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1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
ELISVALDA DOS SANTOS ALVIM NASCIMENTO
O ENSINO DA GEOGRAFIA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: Fatores que interferem no processo de ensino e aprendizagem
CODÓ
2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
ELISVALDA DOS SANTOS ALVIM NASCIMENTO
O ENSINO DA GEOGRAFIA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: Fatores que interferem no processo de ensino e aprendizagem
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual do Maranhão como pré-requisito para obtenção do grau de Licenciatura de Geografia.
Orientador: Josué Carvalho Viegas
CODÓ
2021
ELISVALDA DOS SANTOS ALVIM NASCIMENTO
O ENSINO DA GEOGRAFIA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: FATORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual do Maranhão como pré-requisito para obtenção do grau de Licenciatura de Geografia
Orientadora: Josué Carvalho Viegas
Codó, _____/______/______.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________
Prof. Msc. Josué Carvalho Viegas
Orientadora
_______________________________________________________
Examinador 1
_______________________________________________________
Examinador 2
FICHA CATALOGRÁFICA
Dedico a minha Mãe, Maria Elita dos Santos, a minha filha, Ayla Lavínia, a meu esposo, Francisco Rodrigues, a instituição UEMA-NET, a coordenação do curso, a tutora Hermelinda Barroso, ao orientador Josué Carvalho Viegas e a todos os meus colegas de turma que se fizeram presente nessa caminhada grandiosa.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por ter me dado sabedoria e coragem para enfrentar e vencer os obstáculos que apareceram nesse processo de formação, a minha Mãe, a minha filha, a meu esposo que tanto contribuíram para eu continuar a minha jornada. Agradeço aos tutores da instituição, tanto a presencial quanto a tutora a distância que se fizeram presente nesse processo de aprendizagem, sempre me ajudando a alcança a linha de chegada. Em especial a professora Hermelinda Barroso que foi muito além, foi amiga companheira e principalmente humana sempre me ajudando com carinho, respeito e dedicação.
Aos meus colegas de turma que me receberam e me abraçaram fielmente.
“É melhor você tentar algo, vê-lo não funcionar e aprender com isso, do que não fazer nada”
Mark Zukerberg
RESUMO
Esta pesquisa está fundamentada no estudo da disciplina Geografia, sendo esta tão importante para o desenvolvimento das capacidades humanas. Enfatiza o ensino da referida disciplina nos anos finais do Ensino Fundamental e os fatores que interferem no processo de ensino e aprendizagem, pois nota-se uma falta de interesse por parte dos alunos em aprender seus conceitos, pois seu estudo possibilita um melhor entendimento dos fatos que acontecem no cotidiano das pessoas. Como objetivo geral buscou-se investigar as práticas docentes fazendo relação com as didáticas e metodologias de aprendizagem desenvolvidas no processo para compreender os fatores que interferem no ensino da Geografia e como objetivos específicos procurou-se identificar os fatores que interferem no desenvolvimento das práticas pedagógicas que favorecem no desenvolvimento do ensino, relacionar o ensino da Geografia baseado na tendência liberal tradicional com a teoria construtivista para compreendermos a diferença no perfil do aluno e nas aprendizagens e verificar os desafios enfrentados por alunos e professores no decorrer do processo de ensino e aprendizagem da Geografia. Em tempos de pandemia de Covid-19, não será possível fazer a obtenção de dados por meio de pesquisa de campo, sendo assim este trabalho tem caráter bibliográfico e está dividido nas seguintes partes: introdução, educação no Brasil: trajetória, o ensino da Geografia nas escolas brasileiras, a Geografia em sala de aula, fatores de interferência no processo de ensino aprendizagem da Geografia, a didática como meio facilitador da aprendizagem, a tecnologia como ferramenta de apoio e considerações finais.
Palavras chave: Ensino da Geografia. Práticas Metodológicas. Processo.Aprendizagem.
ABSTRACT
This research is based on the study of the Geography discipline, which is so important for the development of human resources. It emphasizes the teaching of the subject in the final years of elementary school and the factors that interfere in the teaching and learning process, as there is a lack of interest on the part of students in learning their concepts, as their study allows for a better understanding of the facts that happen in people's daily lives. As a general objective, we sought to investigate the teaching practices in relation to the didactics and learning methodologies developed in the process to understand the factors that interfere in the teaching of Geography and as specific objectives to identify the factors that interfere in the development of pedagogical practices that favor in the development of teaching, relate the teaching of Geography based on the traditional liberal trend with the constructivist theory to understand the difference in the student's profile and in learning and verify the challenges faced by students and teachers during the process of teaching and learning in Geography. In times of the Covid-19 pandemic, it will not be possible to obtain data through field research, so this work has a bibliographic character and is divided into the following parts: introduction, education in Brazil: trajectory, the teaching of geography in Brazilian schools, Geography in the classroom, interfering factors in the process of teaching and learning Geography, didactics as a means of facilitating learning, technology as a support tool and final considerations.
KEYWORDS: Teaching Geography. Methodological Practices.Process. Learning
SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................
	11
	2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..............................................................
	13
	3 ESTADO DA ARTE .....................................................................................................
	14
	3.1 Educação no Brasil: trajetória......................................................................................
	14
	3.2 Finalidades do ensino da Geografia nas escolas ........................................................
	16
	4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................................
	19
	4.1 A Geografia em sala de aula ........................................................................................
	19
	4.2 Fatores de interferência no processo de ensino e aprendizagem da Geografia ...........
	26
	4.3 A didática como meio facilitador da aprendizagem ....................................................
	30
	4.4 A tecnologia como ferramenta de apoio no processo ..................................................
	32
	4.5 Práticas metodológicas aplicadas ao ensino da Geografia..........................................
	36
	5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................
	38
	REFERÊNCIAS
	
	APÊNDICE 
	
	
	
	
	
1 INTRODUÇÃO
O ensino da Geografia nos anos finais do Ensino Fundamental, tema aqui abordado, é um fator questionado por professores e alunos. É notório que a disciplina de geografia é ministrada nas escolas de forma obrigatória e regular no currículo, no entanto ainda existem circunstâncias que precisam ser melhor compreendidas para dar mais ênfase no ensino da referida disciplina. Sabe-se ainda que a Geografia é fundamental para a vida pessoale profissional dos alunos, além de está inserida em todos os contextos do cotidiano.
A escola como sendo um ambiente acolhedor de socialização e construção do conhecimento, da ética e da cidadania,passa por falhas no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Essas falhas são observadas, quando o aluno não sente prazer em está no ambiente escolar por vários motivos, dentre eles pode-se citar a má estruturação do ambiente escolar incluindo falta de atrativos educacionais que trazem o estudante para dentro da escola.
Da mesma forma, o ambiente escolar não oferece uma gestão educacional de qualidade e eficiente, os professores são tratados com desrespeito, ganham salários baixíssimos e trabalham muito, por muitas vezes não são oferecidas formações adequadas principalmente para o professor de geografia, os materiais didáticos por muitas ocasiões são utilizados apenas o livro didático, alguns professores não têm nenhuma familiaridade com as tecnologias digitais, pois muitos ainda estão acomodados a aula decorativa e ao quadro e pincel atômico.
Esses problemas refletem no aprendizado do aluno de forma negativa, pois faz com que o aluno não sinta empatia pela disciplina, pela escola e também pelo professor, tornando-os frustrados com a disciplina. O uso das tecnologias na educação, enaltece o ensino, os discentes, a escola e o corpo docente.
Para que essas problemáticas sejam amenizadas seria interessante se a escola proporcionasse mais formações para os professores de geografia e que os gestores apresentassem a eles as variedades de ferramentas digitais que ajudaram nesse processo tão complicado que é o de proporcionar uma aprendizagem eficiente para os alunos. Pois levariam para a sala de aula mais aproximação entre a disciplina, aluno e conteúdo.
É importante salientar que os professores possam trabalhar a geografia contextualizando-a com a realidade de cada um, pois só assim entenderão que estamos envolvidos em um universo geográfico riquíssimo e que nós somos os responsáveis por todo esse processo.
Diante das colocações acima mencionadas, ficam as indagações que acompanham o processo de ensino e aprendizagem, em especial da Geografia: A maneira de ensinar a Geografia mudou? As práticas pedagógicas estão sendo significativas? O professor deixou de ser tradicional e as tecnologias envolvidas no processo são utilizadas de forma correta e atraente?
Enfatiza-se ainda que a escolha pelo tema, surgiu decorrente de inquietações observadas em alunos dos anos finais do ensino fundamental, os quais por muitas vezes não terem interesse na disciplina de Geografia, bem como entendem que a Geografia é uma disciplina decorativa e enfadonha, sem nenhuma perspectiva de envolvimento.
Sob esta perspectiva, este trabalho foi elaborado para identificar os fatores que interferem no desenvolvimento das práticas pedagógicas e os que favorecem o desenvolvimento do ensino, além de relacionar o ensino da Geografia baseado na tendência liberal tradicional com a teoria construtivista para compreendermos a diferença no perfil do aluno e nas aprendizagens.
Desta forma, os estudos sobre as novas perspectivas educacionais revelam que o ensino não somente da Geografia, bem como das outras áreas do currículo deve ser feito de maneira lúdica, de forma a considerar o conhecimento prévio do aluno, para tornar o aprendizado significativo de forma a cumprir com a principal finalidade da educação que é colocar o que é ensinado na escola em prática no cotidiano dos alunos.
Partindo deste ponto, definiu-se como objetivo geral da pesquisa: investigar as práticas docentes fazendo relação com as didáticas e metodologias de aprendizagem desenvolvidas no processo para compreender os fatores que interferem no ensino da Geografia e como objetivos específicos: identificar os fatores que interferem no desenvolvimento das práticas pedagógicas e os que favorecem o desenvolvimento do ensino e relacionar o ensino da Geografia baseado na tendência liberal tradicional com a teoria construtivista para compreendermos a diferença no perfil do aluno e nas aprendizagens.
2 –PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
Em tempos de pandemia da Covid-19, não será possível fazer uma análise da realidade dos alunos e professores, bem como fazer relatos de seu cotidiano escolar, sendo assim esta pesquisa está fundamentada em dados bibliográficos de cunho qualitativo, onde foi utilizado como suporte de pesquisa artigos, livros e revistas para melhor execução do trabalho.
Todo projeto implicou em pesquisa, levantamentos de dados, independentemente do tipo, seja ela bibliográfica ou de campo, o que vai prevalecer é a veracidade das informações e a coerência na aplicação.
Uma pesquisa de cunho qualitativo implica em pesquisa fundada em métodos investigativos de caráter exploratório e subjetivo sobre o objeto em análise (MINAYO, 2000, p.21-22).
A pesquisa qualitativa é a pesquisa relativa a questões particulares, a qual se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.
Compreende-se que a pesquisa qualitativa é fundada em obras científicas e tem o objetivo de esclarecer sobre um determinado tema e seus resultados alcançados. 
Com o apoio teórico de Libaneo (2008), Vesentini (1995), Arroyo (1997) e Hoffmann (2001), entre outros autores que contribuem com a educação, fundamentam este trabalho, esta pesquisa volta-se para o estudo dos fatores que interferem no processo de ensino e aprendizagem da Geografia nos anos finais do Ensino Fundamental, faz uma consideração sobre estes fatores, observa os sujeitos envolvidos no espaço escolar, outro fator que também é importante ser observado é a formação das salas de aulas compostas por um público bastante heterogêneo, e sendo assim com algumas dificuldades de aprendizagem. 
3 - ESTADO DA ARTE
3.1- Educação no Brasil: trajetória
Antes da chegada dos Jesuítas, aqui no Brasil não existia a educação formal, escolar, somente após a chegada dos portugueses as iniciativas educacionais começaram no país, os padres tentaram impor aos indígenas o modelo educacional tradicional de Portugal, junto com as regras da Igreja Católica, chegaram ao país em 1549 e foram expulsos pelo Marquês de Pombal em 1759. ( MELO 2012, p.9).
Em 1599 foi fundada a Companhia de Jesus que instruída de acordo com os princípios da metrópole, cujo ensino era voltado aos filhos das pessoas ricas que aprendiam o básico no Brasil e voltavam para Portugal para cursar formas mais avançadas de ensino. A educação que era direcionada aos índios e negros tinha objetivo apenas de catequisá-los. (MELO 2012, p.13).
MELO (2012, p.16) informa sobre o plano de estudo fundado pelos Jesuítas e relata que “o Ratio Studiorum ensinava aos descendentes da elite colonizadora. Os Jesuítas foram responsáveis pela criação de vários colégios e seminários, mantiveram esta hegemonia durante duzentos e dez anos...”
O período entre 1750 a 1777 foi denominado de período Pombalino e ocorreu após a expulsão dos Jesuítas, foi marcado “pela Revolução Industrial e consequente ascensão do capitalismo” (MELO, 2012, p.16). Nesse momento da história surgiram novos pensamentos que motivaram o aparecimento de novas áreas principalmente nas Ciências as pessoas começaram a ser mais esclarecidas na Europa enquanto aqui no Brasil surgiram as Reformas Pombalinas para tentar amenizar a forma como a população estava vendo a situação da colônia em relação à metrópole, surgiram várias revoltas pelo país, Melo (2012, p.17) lista “Revolta de Beckman (Maranhão 1684), Guerra dos Emboabas (Minas Gerais 1709), Quilombo dos Palmares (Alagoas 1630-1694) e Guerra dos Mascates (Pernambuco 1709-1711).” Onde nota-se que a constante concorrência entre Portugal e Inglaterra fragilizou as forças portuguesas e não impediu que o país fosse invadidopela França, o que obrigou a família real a buscar abrigo no Brasil. (MELO 2012, p.17)
As primeiras universidades no Brasil surgiram no decorrer dos anos entre 1808 a 1818 com a criação de cursos como Matemática, Agricultura, História e Química, após várias tentativas de separação entre ensino e religião. As escolas fundamentais ensinavam apenas o básico e de maneira muito precária. (MELO 2012, p.23)
Em 1824 foi criada a primeira Constituição que em seu artigo 179 prescrevia “instrução primária e gratuita para todos os cidadãos”, porém a escola não era para todos, mulheres e escravos não tinham o direito à educação, em 1831 foi fundada no Rio de Janeiro a Academia Nacional de Belas Artes, somente no ano de 1834 foram criadas as escolas normais, porém oferecendo um ensino muito precário com professores desestimulados a praticarem o magistério. (MELO 2012 , p.28)
Durante todo esse tempo o pais foi movido pelas mãos escravas e somente em 1888 foi abolida a escravidão no Brasil, Dom Pedro I Proclamou a Independência do país em relação à Portugal e tornou-se República em 1822, onde a responsabilidade sobre a educação passou a ser dos estados brasileiros, a partir daí ocorreram varias mudanças no contexto educacional tais como: em 1901 foi criado o Código Epitácio Pessoa, em 1911 a Reforma Rivadávia Correia, em 1915 a Reforma Carlos Maximiliano e em 1925 a Reforma Rocha Vaz, todas com a finalidade de amenizar o analfabetismo no país , em 1934 com a eleição de Getúlio Vargas surgiu um novo modelo educacional focado em formar mão de obra para as industrias que surgiam e consequentemente diminuir as taxas de analfabetismo existente, esse novo modelo era o tecnicismo. (MELO 2012, p.42)
Em 20 de dezembro de 1961 foi criada a Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB 4.024/1961, que defendia o tecnicismo e transformava completamente as relações trabalhistas, pois agora os trabalhadores acreditavam que os empregadores estavam preocupados com as condições de trabalho o que favorecia o surgimento de funcionários mais passivos e menos resistentes. Em 1964 foi criado o Plano Nacional de Alfabetização, entre os anos de 1964 a 1985 o país estava vivendo sob o comando da Ditadura Militar e todas as maneiras que iam contra as opiniões dos militares no poder foram caladas. MELO (2012)
De acordo com Melo (2012, p.76) durante o período militar “a educação apresentou características pragmáticas e tecnicistas para atender às necessidades imediatas do mercado de trabalho, fornecendo principalmente mão de obra para as indústrias estrangeiras”. Nesse período também foi instituída a segunda Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB n0 5692/71. Através do Decreto lei (5379/67) foi instaurado o Movimento Brasileiro de Alfabetização MOBRAL com finalidade de alfabetizar a população adulta, houve em 1982 uma alteração na LDB (Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional n0 7.044/82), que vigorou até 1996 onde foi instaurada a versão que vigora até os dias atuais LDB n0 9.394/96. (MELO 2002, P.76)
Melo (2012, p.89) complementa que;
“a atual LDB estabelece o reconhecimento de estudos e experiências obtidas pelo aluno fora da escola regular. Apesar destas inovações, a educação continua sendo uma das grandes responsáveis pelas desigualdades econômicas e sociais. Ainda se verifica de forma acentuada , a valorização do saber teórico sobre o prático. 
Houve ampliação do número de vagas e matrículas nas escolas, mas ainda é pouca a qualidade do ensino. Em 2002, uma avaliação revelou que 59% dos estudantes que concluíram a 4a série do Ensino Fundamental não dominavam a leitura e a escrita...” (MELO 2002, p.89) 
Fica assim entendido que apesar da grande oferta de vagas para a rede pública de ensino, que a qualidade do ensino ainda é um fator que causa grandes diferenças sociais, onde a maioria dos estudantes ao terminarem a primeira parte do Ensino Fundamental ainda não dominam a leitura e a escrita, faltam políticas públicas eficientes, e que o dinheiro da educação seja realmente investido na mesma. 
É preciso também ampliar a oferta de vagas no Ensino Superior a esse respeito Melo (2002, p.90)demonstra que com a criação do Programa Universidade para Todos (Prouni) no ano de 2004 pela Lei n 011.096/95 houve um maior acesso às Universidades por parte das camadas mais pobres da população, através da oferta de bolsas de estudo parciais ou integrais. Há também o FIES ( Fundo de Financiamento Estudantil), programa que financia toda a Educação Superior e o estudante só começa a pagar após o término do curso em parcelas com juros baixos (MELO 2002, p.90).
3.2 FINALIDADES DO ENSINO DA GEOGRAFIA NAS ESCOLAS
As disciplinas escolares que compõem a grade curricular, não foram desenvolvidas e trabalhadas no espaço da escola sem fundamentação, todas tem seus fins e se justificam pela necessidade de seus ensinamentos serem indispensáveis em alguma esfera da vivência e convivência humana, sendo desmembradas em várias áreas: Exatas, Linguagens, Humanas, Ciência, entre outros.
Filizola (2009, p.22) destaca o objetivo geral do ensino da Geografia é “possibilitar que as crianças e jovens formem raciocínios geográficos e desenvolvam a consciência espacial” importante lembrar que esses ensinamentos buscam a plenitude das capacidades de tomada de decisão no que se refere aos conceitos atitudinais enfatizados na busca pela compreensão de localização espacial e conservação do espaço natural. 
Todas as áreas de conhecimento tem suas finalidades com a Geografia não é diferente, referente aos objetivos específicos da Geografia escolar, Filizola (2009, p.24) destaca:
· Preparar para um agir cotidiana e conscientemente, relacionando: ao circular com segurança pelo espaço, seja o de sua comunidade, seja o de outrem;ao viajar, o que envolve o domínio as características socioambientais e socioculturais das destinações a que se dirige; ao cuidar do ambiente, demonstrando interesse e preocupação, seja pelo urbano ou pelo rural, tomando decisões, avaliando ações, assumindo novas posturas e atitudes; ao papel das mídias, o que exige compreender as informações veiculadas, atentando para o jogo de forças que o mundo da comunicação engloba.
· Preparar para o entendimento das localizações, tanto as absolutas como, e principalmente, as relativas, bem como para situar e situar-se no espaço, por meio de mapas, e também fazendo uso de referenciais do e da paisagem; fazer uso da escala cartográfica, mas, e sobretudo, da escala geográfica, demonstrando familiaridade na determinação das diversas dimensões espaciais às quais os diversos “problemas geográficos” possam estar associados.
· Proporcionar a aquisição de conhecimentos básicos a respeito da superfície terrestre, aí presentes as sociedades humanas, articulando tais conhecimentos ao desenvolvimento de habilidades de pensamento, da imaginação geográfica, assim como de valores e atitudes.
· Proporcionar a aquisição de conhecimentos fundamentais para o entendimento e a comunicação dos processos de organização, estruturação e formação dos espaços, oque implica no entendimento das dinâmicas socioambientais e socioculturais associadas ao significado de transformação, mudança e permanência.
Os objetivos ressaltados nos dois primeiros tópicos demonstram as capacidades necessárias aos alunos matriculados no 6º e 7º anos do Ensino Fundamental, percebe-se que são noções de espaço, composição de materiais que fazem parte da estrutura da Terra, trabalho com mapas, etc.demonstrando que são conhecimento adequados à faixa etária dos alunos desta etapa de ensino. Estes são importantes porque nesta fase os alunos ainda não percebem e não tem noção dos funcionamentos da sociedade.
Quanto aos objetivos exaltados nos dois últimos tópicos estão presentes as capacidades adequadas ao público do 80 e 90 anos do ensino fundamental, pois seus tópicos dão um realce nos assuntos que envolvem os fatores de cunho sociais, ambientais e fatores que englobam o desenvolvimento da sociedade “é importante recordar que o aluno chega à escolacom um conjunto de informações, em boa medida, desordenado no processo de sistematização de conhecimentos, cabe à escola ordená-los no processo” (FILIZOLA 2009, P.26).
Demonstrando que a disciplina está conectada à realidade encontrada nas salas da aula onde os conteúdos estão adequados à idade/ano de cada aluno e de acordo com as capacidades cognitivas e de entendimento de cada um, e que essa característica é fator determinante, se partirmos da perspectiva que não se pode ou deve ensinar aquilo que o cérebro não é capaz de absorver, sintetizar e transformar em aprendizado. 
Para poder estabelecer os objetivos da Geografia alguns aspectos devem ser considerados para (FILIZOLA 2009, p 23) são eles:
· As (novas) tendências da Geografia enquanto ciência, isto é, proceder a uma reflexão epistemológica, mas em torno de um epistemologia contemporânea;
· O mundo contemporâneo, que é marcadamente transitório, instável, desarticulado, e ambivalente, portanto de uma complexidade inegável; 
· As particularidades da sociedade brasileira, aí presentes suas contradições, bem como sua diversidade étnico-cultural;
· As especificidades de cada segmento de ensino (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Especial, EJA), com foco voltado para o perfil de seu alunado;
· Natureza do ensino;
· Formação dos professores e professoras; FILIZOLA (2009, p.23)
Para que o ensino de geografia tenha fundamento, o aluno ou a aluna tem que aprender a reconhecer como sujeito ativo, tem que aprender que ele é responsável pela construção do conhecimento, que ele é capaz de questionar a realidade e assim desenvolver competências. Segundo Brasil (2017, p.366), as competências para o ensino fundamental estão classificadas da seguinte maneira:
· 1. Utiliza os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/ natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução de problemas.
· 2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.
· 3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ordem.
· 4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que envolvam informações geográficas.
· 5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.
· 6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.
· 7.Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1- A Geografia em sala de aula
A Geografia é uma ciência que aborda tanto elementos e processos naturais quanto fatores que se relacionam com a sociedade humana. Dessa forma, torna-se uma área fascinante no ramo das Ciências que busca explicações da relação sociedade-natureza, tem a finalidade de motivar o aluno a buscar compreender os fatores que estão ao seu redor, fomentando a curiosidade e favorecendo a aprendizagem para formar alunos críticos.
O ensino da Geografia deve favorecer a pesquisa, questionamentos por parte dos alunos, que permita aos educandos a observação do mundo e que favorece a melhor tomada de decisões, pois a geografia dialoga muito bem com as outras disciplinas do currículo escolar.
Santos (2018 p.21) relata que “a didática mostra aquilo que o professor ensina não é assimilado por todos. É preciso o (re)planejar constante e a utilização de estratégias diversificadas de acordo com as respostas dadas pelos alunos”, mostrando que para ser professor é necessário um planejamento constante e muitas vezes mudar de estratégia para obter êxito na tarefa de ensinar.
Vale ressaltar que muitas vezes um assunto mal compreendido e por muitas vezes acumulados, é fator responsável pelo fracasso escolar e muitas vezes resulta em abandono por parte dos alunos, muitas vezes eles tem vergonha de fazer pergunta, tem medo do professor ou muitas vezes a pessoa que ministra a aula não está trabalhando em sua área de formação e todos esses aspectos têm que ser considerados quando nos referimos à aprendizagem.
Outro fator pertinente no processo de ensino e aprendizagem é o da avaliação tida muitas vezes como instrumento para rotular os alunos entre quem sabe e quem não sabe, quem vai passar de ano e quem não vai, é necessário uma nova visão sobre este aspecto, pois a avaliação deve ser usada como ferramenta para nortear e descrever se os objetivos de aprendizagem estão sendo concretizados, onde a avaliação também é uma forma de observação do trabalho do professor e não somente do aluno. 
O ensino na sala de aula está a cada dia passando por mudanças que venham favorecer oeducando e o educador.
O processo histórico da geografia foi marcado por inovações significativas no processo de aperfeiçoamento do ensino, levando o professor a está indo em busca de profissionalização e aperfeiçoamento das práticas pedagógicas. 
Vieira (2007, p.13): enfatiza que:
[...] desde o início da década de 1980, o ensino de geografia tem passado por significativas inovações em seus currículos e programas em que o especialista da área tem buscado introduzir na área do ensino as renovações teóricas metodológicas sofridas pela ciência geográfica nos últimos anos. 
Pode-se compreender da fala, que o ensino passa por transformações constantes e essas mudanças tem que ser acompanhadas de novas técnicas, as quais sejam incorporadas na sala de aula, assim o processo de ensinar possa ter efeitos satisfatórios para os envolvidos. Outro ponto a ser enfatizado é que, os currículos devem ser humanizadores onde os sujeitos têm por direito se encontrar dentro desse espaço.
A sala de aula antes marcada por alunos sem nenhuma oportunidade de expor suas ideias e contribuir no processo, eram vistos como um mero telespectador com uma única função, que era a de absorver as informações sem nenhum envolvimento com a matéria, atentos ao que o professor falava, e os professores eram vistos como detentores do saber, iam se estagnado em um ensino mecanizado e sem nenhum fundamento nem para os alunos e nem para os próprios professores.
Libâneo (2008 p.30) enfatiza que: 
“O ensino exclusivamente verbalista, a mera transmissão de informação, a aprendizagem entendida como acumulação de conhecimentos não subsistem mais. É preciso que o professor media a relação ativa do aluno com a matéria, levando em conta as experiências e os significados que os alunos trazem para sala de aula, o potencial cognitivo, capacidades, interesses, modo de pensar e de trabalhar”.
Entende-se que trabalhar a Geografia isoladamente, como se o discente fosse uma tabula  rasa vai de encontro com a postura do ensino construtivista, o aluno tem que sentir interesse pelo estudo e pela disciplina, mas para isso o professor tem que fazer essa ponte levando para a sala de aula meios atrativos que faça o aluno se sentir capaz de pesquisar, de questionar enfim de encontrar respostas em outras fontes que não seja exclusivamente através do livro didático.
O quadro 1, mostra o comparativo da postura tradicional versus a construtivista demonstra como ocorre o ensino com retornostanto para o aluno quanto para o professor. 
Quadro 1: Comparativo da postura tradicional versus a construtivista
	Postura Tradicional
	Postura Construtivista
	●Sua postura didática tem um método que serve  como uma receita para todos os professores e para todos os alunos de uma determinada série. 
	●Sua proposta didática  não tem uma receita única. Sua condição é  a de ser significativa e desafiadora para cada aluno.
	●Conteúdos a ensinar:
Conceitos, dados e Fatos: SABER.
	●Conteúdos a ensinar:
Conceitos, dados e fatos: SABER
Habilidades e procedimentos: FAZER
Atitudes: SER E CONVIVER. 
	●Desconsidera o conhecimento prévio que o aluno tem para o novo assunto  a ser ensinado, o aluno é  uma " lousa limpa".
	●Considera o conhecimento prévio do aluno essencial para proporcionar relações  com o novo conhecimento. 
	●O erro do aluno é  considerado um desvio. Não é  considerado didaticamente a não ser para repetido de forma correta até memorização do certo.
	●O erro do aluno faz o professor compreender o que o aluno sabe do assunto e como  pode ajudá-lo, intervindo para que compreenda.
	●Especialização da profissão: preocupa-se com boas "estratégias "de ensino. Coleciona boas receitas  didáticas.
	●Especialização do professor:
Preocupa-se em estudar  os processos envolvidos no ensino e na aprendizagem  e a refletir  as suas práticas ressignificando-as.
	●Necessita material didático específico ( livros e apostilas). A atividade do aluno  pode-se restringir a este material.
	●Usa qualquer tipo de material didático ( livros e apostilas) desde que também utilize outras  fontes como jornais, literatura em geral, internet. A atividade do aluno não sofre restrições de pesquisa.
O ensino da geografia nessa linha tradicional deixou marcas profundas nos discentes, pois a geografia tornou-se uma disciplina sem importância, pelo fato de receberem uma geografia conteudista e sem nenhum envolvimento com o meio ao qual estão inseridos e nem com as outras disciplinas, enfim,  sem fundamentos.
De acordo com Vesentini (1995, p.15): 
O ensino de geografia não pode ser aquele tradicional baseado no modelo “a terra e o homem, onde memorizava informações sobrepostas (do relevo, clima, fusos horários, agricultura, cidades etc.) a respeito de alguns aspectos pré-definidos dos países ou continentes”. [...] [também] [...] não é a que meramente substitui um conteúdo tradicional por outro já esquematizado e pretensamente revolucionário[...]. 
Compreende-se que o ensino de geografia fundamentado em práticas e métodos eficazes, amplos e Global torna-se prático e interessante, porém para que isso ocorra o professor e a escola têm que se tornarem proativos, antecipando o conhecimento e assim incentivando o aluno que as aprendizagens são fruto de buscas e pesquisas e de envolvimento com o meio, e no ensino da geografia essas pesquisas esses envolvimentos serão fundamentais para uma aula prazerosa.
Filizola (2009, p.34) afirma que:
“a aprendizagem é de uma complexidade tremenda. Desvelar os processos que ocorrem na mente das crianças durante a aprendizagem tem sido um desafio para os psicólogos cognitivos. Isso significa dizer que não existe um modelo completo capaz de apontar , passo a passo, como as crianças, a partir da recepção de uma informação, a codifica, e analisa, a armazena, a relaciona com as outras informações anteriormente recebidas, e a utiliza para resolver problemas e dar respostas a eles.”
Mas para isso, a geografia tem que ser aplicada de forma que ele compreenda as relações recíprocas entre o homem e a natureza, e o professor tem que entender que a aprendizagem é um processo inacabado, ou seja está em constante transformação e ele como mediador tem que interagir com o novo ensino, um ensino que não se fundamenta apenas nos livros didáticos.  Que ele busque novas ferramentas e que estas sejam aplicadas de forma positiva em sala de aula.
A sala de aula na maioria das instituições aplica a geografia fragmentada sem objetivos e sem nenhuma relação com o cotidiano do aluno, contribuindo para o fracasso do ensino e aprendizagem.
Ensinar é, antes de mais nada, o trabalho do aluno com o saber sob a mediação do professor. O ensino de Geografia possibilita o aluno a compreensão da realidade, entendendo que esta é uma construção social sobre a natureza; uma construção internamente diferenciada, não podendo essa diferenciação interna mascarada. (VLACH, 1988 p. 4).
 O professor tem o papel fundamental nesse processo de mediação, pois através de um ensino conectado com as vivências dos alunos ele consegue compreender o espaço geográfico no qual ele está inserido como sendo um agente dessa construção. A geografia na atualidade tem a função de inserir todos os aspectos geográficos da nossa vivência.
Em situações que envolvem as relações de ensino e aprendizagem é importante levar em consideração a função do professor, onde este deve atuar como mediador da aprendizagem e facilitador do ensino, possibilitando a interação entre os sujeitos, é fundamental que todos reconheçam seus papéis e também que os coloquem em prática, onde o professor é um mediador e o aluno é o principal personagem sendo apto a receber o aprendizado e principalmente a colocá-lo em prática.
Nesse contexto para que todas as funções do ensino sejam cumpridas é de suma importância que o ambiente escolar favoreça a aprendizagem, principalmente em Geografia, que necessita de muitos fatores para sua compreensão, logo porque é uma disciplina que estuda os fatores naturais, necessitando de aulas extra classe para observação do meio, ora estuda os acontecimentos da sociedade humana, como a globalização por exemplo, onde é preciso de utensílios tecnológicos que motivem a pesquisa.
Se a escola não é um ambiente favorável, se as aulas ficam retidas somente ao uso do livro didático com leituras longas, é claro que o público não terá motivação e curiosidade para aprender e esse fato não é exclusivo apenas da Geografia, como também das outras disciplinas do currículo. A esse respeito Manfio e Balssam (2017, p.69-70) relata que:
“sem dúvida a participação e a utilização de recursos didáticos lúdicos são essenciais para o “despertar” e ensinar na sala de aula, sendo o educador o responsável por conduzir este aprendizado, já que o professor é o mediador na condução do conhecimento, também exerce importância na escolha dos métodos de se proporcionar esta discussão e aprendizagem. Assim como o conhecimento não pode ser algo estático e traduzido de maneira simplista e tradicional, a valorização dos interesses dos alunos deve ser fundamental na escolha desta construção de valores e ensino.”
A ludicidade e a interdisciplinaridade são fatores que devem estar juntos nos ensinamentos geográficos, pois a disciplina permite o encontro com os demais pontos de vista referentes ao mesmo tema, isso favorece aos alunos, tendo em vista que dessa maneira o conhecimento passa a ser melhor absorvido, entendido e transformando .
A capacidade de transformação do conhecimento é uma habilidade que precisa ser desenvolvida nos alunos, pois é a mesma que determina o sucesso ou não no cumprimento das funções da escola, sendo a principal: formar cidadãos capazes de exercerem plenamente seus direitos e deveres dentro da sociedade, não deixando este de ser um papel da Geografia, a esse respeito Manfio e Balssam (2017, p.75) afirma que “o ensino da geografia procura desenvolver no aluno a capacidade de observar, analisar, interpretar e pensar criticamente a realidade e as transformações sofridas pelo mundo. Essa realidade envolve sociedade e natureza”.
Sendo assim, através do estudo da Geografia, o discente tem a oportunidade de compreender as modificações sofridas no ambiente ao seu redor, entender certos comportamentos, antecipar alguns e modificar outros.
Mendes et al (2015, p.10) afirma que:
“no Brasil a discussão sobre interdisciplinaridade não é nova, pois esse tema passa a figurar nos documentos oficiais desde a Lei de Diretrizes e Bases promulgada em 1971 (LDB N0 5.692/71; BRASIL,2006), e nunca mais deixou de se apresentar em diretrizes e parâmetros para a Educação...”
Demonstrando assim que em conjunto com as outras disciplinas a Geografia será melhor compreendida pelos educandos, o que não significa que ela não deve ser trabalhada separadamente na escola.
O saber não deve ser fragmentado, ao contrário, deve ser multiplicado, organizado dentro do espaço escolar e o ensino da disciplina deve ser articulado favorecendo a interação no ambiente escolar, sempre levando em consideração os conhecimentos prévios que cada um possui.
É importante focar também nas necessidades dos alunos, principalmente das escolas públicas, muitas vezes vindos de realidades muito cruéis observa-se que muitos ao ingressarem no Ensino Fundamental Maior (60 ao 90ano) não sabem ler e escrever e nessa situação fica muito difícil a assimilação da disciplina, pois como foi dito antes a Geografia faz um passeio por muitos textos ficando inacessível para quem não sabe ler, quem não lê, não toma gosto pela escola, onde outro problema é observado: muitos tem vergonha de expor sua situação e sendo assim se tornarão vítimas do fracasso escolar.
O ambiente escolar não é um espaço homogêneo, é preciso trabalhar para favorecer aos estudantes:
“... situações em que a partir de seus conhecimentos, seus interesses, suas formas de aprender, possam interagir com os outros para construir identidades e fortalecer sua formação cultural e social.”
Não se pode deixar de ensinar aqueles que dominam a disciplina em favor dos estudantes que não a sabem, o professor deve transformar o espaço escolar em um lugar bem dialético onde quem conhece um pouco mais se torna “monitor” daquele que ainda não tem domínio da disciplina ou conteúdo específico.
Importante ressaltar que o planejamento do professor deve ser flexível, justamente devido ao surgimento de situações inesperadas em sala, Albuquerque et al (2015, p.36) colabora dizendo que:
"Selecionar conteúdos, temas e metodologias que possam favorecer o desenvolvimento e a ampliação das experiências socioculturais dos alunos de forma integral exige planejamento cuidadoso e rompimento com práticas arraigadas em nosso cotidiano.” 
Para trabalhar com o público atual o educador deve abandonar o modelo tradicional de ensino, está mais do que provado que os alunos não aprendem mais decorando, hoje em dia eles são mais curiosos e dispostos a aprender, desde que o conhecimento repassado pela escola seja dotado de significação com a realidade, ainda mais que “não se quer formar apenas indivíduos que saibam ler e escrever, mas busca-se contribuir também para sua formação cidadã, para que eles possam desenvolver competências que envolvam os diversos saberes e suas articulações.” ALBUQUERQUE (2015, p.36).
Filizola (2009, p.11) informa que: 
“de certa forma, a longa existência da disciplina não deve significar que seus objetivos e finalidades permaneçam os mesmos de tempos pretéritos....revisões são necessárias, demandando releituras e até ressignificações das práticas pedagógicas e dos conteúdos ministrados.”
Com as constantes modificações sociais e tecnológicas o ensino não pode permanecer estático, notadamente com todo o acúmulo do conhecimento ocorrido nos últimos cem anos da história humana não tem como nenhuma disciplina do currículo ficar presa ao passado, o público das escolas não permite essa mesmice e nem mesmo a Ciência que sofre modificações a todo instante. 
4.2 - Fatores de interferência no processo ensino e aprendizagem da geografia.
Todo ensino, independente da disciplina, tem seus fatores que interferem no processo ensino e aprendizagem e na geografia não é diferente.  PIRES (2000) enfatiza que um dos fatores que interferem no ensino de Geografia está em torno da formação dos professores, a qual se dá através das práticas pedagógicas e pouco eficazes. 
Os problemas relacionados ao ensino são dos mais variados, que vão  desde a apatia devido a disciplina não ser apresentada de forma contagiante, ocasionada muitas vezes pelo despreparo do professor e também por falta de formação adequada na área, outras vezes pela não utilização dos meios tecnológicos associados ao ensino ,pela falta de material atrativo e com isso causando no aluno e no professor, falta de interesse pela disciplina, e por muitas vezes a relação professor aluno, aluno professor não existe.
A falta de motivação também caracteriza como fator nesse processo e na perspectiva de Piletti (1991,s/p), o qual enfatiza que:
Motivar significa predispor o indivíduo para certo comportamento desejável naquele momento. O aluno está motivado para aprender quando está disposto a iniciar e continuar o processo de aprendizagem, quando está interessado em aprender certo assunto, em resolver um dado problema, etc.
A motivação oferecida pelos professores tem um papel decisório na vida do estudante, mas para que ela funcione, ele também tem que estar disposto a recebê-la. Um professor que reconhece que a aprendizagem também carece de motivação para surtir efeitos positivos, é um educador comprometido não só com a educação, mas também com o ser humano que será inserido na sociedade. 
Excluir o aluno que não está se encontrando na aula por diversos fatores sociais e educacionais não é um ato positivo nem da Escola nem do educador. Na perspectiva de Arroyo (1997),p.13) ele diz que “a cultura da exclusão está materializada na organização e na estrutura do sistema escolar. Ela está estruturada para excluir”. Essa exclusão está relacionada à identificação do aluno, o aluno bom, o organizado, o comprometido, o participativo tem olhares privilegiados, enquanto o aluno oposto ao que o sistema educacional deseja, por muitas vezes é deixado de lado sem nenhum acompanhamento e essa exclusão acontece, porque é mais viável um aluno que não dê problemas nem para a instituição nem para o professor, e excluí-lo é o melhor.
As dificuldades na aprendizagem por muitas vezes também estão relacionadas a fatores interpessoais e por muitas vezes professores associam essa dificuldade unicamente a família como se ela tivesse o dever exclusivo de resolver esse problema. Em relação ao exposto, Hoffmann (2001, p.47) diz que: 
Dificuldades de aprendizagem não é responsabilidade direta das famílias, mas dos profissionais que atuam nas escolas, bem como a questão das relações interpessoais no ambiente escolar. Não se pode esperar que os pais procedessem à alfabetização das crianças e jovens ou que os auxiliassem a superar dificuldades em matemática, química, e outras áreas. Muitas dificuldades dos alunos são de natureza epistêmica e exigem alternativas didáticas, sendo, portanto, responsabilidade dos professores.
Compreende-se das palavras do autor, que esse desafia também é da escola e do professor, os problemas de aprendizagem são de diversas as causas, porém o professor tem que trabalhar em acordo com a família para que essas barreiras sejam quebradas e o professor tem que está disposto a buscar diversas metodologias e técnicas novas que desperte no aluno o interesse pela disciplina e no professor o prazer em ensinar a geografia de maneira lúdica e interdisciplinar. Oliveira (2008) enfatiza que, na verdade, o ensino dessa disciplina não satisfaz ao aluno e nem ao professor. Corroborando com esse mesmo pensamento, Cavalcanti (2003, p. 130) diz que:
[...] as razões principais para não se gostar de Geografia podem ser analisadas a partir de dois pontos. Em primeiro lugar, há um descontentamento quanto ao modo de trabalhar a Geografia na escola. Em segundo, percebem-se dificuldades de compreender a utilidade dos conteúdos trabalhados. Esses dois pontos, embora estejam intimamente ligados ao ensino de Geografia, não focalizam propriamente o conteúdo da matéria ou o conhecimento geográfico enquanto tal. Ou seja, parece-me que “resolvidos” esses dois pontos são possíveis tornar o conteúdo geográfico trabalhado na escola mais significante para o aluno. 
A geografia é uma disciplina atraente, cheia de descobertas e também de desafios, porém trabalhá-la de forma emque o aluno entenda que o planeta é uma geografia e que nós somos participantes de todas as transformações ocorridas nele, dando vida aos conteúdos, ensinando-os a interagirem, expondo seus pontos de vista, fazendo críticas, indagações, certamente o processo de ensino terá sentido, pois ele passará a enxergar o meio por uma outra vertente. Um conteúdo sem envolvimento,será mais um conteúdo sem significância.
Para Guazzelli (1991), o aluno apresenta maior facilidade para aprender, quando sua motivação é trabalhada, quando os conteúdos que está aprendendo são interessantes e trabalhados com temas do cotidiano. Ao contrário, se está desmotivado não presta atenção no conteúdo aplicado, não participa da aula, não faz tarefas, não se interessa em aprender.
É importante motivar o discente com conteúdos lúdicos que ajudam a descobrir formas de melhorar a qualidade de vida, melhorar a interação entre os alunos, e entre eles e o professor pois muitas vezes por ser uma disciplina que faz um passeio em muitos textos os professores são tidos como “chatos” que só colocam pra ler, quando sabemos que a Geografia tem várias formas de ensino, permite muitas aulas observando a natureza, assistindo documentários, fazendo entrevistas, o que não falta são métodos para tornar a aula mais interessante.
O aluno precisa compreender que a disciplina tem fundamentos que são indispensáveis para a existência e funcionamento de uma sociedade mais igualitária, através dos ensinamentos da Geografia tem-se a oportunidade de entender os fatores causadores das desigualdades existentes no país e no globo terrestre, ou seja sem o ensino da disciplina a sociedade e o currículo escolar estariam incompletos.
A avaliação escolar também é fator que necessita de reflexão quanto aos usos, é comum professores usarem a avaliação como critério apenas classificatório, cunhada em provas meramente decorativas, a esse respeito Filizola (2009, p.55) nos informa que:
"Em primeiro lugar a avaliação não deve ficar restrita a provas e testes. Ao contrário, é necessário diversificar os instrumentos avaliativos tendo em vista ampliar as possibilidades de avanço dos alunos. Trata-se de um importantíssimo aspecto do processo de avaliação, revelador de uma concepção que busca ultrapassar aqueles aspectos da avaliação tradicional, voltados para a classificação e até mesmo a punição dos educandos.”
O processo avaliativo deve ser processual, feito de maneira contínua e sempre focado na aprendizagem, Filizola (2009, p.56) completa esse pensamento nos informando que:
"Em segundo lugar, o processo de avaliação da aprendizagem escolar não pode ser concebido como algo à parte do processo de ensino e até mesmo do projeto pedagógico. Nessa perspectiva, a avaliação deve possuir um caráter diagnóstico e, consequentemente, prestar-se para a verificação dos resultados planejados”. 
Deve-se pensar na avaliação como uma possibilidade de aumentar os conhecimentos dos estudantes dentro do ambiente escolar, o processo avaliativo deve ser usado como uma ferramenta de apoio pedagógico e não como metodologia do fracasso, onde pune os que não conseguem adquirir alguns conceitos. 
Essa prática prejudica os alunos e traz graves consequências na aquisição dos conhecimentos escolares e é também um dos fatores que interferem no processo de aprendizagem da Geografia, necessitando de mudança na condução do processo avaliativo e na metodologia aplicada. 
4.3 - A didática como meio facilitador da aprendizagem
A Didática sendo uma ciência pedagógica tem como objetivo ensinar métodos e técnicas que possibilitem a aprendizagem do aluno por parte do professor.
A didática trabalha com elementos que favoreçam o processo, o  professor sendo o interlocutor dessa aprendizagem desenvolvendo-a através das habilidades e da conversação ,o aluno como protagonista do processo, a disciplina  (matéria ou conteúdo),o contexto  da aprendizagem, as estratégias metodológicas Libâneo (1994, p. 27) : enfatiza que a relação de ensino aprendizagem implica em valorização da metodologia e da didática de ensino, este nos mostra a importância da didática para os profissionais da educação: “(...) a Didática se caracteriza como mediação entre as bases teórico-científicas da educação escolar e a prática docente. Ela opera como uma ponte entre o que é o “como” do processo pedagógico escolar”. Essa ponte é traçada através das experiências do professor com a disciplina e com a prática docente.
A didática é fator primordial em qualquer disciplina, mas, na geografia ela tem uma importância relevante, pois dependendo da maneira que ela for aplicada ou contribuirá ou prejudicará o aluno e também o professor. 
Quando falamos em didática e seus recursos, nos vem em mente diversas técnicas de ensino, para facilitar o processo ensino e aprendizagem. 
O livro didático é um recurso pedagógico muito especial, podendo ser encontrado na maioria das escolas Silva e Buzen (2015, p.19) nos informa que:
“podemos definir o livro didático como um material impresso, intencionalmente produzido para ser utilizado em um processo de ensino e aprendizagem escolar, no contexto de um programa curricular, uma área de conhecimento e um ciclo específico de um nível de ensino”
O interessante sobre o livro didático é que ele se faz presente nos diferentes componentes curriculares e quase não falta nas escolas, e, se por um lado ele não deve ser o único instrumento didático utilizado para favorecer às aulas, por outro lado sem seu apoio as condições das aulas seriam muito piores.
Silva e Bunzen (20015, P.19) revelam que:
"O livro didático faz parte da cultura escolar há muitas gerações e, portanto, não estamos refletindo sobre um recurso introduzido recentemente para apoiar as práticas escolares. Os estudos sobre a história da Educação, por exemplo, revelam que o livro didático tem estado presente nas instâncias formais de ensino em todas as sociedades, ao longo dos séculos. Logo, sua importância para a Educação não pode ser desconsiderada.”
Os recursos didáticos são uma gama de instrumentos pedagógicos usados para dar suporte ao professor e tem o objetivo de estimular os alunos no processo ensino e aprendizagem.
Falavigna (2009) chama atenção para a importância desses recursos.
“....A importância do uso de meios e recursos didáticos variados como alternativas criativas dos professores na apresentação e desenvolvimento de determinados temas em sala de aula, proporcionando ao aluno melhores condições de aprendizagem” (FALAVIGNA 2009, p.83). 
O uso desses recursos faz com que o professor busque além do conhecimento e tenha facilidade de mediar os conteúdos tornando-os vivos, são essas fontes didáticas que darão flexibilidade no ensino.
No decorrer da história a didática e seus recursos foram se aperfeiçoando com o objetivo de atender as necessidades do alunado.
Segundo Souza (2007,p.111), o recurso didático é todo material utilizado como auxílio no ensino-aprendizagem do conteúdo proposto para ser aplicado pelo professor a seus alunos. “E esses recursos, se aplicados de forma construtiva, farão com que os alunos tenham mais interesse e envolvimento com a disciplina, com o professor e com a escola, pois um recurso atraente e novo, faz com que os alunos naveguem pela disciplina de forma dinâmica, lúdica e prática. Ela complementa dizendo que:
O professor deve ter formação e competência para utilizar os recursos didáticos que estão a seu alcance e muita criatividade, ou até mesmo construir juntamente com seus alunos, pois, ao manipular esses objetos a criança tem a possibilidade de assimilar melhor o conteúdo. Os recursos didáticos não devem ser utilizados de qualquer jeito, deve haver um planejamento por parte do professor, que deverá saber como utilizá-lo para alcançar o objeto proposto por sua disciplina (SOUZA,2007,p.111).
Entende-se que recursos didáticos aplicados sem fundamentos, é o mesmo que trabalhar de forma mecanizada, os professores fingem que ensinam e os alunos que aprendem, os docentes têm que buscar a cada dia novas abordagens, novosfazeres, buscar formações para que esses aprendizados sejam colocados em prática na sala de aula e o retorno seja observado através da aprendizagem dos alunos.
Mendes et al (2015,p.95) colabora dizendo que:
“assim verificamos que, nos dias atuais, o processo de ensino e aprendizagem em sala de aula exige cada vez mais do professor, não somente em termos de dedicação, mas, sobretudo, de conhecimento técnico e estratégias de uso de recursos didáticos e pedagógicos variados, para enriquecer o fazer da sala de aula.”(MENDES et al 2015, p.95).
O ensino em geral, mais em especial da Geografia não suporta uma aprendizagem tendo como recurso didático apenas o livro didático, ele exige que o professor busque outras alternativas, e essas alternativas são chamadas de recursos não convencionais que tem a finalidade de dá suporte para melhorar e embelezar o processo ensino- aprendizagem.
Silva (2011) diz que:
Definimos, portanto, como recursos didáticos não convencionais os materiais utilizados ou utilizáveis por professores (as),na educação básica, mas que não tenham sido elaborados especificamente para esse fim. Em geral são produções sociais, com grande alcance de público, que revelam o comportamento das pessoas em sociedade ou buscam refletir sobre este comportamento. Para exemplificar podemos mencionar os meios de comunicação tais como: o rádio, a televisão, os jornais, a Internet, ou ainda as produções artísticas em geral, o cinema, a poesia, a música, a literatura de cordel, a fotografia, as artes plásticas e as histórias em quadrinhos. (SILVA, p.17-18).
Corroborando com o autor, os recursos didáticos são diversos e a maioria estão ao alcance do professor e do discente, explorá-los na disciplina faz o aluno compreender melhor a importância da geografia em nossas vivências, trabalhar o relevo, a hidrografia, as rochas, o clima dentre vários outros conteúdos de forma prática onde o aluno seja construtor desse processo, torna-se mais envolvente,do que ficar preso ao livro didático.
"Além disso, ter acesso aos recursos não é suficiente. Um dos maiores desafios das escolas do século XXI é como lidar com a grande quantidade de recursos didáticos que podem estar disponíveis na escola: livros, calculadoras, celulares, filmes, computadores, jogos, aplicativos etc. conhecer os recursos que chegam à escola por meio de diferentes políticas públicas, seu funcionamento e suas possibilidades de usos é uma necessidade do professor.” LEAL e BUNZEN (2015, P.33)
4.4 - A tecnologia como ferramenta de apoio no processo.
A tecnologia veio contribuir de forma significativa para o ensino da geografia, esse recurso didático é um dos que desperta mais atenção e curiosidade nos alunos não só dos anos iniciais, mas também dos finais.
O uso da Internet ainda é algo difícil para alguns professores, pois alguns não tem familiaridade com essa ferramenta de suma importância no desenvolvimento das práticas pedagógicas em sala de aula.
Trabalhar com o auxílio da tecnologia em sala de aula é muito desafiador a esse respeito Frade e Pessoa (2015,p.69) relata que:
“considerar essas novas configurações da comunicação na escola envolve, entre outra estratégias, trabalhar em várias disciplinas a recepção de textos multimidiáticos, de forma crítica, produzir ou encenar vários programas de rádio e TV, além da utilização da comunicação pela internet,mesmo sabendo que há vários segmentos sociais que não tem acesso à internet e que no espaço escolar ainda há mais problemas de conexão, já que o acesso a comunicação online não está distribuído igualmente no país.” 
Este é um tema muito discutido pelos professores no Brasil, pois se de um lado é preciso abandonar a postura tradicional, por outro precisa buscar meios de adequação e usos das mídias em sala, necessita-se de muita discussão quanto à implantação e principalmente ao uso do celular durante a aula, pois é fundamental ter um controle no acesso ao conteúdo e direcionamento de acordo com os fundamentos da disciplina expostos pelo professor. (FRADE e PESSOA 2015, p.69)
Ainda existem muitas lacunas a esse respeito quando se faz referência quanto ao uso do computador, por exemplo é necessário primeiro ter o equipamento disponível e em seguida é preciso que os adolescentes sejam dotados das competências necessárias para poder manuseá-lo. (FRADE e GLÓRIA, 2015, p.70)
Frade e Glória (2015, P.70) nos informa que: 
“com seus desafios, um trabalho com as mídias na escola não se refere apenas a sua utilização como recurso pedagógico, como projetar um slide, assistir a um filme ou documentário para trabalhar determinado conteúdo disciplinar, pois as mídias são produtos culturais que devem se tornar objetos de estudo e de reflexão crítica."
Trabalhar com o uso das mídias é um fator integrador pois de acordo com as condições de cada aluno vai promover melhor aquisição dos conhecimentos da disciplina em questão favorece ao estudante o contato com a ludicidade e a questão da compatibilidade com o cotidiano. Afinal ensinar a usar a tecnologia também deve ser disciplina do currículo escolar. (FRADE e GLÓRIA 2015, p.69)
No Brasil a falta de acesso aos meios midiáticos é visível, grande parte da população não tem acesso á internet, sobre esse assunto Frade e Glória (2015, p.69) revela que:
“mais que pensar nas novas tecnologias , como o computador, precisamos fazer uma reflexão sobre como as mídias estão presentes no cotidiano, seja pelo rádio e cinema, que tiveram sua divulgação no início do século XX, seja pela televisão, que chegou nos anos 50 e é a mídia de maior alcance nas casas brasileiras.”
Mesmo assim, trabalhar com as mídias digitais é uma empreitada longa, seja pelas condições de acesso, pela falta de habilidade para manusear, seja pela ausência de condições em integrá-las ao tema da aula, sem deixar de falar do poder emancipador da tecnologia.
Estar dotado de conhecimentos sobre tecnologia na atualidade é saber sobressair de situações onde ela é exigida, o básico precisa ser ensinado aos alunos para que eles saiam bem nas práticas sociais e vivenciais modernas, como saber manusear o caixa eletrônico por exemplo, função que o desenvolvimento natural da sociedade exige de todos, importante frisar que não sabe manusear a tecnologia não tem capacidade de exercer plenamente seu papel dentro da sociedade, lembrando que no Brasil o processo de escolha dos representantes do povo também se dá por meio eletrônico.
Esse trabalho ainda é árduo, pois é necessário primeiro a introdução desses conceitos nas escolas, no entanto, observa-se que a falta de estrutura de muitas escolas não favorecem essa iniciação, mesmo nas casas as condições financeiras de muitas famílias são desfavoráveis, muitos sequer têm energia elétrica em suas casas e a falta de uma TV os deixa por fora de muitos acontecimentos globais.
E mesmo nas escolas que tem estrutura o trabalho deve ser planejado e sistematizado sobre essa situação Filizola (2009, p.101) informa que:
"Isso significa dizer que devemos ter a maior clareza possível sobre o que queremos desenvolver com nossos alunos, caso contrário o espontaneísmo da atividade resultará tão somente em perda de credibilidade da informática. Corre-se o risco de se ver os alunos associando ainda ao laboratório como “matação de aula”.
Outro fator a ser considerado é a preparação dos professores para lidar com os aparatos tecnológicos, muitos docentes têm a sua disposição os equipamentos, porém não tem qualificação necessária para trabalharem com eles, pois são professores com mais tempo de serviço e foram acostumados a trabalharem no modelo tradicional, é comum no Brasil a existência de professores que não sabem lidar com a tecnologia, quando que já foi demonstrado que a tecnologia é um apoio muito bom para o professor é uma aliada fiel dos alunos. (FILIZOLA, 2009, p.101)
Buscar interagir com essas ferramentas facilita o trabalho docente e a aprendizagem do alunado, pois o professor passa a conhecer e interagir com as diferentes linguagens.
De acordo com os PCNs, sobre a geografia:
As tecnologiasde comunicação permitem que os alunos tenham acesso a informações por meio de textos e imagens (fundamentais para conhecer o espaço geográfico, as diferentes paisagens e as transformações no decorrer do tempo) e também problematizar algumas relações com diferentes sistemas de representação espacial, forma de organização social, noções de distância e pontos de referência, processos de transformações, papel das ações humanas nas transformações do espaço etc. (PCNs 1998, p. 141-142).
Essas tecnologias digitais vieram aprimorar o ensino de forma geral, porém na geografia ela é de uma importância relevante, pois permite aos alunos a compreensão de diversas linguagens em diferentes momentos, tornando a assimilação dos conteúdos mais práticos. Kenski (1996) relata que os alunos aprendem de múltiplas formas, e em determinadas situações, tal ferramenta estimula o senso crítico, raciocínio, desenvolvimento cognitivo e a percepção da realidade por meio de imagens do cotidiano ou espacial que estão disponíveis na ferramenta.
O uso de ferramentas de apoio melhoram a qualidade do aprendizado nas classes, pois de acordo com os direcionamentos de usos o aluno tem a oportunidade de aperfeiçoamento e qualificação, precisa-se de um apoio técnico especializado nessas ferramentas que possam direcionar quanto aos usos, é comum hoje em dia o GPS no celular, como sabemos localização é um tema estudado em Geografia, seria muito interessante se todos pudessem saber onde se localizam no globo com um equipamento que está nas mão de grande parte da população, que é o celular. (FRADE e GLÓRIA, 2015, p.73).
Frade e Gloria (2015, P.73) relatam que: 
“assim,se o computador é um instrumento que a escola adota em seus laboratórios, não podemos nos esquecer de sua relação com outras mídias outras tecnologias digitais, como celulares, tablets, máquinas fotográficas digitais, que envolvem maiores condições de mobilidade, escapando do espaço do laboratório e pode ser usadas na escola para captar e gravar imagens, sons...” 
Algumas ferramentas digitais que podem auxiliar o professor a desenvolver uma aula prática e dinâmica como: Google maps, Google Earth, Google Drive, Dropbox, criação de conteúdo usando plataformas de áudio por meio de Podcast , dentre outras.
É importante incentivar a busca em sites e navegadores de credibilidade e ferramentas cada vez mais eficientes que melhoram a qualidade nas buscas no espaço virtual. Interessante a capacidade de adaptação dessas ferramentas às aulas não somente de Geografia como também nas outras disciplinas do currículo escolar, gerando a oportunidade da boa convivência entre a tecnologia, professores, alunos e espaço escolar.
Nessa coexistência todos os envolvidos são beneficiados, os professores aprendem novas práticas, os alunos desenvolvem a capacidade de pesquisa e o ambiente escolar se torna um espaço mais integrador e formador de cidadãos mais críticos de sua própria realidade, sendo dotados de meios para modificá-la. 
4.5 Práticas metodológicas aplicadas ao ensino da Geografia
Os estudos sobre educação demonstram que o ensino não pode mais permanecer estático no modelo tradicional, é preciso abolir essa prática das escolas, para isso todos tem que estar envolvidos no processo principalmente porque essa temática é um direito dos alunos Santos e Santos (2017, p.28) ressalta que:
"Com a facilidade e a velocidade do acesso à informação, a criança tem uma dinâmica acelerada que influencia os/os professores na busca de diferentes metodologias pedagógicas de ensino-aprendizagem e propiciar aos estudantes melhor aprendizado dos temas abordados nas salas de aula”. Santos e Santos (2017, p.28)
De acordo com as constantes mudanças sofridas pela sociedade, observa-se que o público das escolas não aprende mais de forma mecanizada como era o aprendizado antigamente, os costumes se modificaram e a ciência sempre acompanha esses avanços, a Geografia enquanto disciplina do currículo escolar também deve acompanhar esses avanços, uma vez que agrega em seus eixos conhecimentos de ordem natural e social. (FILIZOLA 2009, p.56)
Trabalhar com o lúdico é a melhor possibilidade de fixar os conteúdos repassados aos alunos “considerando que a atividade lúdica juntamente com o ato de ensinar são ações participantes de nossa vida desde os primeiros momentos, nada mais conveniente se a prática educacional estivesse indissociada do lúdico”. SILVA (2020, p.19)
É preciso ficar atento quanto à mudança de metodologias, pois novas surgem constantemente e é preciso adequar cada uma de acordo com a temática da aula do dia. Com o público de hoje é necessário essa busca constante, lembrando que toda aula merece e deve ser perfeita do ponto de vista do aprendizado.
Uma metodologia que pode surtir efeito nas aulas de Geografia são as aulas ao ar livre, observando os fatores naturais disponíveis no ambiente, para confrontar o que é ensinado na teoria com a prática, um exemplo de aulas que poderiam ser qualificadas assim é a observação dos leitos dos rios, localização, composição dos materiais que formam a estrutura do planeta entre outras.
Se houvesse uma parceria entre as escolas públicas e as instituições de ensino superior para efetuar uma troca, onde os alunos do curso de Licenciatura ou bacharelado fizessem essa mediação com os estudantes do Ensino Fundamental, beneficiando ambas as partes, onde aos alunos possibilitaria a melhor compreensão dos conteúdos aos futuros professor a experiência de entender o funcionamento de uma aula.
Praticar o que está sendo ensinado é a melhor maneira de aprender e é também função do professor, a esse respeito Leal e Bunzen (2015, p.33) revela que:
“ler livros de ficção para as crianças, produzir gráficos, elaborar maquetes, consultar mapas, escrever carta para o prefeito, entre tantas outras atividades, representam escolhas pedagógicas que revelam uma concepção de alfabetização para além do uso instrumental de recursos didáticos isolados e sem relação com a construção do conhecimento na escola.” LEAL e BUNZEN (2015).
Esses são métodos que podem ser utilizados pelo professor para melhorarem a qualidade das aulas de Geografia e podem ajudar os alunos a compreenderem melhor os conteúdos da disciplina da maneira mais lúdica possível.
Dessa forma fica evidenciado que existem muitas metodologia que podem ser aplicadas ao ensino da Geografia, cabendo sempre ao professor a função de escolher a que se adequa à aula a ser ministrada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho argumentou sobre as práticas dos docentes em Geografia e sua relação com as didáticas e metodologias de aprendizagem a serem desenvolvidas para compreendermos os fatores que interferem no processo de ensino e aprendizagem da referida disciplina, por meio de pesquisa bibliográfica, pode-se observar um ponto de vista que pede por mudanças, principalmente no modo de conduzir o ensino da Geografia, pois apesar de estar presente no cotidiano dos alunos, seus ensinamentos não estão sendo devidamente absorvidos e desenvolvidos.
Percebe-se que os professores estão buscando por qualificação, porém ainda existem muitos descasos por exemplo: ainda é possível encontrarmos professores sem formação em Geografia ministrando aula, onde sabemos que o professor deve ministrar aula dentro de sua área de formação ou não será possível o entendimento eficaz capaz de fazer o aluno cumprir com um dos objetivos da escola, que é colocar seus ensinamentos em prática no seu cotidiano, entendendo o meio em que vive e sendo capaz de modificar a realidade em que vive.
Para o melhor entendimento, foi possível perceber que o sistema educacional necessita de melhores espaços escolares para os alunos desenvolverem suas capacidades, espaços dotados de materiais visuais, tecnológicos e materiais que possam ser manipulados, pois essa também é uma nova característica no perfil dos estudantes atuais; eles aprendem muito mais fazendo, experimentando, testando as possibilidades, logo em Geografia que é dinâmica e está em constante transformação é preciso acompanhar essamudança para termos alunos mais entendidos de sua real posição dentro da sociedade.
Pelo fato de o ensino da Geografia necessitar de planejamento constante por parte de seus docentes para assim os alunos absorverem seus conceitos de maneira mais efetiva, o professor deve mudar seu ponto de vista e perceber que os adolescentes podem aprender juntos compartilhar experiências favorecendo uma melhor qualidade no ensino e nas relações estabelecidas no ambiente escolar.
Tendo em vista os dados conseguidos por meio de pesquisa bibliográfica, nota-se que os objetivos pretendidos foram alcançados, pois a mesma investigou as práticas docentes fazendo relação com as didáticas e metodologias de aprendizagem desenvolvidas no processo para compreender o fatores que interferem no ensino da Geografia a partir da visão de autores que discorrem sobre o tema. Por fim, espera-se que esta pesquisa sirva como embasamento teórico e fonte de informações capazes de fomentar o melhoramento do ensino da Geografia.
REFERÊNCIAS
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	ANO/FAIXA
	UNIDADES TEMÁTICAS
	OBJETOS DE CONHECIMENTO
	HABILIDADES
	6º
	O sujeito e seu lugar no mundo
	Identidade sociocultural
	(EF06GE01) Comparar modificações das paisagens nos lugares de vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos.
	6º
	O sujeito e seu lugar no mundo
	Identidade sociocultural
	(EF06GE02) Analisar modificações de paisagens por diferentes tipos de sociedade, com destaque para os povos originários.
	6º
	Conexões e escalas
	Relações entre os componentes físico-naturais
	(EF06GE03) Descrever os movimentos do planeta e sua relação com a circulação geral da atmosfera, o tempo atmosférico e os padrões climáticos.
	6º
	Conexões e escalas
	Relações entre os componentes físico-naturais
	(EF06GE04) Descrever o ciclo da água, comparando o escoamento superficial no ambiente urbano e rural, reconhecendo os principais componentes da morfologia das bacias e das redes hidrográficas e a sua localização no modelado da superfície terrestre e da cobertura vegetal.
	6º
	Conexões e escalas
	Relações entre os componentes físico-naturais
	(EF06GE05) Relacionar padrões climáticos, tipos de solo, relevo e formações vegetais.
	6º
	Mundo do trabalho
	Transformação das paisagens naturais e antrópicas
	(EF06GE06) Identificar as características das paisagens transformadas pelo trabalho humano a partir do desenvolvimento da agropecuária e do processo de industrialização.
	6º
	Mundo do trabalho
	Transformação das paisagens naturais e antrópicas
	(EF06GE07) Explicar as mudanças na interação humana com a natureza a partir do surgimento das cidades.
	6º
	Formas de representação e pensamento espacial
	Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras
	(EF06GE08) Medir distâncias na superfície pelas escalas gráficas e numéricas dos mapas.
	6º
	Formas de representação e pensamento espacial
	Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras
	(EF06GE09) Elaborar modelos tridimensionais, blocos-diagramas e perfis topográficos e de vegetação, visando à representação de elementos e estruturas da superfície terrestre.
	6º
	Natureza, ambientes e qualidade de vida
	Biodiversidade e ciclo hidrológico
	(EF06GE10) Explicar as diferentes formas de uso do solo (rotação de terras, terraceamento, aterros etc.) e de apropriação dos recursos hídricos (sistema de irrigação, tratamento e redes de distribuição), bem como suas vantagens e desvantagens em diferentes épocas e lugares.
	6º
	Natureza, ambientes e qualidade de vida
	Biodiversidade e ciclo hidrológico
	(EF06GE11) Analisar distintas interações das sociedades com a natureza, com base na distribuição dos componentes físico-naturais, incluindo as transformações da biodiversidade local e do mundo.
	6º
	Natureza, ambientes e qualidade de vida
	Biodiversidade e ciclo hidrológico
	(EF06GE12) Identificar o consumo dos recursos hídricos e o uso das principais bacias hidrográficas no Brasil e no mundo, enfatizando as transformações nos ambientes urbanos.
	6º
	Natureza, ambientes e qualidade de vida
	Atividades humanas e dinâmica climática
	(EF06GE13) Analisar consequências, vantagens e desvantagens das práticas humanas na dinâmica climática (ilha de calor etc.).
	7º
	O sujeito e seu lugar no mundo
	Ideias e concepções sobre a formação territorial do Brasil
	(EF07GE01) Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da formação territorial do Brasil.
	7º
	Conexões e escalas
	Formação territorial do Brasil
	(EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacionais na formação socioeconômica e territorial do Brasil, compreendendo os conflitos e as tensões históricas e contemporâneas.
	7º
	Conexões e escalas
	Formação territorial do Brasil
	(EF07GE03) Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos sociais

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