; 
- Transformação culinária 
- Ações no organismo. 
 
 
 
 
 
Devem ser considerados: 
1. Hábitos alimentares (influenciados pela 
cultura e ambiente em que vive); 
2. Nível sócio-econômico 
3. História Clínica 
4. Estado do aparelho digestório 
5. Sinais e sintomas associados a patologia 
6. Diagnóstico clínico 
7. Avaliação nutricional completa (detectar 
as def. nutricionais) 
8. Anamnese alimentar 
9. Exames antropométricos 
10. Clínicos e Laboratoriais 
11. Peso adequado 
12. Cálculo das necessidades dos nutrientes. 
 
PLANO ALIMENTAR 
 
TIPOS DE REFEIÇÕES 
Sabor: pode ser doce, salgada, mista ou ainda 
de sabor suave ou moderado ou sabor intenso 
e excitante. 
Temperatura: “alimentos quentes aceleram a 
motilidade gástrica e alimentos frios a retardam”. 
Volume: 
- Diminuído (< 1 kcal/g/ml de alimento) 
- Normal (1 kcal/g/ml de alimento) 
Alimentos 
distribuídos 
por: 
Refeição Quantidade 
e qualidade 
de 
nutrientes
Consistência Via de 
administr
ação
@nutrifuturaR1 
- Aumentado (> 1 kcal/g/ml de alimento) 
 
CONTEÚDO DE RESÍDUOS 
De acordo com a quantidade de celulose 
contida nos alimentos com a rigidez do tecido 
conjuntivo de animais. 
Poder ser: 
- Isenta de resíduos (repouso gastrointestinal); 
- Pouco resíduos (frutas e/ou verduras cozidas 
em forma de purê). 
- Resíduos brandos (cereais triturados, verduras 
tenras cruas ou cozidas, frutas cozidas, em 
compotas e sem casca); 
- Rica em resíduos (vegetais folhosos, frutas 
cruas e com casca e cereais integrais) – estimula 
o trânsito gastrointestinal. 
 
PADRONIZAÇÃO DE DIETAS 
Integrar duas etapas do processo de 
produção de refeições, que são: o 
planejamento de cardápios e o 
porcionamento de refeições. 
No ambiente hospitalar, a responsabilidade por 
este processo é do setor de produção de 
refeições, comumente chamado de cozinha, que 
uma unidade fundamental do Serviço de 
Nutrição e Dietética (SND). Este é o local onde a 
prescrição dietética, elaborada pelo 
nutricionista clínico se transforma em realidade, 
ou melhor, em refeições. Estas refeições devem 
atender critérios nutricionais e sanitários, além de 
satisfazer aspectos sensoriais, socioculturais e 
hedônicos dos pacientes. 
O Porcionamento: 
 Segue as orientações relativas à 
consistência e a composição, a partir de 
cardápios pré-elaborados, utilizando 
medidas caseiras apropriadas para 
obter refeições que representem 
qualitativa e quantitativamente a 
prescrição do Nutricionista. 
 O porcionamento é uma tarefa complexa, 
que exige uma equipe de cozinheiros e 
copeiros treinados, além de condições 
materiais adequadas (equipamentos, 
utensílios, disponibilidade de alimentos, 
entre outros). 
 O CARDÁPIO PADRÃO 
É um referencial para a elaboração de outros 
cardápios, usando lista de substituição. 
Os grupos de dietas padronizadas comumente 
são: 
a. Progressivas ou de transição 
b. Pobre em resíduos 
c. Para pacientes com diabetes mellitus 
(DM) 
d. Hipoproteicas 
e. Hipoproteicas para pacientes com 
diabetes mellitus 
f. Pediátricas para crianças de 1 ano até 
13 anos e 11 meses. 
 
TIPOS DE DIETAS HOSPITALATES 
CONSISTÊNCIA TERAPÊUTICAS 
Geral = normal Normo/hipo/hipercalóricas 
Branda Normo/hipo/hiperproteica 
Leve Hipogordurosa/hipolipídica 
Pastosa Assódica/hipossódica 
Líquida Sem resíduo ou obstipante 
Líquida 
restrita/hídrica 
Laxativa 
 Diabetes 
 Dieta para preparo de 
exames 
 Alta absorção 
 Hipofosfatêmmica 
 Hipopotassêmimca 
 Cetogênica 
 
DIETA NORMAL 
Em alguns hospitais também é conhecida como 
dieta geral ou dieta livre. 
-Características: dieta normocalórica e 
normoproteíca, equilibrada em macro e 
micronutrientes. Atende todas as necessidades 
nutricionais do indivíduo. Deve oferecer de 5 a 
6 refeições ao dia. 
- Finalidade: dieta servida aos indivíduos que 
estejam em condições de saúde não 
influenciadas pela alimentação e que podem 
receber qualquer tipo de alimentos e 
preparações de acordo com a sua tolerância. 
- Alimentos: devem ser oferecidos alimentos de 
todos os grupos: cereais, pães, tubérculos e 
raízes; hortaliças (verduras e legumes); frutas; 
leite e produtos lácteos; carnes e ovos; 
@nutrifuturaR1 
leguminosas; oleaginosas. Óleos e gorduras; 
açúcares e doces. 
GRUPO 
ALIMENTAR 
ALIMENTOS 
RECOMENDADOS 
ALIMENTOS 
EVITADOS 
Pães, 
cereais 
arroz e 
massas 
Grãos, produtos 
integrais e pobres 
em gordura 
Ricos em 
gordura e 
açúcar. 
Hortaliças Frescas Frituras, 
enlatadas 
com sal 
e/ou óleo 
Frutas Frescas, e a fruta 
em vez de seu 
suco 
Conservas 
com calda 
de açúcar 
Leite, 
iogurte e 
queijo 
Com pouca 
gordura e sal 
Ricos em 
gordura e 
sal 
Carnes, 
aves, 
peixes e 
ovos 
Magros, sem pele 
e gordura 
Ricos em 
gordura e 
sal, como os 
frios em 
geral 
Gorduras, 
óleos e 
açúcares 
Todos com muita 
moderação 
------ 
 
 DIETA BRANDA 
 Em alguns hospitais também é chamada de 
dieta leve. 
- Características: os teores de energia, macro 
e micronutrientes variam de acordo com a 
composição do cardápio. Porém, é uma dieta 
moderadamente baixa em celulose e tecido 
conjuntivo e com poucos resíduos. 
Esta dieta tem consistência normal, mas sem 
utilizar alimentos crus em forma sólida, a exceção 
do mamão. Não é permitido o uso de frituras. Sua 
composição pode sofrer outras modificações 
quando associada às situações clínicas que 
exigem restrições ou suplementação. Deve 
oferecer de cinco a seis refeições por dia. 
- Finalidade: Utilizada para facilitar o trabalho 
digestivo, em determinadas situações clínicas e 
pós-operatórios como transição para dieta 
normal ou em situações em que o indivíduo tem 
problemas de dentição e mastigação. 
- Alimentos: leite, chá, café, sucos, vitaminas, 
achocolatados; açúcar, mel; manteiga, 
margarina, queijo branco; pão, torrada, 
bolacha, bolo simples; frutas cozidas ou 
assadas. Mamão; verduras e legumes cozidos ou 
assados; arroz, macarrão, pirão, polenta, aipim, 
batata; feijão ou outras leguminosas 
liquidificada e coada; carnes: gado, aves, 
peixe, fígado cozidos, assados e ensopados; 
ovo pochê, cozido ou em preparações; 
gelatina, pudim, flan, cremes, compotas caseiras, 
sorvetes; temperos: cebola, tomate, alho; óleo 
vegetal. 
GRUPO 
ALIMENTA
R 
ALIMENTOS 
RECOMENDADO
S 
ALIMENTOS 
EVITADOS 
Pães, 
cereais 
arroz e 
massas 
Pães moles, de 
forma, bolinho 
cozidos ou 
assados moles, 
biscoito sem 
recheio e 
gordura, 
panquecas, 
torradas, cereais 
cozidos, arroz, 
massas em geral. 
Centeio e 
integrais (de 
acordo com a 
tolerância 
Pães duros ou 
com sementes, 
biscoito 
amanteigado
s, pastelarias 
HortaliçasTodas cozidas, 
exceto as 
flatulentas 
Hortaliças 
folhosas 
cruas, 
brócolis 
abóbora, 
couve-flor, 
pepino, 
pimentão e 
outra 
hortaliças 
formadoras 
de gases 
Frutas Todas cozidas Todas as 
cruas e as 
cítricas 
Leite, 
iogurte e 
queijo 
Com pouco sal e 
gordura; queijo 
prato, mussarela, 
cottage e ricota 
Queijos muito 
gordurosos 
(ex.: 
provolone) 
Carnes, 
aves, 
peixes e 
ovos 
Carnes sem 
gordura, 
cozidas, moídas, 
desfiadas, purê, 
ensopadas ao 
molho, grelhadas 
ou assadas. 
Ovos mexidos, 
moles ou pochê 
Carnes duras, 
crocantes, 
empanadas. 
Ovos fritos; 
@nutrifuturaR1 
Gorduras, 
óleos e 
açúcares 
Todas, sem 
excesso 
Nenhum 
 
 
 
DIETA PASTOSA 
É uma dieta intermediária entre a branda e a 
líquida completa. 
-Características: os teores de energia, macro e 
micronutrientes variam de acordo com a 
composição de cardápio. A quantidade de 
fibra, tecido conjuntivo e resíduos é menor 
quando comparada à dieta branda. 
A consistência pastosa é alcançada pela 
modificação de alimentos sólidos através de 
cocção, ação mecânica (bem cozidos, 
amassados, moídos e desfiados). A textura dos 
alimentos auxilia o processo digestório pela 
redução de estímulos mecânicos no TGI. 
A composição nutricional pode ser alterada 
para se adequar às situações clínicas que 
exigem restrições ou suplementação de 
nutrientes. Deve oferecer de 5 a 6 refeições/dia. 
-Finalidade: prescrita em determinados 
preparos de exames e alguns pré e pós-
operatórios e quando o indivíduo apresenta 
problemas de mastigação e/ou deglutição. 
- Alimentos: leite, chá, café, mingau, iogurte, 
sucos; bolacha doce, torrada; açúcar, mel; 
cremes, purê de frutas, gelatina, flan, geleia, 
pudim, fruta cozida ou assada, vitamina; sopa 
de legumes e cereais c/ carne, canja (bem 
cozida); arroz bem cozido tipo “papa”, 
macarrão, suflê ou purê de legumes ou batata; 
carnes moídas ou desfiadas, bem cozidas, peixe 
desfiado, ovo pochê; óleo vegetal, manteiga, 
margarina, creme de leite; as leguminosas (feijão 
liquidificado ou caldo de feijão) são oferecidas 
somente com autorização do nutricionista 
responsável. 
GRUPO 
ALIMENTAR 
ALIMENTOS 
RECOMEN-
DADOS 
ALIMENTOS 
EVITADOS 
Pães, 
cereais 
arroz e 
massas 
Todos que 
possam ser 
transformado
s em purê. 
Pães duros ou 
com sementes, 
biscoito 
amanteigados, 
Mingau de 
amido de 
milho, aveia, 
creme de 
arroz e 
outros 
pastelarias. 
Arroz pode ser 
difícil de ser 
transformado 
adequadament
e em purê. 
Cereais secos, 
contendo 
passas, nozes e 
outras frutas 
oleaginosas ou 
sementes 
Hortaliças Purê de 
batata, 
batata 
doce, 
cenoura, 
sucos de 
hortaliças, 
etc. 
Hortaliças 
folhosas cruas, 
com sementes 
e/ou casca 
Frutas Todas na 
forma de 
purê, sem 
pele. Suco 
de frutas 
Frutas com 
polpas (ex.: 
laranja, uva, 
abacaxi) que 
são difíceis de 
transformar em 
purê 
Leite, 
iogurte e 
queijo 
Leite, milk-
shake, 
achocolatad
os, iogurtes 
batidos, 
pudim, 
manjar. 
Queijo 
cottage ou 
ricota 
amassado 
Iogurte com 
pedaços de 
frutas 
Carnes, 
aves, peixes 
e ovos 
Carnes, 
peixes e aves 
na forma de 
purê, sem 
pele. Ovos 
mexidos mole 
ou pochê na 
forma de 
purê. 
Gemada 
Carne dura, 
crocantes, 
empanados e 
ovos fritos 
Gorduras, 
óleos e 
açúcares 
Todas, sem 
excesso 
Bacon, azeitona 
e coco 
Temperos Todas, sem 
excesso 
Sal, pimenta, 
catchup e 
mostarda, 
somente com 
moderação. 
 
 DIETA LÍQUIDA COMPLETA 
@nutrifuturaR1 
Em alguns hospitais é chamada somente de 
dieta líquida. 
- Características: é utilizada geralmente em 
curtos períodos de internação. os teores de 
energia, macro e micronutrientes variam de 
acordo com a composição de cardápio. A 
quantidade de fibra, tecido conjuntivo e 
resíduos é menor quando comparada à dieta 
pastosa. 
Os alimentos são líquidos ou cremosos, 
modificados pela cocção e/ou ação mecânica 
(liquidificados) ou outras técnicas dietéticas de 
odo a facilitar ainda mais o processo digestório. 
Deve oferecer no mínimo 6 refeições diárias para 
favorecer a aceitação de volume que permita 
alcançar às necessidades nutricionais do 
paciente. 
- Finalidade: é utilizada para indivíduos em 
situações clínicas que necessitam uma 
alimentação de fácil ingestão, mastigação, 
deglutição e trabalho digestivo. Também está 
indicada em determinados preparos de exames 
e alguns pré e pós-operatório. 
- Alimentos: leite, chá, café, suco de frutas, 
mingau, vitamina, iogurte; açúcar, mel, 
maltodextrina; gelatina comum, sorvete, pudim, 
flan; purê de legumes moles; sopas de legumes, 
de cerais ou canjas liquidificadas. 
GRUPO 
ALIMENTAR 
ALIMENTOS 
RECOMEN-
DADOS 
ALIMENTOS 
EVITADOS 
Pães, 
cereais 
arroz e 
massas 
Cereais 
refinados e 
cozidos, 
farinha de 
aveia, creme 
de arroz, 
milho e trigo 
Alimentos 
integrais, farelos 
e sementes 
Hortaliças Caldos e 
sucos, sopas 
liquidificadas 
Hortaliças cruas 
e inteiras 
Frutas Sucos 
coados 
Frutas inteiras 
Leite, 
iogurte e 
queijo 
Leite integral 
e 
desnatado, 
bebidas 
lácteas, 
iogurte 
líquido, 
suplementos 
comerciais a 
base de 
Queijos ricos em 
gorduras 
leite, queijo 
cottage, 
tofu, 
requeijão 
cremoso e 
outros 
queijos 
macios, flan, 
pudim e 
manjar 
Carnes, 
aves, peixes 
e ovos 
Ovos, aves, 
peixes, carne 
bovina 
acrescidas a 
sopas 
liquidificadas 
Carnes ricas em 
gorduras e 
embutidos 
Gorduras, 
óleos e 
açúcares 
Todos, sem 
excesso 
Nenhum 
 
DIETA LÍQUIDA RESTRITA 
- Características: é insuficiente em energia e em 
todos os nutrientes. É considerada sem resíduo. 
É fracionada em pequenos volumes (de 50 a 
150 ml por horário), sendo constituída de 
líquidos claros. Pode oferecer os líquidos nos 
horários das seis refeições principais ou 
conforme a necessidade de cada paciente. 
- Finalidade: hidratação no pós-operatório 
imediato e no preparo de certos exames. 
- Alimentos: Suco de fruta diluído e coado; 
infusão de chás fracos adoçados com 
maltodextrina; gelatina dietética; caldo coado, 
preparado a partir do cozimento de carne de 
gado ou frango (totalmente sem aparas de 
gordura), vegetais (tubérculos: batata inglesa, 
batata salsa, aipim; legumes: chuchu, beterraba, 
cenoura, abóbora; temperos (ramos de salsa, 
cebolinha, fatias de cebola de cabeça) e sal. 
O caldo tem apenas o sabor, aroma e cor dos 
ingredientes, sendo totalmente líquido, sem 
apresentar qualquer granulação ou resíduos. 
GRUPO 
ALIMENTAR 
ALIMENTOS 
RECOMEN-
DADOS 
ALIMENTOS 
EVITADOS 
Pães, 
cereais 
arroz e 
massas 
Nenhum Todos 
Hortaliças Caldos e 
sucos 
coados de 
hortaliças 
Nenhum, exceto 
as leguminosas 
@nutrifuturaR1 
Frutas Sucos 
coados 
Abacate, 
manga e outros 
que não 
produzem sucos 
claros 
Leite, 
iogurte e 
queijo 
Nenhum Todos 
Carnes, 
aves, peixes 
e ovos 
Caldo de 
frango ou de 
carne bovina 
sem gordura 
Ovos, 
oleaginosas 
Gorduras, 
óleos e 
açúcares 
Todos, sem 
excesso 
Nenhum. 
 
DIETA POBRE EM RESÍDUOS 
- Características: É uma dieta composta de 
alimentos que provavelmente são digeridos por 
completo, são bem absorvidos e não aumentam 
excessivamente as secreções do TGI. 
É uma dieta pobre em alimentos com teor 
moderado ou alto de fibras, açúcares 
fermentáveis principalmente a lactose, sacarose, 
frutose, além de sorbitol, manitol e xilitol; Carnes 
com cartilagens, cafeína e bebeidas alcóolicas 
(especialmente vinho e cerveja). Também deve 
ter um teor reduzido de gorduras para evitar o 
aumento de secreções; 
A consistência e o volume da dieta devem estar 
adaptados ao estadiamento da doença do 
paciente ou sua condição de mastigação e 
deglutição. 
- Finalidade: é utilizada em casos de má 
digestão, má absorção ou diarreia para facilitar 
os processos digestivos e reduzir a frequência e 
volume fecal. Também está indicada em casos 
de obstrução intestinal provocadas por câncer, 
estenoses, divertículos ou outras situações nas 
quaisé necessário reduzir volume e frequência 
de fezes ou impactação fecal. Ainda é utilizada 
em preparos de exames ou cirurgias que 
necessitam do TGI livre de resíduos. 
- Alimentos: chás claros e fracos, torradas de 
pão branco (pão de sanduíche ou francês), 
biscoito cream cracker ou água e sal, margarina 
cremosa em pequena quantidade, arroz branco 
bem cozido, macarrão de trigo refinado, 
polenta mole e bem cozida, legumes (somente 
cenoura e chuchu), tubérculos (somente batata 
inglesa, aipim e cará), óleos e azeite de oliva em 
pequena quantidade, carnes magras sem 
aparas de gordura e sem pele (preparadas 
cozidas, assadas ou grelhadas), sal, gelatina 
dietética, frutas somente maçã e pera pouco 
ácidas e banana, preparadas cozidas ou 
assadas, leite de soja, amido de milho, suco de 
frutas pouco ácidas, coados e diluídos. 
DIETA PARA DIABETES MELLITUS 
A literatura atual recomenda que a dieta para 
indivíduos diabéticos deve seguir o mesmo 
plano de uma alimentação saudável. 
Indica o consumo de alimento dos vários grupos, 
distribuídos em seis refeições diárias, sendo as 3 
principais e 3 lanches; 
- O teor de CHO e gordura monoinsaturadas 
devem perfazer um total de 60 a 70% do VCT. 
As PTN devem ficar entre 15 a 20% do VCT e 
para as gorduras está indicado menos de 10% 
de saturadas e em torno de 10% de poli-
insaturadas. A recomendação de fibras é de no 
mínimo 20g/dia; 
O objetivo do plano alimentar é promover um 
bom estado nutricional e a manutenção de 
níveis glicêmicos dentro de limites aceitáveis. As 
necessidades nutricionais devem ser calculadas 
a partir de dados antropométricos. 
- Características: dieta baseada em 
cardápios equilibrados em macro e 
micronutrientes, utilizando alimentos dos diversos 
grupos. É restrita em CHO simples e gordura 
saturada. O adoçante dietético é usado em 
substituição ao açúcar e alguns alimentos 
dietéticos são utilizados para substituir 
preparações doces (cuidar com excesso de 
edulcorantes). Esta dieta é programada para 
oferecer um teor aumentado de fibras 
alimentares. Está distribuída em 6 refeições 
diárias. 
- Finalidade: atender as necessidades 
nutricionais de indivíduos diabéticos, promover 
a regulação dos níveis glicêmicos, adequar o 
peso corporal e melhorar a qualidade de vida 
destas pessoas. Além disso, visa a prevenção e 
tratamento de complicações ao curto, médio e 
longos prazos. 
- Alimentos: cereais, pães, tubérculos e raízes; 
hortaliças (verduras e legumes); frutas; leite e 
produtos lácteos; carnes e ovos; leguminosas; 
óleos e gorduras, condimentos e especiarias, 
@nutrifuturaR1 
adoçantes dietéticos e produtos dietéticos 
(moderadamente). 
A dieta p/ DM está padronizada para o 
porcionamento em relação ao valor calórico 
(800, 1000, 1200, 1500, 1800, 2000, 2200, 
2500 e 3000 calorias), número e horário de 
refeições. Assim, devem ser servidas 6 refeições 
ao dia, seguindo corretamente as quantidades 
de alimentos e horários estabelecidos. 
O controle de energia e de horários de 
refeições está relacionado com o ajuste de 
doses de medicamentos e insulina. 
As dietas para DM com modificações de 
nutrientes, ex. de hipolipídicas, hipopurínicas, 
hipocalêmicas, hipossódicas, ricas em fibras, 
ricas em ferro, entre outras, devem ser 
adaptadas em relação ao cardápio e a 
quantidade do porcionamento. 
A lista apresentada a seguir destaca alimentos 
que não devem ser ofertados aos pacientes, 
exceto se liberados pelo nutricionista 
responsável: 
 Açúcar (refinado ou mascavo), mel, 
melado, geleias, xarope de milho, 
chocolates, achocolatados, balas, bolos, 
biscoito doces, leite condensado, frutas 
em conserva, etc. 
 Frituras e alimentos ricos em gordura: 
salgadinhos industrializados e 
tradicionais (rissoles, coxinhas, empada, 
etc.) 
 Alimentos de confeitaria com recheio 
e/ou cobertura; 
 Carnes gordas; aves com peles; frios, 
embutidos e defumados (salame, 
mortadela, presunto, salsicha, lingüiça, 
bacon). 
 Banha, nata, creme de leite, manteiga, 
gordura vegetal hidrogenada; 
 Vísceras (fígado, miolos, rins, dobradinha, 
etc.) 
 Bebidas alcoolicas, refrigerantes comuns, 
sucos naturais com adição de açúcar, 
sucos industrializados (naturais ou 
artificiais) com açúcar, leite e iogurtes 
integrais e com açúcar. 
DIETA HIPOPROTEICAS 
A importância das proteínas é ressaltada 
devido ao seu conteúdo de nitrogênio, 
destacando que a perda corporal de uma 
molécula de nitrogênio pode significar a perda 
de uma função, seja ela estrutural, imunológica, 
oncótica ou enzimática. 
A redução da oferta de ptn dietética tem o 
objetivo de evitar maior sobrecarga aos órgãos 
em disfunção. A IRC sem tratamento dialítico é 
um exemplo desta condição. 
DIETA POBRE EM COBRE 
A prescrição segue o esquema da dieta de 
base em relação a consistência. Contudo, não 
podem ser servidos os seguintes alimentos: 
carnes vermelhas, fígado, míudos, peixes, 
camarões e frios; feijão, lentilha, vagem 
desidratada, ervilha, tomate, molho de tomate, 
beterraba, espinafre, pêssego, banana e 
passas; cereais integrais, farelo de trigo, nozes, 
melaço, chocolate e achocolatados. 
Dietas com outras restrições, além de cobre, 
devem ser adaptadas para cada situação. 
Obs.: do grupo das carnes é permitido servir 
somente frango e ovos. 
DIETA SEM IRRITANTES GÁSTRICOS 
A prescrição segue o esquema da dieta de 
base em relação a consistência, distribuídas em 
6 refeições diárias para evitar longos períodos 
de jejum e possíveis sintomas de desconfortos 
gástricos. 
Alimentos que não devem ser oferecidos: 
- Chás, café forte, achocolatados, bebidas 
alcóolicas, bebidas gaosas, pimenta, mostarda, 
catchup, cominho, molho de soja e temperos 
industrializados; 
- Alimentos em conserva 
- Alimentos embutidos 
- Alimentos formadores de gases: repolho, 
cebola, alho-poró, brócolis, couve de Bruxelas, 
pimentão, rabanete, nabo, pepino, couve-flor, 
melão, melancia, feijão, lentilha, alho, melão, 
batata doce e gema de ovo; 
- Frutas: limão, maracujá, tangerina, acerola, kiwi, 
pitanga, carambola, laranja, caju, goiaba, 
abacaxi e banana. 
DIETA POBRE EM RESÍDUOS PARA DIARREIA 
No porcionamento podem ser incluídos os 
seguintes alimentos: 
@nutrifuturaR1 
- Grupo dos cereais, pães, tubérculos e 
raízes: cereais refinados e derivados (arroz 
branco, macarrão, amido de milho, biscoito tipo 
água e sal, pão francês/de trigo ou de 
sanduíche torrados, polenta bem cozida); 
batata inglesa, aipim e cará bem cozidos e sem 
molho; 
- Grupo dos legumes: cenoura e chuchu, sem 
casca e bem cozidos; 
- Grupo das frutas: maçã, banana e pera, 
descascadas e cozidas ou assadas; 
- Grupo do leite e produtos lácteos: não 
devem ser usados no preparo de exames que 
exigem o TGI livre de resíduos. Já em caso de 
diarreia podem ser usados com moderação e 
avaliados clinicamente os seguintes alimentos: 
ricota, queijo “cottage” e minas. Leite integral ou 
desnatado diluídos (metade de água + metade 
de leite); 
- Grupo das carnes e ovos: carnes bovinas, 
peixes, aves sem pele e gordura aparente, 
preparados assados, cozidos ou grelhados; ovo 
inteiro cozido ou pochê. 
- Grupo dos óleos e gorduras: utilizar pequena 
quantidade de óleo nas preparações (soja, 
milho, canola, oliva, etc). Usar com moderação 
manteiga ou margarina (escolher aquelas livres 
de gordura trans); 
- Temperos: sal, limão, tomate sem pele e sem 
sementes; 
- Substituir o açúcar por maltodextrina 
(adoçante especial encontrado comercialmente 
como Nidex, Oligossac, Resource Dextrol, 
Maxijoule, Carboc módulo de maltodextrina, 
entre outros. 
DIETA RICA EM FIBRAS 
A dieta rica em fibras tem o objetivo de atender 
as necessidades nutricionais, promovendo a 
regularização da função intestinal e o equilíbrio 
da microbiota. 
Entre as recomendações desta dieta, destaca-
se o incentivoa ingestão de líquidos em 
quantidade acima do consumo habitual e a 
substituição por alimentos ricos em fibras e 
integrais. 
O SND deve ofertar refeições com elevado teor 
de fibra (insolúvel e solúvel), conforme a 
tolerância individual. 
Oferta de alimentos mais laxativos de acordo 
com a consistência da dieta, inclusão de 
colação com oferta de coquetel laxativo e 
adição, quando necessário, de módulo de fibras 
solúveis e insolúveis; 
Os pacientes que usam suplementação 
nutricional por via oral devem receber fórmulas 
enriquecidas com fibras: 
a. Recomendação de fibra: adultos 
saudáveis (acima de 20 anos); 20 a 35g 
por dia. Crianças: contar a idade e 
somar mais 5g/dia. 
b. Alimentos recomendados: 
- Grupo dos cereais e pães: cereais 
integrais e derivados (milho, arroz 
integral, aveia, macarrão integral, 
biscoito integral, cereais matinais 
integrais – granola, pães integrais – 
centeio, trigo integral, aveia e farelos). 
- Grupo das verduras: 
preferencialmente na forma crua. Ex.: 
acelga, agrião, couve, aipo, alface, 
almeirão, rúcula, chicória, espinafre, 
mostarda, tomate, repolho, pepino, etc; 
- Grupo dos legumes: quando possível, 
na forma crua e com casca. Ex.: cenoura, 
beterraba, couve-flor, vagem, brócolis, 
berinjela, abóbora, etc. 
- Grupo das frutas: Frutas frescas, 
sempre que possível, cruas com casca, 
bagaço e sementes; Frutas secas, utilizar 
ameixa seca, uva passa, banana passa, 
damasco seco. 
- Grupo de leite: iogurte e bebidas 
lácteas fermentadas. Ex.: Yakult 
- Grupo das leguminosas: feijão, lentilha, 
ervilha, grão-de-bico, soja e fava. 
- Oleaginosas: amendoim, nozes, 
amêndoas, castanha-do-pará, castanha 
de caju, castanha portuguesa, avelãs, 
pinhão, coco e pistache. 
- Grupo dos óleos e gorduras: utilizar 
pequena quantidade de óleo nas 
preparações (soja, milho, canola, oliva, 
etc). Usar com moderação manteiga ou 
margarina livre de gordura trans.

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