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Anamnese em psiquiatria resumo

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Anamnese em psiquiatria
Identificação 
Queixa principal
História da doença atual
História psiquiátrica regressa
Uso/ abuso de spa (substancia psicoativa)
História medica pregressa
História familiar
História evolutiva e social
Exame do Estado Mental
	Consciência
	Nível: 
· Obnubilação
· Torpor
· Coma
Síndromes associadas:
· Delirium: Síndrome confusional aguda (secundária) 
· Estado onírico: paralelo à turvação da consciência, o indivíduo entra em estado semelhante a um sonho vívido.
	Campo:
· Crepuscular: obnubilação da consciência e atividade motora.
· Dissociação de consciência: fragmentação do campo.
· Transe: dissociação da consciência semelhante ao sonhar acordado- Estar ausente da consciência.
· Estado hipnótico: estreitamento de campo da consciência induzido por outro indivíduo.
· Experiencia de quase morte: Luz no fim do túnel.
	Orientação
	Orientação autopsíquica: 
Quanto a si mesmo.
Orientação alopsíquica espacial: Quanto ao espaço.
Orientação alopsíquica temporal: Quanto ao tempo.
	Desorientação:
· Torporosa: Redução do nível de consciência
· Amnéstica. Déficit de memória imediata
· Apática. Paciente deprimido
· Delirante: É secundária ao pensamento
· Por déficit intelectual: Ex: síndrome de down. Não aprendem
· Histérica: Relacionada a estreitamento de campo
· Por desagregação: Ocorre em pacientes psicóticos
· Quanto á própria idade: discrepância de cinco anos ou mais
	Memória
	Alterações quantitativas:
· Hipermnésia: lembranças afluem rápido, aumenta em número e perde em clareza
· Hipomnésia ou amnésia: Amnésia anterógrada – perda da fixação de lembranças do momento, observada em quadros dissociativos. Amnésia retrógrada – perda das lembranças de antes da doença, observadas em traumatismo cranioencefálico.
Alterações qualitativas:
· Ilusões mnêmicas: acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro. 
	· Alucinações mnêmicas: criação totalmente imaginativa, mas que parece uma memória. Comum na esquizofrenia.
· Fabulações: elementos de imaginação ou lembranças isoladas preenchem lacunas de memória.
· Criptomnésia: lembranças aparecem como se fossem fatos novos. Típico de demência tipo Alzheimer.
· Ecmnésia: recordação muito nítida do passado. Podem aparecer em crises epilépticas, quadros dissociativos, EQM.
	Atenção
	Quanto a natureza da atenção:
· Voluntaria: Focar no que quero
· Espontânea: Outro estimulo chama atenção
Quanto a direção da atenção
· Externa
· Interna 
Quanto a amplitude da atenção
· Focal
· Dispersa
		TENACIDADE
	VIGILANCIA
	Capacidade de manter o foco
	Capacidade de mudar o foco
· Tdah: Hipotenaz e hipervigil
· Deprimido	:Hipoprosexia
· Mania: hipervigilância e hipotenacidade
· Toc:	atenção e vigilância excessivas e desreguladas
· Esquizofrenia: Hipotenaz e hipervigil
	Afetividade
	· Humor: tônus afetivo do, o estado emocional basal em que se encontra a pessoa.
· Emoções: reações afetivas momentâneas, agudas, desencadeadas por estímulos.
· Sentimentos: estados afetivos estáveis;
· Afeto: o tônus emocional que acompanham uma ideia ou representação mental
· Paixões: estado afetivo intenso, que domina a atividade psíquica como um todo.
Redução dos afetos nas psicoses
· Hipomodulação do afeto: incapacidade de modular o afeto de acordo com a situação, indica rigidez na relação com o mundo
· Distanciamento afetivo e pobreza de sentimentos: Perda progressiva e patológica das vivências afetivas
· Embotamento afetivo e devastação afetiva: Perda profunda de todo tipo de vivência afetiva. É observável. (Sinal)
	Alteração do humor
· Distimia: alteração básica do humor, tanto no sentido da inibição como no sentido da exaltação.
· Disforia: Distimia acompanhada de irritabilidade.
· Hipotimia: Depressivo
· Hipertimia: alteração no sentido da exaltação e da alegria. (Euforia patológica)
· Eutimico: “Normal”
· Puerilidade: aspecto infantil, simplório, regredido.
· Irritabilidade patológica: hiper-reatividade desagradável, hostil e, eventualmente, agressiva a estímulos (mesmo leves) do meio exterior
· Moria: Alegria muito infantil. Em casos de demência e retardo.
· Êxtase: ocorre em estados de dissociação, esquizofrenia, mania.
	Alterações das emoções e sentimentos:
· Apatia: Sente nem alegria, nem raiva, nem tristeza. É subjetivo. (Sintoma)
· Paratimia: Reação diferente da esperada em determinada situação. Sorriso espontâneo e alegre ao receber notícia ruim.
· Falta de sentimento: queixa de vazio. A pessoa não sente nada, mas percebe o quão errado isso está, se incomoda. Isto diferencia da apatia e embotamento.
· Labilidade afetiva: mudanças súbita e imotivada do humor. 
· Ambivalência: Mais de um sentimento, sendo estes opostos entre si. Sentir alegria e raiva ao mesmo tempo, por exemplo.
· Neotimia: afetividade nova e bizarra. 
· Indiferença: Frieza afetiva.
· Anedonia: incapacidade de sentir prazer com determinadas atividades.
	Consciência do eu
	Alterações da consciência do eu:
· Atividade: ao pensar ou deseja algo, sente que outra pessoa desejou ou pensou aquilo.
· Identidade: relato que, atualmente, em comparação a vida anterior o Eu não é a mesma pessoa.
· Oposição: perda da sensação de fronteira e oposição entre o Eu e o mundo. Os pacientes identificam-se completamente com os objetos (pessoas, animais, máquinas) do mundo externo.
· Unidade: o Eu é divisível. sente-se “anjo e demônio ao mesmo tempo”
· Existência: não consegue sentir sua própria existência. Fala que é apenas um robô, um nada, está morto. Ocorre em quadros psicóticos.
	Pensamento
	Curso do pensamento: 
· Aceleração do pensamento
· Lentificação do pensamento
· Bloqueio ou interceptação do pensamento
· Roubo do pensamento
· Fuga de ideias
	Forma do pensamento: 
· Dissociação do pensamento
· Afrouxamento de associações
· Descarrilhamento do pensamento
· Desagregação do pensamento
	Conteúdo do pensamento:
É a temática do pensamento. 
Ex: persecutórios, depreciativos, ataque à autoestima, de poder, riqueza, grandeza ou missão, religiosos, místicos, mágicos, eróticos, sexuais, de ciúmes, de culpa, conteúdos hipocondríacos.
	Juízo de Realidade
	JUÍZO: Forma de estabelecer uma relação com o mundo discernindo o que é verdade e
o que é erro se existe ou não e distinguir uma qualidade de outra.
Alterações patológicas do juízo
· Ideias prevalentes ou sobrevaloradas: são ideias que, devido a importância afetiva adquirem marcante predominância sobre os demais pensamentos, conservando-se obstinadamente na mente.
· Delírio: são juízos patologicamente falsos. Dessa forma, o delírio é um erro do ajuizar que tem origem no adoecimento mental
	Características do delírio:
· Convicção extraordinária/certeza absoluta
· A experiência não consegue modifica-lo (mesmo com provas o delirante não consegue deixar o delírio).
· A justificativa é sempre impossível (e o conteúdo do delírio pode ou não impossível).
· O tema não é compartilhado pelas outras pessoas do meio social.
	Linguagem
	Alterações da linguagem
· Disfonia: perturbação da qualidade da voz humana, que em geral se traduz por rouquidão
· Afonia: perda, mais ou menos abrupta, da voz, de modo geral, sem causa neurológica ou laríngea
· Gagueira: dificuldade de pronunciar certas sílabas, com repetição de fonemas 
· Dislalia: deformação, da omissão ou da substituição de fonemas. (Cebolinha)
· Disglossia: alterações relacionadas a distúrbios anatômicos ou fisiológicos.
· Logorreia: produção aumentada e acelerada (taquifasia) da linguagem, podendo haver perda da lógica do discurso.
· Loquacidade: aumento da fluência verbal sem qualquer prejuízo da lógica do discurso.
· Bradifasia: fala muito vagarosa; há também, latência aumentada entre a pergunta e a resposta.
· Mutismo: ausência de resposta verbal oral
· Perseveração verbal: repetição automática de palavras ou trechos de frases, de modo estereotipado, mecânico e sem sentido, o que indica lesão neuronal.
· Ecolalia: repetição da última ou das últimas palavras que o entrevistador.
· Palilalia: repetição pelo paciente de suas palavras ou frases, que ele próprio emitiu em seu discurso.
· Logoclonia: repetiçãoautomática das últimas sílabas pronunciadas. Ele diz: “Moro em Jundiaí, aí, aí, aí”.
	· Coprolalia: emissão involuntária e repetitiva de palavras obscenas, vulgares ou relativas a excrementos
· Alogia: empobrecimento da linguagem, visto pela diminuição da fluência verbal e discurso empobrecido
· Verbigeração: repetição sem sentido comunicativo de palavras, sílabas ou trechos de frases
· Mussitação: parecido com à verbigeração, produção repetitiva de uma voz muito baixa, murmurada, em tom monocórdico, geralmente sem significado comunicativo.
· Glossolalia: produção de uma fala pouco ou nada compreensível, um verdadeiro conglomerado ininteligível de sons (ou, no plano escrito, de letras ininteligíveis).
· Pararrespostas: Reponde algo diferente da pergunta feita pelo interlocutor. 
· Neologismos: são palavras inteiramente novas, criadas pelo paciente, ou palavras já existentes que recebem acepção totalmente nova.
· Solilóquio: Fala, em voz alta, só algumas vezes com um interlocutor imaginário. Ocorre na esquizofrenia.
· Esquizofazia: salada de palavras.
· Criptolalia: linguagem totalmente incompreensível.
	Sensopercepção
	Sensação: Órgãos do sentido
Percepção: Tomada de consciência do estimulo
Representação: reapresentação de uma imagem na consciência, sem a presença real.
Imagem eidética: Evocação de uma imagem guardada na memória de forma muito precisa.
Pareidolia: imagem visualizada voluntariamente a partir de estímulos imprecisos do ambiente.
Imaginação: evocação de imagens percebidas no passado (imagem mnêmica) ou na criação de novas imagens (imagem criada). Ocorre geralmente na ausência de estímulos sensoriais.
Fantasia: produto organizado da imaginação. Ex: Fantasia sexual, tem roteiro, é grande.
Alterações quantitativas:
· Hiperestesia: sensopercepção aumentada. Ex: uso de alucinógenos, epilepsias, enxaqueca, esquizofrenia.
· Hipoestesia: diminuição global da sensopercepção. O mundo é percebido como mais escuro.
· Parestesia: sensação tátil desagradável espontânea; os “formigamentos”, “adormecimentos”.
· Disestesia: sensação anômala, geralmente dolorosa, desencadeada por estímulo externo. Ex: ao estimular a pele do paciente com calor, este refere sensação de frio
· Anestesia: perda da sensopercepção.
· Hiperpatia: sensação desagradável (geralmente de queimação dolorosa) produzida por estímulo leve. 
	Alterações qualitativas:
· Ilusões: percepção alterada de um objeto normal. Comum rebaixamento de nível.
· Alucinações: percepção clara de um objeto (som, imagem), sem uma base real.
· Alucinações Auditivas: simples (ruídos), Complexas (audioverbal – imperativas, comentadoras de atos...)
· Alucinações Visuais: simples (fotopsias), complexas (configuradas – imagens de pessoas partes do corpo)
· Alucinações Táteis, olfativas e gustativas
· Alucinações Cenestésicas: (dores em órgãos viscerais), Cérebro encolhendo
· Alucinações Cinestésicas (sensação de movimento, flutuação).
· Alucinação sinestésica: experiências alucinatórias combinadas. Ex: Vê a música colorida.
· Alucinações Funcionais: A alucinação é desencadeada por algum estímulo sensorial. Ex: Badalada da igreja
· Alucinações Extracampinas: ver através do campo visual. Através de uma parede, por exemplo. 
· Alucinações Hipnagóticas: (adormecendo) 
· Alucinações hipnopômpicas: (acordando): alucinações que acontecem na transição sono-vigília.
	· Alucinações Autoscópica: Alucinação visual na qual o indivíduo enxerga a si mesmo. (Ex EQM).
· Alucinose: É secundário. o paciente percebe que aquela alucinação não é real. Ex: Intoxicações.
· Estranheza do mundo percebido: O mundo é percebido alterado, bizarro, difícil de ser definido. Ex: ver um copo e estranhar a palavra copo. (Comum no início do quadro de surto psicótico)
 Psicopatologia da imaginação
· Pseudologia fantástica ou mitomania: fenômeno no qual a atividade imaginativa é tão intensa para o indivíduo que ele tem dificuldade de diferenciá-la da realidade.
 Alterações da representação
· Pseudoalucinação: o indivíduo tem a percepção de uma imagem representativa. 
· Imagem pós-óptica: após se fixar em uma imagem real por um determinado tempo, ela persiste como imagem mnêmica, mesmo que não haja mais a exposição.
· Alucinação psíquica: imagem alucinatória sem um verdadeiro caráter sensorial (vozes sem ruído, palavras sem som, etc.) Ex: paciente falar que está sentindo a presença de um espirito, mas fala que não estava vendo, mas está sentindo.
· Alucinação negativa: ausência de visão de objetos reais presentes no campo visual do paciente. 
	Vontade
	 Alteração da vontade:
· Hipo/abulia: diminui ou exclui à vontade. 
· Impulsividade: agir e reagir de forma rápida, não planejada, sem preocupação sobre consequências negativas para si ou para os outros. Egossintônico
· Compulsão: É reconhecido pela pessoa e é indesejável, mas não consegue controlar. Há sensação de alívio ao realizar o ato. Egodistônico
· Negativismo: oposição do indivíduo às solicitações 
· negativismo ativo: o paciente faz o oposto ao solicitado;
· negativismo passivo: simplesmente nada faz quando solicitado pelo ambiente.
· Obediência automática: oposto do negativismo. Ocorre principalmente na esquizofrenia catatônica.
· Fenômeno em eco: repete automaticamente os últimos atos do entrevistador durante a consulta. 
· Atos, vontades, impulsos controlados: queixa-se que forças externas comandam vontades e atitudes.
	 Tipos de impulsos e compulsões patológicas
· Automutilação: É o impulso (ou a compulsão) seguido de comportamento de autolesão.
· Frangofilia: Impulso patológico de destruir os objetos que circundam o indivíduo.
· Piromania: impulso de colocar fogo a objetos, prédios, lugares, etc.
· Bulimia: após comer, ocorre sentimento de culpa, medo de engordar. induz vômitos ou usa laxativos. 
· Dipsomania: ingestão rápida de grandes quantidades de álcool. O indivíduo bebe seguidamente até ficar inconsciente; a crise é superada, voltando o paciente à situação anterior e costuma haver amnésia retrógrada para o ocorrido. 
· Potomania: É a compulsão de beber água ou outros líquidos sem que haja sede exagerada
	Psicomotricidade
	 Alterações da psicomotricidade:
· Agitação (hipercinesia): Movimentação intensa e desordenada. Comum associar-se a hostilidade.
· Bradicinesia: Lentificação generalizada dos movimentos. Associa-se a bradipsiquismo. 
· Estupor: Perda de toda atividade espontânea.
· Catalepsia: Há aumento do tônus muscular.
· Flexibilidade cerácea: Parte do corpo ou corpo inteiro permanece na posição colocada pelo examinador.
· Cataplexia: Perda abrupta do tônus muscular.
· Maneirismo: estereotipia motora caracterizado por movimentos bizarros e repetitivos.
 Alterações da marcha
· Marcha espástica: O paciente caminha traçando com o membro inferior comprometido um semicírculo, daí o termo “marcha ceifante”. 
· Marcha atáxica das síndromes cordonais (ataxia sensitiva): passos desordenados; a marcha é insegura; e as pernas estão afastadas uma da outra. O indivíduo projeta as pernas com energia sobre o solo, tocando-o com o calcanhar 
· Marcha das lesões vestibulares: A marcha é insegura; o paciente apresenta desvio ou queda na direção do lado lesionado
	· Marcha atáxica das síndromes cerebelares: necessita-se ampliar a base de sustentação para permanecer de pé. O andar é bastante vacilante, com a base de sustentação alargada e tendência à queda. Ao solicitar ao paciente que ande em linha reta, ele apresenta desvios, como se estivesse embriagado
· Marcha das polineuropatias periféricas (álcool, arsênico): marcha acompanhada de hiperestesia dolorosa nas plantas dos pés. O paciente caminha com pequenos passos, evitando apoiar todo o peso do corpo sobre os pés (caminha como se andasse sobre areias muito quentes, escaldantes).
· Marcha das afecções extrapiramidais: (doença de Parkinson): marcha em bloco. Os passos são curtos, e a marcha, vagarosa. 
· Marcha dos quadros pseudobulbares: Trata-se de uma marcha de pequenos passos; o paciente arrasta os pés e caminha com passos curtos e irregulares.
· Marcha das miopatias:Há amplo afastamento das pernas, lordose exagerada e movimentos oscilatórios dos quadris (“marcha anserina”, por se assemelhar ao andar de um pato).
 Outras alterações psicopatológicas da psicomotricidade
· hiperventilação psicogênica: a respiração se acelera, fica quase imperceptível e é marcada por suspiros.
· Hipopragmatismo: é a dificuldade ou incapacidade de realizar condutas volitivas e psicomotoras minimamente complexas, como cuidar da higiene pessoal, limpar o quarto.
Semiotécnica
Semiotécnica da consciência
	· Lembrar que qualquer alteração do nível de consciência repercute no funcionamento global do psiquismo. 
· O nível de consciência deve ser averiguado no início da avaliação do paciente.
· Observar a fácies e a atitude do paciente e, se possível, notar se ele está desperto, levemente sonolento ou claramente sonolento.
· Notar se o paciente está perplexo, com dificuldade de integrar coerentemente os estímulos ambientais, se a atenção está diminuída e a concentração prejudicada.
· Lembrar que é por meio da orientação (sobretudo temporoespacial) que, muitas vezes, se verifica a alteração no nível de consciência. Perguntar sobre dia da semana, do mês, em que mês e ano estamos e, aproximadamente, que horas são no momento.
· Teste da parede ou do papel branco: pedir ao paciente que olhe atenta e fixamente para uma parede branca (ou papel grande branco); o indivíduo com leve rebaixamento do nível de consciência pode, ao fazer isso, apresentar alucinações visuais simples ou complexas.
Semiotécnica da orientação
	Orientação temporal:
	Orientação espacial:
	Orientação autopsíquica:
	· Que dia é hoje? 
· Qual o dia da semana? 
· Qual o dia do mês? 
· Em que mês estamos? 
· Em que ano estamos? 
· Qual a época do ano (começo, meio ou fim do ano)? 
· Aproximadamente que horas são agora? 
· Lembrar-se de que alguns sujeitos com baixa escolaridade (menos de oito anos) podem, eventualmente, apresentar dificuldades na orientação temporal e, sobretudo, nas noções de duração e continuidade temporal 
	· Onde estamos? 
· Como se chama a cidade em que estamos? 
· E o bairro? 
· Qual o caminho e quanto tempo leva para vir de sua casa até aqui? 
· Que edifício é este (hospital, ambulatório, consultório, etc.) em que estamos? 
· Em que andar estamos?
	· Quem é você? 
· Qual o seu nome? 
· O que faz? 
· Qual a sua profissão? 
· Quem são seus pais? 
· Qual a sua idade (verificar a idade real do paciente)? 
· Qual o seu estado civil?
Semiotécnica da memória
	Perguntas relativas à memória recente (apresentar-se inicialmente ao paciente)
	Perguntas relativas à memória remota
	· Há quanto tempo está nesta enfermaria (ou neste serviço de saúde, consultório)?
· Onde dormiu na última noite?
· Onde esteve ontem? E há uma semana? No mês passado?
· O que comeu ontem? E hoje?
· A que horas se levantou da cama?
· Trabalhou ou estudou ontem? E hoje?
· Há quanto tempo estamos conversando?
· Quem sou eu e qual é meu nome?
	· Estado civil?
· Com que idade casou?
· Como se chama seu cônjuge?
· Que idade tem seu cônjuge?
· Em que cidade casou?
· Tem filhos? Como se chamam? Que idade têm?
· Como se chamam seus pais? Vivem ainda? Que idade têm?
· Onde nasceu?
· Foi à escola? Qual é o nome da escola/faculdade que cursou?
· Lembra-se do nome de algum professor?
	· De algum colega de escola?
· Como era a cidade de sua infância e a de sua juventude?
· O que fez, em termos de trabalho ou atividade, no passado?
· Como aprendeu?
· Em que eleições você votou?
· Lembra-se do nome dos últimos presidentes?
· Se for viúvo/a, qual a data e causa da morte do cônjuge?
· Se for divorciado/a (separado/a), qual a data e motivo do divórcio (separação)?
Semiotécnica do pensamento
	Perguntas para verificar o desenvolvimento e a estrutura global do pensamento (capacidade de abstração e de generalização e o grau de sofisticação das respostas):
	Ao longo da entrevista, verificar o curso do pensamento:
	Verificar as formas e os tipos de pensamentos:
	Caso se trate de pensamento desorganizado, incoerente, verificar:
	· Que diferença há entre a mão e o pé? Entre o boi e o cavalo? Entre a água e o gelo? E entre o cristal e a madeira?
· Entre 1 kg de chumbo e 1 kg de palha, o que pesa mais? Que diferença há entre falar uma coisa errada e dizer uma mentira? E entre a admiração e a inveja? E entre ser uma pessoa econômica e ser uma pessoa mesquinha, um “pão-duro”?
· Que semelhanças há entre o carro, o trem e o avião?
1.Resposta precária e concreta: “São coisas”.
2.Resposta correta, mas ainda concreta: “Servem para a gente andar”.
3.Resposta com bom nível de generalização: “São veículos ou meios de transporte”.
· Que semelhança há entre o martelo, a enxada e o trator? (Mesmo tipo de interpretação)
	· Como flui o pensamento do paciente, seu curso (velocidade, ritmo), forma e conteúdo? 
· O pensamento é lento e difícil ou rápido e fácil? 
· O raciocínio alcança seu objetivo, chega a um ponto final, ou fica “orbitando” em temas secundários?
	· O pensamento é coerente e bem compreensível? Ou é vago, com trechos incompreensíveis? 
· O pensamento é predominantemente incompreensível, muito incoerente? 
· Há associações por assonância? 
· Há fuga de ideias? 
· É concreto ou revela capacidade de abstração e uso de símbolos e categorias de generalização? 
· O pensamento respeita a realidade ou segue os desígnios dos desejos e temores do paciente?
	· Tal desorganização é do tipo confusional (alteração da consciência), demencial (alteração da cognição) ou deficitário (pobreza homogênea)? 
· Estão presentes alterações características da esquizofrenia (afrouxamento, descarrilhamento, desagregação)?
· Há ideias ou pensamentos do tipo obsessivo?
· Quais são os conteúdos, os temas, mais recorrentes e marcantes no discurso do paciente?
Semiotécnica da atenção
	· Fazer perguntas de triagem sobre dificuldades atencionais ao paciente e à pessoa que o acompanha (em especial a ele): 
· Tem dificuldade para se concentrar? 
· Distrai-se com facilidade? 
· Não escuta quando lhe falam? 
· Tem problemas para terminar tarefas? 
· Não consegue organizar as tarefas? 
· Perde seus pertences ou coisas necessárias para a realização de tarefas? 
· Esquece com muita frequência seus pertences em lugares variados? 
· Solicitar ao paciente que olhe os objetos que estão na sala da entrevista e logo em seguida cite o que viu.
	Perguntas relativas à memória recente (apresentar-se inicialmente ao paciente)
	Perguntas relativas à memória remota
	· Há quanto tempo está nesta enfermaria (ou neste serviço de saúde, consultório)?
· Onde dormiu na última noite?
· Onde esteve ontem? E há uma semana? No mês passado?
· O que comeu ontem? E hoje?
· A que horas se levantou da cama?
· Trabalhou ou estudou ontem? E hoje?
· Há quanto tempo estamos conversando?
· Quem sou eu e qual é meu nome?
	· Estado civil?
· Com que idade casou?
· Como se chama seu cônjuge?
· Que idade tem seu cônjuge?
· Em que cidade casou?
· Tem filhos? Como se chamam? Que idade têm?
· Como se chamam seus pais? Vivem ainda? Que idade têm?
· Onde nasceu?
· Foi à escola? Qual é o nome da escola/faculdade que cursou?
· Lembra-se do nome de algum professor?
	· De algum colega de escola?
· Como era a cidade de sua infância e a de sua juventude?
· O que fez, em termos de trabalho ou atividade, no passado?
· Como aprendeu?
· Em que eleições você votou?
· Lembra-se do nome dos últimos presidentes?
· Se for viúvo/a, qual a data e causa da morte do cônjuge?
· Se for divorciado/a (separado/a), qual a data e motivo do divórcio (separação)?
Semiotécnica da afetividade
	Perguntas relativas a afetividade
	Humor ansioso: 
· Sente-se nervoso(a)? 
· Sente-se agoniado(a)? 
· Com inquietação interna? 
· Sente angústia ou ansiedade?
· Sente medos ou temores? 
· Sente-se tenso(a)? 
· Tem dificuldades para relaxar? 
· Tem dificuldades para se concentrar? 
· Tem insônia? 
· Sente dores de cabeça, dores nas costas, etc. 
· Tem taquicardia, falta de ar?
	Humor irritado:
· Você tem-se irritado com mais facilidade que antes? 
· Os ruídos (da rua,de pessoas falando, de buzinas, etc.) o(a) incomodam muito? 
· As crianças o(a) incomodam? 
· Tem discutido ou brigado com facilidade? 
· Às vezes acha que vai explodir? 
· Os nervos estão à flor da pele? 
· Tem, às vezes, vontade de matar ou esganar alguém?
	Humor triste, apático ou inibido: 
· Você tem-se sentido triste ou melancólico(a)? 
· Desanimado(a)?
· As coisas que antes lhe davam prazer agora lhe são indiferentes? 
· Sente-se cansado(a), sem energia? 
· Sente-se fraco(a)?
· Não se alegra com mais nada? 
· Perdeu (ou aumentou) o apetite ou o sono?
· Perdeu o interesse pelas coisas? 
· Tem vontade de sumir ou morrer? 
· Sente que não tem mais saída (desesperança)? 
· Sente tédio? 
· Realizar as tarefas rotineiras passou a ser um grande fardo para você? 
· Prefere se isolar, não receber visitas? Sente um vazio por dentro? 
· Às vezes, sente-se como se estivesse morto(a)?
	Humor hipertímico (alegre): 
· Sente-se mais alegre que o comum?
· Mais disposto(a)? 
· Tem, nos últimos dias, mais vontade de falar e andar que geralmente? 
· Sente-se mais forte? 
· Mais poderoso(a)? 
· Sente o tempo passar mais rápido? 
· Tem muitos amigos? 
· Eles são importantes? 
· Tem propriedades ou é uma pessoa influente? 
· Você se acha inteligente? 
· Acha-se uma pessoa especial?
	· Verificar, para todas as alterações do humor, se são mais frequentes e intensas pela manhã, à tarde ou à noite.
· Verificar o padrão de reações emocionais do paciente (reações emocionais intensas ou atenuadas, fáceis ou difíceis de serem desencadeadas, rápidas e superficiais ou profundas e duradouras, etc.). 
· Investigar os sentimentos predominantes que o indivíduo tem pelas pessoas significativas de seu convívio. 
· Perguntar, por exemplo: Você tem muitos amigos? Você os vê com que frequência? Como você se dá com seus familiares? Você tem relacionamentos íntimos com amigos ou parentes? Como são esses relacionamentos? Tem inimigos ou pessoas que odeia? Como isso começou?
· Perguntar há quanto tempo o paciente tem os sintomas, o que os desencadeou, o que os faz piorar ou melhorar. Os afetos que o paciente está apresentando recentemente diferem do padrão afetivo do paciente ao longo de sua vida?
Semiotécnica do juízo de realidade
	Semiotécnica do delírio e dos demais transtornos do juízo de realidade
	· Iniciar a entrevista com perguntas neutras (idade, estado civil, onde mora, etc.). Após ter estabelecido esse contato, com cuidado ir “chegando perto” dos delírios. Sempre que o paciente relatar o delírio ou algo dele, perguntar “como é que você sabe disso?”, “como chegou a essas conclusões?”. A seguir, são apresentadas perguntas referentes aos distintos tipos de delírio.
Delírios de perseguição
· Você tem motivos para desconfiar de alguém? 
· Alguém tentou prejudicá-lo? 
· Recebeu ameaças? 
· Foi roubado ou enganado? 
· Alguém o persegue?
· Tem inimigos? Insultam-no? Por que motivos? 
· Trata-se de um complô, de uma “armação”, de uma máfia? 
· Como se comporta sua família em relação a você? Também querem prejudicá-lo? 
· E seu cônjuge, confia nele? Também quer prejudicá-lo? 
· Quando começou a perseguição e por que motivo? 
· Você está certo do que me disse ou acha que podem ser “coisas de sua imaginação”? 
· Você não está enganado? 
· Como pensa defender-se desses perigos?
 Delírios de referência
· Observou se as pessoas falam de você quando conversam?
· Tem notado se, na rua ou em outro lugar, alguém o segue ou espia? 
· Alguém faz gestos ou sinais quando você passa?
· Viu nos jornais ou na televisão alguma coisa a seu respeito?
· Conhece as pessoas que fazem essas coisas? Que intenção elas têm?
	Delírios de influência
· Já sentiu algo externo influenciando seu corpo?
· Já recebeu algum tipo de mensagem? 
· Alguma força externa influencia ou controla seus pensamentos? 
· Já teve a sensação de que alguém ou algo pode ler sua mente? 
· Já sentiu que seus pensamentos podem ser percebidos ou ouvidos pelos outros? 
· Tem a sensação de que controlam seus sentimentos, seu corpo ou suas vontades?
Ideias/delírios de ciúmes: 
· Você confia no seu cônjuge? 
· Tem motivos para suspeitar de sua fidelidade? 
· Tem provas de que o enganou ou o traiu? 
· Como foi que começou? 
· Como tem certeza de que o traiu?
Delírios depressivos e hipocondríacos
· Tem pensamentos tristes ou negativos?
· Há algo de que se arrepende? 
· Fez mal a alguma pessoa? 
· Culpam-no de algum crime ou falta? 
· As pessoas reprovam ou condenam seu comportamento? 
· Teme arruinar-se? 
· Acha que não poderá mais trabalhar e que sua família passará fome? 
· Preocupa-se com sua saúde? 
· Que partes de seu corpo estão doentes? 
· Algo está errado com ele? 
· Falta algo em seu corpo? 
· Alguma parte dele está podre ou estragada?
	Delírios de grandeza: 
· Sente-se especialmente forte ou capaz? 
· Tem algum talento ou alguma habilidade especial? 
· Tem projetos, realizações especiais para o futuro? 
· Aumentou ultimamente sua capacidade para o trabalho? 
· Observou se uma pessoa importante se interessa por você? 
· Você é uma pessoa rica?
Delírios religiosos: 
· Você é uma pessoa religiosa? 
· Já teve contato ou recebeu influências de espíritos ou forças sobrenaturais? 
· Você sente que tem uma relação especial com Deus? 
· Teve contato com forças sobrenaturais, como espíritos, anjos ou demônios? 
· Já conversou com Deus? 
· Já conversou com espíritos?
ideias obsessivas
· Há pensamentos que surgem com frequência em sua mente? 
· Quais são esses pensamentos? 
· Eles se repetem constantemente? 
· De onde vêm tais pensamentos? 
· São seus mesmos? 
· São desagradáveis? 
· Você faz algo para livrar-se deles? 
· Pratica rituais (de verificação, de limpeza, etc.) para atenuar ou neutralizar esses pensamentos?
Semiotécnica da linguagem
	PRODUÇÃO DA LINGUAGEM
	QUALIDADE DA LINGUAGEM
	· Como é a fala do paciente? 
· Ele fala espontaneamente ou apenas quando solicitado? 
· Caso não fale, é possível notar se se recusa ou é incapaz de falar? 
· A fala é lenta ou rápida? 
· Percebe-se a fala como incoercível, inibida ou interceptada?
	· As respostas do paciente às perguntas do entrevistador são coerentes ou incoerentes?
· Seu discurso é compreensível, parcialmente compreensível ou totalmente incompreensível?
· O discurso é gramaticalmente correto ou incorreto? 
· O paciente pode produzir uma narrativa coerente? 
· É capaz de entabular um diálogo interativo com o interlocutor?
· O paciente emprega palavras estranhas ou bizarras?
· Há neologismos ou paralogismos? 
· Há ecolalia, palilalia ou logoclonia?
· Verificam-se repetições estereotipadas no discurso do paciente?
· Há tiques verbais? 
· Há verbigeração ou mussitação?
· O paciente tem dificuldades em encontrar as palavras? Usa termos vagos ou específicos? Seu vocabulário é pobre, mediano ou rico?
Semiotécnica da sensopercepção 
	 Alucinações auditivas
Perguntas iniciais: 
· Tem observado coisas que não consegue explicar? 
· Tem ouvido vozes de pessoas estranhas ou desconhecidas? 
· Ouve vozes sem saber de onde vêm? 
· São ruídos, murmúrios ou vozes bem claras?
Perguntas posteriores: 
· Entende o que dizem as vozes? 
· Elas vêm de perto ou de longe? 
· O volume é alto ou baixo? 
· São pessoas conhecidas ou desconhecidas? 
· São vozes de homens, mulheres ou crianças? 
· As vozes vêm de dentro da cabeça ou de fora do corpo? 
· Por qual dos dois ouvidos ouve as vozes? 
· Vê ou sente as pessoas que lhe falam?
· Desagradam-lhe as vozes que ouve? 
· Fica irritado(a)? 
· Tem medo? Por quê? 
· Que lhe dizem as vozes? 
	· Xingam, insultam ou ameaçam? 
· As vozes falam com você? 
· Comentam algo sobre você? 
· As vozes ordenam ou proíbem alguma coisa?
· As vozes são seu próprio pensamento em voz alta? 
· São repetições de seus pensamentos? 
· São palavras isoladas, frases ou parágrafos? 
· Por favor, repita textualmente o que dizem as vozes. Acredita que eu também possa ouvi-las? 
· Ouviu as vozes durante a entrevista? 
· As vozes que o(a) senhor(a) ouve são reais ou produtos de um transtorno ou doença?
 Alucinações visuaisPerguntas iniciais: 
· Tem visto algo estranho, que lhe chamou atenção? 
· Talvez tenha percebido visões, animais, homens, figuras, sombras, fogo, fantasmas, demônios ou coisas do tipo?
	Perguntas posteriores:
· Essas visões se mexiam ou eram fixas? 
· Assustou-se com elas? 
· As visões se aproximam ou se afastam de você? 
· São escuras ou claras? São coloridas? De que cor? 
· Tem as visões apenas de noite ou também de dia? 
· Apenas quando está acordando ou adormecendo ou a qualquer hora? 
· O que vê? Descreva para mim. 
· De onde vêm essas visões?
 Alucinações olfativas e gustativas
Perguntas iniciais:
· tem notado sabor ou cheiro diferente nos alimentos? 
· Os cheiros eram agradáveis ou desagradáveis?
Perguntas posteriores: 
· de onde você acredita que vêm esses cheiros ou o gosto ruim? 
· Alguém tem desejado envenená-lo(a)? 
· O cheiro passou rápido ou durou muito tempo?
	Alucinações táteis e cenestésicas
Perguntas iniciais: 
· sente algo estranho em seu corpo? 
· Sente algo estranho dentro de seu corpo? 
· Essas sensações são agradáveis ou desagradáveis? 
· Incomodam-lhe correntes elétricas ou influências estranhas?
Perguntas posteriores: 
· sente como se lhe tocassem o corpo, beliscassem, batessem ou beijassem? 
· Tem a sensação de que tocam nos seus genitais? 
· Sente como se houvesse um animal ou inseto dentro de seu corpo?
 Alucinações cinestésicas
Perguntas iniciais: 
· sente movimentos no corpo, como se levasse um empurrão? 
· Sente como se o chão oscilasse?
Perguntas posteriores: 
· tem feito movimentos contra sua vontade? 
· Partes de seu corpo têm mudado de posição sem seu controle? 
· Sente como se levantassem seu corpo no ar?
Semiotécnica da Vontade
	Semiotécnica da ideação e do impulso suicidas
	· Após contato inicial e estabelecimento de um contato empático minimamente bom com o paciente (rapport), inquirir do modo que seja mais fácil para ele falar sobre o tema, começando a perguntar sobre o desejo de “desaparecer”, de “sair de cena”, de “dormir para sempre”, até o desejo definido de “se matar”. O paciente potencialmente suicida sente-se, muitas vezes, aliviado por poder falar sobre o tema (você não estará dando ideias para ele). 
· Perguntar, por exemplo: Às vezes, você se sente tão mal que gostaria de desaparecer, dormir muito tempo, sair de cena ou não mais viver?
· Pensa em terminar com sua vida? Já fez alguma coisa no sentido de realizar tais ideias?
· Verificar se o paciente pensa em adquirir ou se já comprou veneno, remédios, uma corda, um revólver, etc. Verificar se ele tem outros sentimentos, ideias ou atos autodestrutivos. Perguntar se já tentou o suicídio alguma vez.
	FICAR ATENTO A PACIENTES QUE:
· 1.Tentaram o suicídio recentemente (nos últimos meses ou anos) e continuam com graves problemas.
· 2.Estavam muito deprimidos e “melhoraram” subitamente (pois tal “melhora” pode resultar do fato de, finalmente, ter decidido cometer o suicídio e, assim, livrar-se do sofrimento).
· 3.Embora neguem o impulso suicida, comportam-se de forma muito autodestrutiva, revelando seu potencial suicida.
· 4.“Resolvem” seus negócios (vendem pertences, fazem testamento, etc.) sem motivo aparente.
· 5.Saíram de alta, há menos de 4 semanas, de uma internação psiquiátrica, por tentativa de suicídio.
Semiotécnica da psicomotricidade
	Semiotécnica resumida da apraxia
	· As apraxias são avaliadas solicitando-se ao paciente comandos simples, como: feche os olhos! ou lamba seus lábios! Pede-se ao indivíduo que realize, com a mão direita (e depois com a esquerda), ações como fazer de conta que irá pentear os cabelos, escovar os dentes, cortar as unhas. É possível também pesquisar o uso de objetos, solicitando-se ao paciente que imite o ato de acender um fósforo ou usar o telefone.
· solicita-se ao indivíduo que desenhe um cubo e que tire e vista novamente sua camisa e seus sapatos. Avalia-se e descreve-se cuidadosamente seu desempenho nessas tarefas.
	Semiotécnica da volição e da psicomotricidade
	· O paciente comparece à consulta por iniciativa própria ou é trazido por alguém?
· A atitude geral do paciente é passiva ou ativa? Colabora com o entrevistador, é indiferente ou se opõe a ele?
· Como são seus movimentos espontâneos? Seus gestos são lentos e “difíceis” ou rápidos e “fáceis”? Anda de um lado para outro? Esfrega as mãos? Mexe as pernas inquietamente?
· Como é sua mímica de repouso?
· O tom da voz é alto, baixo ou estridente?
· Fala espontaneamente ou apenas quando solicitado?
· Mostra-se hostil, contrariado, agressivo? Parece ter dificuldades em controlar seus impulsos?
· O paciente parece estar pronto a explodir a qualquer momento?
· Faz movimentos inadequados? Faz movimentos ou gestos bizarros?
· O paciente parece ter dificuldade em controlar suas emoções?
Pragmatismo: 
· O que você tem feito nos últimos dias e semanas? 
· Tem sido capaz de trabalhar ou estudar no último mês? 
	· O que você tem sido capaz de fazer? 
· Tem dificuldade em terminar o que começa? 
· O que faz para se divertir?
Impulsividade: 
· Perguntar ao paciente, mas, sobretudo, aos acompanhantes: Ele (você) responde sem pensar? 
· Interrompe com frequência os outros? 
· Não consegue esperar sua vez? 
· Tem pavio curto, é explosivo? Descreva as explosões.
Julgamento e sentimento moral: 
· Se você encontrasse um envelope endereçado e selado em uma calçada, o que faria? 
· Se encontrasse uma carteira com dinheiro e com uma carteira de identidade em uma calçada, o que faria?

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