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MEDICAMENTOS EM ODONTOLOGIA Disciplina: Cirurgia Docente: Ronaldo Raivil Arruda Acadêmicos: Adalberto Celestino de Souza Amanda Xavier Silva Marina Bezerra Xavier Castro Marina Teixeira Costa Yana de Freitas Brito 1 Os profissionais da saúde legalmente aptos a prescrever são médicos, médicos veterinários, cirurgiões-dentistas – CD e os enfermeiros, conforme estabelecido na Portaria Ministério da Saúde - MS nº 1.625 de 10 de julho de 2007 (OMS, 2010) A Lei 5.081 de 24 de agosto de 1966, art. 6, item II: “Compete ao Cirurgião Dentista prescrever e aplicar especialidades farmacêuticas de uso interno e externo, indicadas em Odontologia“ (BRASIL, 1966) Introdução 2 Histórico Séc. XVIII - Infusão de plantas (Salix alba vulgaris) como antipirético 1838: Píria isolou ác. salicílico da salicina 1844: Cahours isolou ác. salicílico do óleo de Gautéria (Wintergreen) 1860: Kolbe e Lautemann obtiveram por síntese 1897: Felix Hoffmann, químico alemão, do laboratório do comerciante Friedrich Bayer e do técnico em tinturaria Johann Weskott sintetizou a fórmula do AAS; 1899: Dreser introduziu o uso clínico do AAS; 1900: BAYER produz 4,2 toneladas; 1919: marca passa domínio público; 1994: consumo de 50 mil toneladas. Registro ASPIRIN (A= acetil, spir= flor spirea, in= novos medicamentos) Fonte: Higgs et al.,1980 3 Os analgésicos ou anestésicos são medicamentos utilizados para suprir a dor . As administrações são: Via oral, subcutânea, intramuscular e transdérmica. Grupos: Opiáceos: morfina Não opiáceos: analgésicos e antipiréticos, anti-flamatórios ANALGÉSICOS ANATIBIÓTICOS Auxilia o organismo no combate de uma infecção de origem bacteriana (terapia antibiótica) ou preveni a ocorrência de uma infecção (profilaxia antibiótica). Profilaxia antibiótica: preveni a infecção de um sítio cirúrgico. Depende exclusivamente da situação sistêmica do paciente 4 Medicamentos cuja função é reduzir o grau de inflamação dos tecidos. Não – esteroidais: Conhecidos como AINEs indicados pra inflamação moderada e severa. Ação: Atuam na ciclogenase, inibindo COX -1 e COX -2 ANTI - INFLAMATÓRIOS Os antissépticos são substâncias químicas que atuam no crescimento de microrganismos patogênicos que encontram sobre tecidos vivos. Utilizam para higiene corporal e como agente antimicrobianos em alimentos e remédios. ANTISSÉPTICOS 5 • Nome e endereço do profissional que elaborou a receita. • Nome e endereço do(a) paciente. • Se o medicamento a ser tomado será de uso externo ou interno. • Nome do medicamento, forma farmacêutica e dose. • Quantidade total do medicamento a ser usado pelo(a) paciente. • Posologia. • Tempo ou duração do tratamento. • Instruções, cuidados e manejo do(s) medicamento(s). • Data da prescrição e assinatura do profissional. Receitas A OMS (2010) adverte que a receita deve conter as seguintes informações: Receituário de Controle Especial AMARELA Entorpecentes Psicotrópicos AZUL Psicotrópicos Anorexígenos BRANCA Retinóides Antirretrovirais Anabolizantes 6 Figura 3 - Modelo de Notificação de Receita tipo A fornecido pela ANVISA Receita Tipo A (amarela) Fonte: Anvisa (1998) Características: Utilizada para prescrição dos fármacos contidos nas listas : A1 e A2: analgésicos opioides e não opioides. A3: estimuladores do SNC. Validade: 30 dias. Limite de cinco ampolas se o medicamento for injetável (OMS, 2010) 7 Figura 4 - Modelo de Notificação de Receita tipo B fornecido pela ANVISA Receita Tipo B (azul) Fonte: Anvisa (1998) Características: Usadas para a prescrição dos fármacos contidos nas listas B1 e B2. B1: antiepiléticos, indutores do sono, ansiolíticos, antidepressivos e tranquilizantes. B2: anorexígenos. Validade: 30 dias. Limite de cinco ampolas se o medicamento for injetável. (OMS, 2010) 8 Figura 5 - Modelo de Notificação de Receita tipo C fornecido pela ANVISA Receita Tipo C (Branca) Fonte: Anvisa (1998) Características: Emissão em duas vias e a via do paciente deve ser carimbada no verso. Validade 60 dias (exceto antiparksonianos e anticonvulsivantes que apresentam validade de 6 meses). C1: Controle Especial – anticonvulsivantes, antiparksonianos, antiepiléticos, antidepressivos, neurolépticos e anestésicos. C2: Retinóides – tratamento de acne. C3: Talidomida (efeito teratogênico comprovado). C4: Antiretrovirais. C5: Anabolizantes. (OMS, 2010) 9 O profissional de saúde profissional da as saúde deve coletar informações do paciente, e investigar e interpretar seus sinais e sintomas, para realizar o diagnóstico. Prescrição Especificar os objetivos terapêuticos. Escolher o tratamento que considera mais eficaz. Condutas medicamentosas ou não, devem constar de forma compreensível e detalhada na prescrição para facilitar dispensação do medicamento e uso pelo paciente. Informar ao paciente sobre a terapêutica selecionada Marcar reconsulta para monitoramento do tratamento 1 2 3 4 5 6 Orientação da OMS (2010) para prescrição de Medicamentos. 10 “Não há justificativa para um cirurgião-dentista prescrever, por exemplo, medicamentos para doença de Parkinson ou mal de Alzheimer, tratar obesidade (anorexígenos), anabolizantes, déficit de atenção hiperatividade, depressão ou epilepsia” (SILVA apud CRF/MG, 2018) Principais Medicamentos Existem medicamentos que não cabem ao Cirurgião-Dentista prescrever. “Não é o medicamento em si que é permitido ou não, mas o uso a que ele se destina, podendo ser ou não indicado em Odontologia” (SILVA apud CRF/MG, 2018). O farmacêutico deve consultar livros que tratem da farmacologia na Odontologia. O Cirugião-Dentista que abusar indiscriminadamente na prescrição de medicamentos deve ser denunciado ao Conselho Nacional de Odontologia. 11 Principais Medicamentos Fonte: Silva apud CRF/MG, 2018 12 Aspectos Éticos É de responsabilidade do Cirurgião-Dentista a guarda dos formulários psicotrópico. Cuidado para que os formulários estejam em locais fechados com chave (CREMEPB,2009). As amostras grátis no consultório, são de responsabilidade do Cirurgião- Dentista e devem ser guardados em locais frescos, arejados, bem ventilados e protegidos da luz e de umidade (CREMEPB,2009). É importante frisar que a competência para normatizar a elaboração/preenchimento de receita médica é do legislador, da ANVISA e dos CRMs/CFM. Sendo obrigatório o prazo de validade das receitas e colocação da CID na receita Medica (CREMEPB,2009) É proibido a prescrição de medicamentos sem a realização prévia de um exame clinico (anamnese e exame físico) (CREMEPB,2009). 13 Referências Brasil. Lei nº 5081, de 24 de agosto de 1966. Regula o Exercício da Odontologia. Diário Oficial da União, 1990. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº344, de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico de Medicamento sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União; Brasília, DF, n. 21, de 1 fev. 1999. Seção 1, p. 29-42. CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO. Manual de orientação sobre prescrição de medicamentos controlados. Rio de Janeiro: CREMERJ, sem data. CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DA PARAÍBA. Manual de orientação básica para prescrição médica. Paraíba: CREMEPB,2009. CFRMG. Prescrição Medicamentosa na Odontologia Revista digital nº62. 2018. HIGGS, G.A.,EAKINS, K.E., MUGRIDGE,K.G.,MONCADA,S.&VANE, J.R. (1980). The effects of non-steroid anti-inflammatory drugs on leukocyte migration in carrageenin-induced inflammation Eur J. Pharmac., 66,81-86. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Medicines: rational use of medicines. Fact sheet n° 338. Maio/2010. SILVA, Ricardo Henrique Alves da; OLIVEIRA, Rogério Nogueira de; SILVA, Moacyr da. Comentários sobre a Lei n. 5.081, de 24de agosto de 1966, que regulamenta o exercício da Odontologia. In: Orientação profissional para o cirurgião dentista[S.l: s.n.], 2011. 14
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