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INTERNET DAS COISAS AULA 5 Prof.Marcelo dos Santos Moreira 2 CONVERSA INICIAL As smarts factories, ou fábricas inteligentes, representam a Quarta Revolução Industrial – indústria 4.0 – ao impulsionar processos fabris mais inteligente. São caracterizadas por integrar dados de produção em tempo real com sistemas preditivos de gerenciamento de estoque e compras e por usar machine learning para analisar automaticamente os dados coletados por sensores e dispositivos de monitoramento IoT embarcados em equipamentos, identificando oportunidades de ganhos de eficiência. Iniciaremos esta aula pela conceituação de smart factory e veremos como ela pode contribuir para o aumento de agilidade, qualidade e produtividade dos processos produtivos. Logo em seguida, discutiremos as diversas tecnologias empregadas na indústria 4.0 – em especial a IoT – responsáveis pela integração de máquinas e linhas a fim de tornar os processos fabris mais flexíveis e avançados. Seguindo adiante, apresentaremos os conceitos relacionados à logística 4.0 e como os sistemas inteligentes de transportes podem promover a integração otimizada de cadeias de suprimentos. Ainda, serão abordados smart retail e os novos comportamentos de compra dos consumidores. Por fim, trataremos a servitização dos produtos como novo paradigma de comercialização e a implantação de sistemas produto-serviço – PSS, além de eficientes formas de operação e manutenção otimizadas. CONTEXTUALIZANDO As mais avançadas tecnologias têm ajudado os fabricantes a digitalizar suas fábricas, e uma das mais importantes, sem dúvida alguma, é a IoT. Por meio da conectividade e de sensores, ela é capaz de gerar informações em tempo real sobre as condições físicas da fábrica e de toda a cadeia de suprimentos. Tudo isso, combinado com análise de dados, novas tecnologias e rede de alta velocidade, tem permitido que as organizações do ramo industrial controlem de maneira mais precisa os seus recursos e aumentem a eficiência na produção. Hoje, mais do que nunca, as indústrias têm sofrido uma forte pressão ao terem de gerenciar as cadeias de suprimentos globais cada vez mais complexas e os novos modelos de logística. Além disso, os clientes estão exigindo produtos 3 mais personalizados, e, ao mesmo tempo, a sua lealdade se torna mais difícil diante da intensificação da concorrência. TEMA 1 – SMART FACTORY, PROCESSAMENTOS CENTRAL E DISTRIBUÍDOS, AGILIDADE, QUALIDADE E PRODUTIVIDADE Ultimamente, a IoT tem se mostrado muito relevante nas operações de acesso a dispositivos e máquinas, especialmente no contexto dos sistemas de fabricação. Essa evolução tem permitido uma forte penetração da TI nesse setor, principalmente nos sistemas de fabricação digitalizados. A IoT possibilita que uma fábrica utilize um complexo de aplicativos capazes de serem executados em torno da produção. Isso pode variar da conexão da fábrica à rede inteligente, incluindo o compartilhamento das instalações de produção como um serviço e permitindo maior agilidade e flexibilidade nos seus sistemas de produção (Sacomano, 2018). Com isso, o sistema de produção figura como um novo ecossistema para uma produção mais inteligente e eficiente – smart factory. 1.1 Implementação da smart factory O primeiro passo em direção a uma fábrica inteligente compartilhada diz respeito à permissão do acesso às partes envolvidas externas para que haja a plena interação com o sistema de fabricação baseado na IoT. Compõem as partes envolvidas: os fornecedores de ferramentas de produção – máquinas, robôs etc. –, a logística de produção – fluxo de material, gerenciamento da cadeia de suprimentos etc. – e a manutenção e a reposição de ferramentas e equipamentos. Ou seja, é uma arquitetura baseada em IoT que desafia a pirâmide de automação de fábrica, historicamente hierárquica e fechada, permitindo, assim, que as diversas partes envolvidas mencionadas executem os seus serviços especializados em um sistema de produção de várias camadas (Silva, 2017). Isso significa que os serviços e as aplicações não precisam ser definidos de maneira entrelaçada e estritamente vinculada ao sistema físico, mas executados como serviços em um mundo físico compartilhado. O ambiente de inovação para os aplicativos IoT tem muito a ser incrementado, como nos casos de softwares ou aplicativos incorporados, os quais cresceram significativamente desde a chegada dos smartphones. 4 As organizações estão usando a enorme quantidade de dados disponíveis, a análise de negócios, os serviços em nuvem, a mobilidade empresarial e muitas outras tecnologias visando o aperfeiçoamento dos seus processos de fabricação. Tais tecnologias incluem big data, softwares de análise de negócios, serviços em nuvem, tecnologias embarcadas, redes de sensores, RFID, mobilidade, GPS, segurança e identificação, M2M e rede sem fio (Sacomano, 2018). Um facilitador para essa manufatura inteligente e ágil baseada nas TICs está na maneira como as pessoas gerenciam e acessam o mundo físico, no qual os sensores, os acionadores e a unidade de produção devem ser acessados e gerenciados de modo semelhante por meio de interfaces e tecnologias-padrões de IoT. Esses dispositivos devem fornecer os seus serviços de maneira estruturada e ser gerenciados para um perfeito funcionamento paralelo, por meio de uma infinidade de aplicativos. A convergência entre a microeletrônica e a micromecânica dentro de um sensor, a ubiquidade das comunicações, o rápido desenvolvimento da microrrobótica, a personalização proporcionada pelos softwares, tudo isso provocará uma significativa mudança no mundo da manufatura. Além disso, a ampla difusão das telecomunicações em muitos ambientes se apresenta como uma das razões pelas quais esses ambientes assumem a forma de ecossistemas. Alguns dos principais desafios associados à implementação de sistemas híbridos cibernéticos-físicos incluem a acessibilidade, a integração das redes e a interoperabilidade de sistemas de engenharia (Silva, 2017). A maioria das organizações tem dificuldade em justificar os investimentos de risco, dispendiosos e incertos para o segmento de smart factory. As mudanças na estrutura, na organização e na cultura da manufatura ocorrem de forma muito lenta, o que dificulta a integração das tecnologias. Os sistemas de controle da era pré-digital são substituídos paulatinamente, porque muitos deles ainda se são considerados muito úteis. A modernização das atuais plantas com a implementação de modernos sistemas híbridos cibernéticos-físicos não é uma tarefa fácil e se mostra muito onerosa. A falta de uma abordagem-padrão pela indústria para o gerenciamento da produção resulta na adoção de softwares customizados, tornando necessária uma teoria unificadora de sistemas não homogêneos de controle e de comunicação. 5 1.2 Agilidade, qualidade e produtividade A decisão sobre como iniciar ou expandir uma iniciativa baseada em fábrica inteligente deve se alinhar às necessidades específicas da organização. As razões pelas quais as organizações optam por implantar ou expandir a fábrica inteligente são diversas, no entanto a aposta nessa jornada geralmente está associada a aspectos relativos a eficiência, qualidade, agilidade, custos, produtividade, segurança e sustentabilidade dos recursos (Sacomano, 2018). Esses aspectos, se corretamente considerados, podem resultar em importantes benefícios às organizações, tais como: aumento da velocidade de colocação dos produtos no mercado, aumento da participação de mercado e, consequentemente, maior lucratividade, melhoria da qualidade dos produtos e estabilidade da sua força de trabalho. Independentemente do setor de negócios, a capacidade de demonstrar como o investimento em uma fábrica inteligente agrega valor é essencialmente importantepara a sua adoção, bem os investimentos incrementais necessários à sua manutenção. Os diversos aspectos de uma fábrica inteligente geram um grande volume de dados que, por meio de análises contínuas, revelam problemas de desempenho de recursos que podem exigir algum tipo de ação corretiva. Essa capacidade de autocorreção é o que distingue a fábrica inteligente da manufatura tradicional, o que propicia maior eficiência dos recursos e se caracteriza como um dos benefícios mais relevantes de uma fábrica inteligente. A eficiência dos recursos reflete no menor tempo de inatividade, na capacidade otimizada e no menor tempo de troca, entre outros benefícios. Outro relevante aspecto da fábrica inteligente diz respeito à auto-otimização, responsável por prever e detectar tendências de defeitos de qualidade de forma prematura, além de poder ajudar a identificar causas discretas da baixa qualidade de origens humanas, de máquinas ou ambientais. Isso permite a diminuição das taxas de descarte e dos prazos de entrega, além de aumentar os índices de produtividade (Wan; Cai; Zhou, 2015, citados por Silva, 2017). Resultado disso é que um processo de qualidade otimizado resulta em um produto de melhor qualidade e, consequentemente, com menos defeitos. Além disso, processos otimizados têm como consequência processos mais econômicos, com requisitos de inventário mais previsíveis, decisões mais efetivas de contratação, além de menor variabilidade nas suas operações. Um 6 processo de melhor qualidade representa uma visão integrada da rede de suprimentos, com respostas rápidas, quase sem latência, às necessidades de suprimento, reduzindo, assim, ainda mais os custos. A fábrica inteligente pode também oferecer diversos benefícios relacionados ao bem-estar dos colaboradores e à sustentabilidade ambiental. A eficiência operacional resultante de uma fábrica inteligente resulta em um menor impacto ambiental do que um processo de fabricação convencional devido à sua maior sustentabilidade ambiental (Sacomano, 2018). Uma maior autonomia do processo pode representar um menor potencial para o erro humano, incluindo acidentes de trabalho. A relativa autossuficiência da fábrica inteligente tem possibilitado a substituição de certas funções que exigem atividades repetitivas e fatigantes. Como consequência disso, o papel de um colaborador no ambiente de fábrica inteligente pode assumir níveis mais elevados de análise e avaliação, resultando em maior satisfação no trabalho e, consequentemente, redução da rotatividade dos empregados. TEMA 2 – INDUSTRIA 4.0, INTEGRAÇÃO DE MÁQUINAS E LINHAS, CÉLULAS E PROCESSOS FLEXÍVEIS E AVANÇADOS Podemos observar, ao longo da história das revoluções industriais, importantes disrupções dos métodos de fabricação, desde a máquinas a vapor até a produção automatizada, o que tornou o processo de fabricação mais sofisticado, automático e sustentável, permitindo que as máquinas atualmente sejam operadas de maneira simples, eficiente e sistemática (Sacomano, 2018). O autor reforça que o termo indústria 4.0 representa a Quarta Revolução Industrial, definida como um nível superior de organização e controle de toda a cadeia de valor e em todo o ciclo de vida dos produtos. Seu foco principal são os requisitos dos clientes de forma cada vez mais customizada, o que afeta diversas áreas funcionais, tais como a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos, o gerenciamento dos pedidos, a ordem de fabricação, a entrega, a utilização e a reciclagem dos produtos. O paradigma da indústria 4.0 promove a interconexão de dispositivos cibernéticos-físicos – sensores e recursos fabris – com a internet. O processo de produção é dividido em pequenas unidades orientadas ao valor, as quais compartilham apenas as informações necessárias para as etapas posteriores do 7 processo, o que ajuda a aumentar a flexibilidade e reduzir a complexidade das atividades de coordenação. Os quatro pilares da indústria 4.0 são a IoT, a IIoT – internet das coisas industrial–, a fabricação baseada em nuvem e a fabricação inteligente. A correta aplicação desses elementos resulta em um processo de fabricação totalmente digitalizado e inteligente, com maior eficiência e uma significativa mudança nas relações tradicionais de produção entre fornecedores, produtores e clientes, bem como entre as pessoas e as máquinas (Sacomano, 2018). 2.1 Integração de máquinas e linhas Com visto, a indústria 4.0 abrange uma rede inteligente de produtos e processos industriais. O seu potencial está diretamente associado a diversas tecnologias: robôs automatizados, simulação, integração horizontal e vertical dos sistemas, IoT industrial, serviços baseados em nuvem, segurança cibernética e produção aditiva – impressão 3D, realidade aumentada e análise de big data. De acordo Silva (2017), a implementação da indústria 4.0 requer a integração horizontal da cadeia de valor, um sistema de produção em rede, a integração vertical e a digitalização final do projeto de engenharia ao longo de toda a cadeia de valor. Todos esses requisitos são suportados por tecnologias emergentes, incluindo IoT, redes de sensores sem fio, big data, serviços baseados em nuvem, sistemas embarcados e internet móvel. Vale destacar que a quantidade significativa de dados gerados por meio da digitalização afeta todas as áreas de negócios da organização, promovendo a melhoria da transparência, da integração e da elaboração dos projetos, fornecendo, assim, muito mais informações sobre as necessidades dos clientes e as tarefas necessárias para atendê-las. A indústria 4.0 propicia também, às organizações, a oportunidade de geração de áreas de negócios totalmente novas voltadas à criação de valor, tais como projeto e desenvolvimento de produtos e segurança de dados, entre outras. Toda a integração dos processos mencionados é estabelecida por meio da conexão via internet e da interconexão em tempo real dos diversos dispositivos tecnológicos, e a implementação das ferramentas, métodos e procedimentos anteriormente especificados se faz necessária para o desenvolvimento bem-sucedido da indústria 4.0 por uma organização. Segundo 8 Fraga, Freitas e Souza (2016), as etapas a seguir são necessárias para promover tal mudança: • Utilização de ferramentas e tecnologias interconectadas, visando garantir a transparência de todo o processo industrial. • Integração horizontal promovida pela conectividade em tempo real de todos os setores da organização, visando uma eficiente cooperação corporativa. • Integração vertical envolvendo a cooperação entre os diversos parceiros da cadeia de suprimentos por meio de uma conexão digital. • Reformulação do modelo de negócios priorizando o foco nos clientes, mesmo que sejam necessárias adaptações na estrutura organizacional. Como pode ser visto, a indústria 4.0 tem um grande potencial no desenvolvimento de uma estratégia de envolvimento de cocriação, na qual todos os participantes estão conscientes de que a colaboração gerará ganhos para toda a cadeia de suprimentos (Rüßmann et al., 2015, citados por Silva, 2017). 2.2 Células e processos flexíveis e avançados Todo e qualquer sistema de fabricação pode ser influenciado por diversos fatores, tais como tipos de operações, número de postos de trabalho, nível de automação e flexibilidade do sistema. Por meio da análise desses fatores, podemos classificar um sistema de fabricação em seis tipos: células de estação única comandadas, células de estação única automatizadas, sistema de montagem manual, sistema de montagem automatizado, sistema de fabricação celular e sistema de manufatura flexível. Existem, ainda, outros importantes aspectos relacionados aos sistemas de manufatura, tais como o sistema de manufatura integrado por computador, o sistema de manufatura reconfigurável etc. Baseada nesseselementos fundamentais de manufatura é que a indústria 4.0 foi concebida. Na sua essência, a indústria 4.0 propõe a integração inteligente, horizontal e vertical, em tempo real, de pessoas e máquinas com objetos e sistemas TICs, de modo a permitir um gerenciamento flexível e dinâmico dos sistemas de produção (Fraga; Freitas; Souza, 2016). Trata-se da integração de sistemas cibernéticos-físicos de produção e logística por meio das tecnologias IoT nos 9 processos industriais, influenciando diretamente a cadeia de valor, os modelos de negócios, os serviços e o ambiente de trabalho. Em linhas gerais, todo sistema de produção deve ser capaz de entregar os produtos certos no momento certo, na quantidade necessária, no nível de qualidade especificado e nos custos de produção aceitáveis (Sacomano, 2018). Esses objetivos podem ser alcançados por meio dos sistemas de fabricação flexíveis no contexto da indústria 4.0 (Sacomano, 2018): • Aumento da produtividade, pois a produtividade dos sistemas de produção flexíveis é significativamente maior do que a dos sistemas de produção convencionais equipados com o mesmo número de máquinas. • Diminuição da demanda por espaço, pois a alta produtividade dos sistemas de produção flexíveis reduz o número de máquinas instaladas e, portanto, a demanda por espaço em comparação aos sistemas de produção convencionais. • Redução dos custos diretos de mão de obra, pois as máquinas controladas de forma centralizada não exigem a presença permanente de um operador. • Redução dos ciclos de produção em comparação com a execução das mesmas tarefas em sistemas convencionais. Os sistemas de produção baseados na indústria 4.0 são caracterizados pelo uso intensivo de sensores inteligentes e detecção de falhas nos processos de controle das máquinas, o que reflete diretamente na produtividade e no desempenho fabril. TEMA 3 – LOGÍSTICA 4.0, SISTEMAS INTELIGENTES DE TRANSPORTES E INTEGRAÇÃO OTIMIZADA DE CADEIAS A logística 4.0, ou logística inteligente, traz consigo os avançados conceitos de armazenamento automatizado, rastreamento de carga e gerenciamento remoto de frota (Nolêtto, 2018). As recentes evoluções da tecnologia da cadeia de suprimentos são capazes de fornecer às organizações informações em tempo real sobre a situação e a localização da carga e da frota. As tecnologias IoT, associadas a GPS e RFID baseadas na nuvem, podem fornecer atualizações geográficas instantâneas, mesmo se a carga estiver em 10 trânsito. O rastreamento em tempo real pode ser usado para medir o desempenho do transporte e as ineficiências da rota de entrega (Nolêtto, 2018). As tecnologias de automação e de inteligência de negócios têm sido fundamentais para melhorar a adaptabilidade e otimizar a cadeia de suprimentos da demanda variável dos clientes. Os sensores IoT são capazes de detectar interrupções na cadeia de suprimentos e problemas de qualidade e resolvê-los ou mesmo adaptar os fluxos de produção em tempo real com o mínimo de intervenção humana – indústria 4.0. O resultado disso é maior visibilidade, capacidade de resposta e resiliência em todo o ecossistema da cadeia de suprimentos. O gerenciamento da cadeia de suprimentos orientado à demanda não é algo novo. Atualmente, a novidade é a enorme quantidade de dados disponíveis e a capacidade de as organizações extraírem percepções levando em consideração a sua análise. Os métodos tradicionais de previsão de demanda são baseados em níveis históricos de demanda, porém essa limitada análise de dados pode não refletir o verdadeiro ambiente atual de demanda. As tecnologias IoT, baseadas em sensores incorporados, podem monitorar, coletar e relatar informações do meio ambiente e responder a instruções remotas. A análise inteligente desses dados pode aumentar consideravelmente a precisão das previsões da demanda e das reposições de produtos. Aqui, a análise preditiva e o aprendizado de máquina podem ser responsáveis por essas variáveis adicionais no sentido de prever com mais confiabilidade a demanda, reconhecer padrões e antecipar mudanças (Nolêtto, 2018). 3.1 Sistemas inteligentes de transportes logísticos Por décadas, a tecnologia da informação tem sido aplicada ao setor de transportes para melhorar a segurança e a eficiência. Um sistema inteligente de transportes logísticos visa fornecer serviços inovadores em relação aos diferentes modos de transporte e gerenciamento de tráfego. O seu objetivo é permitir que os usuários sejam mais bem informados e promover um uso mais seguro, coordenado e inteligente das redes de transporte (Nolêtto, 2018). No entanto, o setor de transporte enfrenta dificuldades em compartilhar informações de maneira rápida e fácil entre os seus vários sistemas e fontes: sensores, satélites, veículos, mídias sociais etc. As informações geralmente são 11 mantidas em bases de dados, o que significa que os diferentes atores da cadeia de valor de transporte não compartilham informações de maneira coordenada. Uma abordagem integrada ao uso de dados é necessária para criar um mercado de informações para transporte e logística realmente operacionais. Para isso, surgem diversas oportunidades para um melhor gerenciamento de transporte, além de novos serviços baseados na IoT (Bandyopadhyay; Sen, 2011, citados por Nolêtto, 2018). O desenvolvimento de processadores mais rápidos em sensores tem resultado em uma rede mais distribuída de contadores, NFC, sensores de luz, sensores de som, sensores de dispositivos wifi – smartphones – e câmeras de vídeo. Essa rede tem sido utilizada com muita eficiência não apenas para rastrear padrões de transporte, como também para criar sistemas de tráfego mais inteligentes, os quais auxiliam na redução de congestionamentos, no aumento da segurança e na criação de uma experiência de trânsito mais agradável. Exemplo disso são os veículos conectados via nuvem a uma variedade de dispositivos IoT, os quais permitem que motoristas e passageiros acessem aplicativos a partir de uma tela em seu veículo e tenham acesso a informações em tempo real sobre tráfego, congestionamento, vagas de estacionamento disponíveis e serviços de navegação personalizados. Além disso, os sensores embarcados no veículo podem transmitir importantes informações ao fabricante no sentido melhorar o desenvolvimento do produto, bem como criar cronogramas de manutenção personalizados. Para Fraga, Freitas e Souza (2016, p. 113), a logística é uma área em que as TICs e a IoT têm sido aplicadas com muito sucesso no gerenciamento do fluxo de mercadorias entre os seus diversos pontos. Essas tecnologias permitem melhorias substanciais no monitoramento em tempo real do fluxo de mercadorias, pois com os sistemas de rastreamento se tem uma visão exata da localização dos produtos, estejam eles no fornecedor, no distribuidor, no vendedor ou mesmo já com o cliente. Como resultado, o setor logístico tem experimentado redução de roubos, identificação imediata de alterações de rotas, rastreamento de equipamentos, diminuição de atrasos na produção e aumento da segurança de produtos e colaboradores (Nolêtto, 2018). Os processos de entrega foram aprimorados, fornecendo informações detalhadas sobre temperatura, qualidade do ar e taxa de deterioração dos produtos. Os tomadores de decisão têm à sua disposição uma completa visão sobre as condições e a 12 localização de mercadorias de forma individual, bem como dos componentes de toda a cadeia de suprimentos. Empresas de logística de todos os portes têm tirado proveito da redução dos custos resultante das tecnologias digitais. Esses operadores estão adotando de forma maciça os dispositivos interconectados via IoT na gestão dos seus negócios, na busca de novos fretes e na melhoria do gerenciamento das cargas. Sem dúvida alguma, as soluções de transporte integradasse tornaram críticas para a competitividade das operações logísticas. 3.2 Integração da cadeia de suprimentos Fraga, Freitas e Souza (2016) definem a integração da cadeia de suprimentos como o gerenciamento colaborativo, tanto inter como intraorganizacional, dos processos de negócios estratégicos, táticos e operacionais visando alcançar os fluxos efetivos e eficientes de produtos, informações e recursos necessários para fornecer o máximo valor ao cliente final, com o menor custo e a máxima rapidez. Os autores consideram, também, que a integração da cadeia de suprimentos é, atualmente, tida como a conexão digital dos processos de negócios dentro de organizações e entre elas envolvendo fornecedores e clientes. As tecnologias IoT de sensores inteligentes integrados à computação em nuvem e big data têm sido uma solução multidimensional para a integração da cadeia de suprimentos das organizações. Dispositivos como RFID, câmeras, etiquetas a laser, GPS, bluetooth, dentre outros, podem ser usados no gerenciamento de toda a cadeia, pois, devido à sua alta disponibilidade para a atualização de informações, estão acessíveis em uma enorme variedade de dispositivos, melhorando o nível de desempenho do setor e fornecendo uma sólida base para um fluxo de trabalho ininterrupto (Nolêtto, 2018). Isso tem permitido que as organizações atendam prontamente às demandas dos seus clientes, realizem os inventários de forma automática, disparem rapidamente a solicitação de reposição de suprimentos, realizem previsão precisa das necessidades do cliente, de modo a personalizar produtos e estratégias de marketing, apliquem técnicas de redução de custos e estabeleçam padrões de gastos (Fraga, Freitas, Souza, 2016). Enfim, o uso da IoT na integração de toda a cadeia de suprimentos tem permitido às organizações atuar de forma efetiva na rastreabilidade dos veículos, 13 das cargas e dos colaboradores, aumentando, assim, a segurança e o gerenciamento dos riscos (Hoel et al., 2011, citados por Nolêtto, 2018). TEMA 4 – SMART RETAIL E OS NOVOS COMPORTAMENTOS DE COMPRA DOS CONSUMIDORES Atualmente, o que os consumidores procuram no ambiente digital é uma experiência personalizada, e a conectividade é a chave para se interligar a qualquer momento, em qualquer lugar e com qualquer dispositivo (Somani, 2015). Além disso, adaptar-se aos gostos e às prioridades de uma população em constante mudança passa a ser o grande desafio para o setor varejista. No sentido de acompanhar todas essas transformações, esse setor deve considerar a implantação de dispositivos inteligentes conectados a todas as suas operações. Ao criar esse ecossistema que vincula tudo a tudo, desde o rastreamento do estoque até a publicidade, os varejistas podem obter consistente visibilidade das suas operações e responder com agilidade às mudanças de comportamento dos consumidores, tudo isso de forma escalável, segura e gerenciável. Cada vez mais, as TICs têm oferecido ao setor varejista soluções capazes de otimizar o gerenciamento do estoque, da frota, dos recursos e dos parceiros por meio de análises em tempo real, reposição automática, notificações, leiautes de loja etc. Associadas à IoT, as ferramentas de computação nas nuvens e o big data têm oferecido aos varejistas uma compreensão precisa de como os seus produtos, clientes, afiliados, colaboradores e fatores externos interagem (Somani, 2015). Ao implantarem as tecnologias IoT, os varejistas sobem um nível na escala da competitividade, pois direcionam o seu negócio à experiência dos consumidores. Oferecem experiências digitais aos consumidores, transformando as suas lojas em um local de entretenimento, graças ao emprego de avançadas tecnologias, tais como realidade virtual, realidade aumentada, além da análise de dados (Niemeier; Zocchi; Catena, 2013, citados por Somani, 2015). Fica claro o impacto positivo da IoT no setor varejista, desde a melhoria da experiência de compra nas lojas até o aumento dos lucros. A IoT desenvolve no setor varejistas a capacidade de conectar ambas as coisas, proporcionando uma melhor compreensão de quem é o seu cliente e como está o desempenho 14 dos seus produtos, além de definir novas estratégias de mix de marketing – 4Ps – como forma de interagir de forma mais eficiente com os seus atuais clientes, bem como com os em potencial. 4.1 Os novos comportamentos de compra dos consumidores O acesso universal à internet e a popularidade dos dispositivos móveis têm criado uma forte tendência que envolve a integração dos comércios online e offline. Aos poucos, os consumidores estão se acostumando a pesquisar informações sobre bens e serviços de forma online para, em seguida, efetivarem a compra em uma loja física. Essa modalidade de comércio é conhecida como O2O, ou online para offline (Chiang; Lin; Huang, 2018). O principal desafio do comércio O2O é desenvolver estratégias para encontrar consumidores online e levá-los a uma loja real. Esse conceito surgiu em plataformas de compra de grupos em setores de serviços, tais como alimentação, viagens e entretenimento. No entanto, aos poucos tal conceito tem se estendido à comercialização de bens tangíveis, quando os consumidores fazem os seus pedidos nas lojas online para posteriormente buscá-los nas lojas físicas. Outra variação do comércio O2O é a sua aplicação de maneira inversa, ou seja, offline para online, por meio do qual um consumidor, presente em uma loja física, acessa a página online do produto digitalizando o seu QR code, faz o pedido, paga online e aguarda a entrega do produto no endereço informado. Somani (2015) demonstra de forma gráfica que a tecnologia QR code tem se popularizado cada vez mais, e a sua utilização em diferentes locais tem se apresentado como uma estratégia de marketing atraente e inovadora. O mercado O2O está em franco crescimento, com o lançamento de milhares de plataformas. Esse tipo de modelo de negócios tem se tornado um padrão atraente para manter cada vez mais consumidores envolvidos e atualmente é a fronteira do comércio eletrônico e uma oportunidade de mercado muito promissora, pois os consumidores geralmente consideram as lojas de departamentos físicos como showrooms ou serviços de montagem e assistência gratuitos para as suas compras online. Como resultado, o varejo de lojas físicas está enfrentando muita dificuldade na concorrência com o varejo eletrônico, independentemente do porte das organizações. Sem dúvida alguma, o comércio O2O tem contribuído para uma experiência omnichannel do consumidor, ou seja, uma experiência composta por pontos de contato dos consumidores com uma 15 grande variedade de canais que se conectam de forma plena, permitindo que os iniciar uma operação de compra em um canal e a finalizar em outro (Chiang; Lin; Huang, 2018). Dessa forma, o comércio O2O pode ser visto como consumidores utilizando dispositivos móveis, sistemas de informação e terminais inteligentes baseados em tecnologias IoT para realizar transações de compra por meio de conexões com a internet. Segundo Somani (2015), o próximo desafio será integrar os fatores tecnológicos e econômicos no sentido de refletir os papéis dos consumidores de O2O. Assim, quando os consumidores praticarem o comércio O2O, estarão desempenhando dois papéis: de usuários das novas tecnologias e de consumidores fazendo compras por meio das tecnologias. TEMA 5 – SERVITIZAÇÃO, SISTEMA PRODUTO-SERVIÇO (PSS), OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO OTIMIZADAS Nos últimos anos, diversas organizações passaram a adotar um novo paradigma relacionado à compreensão dos seus negócios, transferindo a ênfase da venda de produtos para a oferta de serviços. Prova disso é a constante evolução do setor de serviços no produto interno bruto das grandes nações. Observou-se que o mercado de serviços não é apenas maior, mas é tambémmais sustentável que o mercado de produtos (Garcia, 2015). A autora ainda descreve que, mais do que nunca, os consumidores não consideram o valor em um produto, mas sim na utilidade que ele fornece, ou seja, no serviço que ele oferece. Com isso, podemos concluir que um cliente não está à procura de produtos, mas de serviços. Os produtos passaram a ser considerados pelas organizações ferramentas para o fornecimento de serviços. Em função dessa nova visão negócios, diversas organizações e variados setores da economia têm adaptado os seus modelos de negócios para a servitização, direcionando o foco principal dos seus negócios da venda de produtos para o oferecimento de serviços. 5.1 Sistema produto-serviço (PSS) As organizações do setor industrial têm cada vez mais se concentrado no oferecimento de serviços aos seus produtos, e esse fenômeno tem resultado em uma intensa proliferação de sistemas produto-serviço – em inglês product- 16 service systems – PSS, os quais podem ser definidos como uma combinação integrada de produtos e serviços capaz de atender de forma plena às necessidades específicas dos clientes (Tischner et al., 2002, citados por Matsubayashi, 2016). A ênfase desse modelo está em vender o uso como mais importante do que o próprio produto. Assim, fazem parte de um PSS o produto, ou seja, um bem tangível fabricado para ser vendido, o serviço, caracterizado por uma atividade realizada por outras pessoas com um valor econômico, e, finalmente, um sistema, composto de um conjunto de elementos, incluindo as suas relações. Baines et al. (2007, citados por Matsubayashi, 2016) enxergam nos PSSs um grande potencial para as organizações alcançarem mais sustentabilidade e reduzirem a poluição do meio ambiente. Para a plena compreensão do significado dos PSSs, as diferenças e as semelhanças de produtos e serviços devem ser consideradas. No entanto, com o rápido avanço da atuais das tecnologias – big data, telefonia móvel, computação na nuvem, IoT, dentre outras, a linha demarcatória entre produtos e serviços está se tornando cada dia mais tênue (Matsubayashi, 2016). Segundo Grönroos (2000, citado por Matsubayashi, 2016), os conceitos nos quais os serviços se distinguem dos produtos são a tangibilidade, a transferência de propriedade, o tempo de geração e consumo, a participação do usuário e a qualidade do relacionamento entre o fabricante e o usuário. Isso significa que o fabricante de um produto não é capaz de adaptar o produto em relação aos desejos/necessidades do cliente após concluir a produção, já o provedor de um serviço pode responder aos desejos/necessidades, mesmo durante a entrega do serviço. Como consequência, os usuários têm expectativas diferentes em relação a produtos e a serviços. Os efeitos dessas características distintas são que produtos e serviços não podem ser vendidos da mesma maneira. Portanto, a efetiva configuração de produto e serviço em um PSS determina a estratégia de implementá-lo e vendê-lo. 5.2 Operação e manutenção otimizadas Na busca da otimização da operação e da manutenção dos processos industriais, muitas organizações utilizam a manutenção preditiva no sentido de obter a maximização da vida útil de máquinas e equipamentos, evitando as paralisações não planejadas e minimizando as planejadas. Com a indústria 4.0, 17 diversas organizações passaram a fazer uso de tecnologias precisas de monitoramento das suas operações em tempo real, transformando uma típica linha de produção em uma fábrica inteligente, equipada com dispositivos IoT – sensores interconectados via internet, por meio dos quais trocam dados, permitindo o pleno gerenciamento dos processos de produção. Tais tecnologias possibilitam a comunicação máquina-máquina – M2M – e máquina-homem – M2H – em conjunto com tecnologias analíticas e cognitivas, para que as decisões sejam tomadas corretamente e no prazo necessário (Sacomano, 2018). Nesse novo modelo baseado na indústria 4.0, a manutenção preventiva passa a utilizar dados em tempo real provenientes de várias fontes, tais como sensores IoT embarcados em máquinas e equipamentos, sistemas ERP, sistemas CMMS e dados da produção. Os sistemas inteligentes de gerenciamento de fábrica combinam esses dados com modelos avançados de previsão e ferramentas analíticas procurando prever falhas e resolvê-las de maneira proativa. Além disso, com o tempo, as tecnologias de machine learning tendem a aumentar a precisão dos algoritmos preditivos, resultando em um desempenho ainda melhor. TROCANDO IDEIAS A IoT está mudando consideravelmente a vida das pessoas e, sobremaneira, a forma das organizações fazerem os seus negócios, desde cozinhar e armazenar alimentos em casa até rastrear os produtos da fábrica às prateleiras dos pontos de venda. O setor logístico é mais um entre os diversos setores que já adotam essa nova tecnologia de serviços inteligentes. Na sua opinião, em quais aspectos a cadeia de suprimentos de uma organização pode se beneficiar das tecnologias IoT? Respostas esperadas: • Inventário mais preciso dos estoques. • Rastreamento dos recursos em tempo real. • Criação de rotas otimizadas em tempo real. • Rastreamento de temperatura em tempo real. • Maior transparência da cadeia de suprimentos. 18 • Gerenciamento da frota em tempo real – manutenção, eficiência do combustível e comportamento do motorista. • Manutenção preditiva visando reduzir falhas e tempo de inatividade dos equipamentos. NA PRÁTICA Diante de um mercado global altamente competitivo, o setor industrial vê as suas margens de lucro sob forte pressão, obrigando-o a buscar formas alternativas em seus negócios. Muitas organizações estão optando por implantar a servitização, por meio da qual passam a fornecer serviços e soluções de forma complementar às tradicionais ofertas de produtos. Essa estratégia permite às organizações ter uma melhor compreensão das necessidades dos seus clientes, além de estabelecer uma relação mais próxima com eles. Na sua essência, a servitização envolve transformação digital em grande escala e é capaz de gerar uma enorme demanda por habilidades de gerenciamento de projetos. Um exemplo marcante de implantação da servitização é a Rolls Royce. A organização optou por mudar o seu modelo de negócio, antes focado na fabricação de motores aeronáuticos, e passou a vender “power-by-the-hour”. Isso significa que o cliente não compra mais um motor aeronáutico, mas sim a energia que o motor aeronáutico fornece, e a Rolls-Royce cobra dos seus clientes uma taxa por hora de voo, além de oferecer todo o suporte e a manutenção, de modo a garantir que tais motores aeronáuticos possam continuar fornecendo toda a energia necessária. Isso requer uma reformulação do modelo de negócios, exigindo da organização a mudança de uma perspectiva baseada em produtos para uma perspectiva baseada em serviços, além do alinhamento dos interesses dos clientes e dos fornecedores: custos previsíveis e receitas estáveis. Como pode ser observado, há muitos benefícios comerciais ao promover mudanças para o modelo de servitização. O mais perceptível deles é a oportunidade de aumentar os fluxos de receita por meio da venda de serviços e não mais, exclusivamente, a venda de produtos manufaturados. A entrega de serviços com excelência resulta no aumento da fidelidade e da retenção de clientes, além de criar oportunidades para o aumento das vendas de produtos e serviços adicionais (Coleman, 2017). 19 FINALIZANDO Como visto nesta aula, a IoT tem sido um facilitador para uma manufatura inteligente e ágil ao utilizar sensores e diversos outros dispositivos nos processos de produção. Toda a organização se beneficia na implantação da smart factory, pois esta proporciona aumento da velocidade de colocação de novos produtos no mercado, da participação de mercado,da lucratividade e da qualidade dos produtos. A grande quantidade de dados gerados permite que as organizações conheçam de forma mais detalhada as reais necessidades dos clientes e tomem as decisões necessárias para atendê-las. Isso inclui o projeto dos produtos, os processos de fabricação, o armazenamento automatizado, o rastreamento de carga e o gerenciamento remoto de frota. Além de todos esses benefícios, emerge um novo desafio para as organizações: a servitização, que tem como objetivo redirecionar o foco dos seus negócios da venda de produtos para o oferecimento de serviços, a fim de agregar ainda mais valor aos seus produtos. 20 REFERÊNCIAS CHIANG, I-P.; LIN, C. -Y.; HUANG, C.-H. Measuring the effects of online-to- offline marketing. Contemporary Management Research, v. 14, n. 3, p. 167- 189, set. 2018. Disponível em: <https://www.cmr- journal.org/article/view/18462/pdf>. Acesso em: 25 maio 2020. COLEMAN, A. How Manufacturers Can Gain Competitive Advantage Through Servitization. Liquid Planner. Disponível em: <https://www.liquidplanner.com/blog/manufacturers-can-gain-competitive- advantage-servitization/>. Acesso em: 25 maio 2020. FRAGA, M. A. de F.; FREITAS, M. M. B. C. de; SOUZA, G. P. L. de. Logística 4.0: conceitos e aplicabilidade – uma pesquisa-ação em uma empresa de tecnologia para o mercado automobilístico. 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