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MALÁRIA 1. ciclo parasitológico da malária; 2. fisiopatologia da malária; 3. sinais e sintomas da malária; 4. diagnostico; 5. como o impacto ambiental pode alterar o ciclo parasitológico; Ciclo parasitológico da malária · A malária é uma doença infecciosa parasitária · A transmissão natural da malária ocorre por meio da picada de fêmeas infectadas de mosquitos do gênero Anopheles. Podendo também ocorrer por: Transfusão sanguínea, Uso de drogas injetáveis e etc. · cujos criadouros preferenciais são coleções de água limpa, quente, sombreada e de baixo fluxo, muito frequentes na Amazônia brasileira. · O maior grupo de risco são as crianças e gestantes. Vetor: · A malária é transmitida pelo mosquito da Família Culicidae e Gênero Anopheles. Estes, possuem metamorfose completa, ou seja, passam pelos estágios de ovo, larva, pupa e adulto. Os estágios de ovo, larva, pupa são aquáticos. Os adultos são terrestres. · Os criatórios para o desenvolvimento aquático: Água limpa, fria e corrente com sombra. · Os ovos são elípticos. Cada fêmea põe 50-500 ovos. As pupas têm formato de vírgula e constituem o estágio de transição para a forma adulta. Quando adultos, as fêmeas são hematófagas e precisam do repasto sanguíneo completo para o amadurecimento dos ovos. · O gênero Anopheles é composto por cerca de 450 espécies, 41 estão en- volvidas na transmissão do Plasmodium ao homem e, dentre elas, nove estão distribuídas nas Américas Parasita A malária é causada pelo protozoário do Gênero Plasmodium. Existem cinco espécies de Plasmodium causadoras da doença em humanos: · Plasmodium ovale, · Plasmodium knowlesi, · Plasmodium falciparum, · Plasmodium vivax · Plasmodium malariae. Os parasitos do gênero Plasmodium variam em tamanho, forma e aparência. Ciclo biológico do plasmodium Ciclo humano: · A infecção inicia-se quando os parasitos (esporozoítos) são inoculados na pele pela picada do vetor, os quais irão invadir os hepatócitos. dando início ao ciclo pré-eritrocítico ou esquizogonia tecidual. · A duração varia de acordo com a espécie variando em média cerca de 1- 2 semanas Nessas células multiplicam-se e dão origem aos merozoítos, que rompem os hepatócitos e, caindo na circulação sanguínea, vão invadir as hemácias, dando início à segunda fase do ciclo, chamada de esquizogonia sanguínea. É nessa fase sanguínea que aparecem os sintomas da malária. · O desenvolvimento do parasito nas células do fígado requer aproximadamente uma semana para o P. falciparum e P. vivax e cerca de duas semanas para o P. malariae. Nas infecções por P. vivax e P. ovale, alguns parasitos se desenvolvem rapidamente, enquanto outros ficam em estado de latência no hepatócito. São, por isso, denominados hipnozoítos. Esses hipnozoítos são responsáveis pelas recaídas da doença, que ocorrem após períodos variáveis de incubação (geralmente dentro de seis meses). · Na fase sanguínea do ciclo, os merozoítos formados rompem a hemácia em um prazo entre 24-48h e invadem outras, dando inicio a ciclos repetitivos de multiplicação eritrocitária. Os ciclos eritrocitários repetem-se de acordo com a espécie etiológica da. Depois de algumas gerações de merozoítos nas hemácias, alguns se diferenciam em formas sexuadas: os macrogametas (feminino) e microgametas (masculino). Esses gametas no interior das hemácias (gametócitos) não se dividem e, quando ingeridos pelos insetos vetores, irão fecundar-se para dar origem ao ciclo sexuado do parasito. Ciclo parasito. · A reprodução sexuada (esporogônica) do parasito da malária ocorre no estômago do mosquito, após a diferenciação dos gametócitos em gametas e a sua fusão, com formação do ovo (zigoto). Este se transforma em uma forma móvel (oocineto) que migra até a parede do intestino médio do inseto, formando o oocisto, no interior do qual se desenvolverão os esporozoítos. · O tempo requerido para que se complete o ciclo esporogônico nos insetos varia com a espécie de Plasmodium e com a temperatura, situando-se geralmente em torno de 10 a 12 dias. · Os esporozoítos produzidos nos oocistos são liberados na hemolinfa do inseto e migram até as glândulas salivares, de onde são transferidos para o sangue do hospedeiro humano durante o repasto sanguíneo. Fisiopatologia da malária: · O paciente geralmente se mantém assintomático desde a picada do mosquito e por toda a faze pré-eritrocítico. · Na fase eritrocítica aparece o Paroxismo que se caracteriza por calafrios que duram 10 a 15 minutos seguidos de 2 a 6 horas de febre de forma cíclica e intermitente, onde seu intervalo depende do tipo de plasmodium, · Por exemplo: P. Falciparum, P. Vivax e P. ovale produzem essa hemólise a cada 48 horas, já o P. Malariae são a cada 72 horas. Resultando em anemia hemolítica. · Um pigmento marrom derivado da hemoglobina e característico da malária é a hematina, liberado pela ruptura dos eritrócitos e responsável pela coloração do baço, fígado, linfonodos e medula óssea. · A ativação de mecanismos de defesa do hospedeiro leva a hiperplasia de fagócitos mononucleares, produzindo esplenomegalia maciça e hepatomegalia ocasional. · Normalmente, os eritrócitos apresentam suas superfícies negativamente carregadas que interagem fracamente com as células endoteliais. · A infecção dos eritrócitos por P. falciparum leva ao aparecimento de pontos superficiais positivamente carregados contendo proteínas codificadas pelo parasita, que se ligam a moléculas de adesão expressas no endotélio ativado. incluindo a molécula de adesão intercelular 1 (ICAM-1 que conduz ao aprisionamento dos eritrócitos nas vênulas pós-capilares. Em uma minoria de pacientes, principalmente crianças, esse processo envolve os vasos cerebrais, que se tornam ingurgitados e obstruídos... sinais e sintomas da malária Malária não complicada. · Presença da clássica tríade da malária: febre, calafrio e dor de cabeça. Sintomas gerais, como mal-estar, dor muscular, sudorese, náusea e tontura · Seus sintomas são tão gerais que seu diagnóstico fica impreciso Malária complicada. Parasitemia alta Dispneia Oligúria Hemorragias Alteração do nível de consciência Convulsões Icterícia Hipoglicemia Febre alta persistente Fatores que contribuem: Espécie do parasito; Tempo da doença até diagnóstico; Primoinfecção/ outros episódios; Gestantes e crianças (< 1 ano) Idosos (>70 anos) Pacientes imunodreprimidos Diagnóstico: Gota espessa: · Tem como base a observação do parasita no. · A técnica mais comum é a gota espessa corada pela técnica de Giemsa ou de Walker. · É considerada o padrão ouro para a detecção dos parasitas. · Pois O exame da gota espessa permite diferenciação das espécies de Plasmodium e do estágio de evolução do parasito circulante. Pode-se ainda calcular a densidade da parasitemia em relação aos campos microscópicos examinados Testes rápidos imunocromatográficos. · Baseiam-se na detecção de antígenos dos parasitos por anticorpos monoclonais, que são revelados por método imunocromatográfico. · A sensibilidade para P. falciparum é maior que 90%, comparando-se com a gota espessa, · Porém: · não distinguem P. vivax, P. malariae e P. ovale; · não medem o nível de parasitemia; · não detectam infecções mistas que incluem o P. falciparum. Como o impacto ambiental pode alterar o ciclo: · Diversos autores associam o surgimento de casos de malária a atividades humanas, tais como, desmatamentos, assentamentos, construção de rodovias, mineração, garimpos, e à exploração da madeira, pois estes fatores provocaram grandes modificações ambientais, e contribuíram para a manutenção e dispersão da doença (COUTO et al., 2001; BARBIERI et al., 2007; DOS SANTOS et al., 2009; SARAIVA et al., 2009; SCHUTZ, 2011; PARENTE et al., 2012). · Investigando a associação entre casos de malária e o desmatamento em quatromunicípios do Pará, PARENTE et al. (2012) demonstraram que o aumento do número de casos da doença coincidia com o aumento dos valores da taxa de desmatamento nesses locais. · outro fator que está diretamente envolvido com o aumento de casos da malária é o garimpo. DOS SANTOS et al. (2009)
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