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Aula 04 - Eletroneuromiografia

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Eletroneuromiografia – Neurologia – Ana Cláudia Neves MED 96 
 
 Introdução: a eletroneuromiografia é um exame complementar que só pode ser realizado por médicos especializados 
em neurofisiologia clínica. É preciso conhecer anatomia (eletrodos colocados em cima de raízes nervosas, tendões, 
etc), física e informática. 
 Solicitação: solicitar o exame e a área de interesse para realização. No caso do diabético e de outras neuropatias, 
como a etílica e amiloidótica, é preciso solicitar nos quatro membros, mesmo naqueles pacientes assintomáticos. 
 A eletroneuromiografia só é solicitada para avaliação de neurônios periféricos (lesões de segundo neurônio motor), 
não são utilizadas para avaliação de lesões centrais, como o AVE. 
 Indicações: 
o Neuropatias – mais importantes. 
 Polineuropatias: são as principais neuropatias em que devemos solicitar a eletroneuromiografia, 
sendo a diabética (50% dos pacientes com 25 anos de doença, apresentam a polineuropatia mesmo 
que assintomáticos) e etílica as principais (em pacientes com hipopaliestesia e hiporreflexia de 
aquileu). 
 Neuropatias compressivas: presença de tumores, fraturas e isquemias, como a neuropatia do 
radial (ocorre predominantemente em pacientes alcoólatras; indivíduos normais ao se deitarem 
sobre o MMSS, promovem essa paralisia, por compressão no canal de torção do úmero, mas, ao 
terem a sintomatologia de parestesia, despertam; os alcoólatras apresentam sono mais profundo e, 
quando acordam, já apresentam a mão em gota; o tratamento pode ser realizado com administração 
de vitamina B1, B6, B12 e eletroestimulação do nervo radial, terapias que promovem uma boa 
recuperação). 
 Plexopatias: as lesões de plexo aumentaram muito devido aos acidentes motociclísticos (também 
aumentaram a morte encefálica); comuns em traumas na região do ombro, causando estiramento 
(mais comuns em motociclistas obesos), impedindo a realização de abdução (restrição de 
movimentos). Os tumores da cintura escapular, infiltrações paraneoplásicas para os plexos 
braquiais também podem causar plexopatias. 
 Radiculopatias: podem ser causadas por compressões secundárias a patologias, como artroses, 
hérnias discais e outros. 
 Doenças do neurônio motor: esclerose lateral amiotrófica (ELA), é uma neuropatia mista, uma 
vez que atua no neurônio motor periférico e central (a eletroneuromiografia é solicitada apenas para 
avaiação do nervo periférico). 
o Miopatias – segundo grupo mais importante, compreendem a distrofia muscular progressiva e polimiosites. 
o Doenças da placa motora, como a miastenia gravis. 
 Na eletromiografia tem seus eletrodos, que serão colocados na massa muscular do paciente. 
o Deve ser solicitada simultaneamente à eletroneuromiografia para que o diagnóstico diferencial seja 
realizado; pode ser solicitada isoladamente quando o médico tem certeza que o paciente apresenta 
polimiosite ou outra doença muscular (confirmação diagnóstica). 
o 1ª fase – eletrodo no músculo em repouso, registra o silêncio elétrico (não há presença de ondas). 
o 2ª fase – eletrodo com leve contração, registra o início das ondas fásicas. 
o 3ª fase – eletrodo com contração máxima, registra as ondas polifásicas. 
o Para testar o bíceps, o mais potente flexor do antebraço (supinador longo) é utilizado para que o paciente 
atinja sua contração máxima e a mão pode ser colocada no ombro do paciente. 
o É possível encontrar miofasciculações: mostram lesão do corpo celular do segundo neurônio motor. 
 Muito comuns na ELA e quando a atrofia vai aumentando na doença, as miofasciculações vão 
desaperarecendo. 
 Também podem aparecer na poliomielite 
 Seu aparecimento pode ser estimulado através da digito percussão. 
 É patológica. 
 Corresponde à contrações de uma musculatura. 
o As fibrilações também podem ser encontradas – contrações de grupos musculares. 
o Miocimia – fisiológico, causado por mudanças de temperatura ou tensão emocional. 
 Contraindicação para eletroneuromiografia: 
o Pacientes em uso de marcapasso – o exame é feito através de uma descarga elétrica no corpo do indíviduo, 
podendo danificar o dispositivo. 
o Pacientes com diáteses hemorrágicas – paciente com púrpura, em uso de anticoagulantes.

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