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A IMPORTÂNCIA DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL PARA O DIREITO DO TRABALHO

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A IMPORTÂNCIA DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL PARA O DIREITO DO TRABALHO
A equiparação salarial é pautada no princípio da isonomia salarial, onde define que todo trabalhador que exerce um mesmo cargo ou função, o salário seja igual, sem nenhuma distinção de sexo, idade, cor, ou estado civil. 
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ratificou a igualdade disposta na Constituição Federal e também trouxe a proibição da desigualdade salarial, estabelecendo uma limitação do jus variandi do empregador, onde determinou que independentemente de sexo, cor, raça, estado civil, idade etc., predomina a regra de que se o trabalho é igual, logo o salário também deverá ser. Vale ressaltar que essa equiparação tem como requisito que o trabalho seja entre brasileiros. De acordo com o Art. 358 da CLT, a nacionalidade pode ser um elemento que trabalhe como exceção no tocante à comparação, podendo, dependendo do caso concreto, determinar uma possível diferença salarial. 
Embora seja restrita aos casos de funções idênticas, a equiparação salarial é vista como um instrumento para a minimização da discriminação. Para Homero Batista, em sua obra, destacou a função exercida pelo instituto de equiparação salarial no combate à discriminação em relação a emprego e renda, e apesar de algumas ressalvas abordando o tema, Homero destacou o valor no âmbito de consecução do valor social do trabalho e da dignidade da pessoa humana.
Para que seja solicitada a equiparação salarial, deve-se ficar atento nas normas e seus requisitos que estão elencados no art. 461 da CLT, E na súmula 6 do TST. 
É necessário destacar também que o artigo 461 da CLT determina que o pedido de equiparação salarial só é válido para trabalhadores que atuam “no mesmo estabelecimento empresarial”. Os pedidos de equiparação devem tomar como base a realidade dentro de cada filial, ou seja, dentro de cada estabelecimento empresarial. É necessário fazer esse destaque porque, até antes da Reforma Trabalhista, o pedido de equiparação salarial podia considerar funcionários de outras filiais que estivessem na mesma localidade.
A equiparação salarial, com a roupagem trazida pela reforma trabalhista, distancia esse instituto do princípio da igualdade e do combate à discriminação em matéria salarial. Torna-se mais difícil para o empregado obter o direito, por conta da ampliação dos fatores impeditivos. Os ganhos que se obteve com a nova redação, especialmente o §6º, não são suficientes para tirar a impressão de que a figura da isonomia salarial saiu bastante chamuscada no que se refere à proteção dos trabalhadores. Ainda que não se considerem inconstitucionais as mudanças efetivas por ofensa ao princípio da igualdade, qualquer análise comparativa que se faça de modo isento com a redação revogada conduz à percepção de que houve retrocesso.

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