Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR MARKETING DE SERVIÇOS E RELACIONAMENTO AUDITÓRIA EM SAÚDE SEMINÁRIO V GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE BEATRIZ DUARTE DA SILVA FERNANDA DA SILVA DUARTE LUCIENE APARECIDA DAHER DE OLIVEIRA ROSANGELA DIONIZIO DA SILVA ROSIMEIRE MARTINS ARAUJO DE SOUZA VAZ DO NASCIMENTO SANDRA RIBEIRO DA SILVA WANDERSON VAZ DO NASCIMENTO BELO HORIZONTE 2017 BEATRIZ DUARTE DA SILVA FERNANDA DA SILVA DUARTE LUCIENE APARECIDA DAHER DE OLIVEIRA ROSANGELA DIONIZIO DA SILVA ROSIMEIRE MARTINS ARAUJO DE SOUZA VAZ DO NASCIMENTO SANDRA RIBEIRO DA SILVA WANDERSON VAZ DO NASCIMENTO GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE Trabalho interdisciplinar em Grupo, Gestão Financeira em Saúde, apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Gestão da Qualidade e Acreditação Hospitalar, Marketing de Serviços e Relacionamento, Auditoria em Saúde e Seminário V. Orientadores: Profª. Dayane Scaramal; Prof. Fernando Lino; Prof. Antônio Catanio e Profª. Patrícia Célia de Santana. BELO HORIZONTE 2017 RESUMO Este estudo trata sobre a Gestão nos Serviços de Saúde que tem como meta a reorientação gerencial das organizações, enfatiza os clientes, o trabalho em equipe, permeando toda a organização, decisões baseadas em fatos e dados e busca constante de solução de problemas e diminuição de erros. Dentro da gestão de qualidade, existe a auditoria que consiste no exame sistemático e independente dos fatos para verificar a adequação aos requisitos preconizados pelas leis e normas vigentes e determinar se as ações de saúde e seus resultados estão de acordo com as disposições planejadas. O objetivo é evidenciar o papel da auditoria na gestão da qualidade nos serviços de saúde com a visão do profissional de Gestão Hospitalar. INTRODUÇÃO As novas demandas gerenciais associadas aos avanços tecnológicos e científicos requerem das instituições, melhorias contínuas para manter a credibilidade, a qualidade e a humanização da assistência, como foco de diferenciação. A busca de novas estratégias gerenciais e da satisfação de novos interesses e prioridades exige, igualmente, práticas inovadoras e integradoras capazes de transformar idéias e desejos em realidade concreta (BACKES et. al. apud VASCONCELOS, 2011). Neste contexto, a busca por qualidade pelos serviços de atenção à saúde é uma necessidade técnica e social, e a adoção de um sistema de gestão da qualidade é uma decisão estratégica das organizações. Além disso, a experiência de projetos anteriores sugere que leve diretamente à redução de custos. Estas atividades precisam fazer parte do dia-a-dia das organizações prestadoras de serviços à saúde. Ainda, se o atrativo para o convênio com os serviços de saúde desviar-se de uma pura base de preços para uma combinação de preços, qualidade de serviço e de atendimento, a questão da qualidade tornar-se-á fundamental para a sobrevivência de muitas organizações. Com o avanço do setor de serviços na atualidade, tornou-se comum discussões a cerca da qualidade de serviços prestados a clientela. No setor saúde, também tem se percebido a importância dada a tal assunto. A busca pela qualidade da assistência vem sendo discutida e compartilhada entre os profissionais da equipe de saúde, principalmente daqueles que atuam na área gerencial. Assim, trabalhar pensando em qualidade do serviço passa a ser uma postura de toda a equipe envolvida no processo, com objetivo de prestar assistência de excelência à clientela. A Gestão da Qualidade Total (GQT) tem como meta a reorientação gerencial das organizações. Enfatiza os clientes, o trabalho em equipe, permeando toda a organização, decisões baseadas em fatos e dados e busca constante de solução de problemas e diminuição de erros (LONGO, 1996). Esse modelo de gestão trabalha com atividades diárias de verificação de processos, com conseqüentes melhorias na realização dos mesmos, visando oferta de produtos e serviços com a qualidade exigida pelo cliente da atualidade. Na atualidade, a qualidade é encarada como um conjunto de atributos essenciais à sobrevivência das organizações num mercado altamente competitivo, objeto da gerência estratégica, líder do processo, que envolve planejamento estratégico, estabelecimento de objetivos e mobilização de toda organização (GURGEL JUNIOR, VIEIRA, 2002). A qualidade, no setor saúde, adquiriu um significado peculiar e diferenciando das demais atividades de produção de bens ou serviços, devido à característica do processo de trabalho desenvolvido pelos profissionais nessa área (DONABEDIAN apud TRONCHIN, MELLEIRO e TAKAHASHI, 2010). Ao abordar a qualidade em saúde pensando em Gestão da Qualidade Total, faz- se necessário avaliá-la, a fim de perceber e julgar o serviço que está sendo oferecido pela instituição de saúde. OBJETIVO GERAL Frente às considerações anteriormente expostas, objetivou-se discutir a Gestão em Qualidade em Serviços, elencando as principais características para o incremento da qualidade, a partir de um levantamento bibliográfico. OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Analisar se estes sistemas atuais estão satisfazendo às necessidades da administração quanto a Gestão de Qualidade em Serviços de Saúde e Acreditação Hospitalar; b) Analisar qual o papel profissional de Gestão Hospitalar, na identificação e aplicabilidade Marketing de Relacionamento e Auditoria; c) Revisar conceitualmente os sistemas de Gestão de Qualidade e Acreditação Hospitalar, Marketing de Serviços e Relacionamento, Auditoria em Saúde. DESENVOLVIMENTO GESTÃO DA QUALIDADE E ACREDITAÇÃO HOSPITALAR Qualidade em saúde e Acreditação Hospitalar A preocupação com a qualidade, presente na saúde desde Hipócrates, torna-se mais intensa no século XX. A qualidade na área da saúde foi dimensionada no contexto industrial, inicialmente por pensadores americanos que trabalhavam com Qualidade. Seu apogeu aconteceu na indústria Japonesa pós-guerra. O sucesso desse modelo no contexto Japonês deveu-se, em grande parte, às características propícias encontradas naquele país, bastante distintas das realidades vividas em outros locais (SCHIESARI, 1999). Algumas considerações foram tecidas por Donabedian em 1998 a respeito dos diferentes modelos de qualidade que explicitam as peculiaridades da transposição da qualidade para a área de saúde. Nesse contexto o autor apontou a análise sistemática de seis atributos-chave. O primeiro diz respeito à eficácia como habilidade em atingir os melhores resultados na assistência por meio dos melhores cuidados. O segundo atributo trouxe a idéia de eficiência, que consiste na diminuição de custos da assistência sem diminuir as melhorias alcançadas. O terceiro remete ao equilíbrio entre os custos e efeitos dos cuidados na assistência. O quarto incide na aceitabilidade do serviço conforme as expectativas dos pacientes e familiares. O quinto atributo propõe a conformidade com os conceitos sociais expressos em princípios éticos, valores, normas, regulamentos e leis. E por fim, esse autor refere-se à equidade na assistência à saúde como último atributo. Sendo assim, entre as estratégias para a garantia e melhoria da qualidade está a influência do desempenho profissional e do aprimoramento do modelo de gestão. Desde o seu surgimento, os hospitais vêm passando por diversas mudanças, visando principalmente à melhoria da qualidade da assistência. Grandes avanços tecnológicos ocorreram e paralelamente a esses, novas formas de reorganização e reestruturação se fizeram necessárias nessas instituições (MATOS et al., 2006). Corroborando ADAMI et al. (2006) ressaltam que o momento atual é permeado por imensas transformaçõesdentre as quais destacam-se a globalização da economia, o custo crescente dos serviços, o aumento de tecnologias e progresso da ciência, os avanços da informática, a produção e difusão de conhecimento técnico-científico. As instituições hospitalares tornaram-se mais complexas, havendo maior necessidade em buscar inovações de produtos e serviços para se manter em um mercado cada vez mais competitivo. Diante disso, as mudanças eram inevitáveis e necessárias à sobrevivência dessas instituições (BRASIL, 1999). LABBADIA et al. (2004) afirmam que a criação de instrumentos destinados à melhoria da qualidade da assistência na saúde tornou-se um fenômeno universal, deixando de ser um mero conceito teórico para ser uma realidade cuja essência é garantir a sobrevivência das empresas e dos setores de produção de bens e serviços. Ainda segundo essa autora e colaboradores, a avaliação constitui um pilar fundamental de garantia da assistência na saúde e é entendida como sendo um instrumento da gestão de serviços de saúde necessário para mensurar os esforços da organização, qualidade dos serviços prestados, bem como sua utilidade e relevância social. Nesse contexto, a Acreditação Hospitalar se apresenta como um dos métodos de avaliação dos recursos das organizações de saúde, voluntário, periódico e reservado, que tende a garantir a qualidade da assistência por meio de padrões pré-estabelecidos. A Acreditação de organizações de saúde originou-se nos Estados Unidos da América (EUA) quando foi formado o Colégio Americano de Cirurgiões (ACC), que estabeleceu em meados de 1924 o Programa de Padronização Hospitalar (PPH). Nesse programa foi definido um conjunto de padrões mais apropriados para garantir a qualidade da assistência aos pacientes. Foram estabelecidos cinco padrões mínimos essenciais para a assistência hospitalar, sendo que três relacionavam-se à organização do corpo médico, um preconizava o adequado preenchimento do prontuário e o outro se referia à existência de recursos diagnósticos e terapêuticos necessários ao tratamento do paciente. Esses padrões referiam-se exclusivamente às condições necessárias para atividades médicas, não considerando a necessidade de dimensionar outros profissionais de saúde para o atendimento (SCHIESARI, 1999). MARKETING DE SERVIÇOS E RELACIONAMENTO O setor de serviços ou setor terciário é muito vasto e envolve uma variedade importante de atividades econômicas. De acordo com Levitt (1990), tudo aquilo que é intangível é serviços. Tentar estabelecer uma definição pode ser a princípio uma tarefa difícil. Téboul (1999) distingue os serviços com base na classificação Browning- Singlemann, que apresenta seis setores econômicos: as indústrias extratoras, de transformação e as de distribuição; os serviços destinados ao produtor intermediário; os serviços sociais e os serviços destinados às pessoas físicas. Com base nesta classificação, Téboul (1999) distingue os serviços como sendo: ✓ aqueles destinados a um intermediário como, por exemplo, transportes, contabilidade, consultoria jurídica, segurança e limpeza. Nos últimos anos as empresas passaram a terceirizar atividades que antes eram realizadas internamente; ✓ os serviços destinados ao consumidor final, tais como: serviços de banco, de lazer, de saúde e de educação. Estes tipos de serviços têm como característica o envolvimento de relacionamento face a face e não permite economia de escala, pois cada cliente é único; ✓ o fornecimento de auto-serviço ocorre quando o próprio cliente é capaz de produzir o serviço desejado. Téboul (1999) explica que o auto-serviço se apóia no consumo de bens duráveis como forma do cliente prestar um serviço a si mesmo. De acordo com Grönroos (apud TÉBOUL, 1999), um serviço consiste em uma série de atividades surgidas por meio de inúmeras interações entre clientes, estruturas, recursos humanos, bens e sistemas do fornecedor. O conjunto destas interações tem a finalidade de atender a uma necessidade do cliente. Lovelock (2001) classifica serviços como sendo um ato ou desempenho oferecido por uma parte ou outra. O fato é que o serviço pode estar atrelado a oferta de um produto e seu desempenho é essencialmente intangível. Conforme Pride e Ferrel (2001) a intangibilidade significa que um serviço não é físico e não pode ser fisicamente possuído. Kotler (1999) destaca que a intangibilidade do serviço resulta de não poder ser visto, provado, sentido, ouvido ou cheirado, antes de ser comprado. Outras características dos serviços são apresentadas por Pride e Ferrel (2001) e Kotler (1999), a inseparabilidade, a perecebilidade e a heterogeneidade. A inseparabilidade está associada ao fato de que a produção de um serviço não pode ser separada de seu consumo pelo cliente. A área da administração que gerencia relações da empresa com o mercado é chamada de marketing. De acordo com Kotler e Armstrong, (2004), o objetivo do Marketing tradicional sempre foi a atração de novos clientes e não a retenção dos existentes, com foco nos processo de saúde para se antecipar às exigências dos clientes e alcançar maior destaque sobre a concorrência. Marketing é a análise, organização, planejamento e controle dos recursos da empresa gerados a partir do consumidor, com o objetivo de satisfazer suas necessidades e desejos, de forma lucrativa. (KOTLER apud FREIRIAS, 1998, p. 03) Para Kotler e Armstrong, (2007), muitas pessoas pensam em marketing apenas como venda e propaganda, porém sua função é satisfazer as necessidades dos clientes. O marketing é um processo administrativo pelo qual indivíduos e organizações obtêm o que necessitam por meio de criação de troca e valor com os outros. Para Sobral e Peci (2008), eles afirmam que o Marketing é um conjunto de atividades desenvolvidas por uma organização, com o objetivo de criar e trocar valor com os clientes para atingir os objetivos organizacionais. O Marketing possui três grandes eixos de ação: a) A realização dos objetivos da organização (conseqüência da satisfação dos clientes); b) O foco na satisfação do cliente; c) A integração de todas as atividades da organização na satisfação do cliente. O principal objetivo do marketing de relacionamento é manter o cliente através da confiança, credibilidade e a sensação de segurança transmitida pela organização, construindo relacionamentos duradouros que contribuam para o aumento do desempenho para resultados sustentáveis. Marketing de Relacionamento é “uma estratégia de marketing que visa construir uma relação duradoura entre cliente e fornecedor, baseada em confiança, colaboração, compromisso, parceria, investimentos e benefícios mútuos, resultando na otimização do retorno para a empresa e seus clientes”. (LIMEIRA in DIAS, 2003, p. 301) O marketing de relacionamento é um fator muito importante para toda empresa que deseja obter sucesso. O sucesso é alcançado através da diferenciação e da oferta de valor para o cliente. As empresas perceberam que é interessante investir no marketing de relacionamento, pois ele possibilita melhor relacionamento com o cliente, devido à oportunidade de tratá-lo de forma individual, conhecendo suas preferências e necessidades. Segundo Pizzinato (2005), nota-se que atualmente existe uma grande necessidade em gerar uma relação de confiança duradoura com os consumidores importantes, e a forma de interpretar e aplicar esses conceitos pode oferecer grande vantagem competitiva para a organização. Os clientes fiéis são mais interessantes à empresa, pois a probabilidade do cliente escolher a mesma empresa, em uma nova compra é maior. Os investimentos necessários para conquistar novos clientes são maiores que para manter os atuais. “Um cliente só se manterá fiel se notar algum benefício por parte da empresa”, menciona Vavra (apud BARRETO; CRESCITELLI, 2008, p. 97). Zeithaml; Bitner (2003)destacam três tipos de benefícios do relacionamento para o consumidor: a) tratamento especial: o cliente recebe algum tratamento diferenciado por ser um cliente antigo; b) sociais: envolvimento pessoal que se estabelece entre fornecedor e comprador; c) confiança: decorre do conhecimento mútuo entre fornecedor e cliente, é um benefício importante e se mostra como principal tendência a ser seguida. O MARKETING NA SAÚDE De acordo com Garcia (2005), no passado os pacientes eram quietos e submissos. Não reclamavam sobre os serviços prestados relacionados à sua saúde. Atualmente, os clientes de serviços de saúde são bem informados e podem fazer discriminação a respeito de qualidade em atendimento, ou seja, sabe o que quer, conhece seus direitos. Como paciente, é capaz de avaliar o nível de atenção que recebe e tem condições de concordar ou não com o tipo de atendimento/tratamento que está recebendo. O paciente está cada vez mais bem informado e sofisticado, conhece os serviços disponibilizados pelo mercado. O cliente interno também é muito importante nesse processo, por essa razão alguns hospitais oferecem programas de treinamento para os profissionais, preparando-os para atender bem o paciente. Mais do que nunca, os hospitais estão sendo administrados como negócios empresariais. Seus administradores assumem os riscos do empreendimento, gerenciando as equipes e as operações de uma maneira dinâmica, aprendendo a se especializar cada vez mais. (GARCIA , 2005, p. 33) Segundo Garcia (2005), existe os 4 “As” de marketing em serviços de saúde: 1. Análise: Deve ser realizada uma pesquisa com os clientes (pacientes) para descobrir necessidades de atendimento não satisfeitas, e cabe ainda levantar a opinião dos clientes (pacientes) sobre a qualidade dos serviços prestado; 2. Adaptação: É necessário que o serviço, configurado como um produto seja comercializado de forma a atender às necessidades e desejos de clientes e pacientes; 3. Ativação: Compreende distribuição e logística, comunicação e venda pessoal; 4. Avaliação: Faz-se necessária para se obter resultados positivos e negativos, e serve de feedback daquilo que foi realizado. AUDITORIA HOSPITALAR A auditoria desempenha papel vital nos negócios, no governo e na economia em geral. Investidores e analistas financeiros consideram valioso o trabalho dos profissionais que anualmente auditam as demonstrações contábeis. O termo auditoria é utilizado em conexão com ampla gama de atividade. A Auditoria e um processo sistemático de obtenção e avaliação objetivas de evidencias sobre afirmações a respeito de ações e eventos econômicos, para aquilatação do grau de correspondência entre as afirmações e critérios estabelecidos, e de comunicação dos resultados a usuários interessados. A Auditoria vista como profissão, tem experimentado expressiva evolução nos últimos anos, permitindo, aos que limitam na área, um crescimento substancial de conhecimento em todos que envolvem, direta ou indiretamente, a contabilidade e os demais setores de uma empresa. Sendo vista, atualmente, como um instrumento de controle administrativo, que se destaca como ponto de convergência de todos os efeitos, fatos e informações originados dos diversos seguimentos de uma empresa, a contabilidade mantém estreitas conexões com os modernos sistemas de auditoria, cuja finalidade é avaliar as informações contábeis, no sentido de que sejam confiáveis, adequadas, totais e seguras. AUDITORIA INTERNA EM SAÚDE Pode ser entendida como um conjunto de técnicas que visam verificar estruturas, processos, resultados e a aplicação de recursos financeiros, mediante a confrontação entre uma situação encontrada e determinados critérios técnicos, operacionais e legais, procedendo a exame especializado de controle na busca da melhor aplicação de recursos, visando evitar ou corrigir desperdícios, irregularidades, negligências e omissões. A Auditoria interna é uma atividade em franco desenvolvimento e de grande importância para a administração de uma companhia. Tendo isto é verdade que a existência de uma auditoria interna eficiente e atuante é considerada como um ponto forte de controle interno. (WILLIAM, 1988, p.52). A importância que a auditoria interna tem em suas atividades de trabalho serve para a administração como meio de identificação que todos os procedimentos internos e políticas definidas pela companhia, os sistemas contábeis e de controle interno estão sendo efetivamente seguidos, e todas as transações realizadas estão refletidas contabilmente em concordância com os critérios previamente definidos. CONCLUSÃO Este estudo demonstrou que a gestão da qualidade total tem sido adotada como modelo gerencial também na área da saúde, exigindo das instituições um envolvimento maior nos quesitos que dizem respeito à qualidade na prestação de serviços, englobando as suas três dimensões: estrutura, processos e resultados, que permeiam a sua atividade fim. O trabalho revela que a qualidade do serviço prestado necessita ser percebida pelos usuários do serviço e também pela administração das instituições. Para essa percepção aconteça, a instituição utiliza-se da avaliação e da auditoria. Podemos afirmar com o estudo que a avaliação descreve o serviço de saúde, estabelecendo uma concepção de valor, está sedimentada a partir dos sete pilares de Donabedian, que são efetividade, eficácia, eficiência, otimização, aceitabilidade, legitimidade e eqüidade; a auditoria baseia-se nos conceitos da ciência contábil, inspeciona a conformidade de serviço de acordo com as normas vigentes e com o planejamento e modelo de gestão da instituição. O estudo demonstra que a auditoria nos serviços de saúde tem se tornado uma constante, principalmente dentro dos serviços que trabalham com gestão de qualidade. Pode-se afirmar ainda que a auditoria tenha caráter de verificação de procedimentos e a validação dos controles internos utilizados pela organização A assistência de saúde prestada e os processos realizados pela equipe de saúde na execução de suas ações cotidianas, bem como a investigação de custos operacionais e com material e medicamentos são atividades da auditoria que tem contribuído muito, principalmente a partir da década de 1980, para a gestão da qualidade nas instituições e serviços de saúde. Podemos afirmar com base nessa pesquisa que a auditoria no âmbito da saúde tem ampliado sua atuação, pois deixa de ser apenas um instrumento contábil, fiscalizador de contas e custos hospitalares e passa a ser uma ferramenta de gestão da qualidade porque avalia a qualidade dos colaboradores, dos processos e dos resultados dos seus serviços. Ainda avalia o desempenho dos profissionais de saúde com relação aos aspectos éticos, técnicos e administrativos, com qualidade, eficiência e eficácia das ações de assistência à saúde. Seja na modalidade de auditoria interna e constante, ou auditoria externa e periódica, a auditoria traduz em importante ferramenta na gestão da qualidade dentro da filosofia organizacional, pois serve para identificar distorções, promover correções e buscar aperfeiçoamento dos serviços de saúde. Dessa forma proporciona aos mesmos um melhor custo-benefício no atendimento às necessidades dos clientes e ainda contribui para a educação e mudança comportamental nas instituições, visando sempre à qualidade em todas as etapas e atividades desenvolvidas dentro da estrutura organizacional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADAMI, N. P.; D’INNOCENZO, M.; CUNHA, I. C. K. O. O movimento pela qualidade nos serviços de saúde. Revista Brasil Enfermagem, São Paulo, v. 59, n. 1, p. 84-89, jan./fev. 2006. Disponível em: Acesso em: 29 Abril. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Avaliação de Políticas de Saúde. Manual Brasileiro de AcreditaçãoHospitalar. 2. ed. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 1999. BRASIL BROWN, Stanley A.; GORGA, Juliana Machado. CRM: Custumer Relationship Management: uma ferramenta estratégica para o mundo e-business. São Paulo: Makron Books, 2001. DONABEDIAN, A. The quality of Health: how canit be assred? JAMA, v. 260, p. 1743. GIANESI, Irineu G. N.; CORRÊA, Henrique Luiz. Administração estratégica de serviços: operações para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 1996. GORDON, Ian. Marketingde relacionamento: estratégias, técnicas e tecnologias para conquistar clientes e mantê-los para sempre. Tradução de Mauro Pinheiro. São Paulo: Futura: 1998. HOFFMAN, K. Douglas; BATESON, Jhon E. G. Princípios de marketing de serviços: conceitos, estratégias e casos. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. JAMIL, George L.; TAVARES, Wolmer R.. Marketing de Relacionamento: DataBase Marketing: uma estratégia para adaptação em mercados competitivos. Rio de Janeiro: Axcel, 2002. KOTLER, Philip.; ARMSTRONG, G. Princípios de marketing. 9.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados. São Paulo: Futura, 1999. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de serviços. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2002. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Qualidade total em serviços. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1999. LOVELOCK, Christopher. Serviços: marketing e gestão. São Paulo: Saraiva, 2001. MATOS, S. M. et al. Um Olhar sobre as ações do enfermeiro no processo de Acreditação. Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 10, n. 4, p. 418-424, out./dez. 2006. NICKLES, W. G.; WOOD, Marian Burk. Marketing: relacionamentos, qualidade e valor. Rio de Janeiro: LTC, 1999. NICKELS, William G. e WOOD, Marian Burk. Marketing: Relacionamentos, Qualidade e Valor.Tradução: Luís Roberto Maia Gonçalves. Rio de Janeiro. LTC S.A, 1999. PRIDE, W. M.; FERREL, O. C. Marketing: conceitos e estratégias. Rio de Janeiro: LTC, 2001. VASCONCELOS, Maria de Fátima Barboza. Instrumentos de gestão e qualidade nos serviços de saúde. 2011. Disponível em: www.webartigos.com/articles. Acesso em julho de 2011.
Compartilhar