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Introdução Propriedades Básicas dos Fluidos Prof. Giovanilton Ferreira da Silva giovanilton@academico.ufpb.br Universidade Federal da Paraíba Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Química mailto:giovanilton@academico.ufpb.br Introdução Propriedades Básicas dos Fluidos Prof. Giovanilton Ferreira da Silva giovanilton@academico.ufpb.br Quais as diferenças fundamentais entre fluido e sólido? Fluido é mole e deformável Sólido é duro e muito pouco deformável Os conceitos anteriores estão corretos! Porém não foram expresso em uma linguagem científica e nem tão pouco compatível ao dia a dia da engenharia. Passando para uma linguagem científica: A diferença fundamental entre sólido e fluido está relacionada com a estrutura molecular, já que para o sólido as moléculas sofrem forte força de atração, isto mostra o quão próximas se encontram e é isto também que garante que o sólido tem um formato próprio, isto já não ocorre com o fluido que apresenta as moléculas com um certo grau de liberdade de movimento, e isto garante que apresentam uma força de atração pequena e que não apresentam um formato próprio. Primeira classificação dos fluidos: Líquidos – apesar de não ter um formato próprio, apresentam um volume próprio, isto implica que podem apresentar uma superfície livre. Primeira classificação dos fluidos (continuação): Gases e vapores – além de apresentarem forças de atração desprezível, não apresentarem nem um formato próprio e nem um volume próprio, isto implica que ocupam todo o volume a eles oferecidos. Hipótese do Contínuo No entanto, essa mesma estrutura molecular demonstra uma matéria descontínua, isto é, constituída por moléculas e espaços vazios entre elas. Para contornar essa situação, foi formulada a Hipótese do contínuo. Que admite matéria continua nas condições de engenharia. Outro fator importante na diferenciação entre sólido e fluido: O fluido não resiste a esforços tangenciais por menores que estes sejam, o que implica que se deformam continuamente. F Conceitos fundamentais Considere: um elemento de volume de um fluido, com a forma de um cubo e a resposta do fluido a uma força externa aplicada. Tensão normal Tensão de cisalhamento Conceitos fundamentais Desenvolver-se-á uma força interna, agindo a partir dessa área, que é denominada tensão (σyx ). Existem dois tipos básicos de tensão que podem ser exercidas sobre qualquer material nesse volume. Tensões normais: agem perpendicularmente à face do cubo. Tensões de cisalhamento: agem tangencialmente à face do cubo. Conceitos fundamentais Os conceitos de tensão de cisalhamento (força aplicada) e taxa de deformação (gradiente de velocidade) são usados para descrever a deformação e o escoamento do fluido. O gradiente de velocidade entre as camadas laminares gera um fluxo de força mecânica (tensão de cisalhamento). Conceitos fundamentais As partículas fluidas em contato com uma superfície sólida têm a velocidade da superfície que encontram em contato. v v = constante V=0 Conceitos fundamentais v v = constante V=0 representa o estudo da variação da velocidade no meio fluido em relação a direção mais rápida desta variação.dy dv Conceitos fundamentais h v = 0 Força de cisalhamento v velocidade constante da placa sólida deslizante h distância curta Área de ação da tensão y x Placa sólida móbil Placa sólida fixa Fluido Lâminas de velocidade diferente (Ux). Fluxo de tensão no líquido ( yx ). Deformação: o perfil de velocidades muda até atingir um equilíbrio yx = f (dUx /dy) A figura mostra um líquido viscoso ideal mantido entre duas placas paralelas sendo que a placa superior se move a uma velocidade v relativa à placa inferior. Conceitos fundamentais Força Área Perfil de velocidades h v = 0 v A tensão de cisalhamento yx = Ft /A produz um gradiente de velocidade (dUx/dy) no seio do fluido viscoso. Conceitos fundamentais Existe uma proporcionalidade entre o gradiente de velocidade (dUx /dy) e a tensão de cisalhamento ou força externa ( yx ). yx (dUx /dy) = μ (dUx /dy) = μỲ Modelo geral = o + k . Ỳ n yx = µ . Ỳ Lei de Newton µ = (F/A) / (L/T/L) µ = (kg/ms2) / (1/s) = kg/m.s Ỳ = taxa de deformação Lei de Newton da viscosidade: Para que possamos entender o valor desta lei, partimos da observação de Newton na experiência das duas placas, onde ele observou que após um intervalo de tempo elementar (dt) a velocidade da placa superior era constante, isto implica que a resultante na mesma é zero, portanto isto significa que o fluido em contato com a placa superior origina uma força de mesma direção, mesma intensidade, porém sentido contrário a força responsável pelo movimento. Esta força é denominada de força de resistência viscosa - F Determinação da intensidade da força de resistência viscosa: contatoAF = Onde é a tensão de cisalhamento que será determinada pela lei de Newton da viscosidade. Enunciado da lei de Newton da viscosidade: dy dv “A tensão de cisalhamento é diretamente proporcional ao gradiente de velocidade.” Constante de proporcionalidade da lei de Newton da viscosidade: A constante de proporcionalidade da lei de Newton da viscosidade é a viscosidade dinâmica, ou simplesmente viscosidade - dy dv = A variação da viscosidade é muito mais sensível à temperatura: Nos líquidos a viscosidade é diretamente proporcional à força de atração entre as moléculas, portanto a viscosidade diminui com o aumento da temperatura. Nos gases a viscosidade é diretamente proporcional a energia cinética das moléculas, portanto a viscosidade aumenta com o aumento da temperatura. Independentes do tempo Dependentes do tempo Outros Newtonianos Pseudo-plásticos Bingham Herschel-Bulkley Tixotrópicos Reopécticos Viscoelásticos Fluidos líquidos Classificação dos líquidos O escoamento no fluido não tendo deslocamento transversal de massa (escoamento laminar) Considerar v = f(y) sendo representado por uma parábola v v = constante V=0 y v = a*y2 + b*y + c Onde: v = variável dependente; y = variável independente; a, b e c são as incógnitas que devem ser determinadas pelas condições de contorno Condições de contorno: Para y =o tem-se v = 0, portanto: c = 0 Para y = tem-se v = v que é constante, portanto: v = a* 2 + b* (I) Para y = , tem-se o gradiente de velocidade nulo: 0 = 2*a* + b, portanto: b = - 2*a* Substituindo em (I), tem-se: v = - a* 2 , portanto: a = - v/ 2 e b = 2*v/ Equação da parábola: y v2 y v v 2 2 +−= E a equação do gradiente de velocidade seria: 2v y v2 dy dv 2 +−= Exercício de aplicação: Sabendo-se que a figura a seguir é a representação de uma parábola que apresenta o vértice para y = 30 cm, pede-se: a)A equação que representa a função v = f(v) b)A equação que representa a função do gradiente de velocidade em relação ao y c)A tensão de cisalhamento para y = 0,1; 0,2 e 0,3 m 0,30 m y 4 m/s Solução: a) Determinação da função da velocidade: Para y =0, tem-se v =0, portanto: c = 0 Para y = 0,3 m, tem-se v = 4m/s, portanto: 4 = 0,09a + 0,3b (I) Para y = 0,3 m, tem-se o gradiente de velocidade nulo, ou seja: 0 = 0,6a + b, portanto: b = -0,6a, que sendo considerada em (I) resulta: 4 = 0,09a –0,18a . Portanto: a =-4/0,09 e b = 8/0,3 Solução: m emy e s m em vcomy 3,0 8 y 0,09 4 -v 2 += Solução (cont): b) Para a determinação do gradiente de velocidade simplesmente deriva-se a função da v = f(y) 0,3 8 y 0,09 8 - dy dv += Solução (cont): c) Para o cálculo da tensão de cisalhamento evoca-se a lei de Newton da viscosidade, ou seja: Solução (cont): 0 temse m 0,3 y para 0,9 8 temse m 0,2 y para 0,9 16 temse m 0,1 y para 0,3 8 temse 0 y para 0,3 8 y 0,09 8 - dy dv onde dy dv == == == == +==
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