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IMUNO P3 - digitada

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IMUNO – P3
Nathalia Roberta Gianoto
 CONTINUANDO A RESPOSTA CELULAR ...
TCD4+
FUNÇÃO TH1 – OK, aumentar a atividade microbicida do macrófago para melhorar o combate à infecções INTRACELULARES, tanto por bactéria como por fungo. 
-citocinas indutoras: IL-12 e IFN-gama
-citocinas efetoras: IFN-gama
FUNÇÃO TH2 – OK, ativação do eosinófilo, principalmente, para combate de infecções por helminto.
- citocinas indutoras: IL-4
- citocinas efetoras: IL-4, IL-5 e IL-13
FUNÇÃO TH17 – atua principalmento nos neutrófilos, combate a infecções fungicas e bacterianas EXTRACELULARES. 
 - citocinas indutoras: IL-1, IL-6 e IL-26
- citocinas efetoras: IL-17 e IL-22. A IL-17 é a que possui papel mais bem estabelecido na literatura, que é o recrutamento de leucócitos, principalmente o neutrófilo (mais abundante na corrente sanguínea), para o sítio da infecção. 
A resposta de TH17 colabora para melhorar todas aquelas funções que acontecem no vaso sanguíneo: vasodilatação, permeabilidade no endotélio vascular, para que se tenha a migração dos leucócitos. 
Uma vez que houve a polarização do linfócito TCD4+ para TH17, este irá produzir 2 citocinas efetoras, IL-17 e IL-22.
· IL-17: vai estimular, no local da infecção, os macrófagos a produzirem mais quimiocinas (TNF-alfa, IL-1, IL-6 e CSFs, que são fatores estimuladores de colônia que auxiliam no processo da diferenciação de neutrófilos na medula óssea). Isso melhora o ambiente pro-inflamatório para ter mais vasodilatação, expressão de E e P selectinas, para facilitar o rolamento, facilitar a adesão dessas células no endotélio via integrinas já que se tem um aumento da produção de quimiocinas e auxiliar no direcionamento das células. 
· IL-22: possui papel contraditório nos livros didáticos, alguns autores mostram que ela está relacionada com imunidade de barreira, ou seja, melhoras as junções de oclusão entre as células epiteliais para não deixar espaço livre para o microrganismo penetrar no tecido. Na região de mucosa, ela estimula a produção de muco. Outros autores relacionam com o dano tecidual, já que foi descrito que no local que tem TH17 e IL-22 tem-se mais células que sofrem dano e com isso há maior necessidade do macrófago M2 para iniciar um processo de repara via IL-10 e TGF-beta. 
A IL-17 e IL-22 induzem as células epiteliais a produzirem peptídeos anti-microbiano (defensinas e catelicidinas), que junto com essa função de oclusão, auxiliam no função de barreira, pois melhora a proteção para que não tenha a invasão de microrganismos nos nossos tecidos. 
TCD8+
FUNÇÃO DOS LINFÓCITOS T CITOTÓXICOS – NÃO POSSUI O 3º SINAL, POIS SÓ TEM 1 PERFIL EFETOR QUE É O CITOTOXICO – CTL. Auxilia na eliminação de microrganismos intracelulares com a morte da célula infectada. 
- Tem função muito semelhante ao TH1, ou seja, para infecções INTRACELULARES. Mas diferem, pois o CTL está mais relacionado com o combate de infecções intracelulares em células que não possuem mecanismo de defesa, células que não fazem parte do sistema imune e que sozinhas não conseguiriam eliminar o patógeno. 
- Eliminação do reservatório da infecção, morte da célula infectada.
- no caso de uma infecção de um fagócito em que ocorre o escape do microrganismo do fagolisossomo para o citosol, essa célula não é mais capaz de matar o agente que está causando a infecção. Isso ocorre na infecção de alguns tipos de bactérias que possuem mecanismos que furam a membrana do fagolisossomo e vão em direção ao citoplasma, onde possuem vida livre e com isso vão se multiplicando. Assim a única maneira de eliminar esse agente é pela ação dos CTL que vão matar essas células, acabando com o reservatório desse microrganismo. 
- PASSOS:
· Ativação de TCD8+: 1º sinal (apresentação de antígeno pela célula dendritica via MHC CLASSE I), 2º sinal (dado pelas células T auxiliares direta ou indiretamente, capacitando a dendritica a produzir citocinas), então o linfócito TCD8+ se diferencia em Tcitotoxico e sai do órgão linfoide secundário, cai na corrente sanguínea até chegar na região pró-inflamatoria, no tecido extravascular. Nesse local ele vai procurar reconhecer o mesmo peptídeo que foi apresentado a ele lá no órgão secundário. Esse reconhecimento no tecido extravascular se dá por meio do MHC I, daí a importância de todas as células nucleadas apresentarem MHCI.
· Reconhecimento: uma vez que o linfócito T citotóxico reconhece o peptídeo através do TCR, a molécula CD8 interage com a região não polimórfica do MHC I e é, então, formada a região chamada de sinapse imunológica. 
· Exocitose de grânulos: ao reconhecer o peptídeo, o CTL, por meio do seu citoesqueleto, direciona todos os seus grânulos para a região da sinapse imunológica. Esse processo é chamado de tiro letal ou beijo da morte. Lembrando que esses grânulos apresentam granzimas (ativam a caspazes que ativam toda a via de apoptose dentro da célula alvo) e perforinas (formam o poro que facilita a entrada das granzimas). 
· CTL solto
· Morte da célula alvo em 2-6horas 
- MECANISMO DE MORTE INDEPENDENTE DOS GRÂNULOS:
· Reconhecimento do peptídeo que foi apresentado pela dendritica;
· Indução da trimerização do receptor de morte: o CTL possui o FasL e a célula alvo possui o Fas (receptor), não são todas as células do nosso corpo que possuem esse receptor de morte, somente as que possuem receptor podem ser alvo de eliminação por meio desse mecanismo. Em uma célula que não foi reconhecida pelo T citotóxico, o receptor Faz está separado e só vai se unir (trimerizar) quando se ligar aos FasL. Ao juntar é ativada uma cascata intracelular de ativação de apoptose.
DEGRANULAÇÃO	GRANZIMAS QUE ATIVAM CASPASES PARA DAR INICIO A APOPTOSE.
RECEPTOR DE MORTE	TRIMERIZAQÇÃO DO RECPTOR PARA ATIVAR A CASPASE E, ENTÃO, INICIAR APOPTOSE. MECANISMO INDEPENDENTE DOS GRANULOS. 
Declínio das respostas de células t
A resposta celular é ativada no nosso corpo quando há a presença de patógeno. Para ativar a resposta adaptativa é necessário o mecanismo da hipótese dos dois sinais, o primeiro que garante a especificidade da resposta e o segundo que são os co-estimuladores que garantem que só haverá uma resposta adaptativa para uma infecção potencial no corpo. 
A diminuição da resposta imune acontece quando há ausência do patógeno. Sinalizando que o patógeno foi eliminado, para o primeiro sinal que é a presença de patógenos. Se eliminou o patógeno, diminui os níveis de co-estimulação, já que os níveis de B7 só aumentam quando tem a presença de patógeno. Com isso há uma diminuição da produção da IL-2, que era responsável pela linfoproliferação, já que está relacionada com as proteínas antiapoptoticas (Bcl-2/Bcl-xL), e por consequência há o aumento da Bim, que é uma proteína pró-apoptotica. Quando a célula vai entrando em apoptose, isso não gera o processo de inflamação no nosso corpo graças a função de clearance do macrófago que fagocita essas células apopticas, recuperando o estado de homeostase. 
Quando a infecção for eliminada as células da resposta imune adaptativa também devem ser eliminadas, para que aja uma renovação dessas células. 
As células de memoria não morrem nesse processo. Continuam como central ou periférica, produzindo as citocinas para continuar em autorenovação, sejam elas vida curta ou longa. 
LINFOCITO B
LEMBRANDO...
			Inata 
Imunidade			
			Adaptativa 		Celular – infecções intracelulares 
Humoral – anticorpos produzidos pelo linfócito B- infecções extracelulares
ANTICORPOS
- Quem dá a resposta humoral na infecção extracelular é o anticorpo produzido pelo linfócito B. 
- Não mata o patógeno, apenas sinaliza para que outra célula mate. Colabora para que mecanismos de morte sejam ativados. 
- Célula T responde a antígenos proteicos, restritos a ligação MHC e TCR, já os linfócitos B reconhecem antígenos proteicos e não proteicos. Isso é possível porque o anticorpo BCR que está na superfície da célula B reconhece antígenos de natureza proteico e não proteica e aptenos (pequenas moléculas que são reconhecidas pelo anticorpo).
- Moléculas da resposta imune inata adaptativa:· MHC: apresentação de antígenos com natureza química proteica. Apresenta peptídeos na forma linear.
· TCR: reconhece antígenos de natureza química proteica apresentados pelo MHC, reconhece peptídeos lineares. 
· ANTICORPO: 
· BCR: é um anticorpo. Receptor que está na célula B. reconhece antígenos de natureza química proteica e não proteica. Reconhecem antígenos não lineares, ou seja, conformacionais. Conseguem reconhecer o antígeno antes do processo de digestão e após. É bom para infecções extracelulares, reconhecer o antígeno antes da digestão. 
- O anticorpo reconhece algo linear e conformacional. O anticorpo reconhece o antígeno pela parte chamada de EPITOPO que é a porção do antígeno que tem interação física e química com o anticorpo. O anticorpo tem que ser produzido para ser apto para ligar naquele pedaço do antígeno. Existe 2 tipos de epitopo:
· Conformacional: reconhece pedaços da proteína que está no estado não linear. Quando essa proteína for digerida e transformada para o estado linear, esse pedaço vai ser 3 regiões diferentes e afastadas da proteína linear. Nesse caso o anticorpo só consegue reconhecer o epitopo quando a proteína esta no estado conformacional. 
· Linear: o anticorpo reconhece o epitopo mesmo quando este esta na sua forma conformacional e não linear. A sequência de aminoácidos que forma o epitopo está uma do lado da outra. 
- Estrutura básica do anticorpo:
· Cadeia pesada (VH) – 2: nessa região há porções mais externas que são chamadas de variáveis de cadeia pesada, é essa região que difere de um anticorpo para outro e que vai ser especifica para cada epitopo. 
· Cadeia leve (VL) – 2 : nessa região há porções mais externas que são chamadas variáveis de cadeia leve, é essa região que difere de um anticorpo para outro e que vai ser especifica para cada epitopo.
· Região FAB (fragmento de ligação ao antígeno) – 2: podem se ligar 2 antígenos ao mesmo tempo, ambos são específicos para um tipo de antígeno
· Região FC (fragmento cristalizável): porção estrutural 
· Dentro dos domínios variáveis de cadeia leve e pesada estão os CDRs, que são regiões determinantes de complementariedades. A parte que varia é variável em apenas 3 pontos: CDR1, CDR2 e CDR3 (É O QUE MAIS SOFRE VARIAÇÃO). 
- Isotipos variáveis de anticorpos produzidos pelo corpo humano
· IgG
· IgA
· IgE
· IgM
· IgD
*diferem no domínio constante da porção FC. Há 5 porções FCs diferentes.
* o que faz ter isotipos diferentes é ter porções FCs diferentes. 
*o que faz ter o reconhecimento antigênico diferente é ter regiões FAB diferentes, os CDRs diferentes. 
- A dobradiça no anticorpo é importante para aumentar a flexibilidade e ajustar as regiões FAB e encaixar/interagir com o epitopo. 
- no nosso corpo é possível produzir imunoglobulina de membrana e secretada:
· De membrana: está no linfócito B, forma o BCR. Fica ancorado na membrana plasmática por uma região hidrofóbica. Quando for ativado, vai produzir e secretar anticorpos. São monoméricas, com duas cadeias pesadas e duas leves, qualquer isotipo
· Secretados: reconhecem antígenos e marcam patógenos no nosso corpo. Não possui o domínio transmembrana, sem região hidrofóbica. Nesse caso, os isotipo IgG e IgE são monoméricas e IgM e IgA formar complexos multiméricos. Isso é possível pela presença da cadeia J que é uma ponte de sulfeto que faz a conexão via as porções FCs das moléculas de anticorpo, deixando livre a região FAB. 
 *nesse caso posso afirmar que a IgM e a IgA são imunoglobulinas secretadas pois estão formando um complexo multimérico. 
* IgG, IgE podem ser de membranas ou secretadas pois em ambas a as situações essas imunoglobulinas formam estruturas monoméricas. 
*IgD é de membrana. 
* A IgM secretada vai ser uma estrutura pentamerica e vai reconhecer 10 antigenos iguais. 
- o anticorpo possui 2 braços, mas não precisam estar ligados ao mesmo tempo, mas podem. 
- VALENCIA: é o termo usado para indicar quantas ligações o anticorpo está fazendo com o antígeno. 
· Monovalente: interação fraca, apenas um ponto de contato do anticorpo com o epitopo. Tem avidez baixa.
· Bivalente: interação forte, tem-se dois pontos de contato do anticorpo com o epíteto. Tem alta avidez. 
· Polivalente: interação muito forte, alta avidez. Quando se tem uma IgM ligando em vários epitopos do antígeno, diz-se que tem uma avidez alta, nunca vai desgrudar.
- AVIDEZ: é um termo que indica força ou velocidade de interação.
* a IgG ao se ligar na superfície do patógeno faz a OPSIONIZAÇÃO, que é ligar a porção FC com o receptor FC-gama de um macrófago. 
TIPOS DE ANTICORPOS
- MONOCLONAL: UMA CÉLULA PRODUZINDO UM TIPO DE ANTICORPO. ÚNICO CLONE QUE É CLONADO RECONHECENDO UM ÚNICO EPITOPO NO ANTIGENO. 
 
- POLICLONAL: VARIAS CELULAS DIFERENTES PRODUZINDO TIPOS DIFERENTES DE ANTICORPOS. VARIOS CLONES DIFERENTES DE LINF. B 
	
À DIREITA TEM PRODUÇÃO DE ANTICORPOS MONOCLONAL, POIS SE LIGAM A UM MESMO EPITOPO, E À ESQUERDA PRODUÇÃO DE ANTICORPOS POLICLONAL, POIS ESTÁ SE LIGANDO A EPITOPOS DIFERENTES. 
ANTICORPOS MONOCLONAIS
- São produzidos fora do nosso corpo (in vitro) ou em situações de linfoma de célula B.
*também pode ser produzido por bacteriófagos.
- são anticorpos que nunca morrem, imortalizados.
*em situações normais/fisiológicas nosso corpo produz anticorpos policlonais que vai reconhecer vários epítopos de um antígeno, são vários anticorpos, cada um deles produzidos por um linfócito diferente.
- o anticorpo monoclonal só é produzido por um tipo de linfócito B. O linfócito B só produz um tipo de anticorpo que só reconhece um tipo de epítopo. 
- Técnica de produção (in vitro): sempre depende de um animal que em geral é um camundongo. 
· A primeira etapa é a definição do antígeno ou do epítopo. Ocorre a injeção do antígeno no animal ou apenas o epítopo já fracionado pela via endovenosa. 
· Após 10/15 dias é feita a retirada do baço para se obter linfócitos B que foram ativados para ter a produção de anticorpos contra o antígeno ou epítopo que foi injetado. 
· Desse órgão é purificado/selecionado apenas os linfócitos B. Nesse processo é retirado todos os linfócitos B, já que não é possível fazer a identificação de qual é especifico para o antígeno em questão. 
*a especificidade é testada depois.
· Os linfócitos B possuem uma meia-vida curta, vão ser ativos por um período, vivem e depois morrem por apoptose. Isso é uma via clássica. Então depois que foram retiradas essas células do animal, in vitro, é preciso fazer o linfócito B se tornar uma célula imortalizada. Isso é feito através da fusão dos linfócitos B com célula de mieloma, que possuem a maquinaria antiapoptótica extremamente alta, se multiplicam indefinidamente se estiverem em boas condições de nutrição. Dessa fusão são geradas células hibridomas (células hibridas), possuem característica de linfócito B e de mieloma (imortalização), são as células que vão ser o clone imortalizado para a produção dos anticorpos. 
· Após o período de fusão, na placa de petri, estão presentes células híbridas (maioria), mielomas e linfócitos B que não foram fusionados. Como as células de interesse são as hibridomas, é necessário eliminar as outras duas populações de células, linfócito B (produz anticorpo, mas morre) e mieloma (é imortal, mas não produz anticorpo). Para isso é utilizado o meio de cultura HAT, depois da fusão, para que seja feita a seleção dos hibridomas. Esse meio de cultura possui 3 componentes: Hipoxantina, Aminopterina e Timidina, que são responsáveis pela seleção dos hibridomas. O linfócito B produz purina (para se replicar, continuar como uma célula viável) a partir de duas vias:
· Via de novo:
· Via secundária ou salvamento: 
* as células de mieloma SÓ conseguem fazer purina pela VIA DE NOVO. Assim para eliminar essas células é bloqueada a VIA DE NOVO e assim os mielomas morrem, pois não conseguem fazer a via secundaria. Porém, os linfócitos ainda permanecem vivos, já que fazem a via secundária. Mas os linfócitos B, mesmo fazendo a via secundaria vão morrer naturalmente por apoptose. 
*Esse meio HAT, é responsável porbloquear a VIA DE NOVO, que é a única via de síntese de purinas do mieloma, através do componente Aminopterina que bloqueia a formação do tetra-hidrofolato ou tetra-hidrofólico em todas as células do meio, que é o precursor da síntese de purinas e de alguns aminoácidos e também de pirimidinas. Então, o mieloma, por ser negativo para a enzima HGPRT e por isso não ter a via de salvamento, não consegue sobreviver, visto que não irá conseguir formar aminoácidos e material genético. Já os linfócitos B e os hibridomas são positivos para a enzima HGPRT e por isso tem como opção a via secundaria para a produção de purinas. 
*Nesse meio também tem a Hipoxantina que funciona como substrato para a enzima hipoxantina-guanina fosforribosiltransferase (HGPRT), responsável por colocar a hipoxantina na via para a síntese de purinas. 
	HIPOXANTINA
	É substrato da enzima HGPRT 
(dá um “up” para a via secundaria acontecer)
	AMINOPTERINA
	Bloqueia a ação do tetra-hidrofolato (precursor para a síntese de purinas e de aminoácidos)
	TIMIDINA
	Auxilia no processo de multiplicação das células, fator de proliferação.
· Depois de eliminar os mielomas e os linfócitos B restam os hibridomas. Esses hibridomas são resultados da fusão de vários tipos de linfócitos B com os mielomas que produzem vários anticorpos. Mas para ter anticorpos monoclonais é preciso selecionar apenas o hibridoma proveniente do linfócito que produz anticorpo especifico para aquele antígeno injetado no camundongo. Para isso é preciso separar, na placa de petri, uma célula por placa, sendo essa técnica chamada de limite de diluição. Esse isolamento é a maior dificuldade do processo todo. 
· Após a separação de cada célula em placas de petri diferentes, o próximo passo é testar a reatividade do anticorpo produzido por essa célula. Os linfócitos B, que são parte do hibridoma, vão ser estimulados a produzir os anticorpos e depois colocar para reagir com o epítopo injetado até achar o anticorpo que reconhece este epítopo. Então, esse clone é isolado e colocado para proliferar, gerando vários hibridomas clones com a característica do linfócito que possui o anticorpo especifico e com a imortalidade proveniente do mieloma. 
*Todo esse processo de produção de anticorpos monoclonais, em resumo, depende de um animal para gerar os linfócitos B e tudo depois disso é in vitro. 
- Esse anticorpos monoclonais são utilizados para algumas terapias em câncer ou doenças autoimunes que tem como foco alguma célula já citada em aula. *PROCURAR NO GOOGLE UTILIZAÇÃO DE ANTICORPOS MONOCLONAIS*
· Pode ser produzido um anticorpo que tem especificidade para um epitopo encontrado em células tumorais. Então esse anticorpo se liga a superfície da célula tumoral e nele era ligada uma toxina. Após ocorrer a ligação do anticorpo no epitopo, ele era internalizado, levando a toxina junto e gerando um efeito citotóxico que levava a morte da célula tumoral. Ao longo do tempo essa estratégia foi sendo deixada de lado, pois a toxina poderia causar algum efeito citotóxico nas células vizinhas saudáveis gerando um efeito colateral no paciente. 
· Também eram usados anticorpos complexados com elementos radioativos. Que ao ser internalizado induziam a morte. Mas que também caiu em desuso pelos efeitos negativos que causava no paciente.
* Os anticorpos monoclonais reconhecem apenas um epitopo e por isso a chance de ter uma reação cruzada é muito baixa. 
· Podem ser produzidos anticorpos monoclonais com duas especificidades diferentes, cada braço reconhece um elemento diferente. São denominados anticorpos híbridos já que possuem uma região Fab que reconhece X e uma região Fab que reconhece Y. Ex: um dos braços reconhece a célula tumoral e o outro reconhece CD3, aproximando as duas células (tumoral e Linfócito Tcitotoxico), para que esse linfócito se degranule e cause a morte dessa célula tumoral. 
· Hoje em dia é utilizado anticorpos que se ligam à moléculas do sistema imunológico.
 EX1: Utilização de um anticorpo anti-CTLA4, que bloqueia essa molécula e com isso já funciona como uma imunoterapia. Anticorpo denominado ipilimumabe (.....mabe é anticorpo monoclonal)
EX2: anticorpo anti-CD80 e anti-CD86, que ao se ligar bloqueiam essas moléculas e com isso impede a função dessa molécula no sistema imunológico, sendo assim uma imunoterapiaterapia. Esse anticorpo é denominado abatacept.
*lembrando que CD80 e CD86 são os tipos de B7.
DOS DOIS EXEMPLOS QUAL É UTILIZADO PARA O TRATAMENTO DE UMA DOENÇA AUTOIMUNE ? O abatacept, pois bloqueando o B7 o linfócito T não vai receber o segundo sinal para a sua ativação. 
O ipilimumabe é utlizado em células tumorais, pois quando é ligado e bloqueia o CTLA4 o CD28 tem mais chance de ser ligado pelo pouco de B7 presente e com isso inicia a ativação do linfócito T e com muito mais linfócito T ativado melhora o combate a uma célula tumoral. O uso desse anticorpo poderia levar a uma resposta autoimune, já que ele inibe o inbidor (CTLA4) e com isso aumenta a chance do B7 se ligar ao ativador, e com isso aumenta a chance de uma resposta a apresentação de um antígeno próprio, como por exemplo, o desenvolvimento de uma artrite. 	
- VANTAGEM DO ANTICORPO MONOCLONAL: especificidade 
- DESVANTAGEM DO ANTICORPO MONCLONAL: custo. 30 mil/mês
ATIVAÇÃO DE LINFÓCITO B
	
RELEMBRANDO ...
	CD40 L
	- Presente em linfócitos TCD4 depois que receberam 1º e 2º sinal. Essa molécula se liga com o CD40, que está na célula dendritica e, então, aumenta ainda mais a expressão de B7 na célula dendritica. Processo conhecido como LICENCIAMENTO.
- Também quando a célula TH1 saem da circulação sanguínea e chega no tecido, o antígeno é reapresentado pelos macrófagos que possuem o CD40 que faz ligação com o CD40-L da célula TH1, fazendo aumentar o MHC II na superfície do macrófago, apresentando para mais linfócitos ao mesmo tempo. 
- Quando o linfócito T já é efetor, além da dendritica (para o naive), outras 2 células fazem a apresentação de antígeno (para o efetor): o macrófago e o LINFOCITO B, através do CD40-L. 
	ISOTIPO
	São as classes de anticorpos: IgA, IgE, IgG, IgM e IgD. Podem ser:
· De membrana monoméricos:
· Secretados monoméricos ou multiméricos (IgM e IgA);
	AVIDEZ
	É a força de ligação
	CÉLULAS COM MHC II
	Está presente em dendriticas, macrófagos e linfócitos B. 
	CÉLULAS TFH
	São células T auxiliar folicular. Estão no folículo do órgão linfoide secundário e foram originadas da TCD4 efetora.
	IMUNOCOMPLEXOS
	É um anticorpo ligado a um antígeno SOLÚVEL. 
 - Maturação de afinidade: processo que o linfócito B passa para que ele produza anticorpos cada vez mais a fim pelo antígeno. Esse processo é facilitado pela hipermutação somática, que é quando um linfócito B gera outros dois que sofreram uma pequena mutação no DNA, esses dois vão gerar quatro que além daquela mutação inicial possuem uma outra mutação e assim por diante. São mutações que são somadas a cada geração. Isso serve para que cada vez mais tenha-se um anticorpo com o encaixe perfeito com o antígeno. 
- Baço e gânglio linfático: no baço tem-se uma população característica de linfócitos B, que não é exclusiva desse órgão, mas está predominante nesse órgão. No gânglio linfático, tem uma proporção menor desses linfócitos. No baço, essa população são características para reconhecer antígenos polissacarídeos. Então, se eu fizer a remoção do baço, é removido 90% dessa população de linfócitos B que são importantes para a produção de anticorpos contra antígenos polissacarídeos. Em uma pessoa que sofreu esplenectomia, vai estar deficiente anticorpos contra antígenos polissacarídicos e com isso esse indivíduos acaba não conseguindo combater por exemplo bactérias encapsuladas, já que essa capa é polissacaridica e não será possível fazer a opsionização dessa bactéria. 
SUGESTÃO: MONTAR UMA TABELA COM AS 3 FORMAS DIFERENTES DE PRODUÇÃO DE ANTICORPOS NO NOSSO CORPO.
	MATURAÇÃO POR AFINIDADE
	
	TROCA DE ISOTIPO
	
	MEMÓRIA
	
BCR
- No linfócito B naive é formado por uma IgM e uma IgD. Entre elas é igual a região de Fab, porqueé especifico. A única coisa que vai ser diferente é a porção Fc, mas nesse caso, a função de Fc é apenas estrutural, pois está ancorada na membrana plasmática. Assim como a molécula de TCR, a molécula de BCR não faz transdução do sinal (tem o motife intracelular curto) por isso necessita de uma molécula transdutora de sinal (IgAlfa e IgBeta). Então o complexo BCR é formado pela imunoglobulina (importante para a especificidade) e IgAlfa e IgBeta (importantes para a transdução do sinal). É formado por algo que reconhece o antígeno e algo que transduz o sinal, dando o sinal de que o linfócito B precisa sair do estado naive e entrar no estado efetor para que ele possa produzir anticorpos. 
- Esse linfócito B, que possui o BCR, está no folículo (região periférica). Ele vai para essa região por que expressam receptores para quimiocinas diferentes dos linfócitos T (possuem receptores CCR7 que se ligam às quimiocinas CCL19 e CCL21 – produzidas na região mais central do órgão periférico). O linfócito B apresenta o receptor denominado CXCR5 e é responsivo à CXCL13. 
*os linfócitos B e T possuem padrões diferentes para a expressão dos receptores de quimiocina. Ambas as células possuem os dois receptores (CCR7 e CXCR5), mas possuem mais predomínio em uma do que na outra. 
- O linfócito B reconhece antígenos e epítopos na configuração linear e conformacional. Reconhece antígenos nativos, ou seja, que não foram processados (antígeno, pedaço do patógeno inteiro), por não precisarem de células para fazerem a apresentação dos antígenos, reconhecem sozinhos antígenos que não foram processados, que estão solúveis. Isso é característico de linfócito B. 
- os antígenos chegam aos linfócitos B pelo vaso linfático aferente e ao adentrar chegam na região chamada de seio subcapsular (borda do órgão linfoide) que apresenta conduites ou condutores capaz de levar os antígenos até os linfócitos B. 
ANTÍGENO E CÉLULA B NAIVE
- Como faz parte da resposta adaptativa é necessária a apresentação de antígeno para garantir a especificidade.
- O 1º sinal é a ligação do antígeno a imonoglobulina de membrana que vai se associar à IgAalfa e Igbeta e formar o complexo BCR. O primeiro sinal é a ativação do BCR. Mas só isso não é suficiente para ativar o linfócito B. 
- O 2º sinal pode ser mediado por PRRs (receptores de reconhecimento de padrão), por proteínas do sistema complemento e pode ser mediado por células T auxiliares. Estes são os possíveis segundos sinais para elevar o linfócito B naive para o estado efetor e vai depender do tipo de antígeno (proteico e não proteico). Se o antígeno for proteico, o linfócito recebe o 2º sinal das células T auxiliares (só reconhece antígenos proteicos apresentados pela célula dendritica). Já se for um antígeno não proteico, o 2º sinal é dado pelas proteínas do sistema complemento e pelos PRRs. 
- Ativavação do linfócito B naive por antígeno PROTEICO:
· É chamado de antígenos Timo-dependente ou T-dependentes. 
· O 2º sinal é dado pela célula T auxiliar, lembrando que a célula T está na região central e a célula B está na região periférica, folículo. Inicialmente o linfócito B que está na região folicular, recebe o antígeno pelo vaso linfático aferente, que chega na região subcapsular e por meio dos conduítes alcançam os linfócitos B. Esse antígeno, como já sabemos é nativo, sua proteína está toda enovelada e seu epitopo que é linear é reconhecido pelo BCR (IgM e IgD), IgAlfa e IgBeta. Como o BCR reconheceu esse antígeno, junto com a imunoglobulina, internaliza esse antígeno. E no meio intracelular, o linfócito B é uma célula apresentadora de antígeno e, por estar vesiculado, segue a rota de formação de MHC II. Então, esse MHC II vai para a superfície da célula apresentar um peptídeo linear gerado da digestão da proteína que foi reconhecida pela BCR. 
*Isso está acontecendo na região do folículo.;
· Ao mesmo tempo, na zona de célula T, uma célula dendritica está apresentando um antígeno para o linfócito T. Nesse caso, é a rota para TCD4, por ser um antígeno endocitado. Inicialmente o linfócito T naive, reconhece o antígeno – 1º, 2º e 3º sinal – e entra no estada efetor de Tauxiliar, desses grande parte vai para o sítio de infecção (para de expressão ccr7 e volta a expressar S1PR1), mas alguns ficam no órgão linfoide periférico, pois mantém o nível de CCR7. Estas que ficaram são denominadas células T auxiliar folicular e vão fazer comunicação (2º sinal) com o linfócito B que está no folículo. Esse encontro só é possível pela variação dos receptores de quimiocina. O linfócito T auxiliar possui muito CCR7 e o linfócito B muito CXCR5 e para facilitar essa comunicação a célula T diminui os níveis de CCR7 e aumenta os níveis de CXCR5, o linfócito B diminui os níveis de CXCR5 e aumenta os níveis de CCR7 e com isso a célula T consegue ser responsiva á CXCL13 e a célula B responsiva à CCL19, até que as duas se encontram no meio do caminho, região denominada borda do folículo. É aqui que inicia a ativação do linfócito B. 
· A célula TCD4 efetora reconhece o peptídeo que a célula B está apresentando via MHC II. Essa apresentação é muito rara acontecer, por isso o linfócito B apresenta vários peptídeos ao mesmo tempo, facilitando o reconhecimento do linfócito T do mesmo antígeno. Quando reconhecido pela TCD4, ela aumenta a expressão de CD40-L e este vai conectar ao CD40 do linfócito B, este então é o 2º sinal para ativação do linfócito B. Então, a célula TCD4 inicia a produção de citocinas que vão se ligar nos receptores da célula B e é iniciado um processo de proliferação e da inicio a reação do centro germinativo (responsável por formar anticorpos de qualidade). 
* O melhor anticorpo é contra proteína. Qualquer deficiência dessas moléculas afeta não só o linfócito B, mas também o lincenciamento da dendritica e o macrófago que não aumenta os níveis de MHCII. Afeta a resposta imune inata, celular e humoral. 
· Quando o linfócito B sai do estado naive e vai para o efetor é chamado de plasmócito ou célula plasmocitaria. Quando iniciam o processo de proliferação são formados vários focos extrafoliculares, mas esses plasmócitos formados possuem tempo de vida curto (3 dias). Mesmo com o tempo de vida curto, são importantes, pois vão produzir anticorpos que saem circulando pelo nosso corpo e por serem específicos a um determinado antígeno vão em busca deste. Quando encontrarem o antígeno é formado o imunocomplexo (anticorpo+antígeno) que também é circulante e vai até o gânglio linfático. Lá se direcionam para a região folicular, onde vão estimular as células dendriticas foliculares a produzirem a quimiocina CXCL13 e com isso as células que estão na borda do folículo pulem para o folículo linfoide. A partir desse momento é formada a reação do centro germinativo e consiga produzir anticorpos bons. As células T extrafoliculares passam a se chamar células T foliculares, já que vai para o folículo junto com o linfócito B. 
· O anticorpo formado no espaço extrafolicular quase não sofre troca de isotipo. No foco extrafolicular são produzidos anticorpos com o isotipo IgM. Quando ocorrer a troco de isotipo, raramente, é para IgG. 
*no teste de covid quando dá IgM positiva, é a fase aguda da doença, pois é a primeira a ser produzida. Para conseguir produzir IgG é preciso que ocorra a migração para o centro germinativo e isso demora, então tem-se a fase crônica da doença ou memória imunológica. 
*os focos extrafoliculares não consegue gerar memória imunológica, esta depende também do centro germinativo. 
· Quando o linfócito B volta para o centro germinativo, a primeira coisa que ele faz é se multiplicar e essa região em que ele se multiplica é chamada de zona escura. É nesse momento que é possível perceber a importância da hipermutação somática, a medida que vai sofrendo mutação vai tentando melhorar a região Fab, para que ocorra o encaixe perfeito do antígeno. Após a proliferação passam para a zona clara e estão prontas para morrer, mas por ela fazer o reconhecimento do antígeno essa morte não acontece. Esse reconhecimentoé bom para selecionar as células especificas para o antígeno já que pelo processo de hipermutação podem ter gerados linfócitos B com BCRs que não reconheçam o antígeno. O antígeno é apresentado pela célula dendritica folicular, mas esta não possui o MHC II já que o linfócito B não depende da apresentação de antígeno, esta célula prende nela vários antígenos e ao passar o linfócito B perto dela, reconhece o antígeno e isso já é um sinal para não morrer. Após reconhecer o antígeno pelo BCR, esse antígeno é internalizado e exposto na superfície pelo MHC II e então é reconhecido pela célula T folicular. Essa célula T folicular expressa o CD40-L que se comunica com o CD40 da célula B essa ligação é o primeiro sinal que é responsável por desligar a maquinaria pró-apoptótica e ativar a maquinaria anti-apoptótica. Além disso, o linfócito B possui o receptor FAS(receptores de morte) e então antes de desligar sua maquinaria apoptotica, retira o FAs de sua superfície e então essa célula fica incapaz de ser induzida a morte. 
Quando os linfócitos B vão passando pela célula dendritica folicular ele vão retirando os antígenos dela para poder fazer o processamento e com isso vão sobrando poucos antígenos para os últimos linfócitos. Essa situação é chamada de maturação de afinidade crescente, já que quanto menor as opções de escolha mais perfeito será o encaixe. Isso garante que os anticorpos produzidos em uma forma mais tardia sejam mais ávidos à ligação ao antígeno. 
*teste de avidez é um exame em que é possível identificar se esses anticorpos foram produzidos dentro ou fora desse corpo germinativo. Se for de alta avidez, foi produzido no centro germinativo. 
A TH no centro germinativo é responsável por produzir citocinas e estas são responsáveis por produzir a troca de isotipo: se a T folicular produzir IFN- gama, a célula B sai com memória para produzir IgG, se a T folicular produzir IL-4 a célula B sai com memória para produzir IgE. Já a produção de IgA é dependente de TGF-BETA e acontece muito em órgão linfoide regional (pel, mucosa). 
· Ao saírem do centro germinativo, saem como células de memória (vai para a medula óssea, produzindo anticorpos a niveis basais até que se tenha uma reinfecção e então é aumentada a produção desses anticorpos) e outras saem como plasmócitos que são célula que produzem os anticorpos. 
Lembrando...
1º sinal é o reconhecimento do antígeno, garante a especificidade.
2º sinal depende da origem do antígeno. Se for proteico, obrigatoriamente é dado por células T auxiliares (tcd4 efetoras que estão no órgão linfoide periférico, vão até a borda do folículo e emitem o segundo sinal para o linfócito B) é o CD40L que se conecta com o CD40 do linfócito B, além de produzir citocinas que juntamente com a ligação do CD40-L vão estimular a proliferação dos linfócitos B, formando os focos extrafoliculares, importantes para produzir o início das imunoglobulinas frente ao antígeno proteico. 
· Maturação de afinidade no EXTRAFOLICULAR: NÃO TEM, pois os anticorpos produzidos logo no inicio dessa infecção para os antígenos proteicos são de baixa avidez.
· Troca de isotipo no EXTRAFOLICULAR: NÃO TEM, ou tem pouco que vai de IgM para IgG. 
· Memória imunológica no FOCO EXTRAFOLICULAR: NÃO TEM, pois as células plasmocitarias que são as que produzem anticorpos são de vida curta (Max. 4 dias).
- Ali onde foi formado o foco extrafolicular (alguns focos com no máximo 200 linfócitos B, que vão se proliferando e produzindo IgM que saem na circulação, se ligam aos antígenos e formam imunocomplexos que vão para o orgão linfoide periférico e vão estimular as células dendriticas folicures a aumentar a produção das citocinas CXCL13 para fazer um gradiente dessa citocina e atrair para o foliculo um ou dois linfócitos B e as células Tfh. Por conta desse gradiente, essas células que ainda não sofreram diferenciação para o plasmocito, voltam para o folículo formando o centro germinativo, onde tudo vai acontecer). A zona escura é a região para onde os linfócitos voltam no folículo e onde tem intensa proliferação de linfócitos B e nessa proliferação é ativada uma enzima que começa o processo de maturação de afinidade (melhoramento do encaixe antígeno anticorpo, acontece de uma forma crescente, as ultimas terão muito mais afinidade que as primeiras). Esse linfócito então, se liga ao antígeno, internaliza e apresenta para a célula Tfh, que vai interagir com a CD40-L, e com isso vai desligar a maquinaria apoptotica e ligar a anti-apoptótica, retira o receptor Fas da superfície, para não ter a trimerização e com isso manter-se vivo), e liberar citocinas (se era uma Th1 libera interferon-gama, se é uma th2 libera IL-4) isso faz com que o linfócito B tenha troca de isotipo e agora é uma troca efetiva para que ele produza um outro isotipo que não é a igM. Então essas células vão embora, algumas se tornam de memória e de vida longa vão para a medula óssea e ficam alojadas ao longo da nossa vida e outras se tornam plasmócitos que efetivamente saem produzindo anticorpos. O que diferencia esses dois perfis é a expressão de fatores de transcrição. 
*qualquer deficiência que impossibilita a formação de um centro germinativo, não tem a produção de anticorpos bons. As moléculas responsáveis são CD40-L, dá o sinal para que esses linfoicitos façam também essa volta. 
· Maturação de afinidade no FOCO FOLICULAR: SIM, anticorpos de alta avidez.
· Troca de isotipo no FOCO FOLICULAR: SIM, troca para IgG e para IgE, e a troca para IgA ocorre principalmente nas mucosas induzida pela citocina TGF-beta. 
· Memória no FOCO FOLICULAR: SIM, memória de vida longa na medula. Ex: vacinas que tomamos uma vez na vida. 
*O IgM é produzido na fase aguda de uma infecção, pois é produzida só do antígeno encostar no linfócito B já que o BCR dele já é um IgM, ou seja, ele já tem a informação pronta para produzir IgM. E IgG fase crônica. 
*Para induzir a troca de isotipo é necessário uma citocina que mexe a nível de DNA, para parar de produzir IgM, mudar a porção Fc (já que Fab não muda, é a especificidade para o antigeno) e iniciar a produção de outra imunoglobulina. 
* IgG pode aparecer na fase aguda e na fase crônica. Como diferenciar ? pelo teste de avidez, já que o IgG produzido na fase aguda possui baixa avidez. 
IgG: importante em infecções bacterianas e fungicas. Faz opsinização facilitando a fagocitose pelo macrófago. Produzido pelas células Th1
IgE: importante em infecções helmínticas. Faz ativação de eosinófilos. Produzidos pela Th2. 
- Ativavação do linfócito B naive por antígeno NÃO PROTEICO:
Para antígenos não proteicos o 2º sinal vem de receptores de reconhecimento padrão (TOLL) e proteínas do sistema complemento. 
LIGAÇÃO CRUZADA: é uma situação que acontece quando o antígeno é um polissacarídeo, acontece esporadicamente. Na superfície do linfócito B estão os complexos BCRs. Existem alguns antígenos (polissacarídicos) que são chamados de multivalentes, possuem vários epitopos idênticos ao longo da molécula. Então os braços do BRC interagem em varias partes da molécula do antígeno. Isso é comum em antígenos polissacarídicos, repete o açúcar ao longo da molécula varias vezes e por isso é possível conectar vários BCRs no antígeno. Isso é chamado de ligação cruzada. ESSA É ÚNICA SITUAÇÃO EM QUE O PRIMEIRO SINAL É SUFICIENTE PARA ATIVAR O LINFÓCITO B. Dessa forma, depois disso já é possível recrutar um monte de moléculas no meio intracelular, ativar vários fatores de transcrição que vão para o núcleo do linfócito B e são suficientes para induzir a diferenciação. Essa multivalência esta presente em alguns açúcares, por isso esse processo acontece esporadicamente. É um processo fraco, produz um pouco e já para. 
ATIVAÇÃO DA CELULA B FACILITADA POR CR2/CD21
O 1º sinal é dado pelo reconhecimento do epítopo do antígeno pelo BCR (IgM, importante para especificidade). *esse antígeno pode ser o patogeno inteiro, lembrando que o linfócito B reconhece o antigeno nativo que não foi processado. IgM junto com Ig-alfa e Ig-beta (complexo BCR) dão o primeirosinal. 
É necessário o 2º sinal que vem do sistema complemento(inata). Lembrando que o sistema complemento pode ser ativado por 3 vias: Via Clássica, Via das Lectinas e Via Alternativa. Independente de por qual via o sistema complemento foi ativado, ele vai dar origem à clivagem do C3 em C3a (anafilotoxina, solúvel que ajuda a recrutar neutrófilo) e C3b (se liga ao patógeno e faz a opsionização, encontra receptor correspondente no macròfago). Alguns C3b vão ter essa função de opsionização e outros vão continuar a cascata proteolítica até formar a molécula C3d, que também permanece ligado ao patógeno, não dissocia. Então essa molécula C3d vai circular com o patógeno. Quando chegam no folículo o epitopo é reconhecido pelo BCR e o C3d é reconhecido por um receptor CR2/CD21 que está também na superfície do linfócito. Somente o CR2 não é capaz de transduzir o segundo sinal, para isso ele precisa das moléculas CD19 e CD81. Essas 3 moléculas são chamadas de COMPLEXO CORRECEPTOR DA CÉLULA B (2ºsinal). Quando o sistema complemento está funcional, este é um dos principais processos de ativação do linfócito B. 
ATIVAÇÃO POR RECPTORES DO TIPO TOLL
Os linfócitos B podem ter 5 receptores do tipo Toll (extracelular), na membrana, que dá o 2º sinal para ativação dessa célula.
Primeiro ocorre o reconhecimento do antígeno via BCR que não é suficiente para ativar. Então, um PAMP, de qualquer do microorganismo que é reconhecido pelos TOLLs no linfócito, gera sinalização via esse receptor e as 2 sinalizações culminam na ativação do linfócito e inicia a proliferação. 
Esse processo de segundo sinal via TOLL é uma ativação direta, pois o TOLL está na superfície da célula B. Como tem apenas 5 TOLLs, isso gera uma certa limitação em relação aos pamps que podem ser reconhecidos e gerar o segundo sinal. 
*Pode ter algum PAMP que não existe TOLL correspondente na célula e nessa situação o linfócito não será ativado. 
*também pode haver uma falha no sistema complemento e ele não gerar C3d. 
*também pode não ter antígeno multivalente. 
Mesmo assim existe um mecanismo que garante a ativação do linfócito B. 
ATIVAÇÃO INDIRETA DO LINFOCITO B MEDIADA POR RECEPTORES TOLL: esse toll que está mandando um sinal indireto não esta no linfócito B, mas sim na célula dendritica. quando a célula dendritica for ativada pelos TOLLs, ela vai produzir citocinas que são moléculas solúveis e vão circular no nosso corpo até chegar no folículo do órgão linfoide periférico. Essas citocinas não vão atuar no linfócito B naive apenas naqueles que já receberam o 1º sinal e isso é garantido pois somente após o 1º sinal é que o linfócito expressa os receptores para essas citocinas, chamAdo de TASI e as citocinas são as BA FF e APRIL (MUITO DISCUTIDO NA IMUNIDADE REGIONAL)
*o sistema imune dá um jeito de ser ativado de alguma forma. A célula dendritca sempre vai liberar essas citocinas. 
- Maturação de afinidade para os antígenos não proteicos: NÃO TEM, anticorpos de baixa avidez
- Troca de isotipo para antígenos não proteicos: POUCA, a maior parte é IgM mas pode ter IgG. Na imunidade regional, como se tem muito TGF-beta nesses locais de mucosa a trroca de isotipo pode ser para IgA é limitada. Essa troca de IgM para IgG e IgA acontecem quando se tem um antígeno de polissacarídeo, os outros antígenos são limitados a IgM. 
- Memória PARA ANTIGENOS NÃO PROTEICOS: É CURTA, tem meia vida muito mais baixa do que para os anticorpos produzidos para antígenos proteicos. Essa memória existe, mas é curta. 
ANTIGENOS PROTEICOS: MEMORIA LONGA (CD40L é responsável pela memória longa pois ativa mecanismos antiapoptoticos)
ANTIGENOS NÃO PROTEICOS: MEMORIA CURTA
QUAL A IMPORTANCIA DA PROTEÇÃO MEDIADA POR ANTICORPOS T INDEPENDENTES: no caso de infecções de bactérias encapsuladas. Para essa bactéria ser atacada ela deve sofrer opsionização pelos linfócitos para que esses anticorpos funcionem como “PAMP”. 
COMO PRODUZIR ANTICORPOS T-DEPENDENTES PARA ANTIGENOS NÃO PROTEICOS ? é necessário grudar uma proteína no antígeno não proteico. Ex: vacinas para bactérias encapsuladas. É utilizado um hapiteno carreador (proteína carreia esse hapteno que é o polissacarídeo da capsula da bacteria), é uma associação química. Isso é injetado na vacina. Exemplo de vacina: vacinas contra H. influenzae e meningococos. 
Exemplo de hapteno carregador que ocorre naturalmente no nosso corpo: quando algumas pessoas tomam penicinila e possuem alergia. A penicilina é o hapteno que é uma molécula pequena não imunogênica, que quando injetada pode fazer uma reação química com uma proteína própria do nosso corpo e ao fazer essa reação pode induzir a uma reação inflamatória. 
MECANISMO EFETORES DA IMUNIDADE HUMORAL 
(são as funções dos anticorpos)
- Os anticorpos não matam, não são tóxicos para o microrganismo. (exceto nos casos em que são produzidos externamente ao corpo e associados à radioisótopos), eles apenas sinalizam para que alguma outra célula faça a eliminação do patógeno. 
- sabe-se que a imunidade adaptativa da resposta celular faz a inata funcionar melhor, ou seja, colabora para amplificar as resposta da imunidade inata. As células TCD4 utilizavam a resposta inata para a eliminação do microrganismo. Já a T citotoxica é a única que consegue fazer a morte do patógeno sozinha. 
- O anticorpo tem o papel de revestir e sinalizar o patógeno e quem irá fazer a eliminação deste é a imunidade inata. 
- Pense no anticorpo livre: a região Fab (braços - especificidade) e a região Fc (corpo - efetora). A região Fc é a que vai ser reconhecida por algum receptor presente em uma célula. 
1ª FUNÇÃO DOS ANTICORPOS: NEUTRALIZAÇÃO
- Pode ser de uma toxina ou de um microrganismo. Ex: anticorpos que se ligam nas espículas dos vírus e neutralizam esses vírus já que deixam as regiões das espículas ocupadas e isso impede a entrada desse vírus nas nossas células, não gera infecção. Exemplo: soro antiofídico, é o anticorpo pronto, que se liga na toxina e com isso impede que ela se ligue no receptor e causa um efeito de toxicidade nas nossas células. 
*LEMBRANDO que a imunidade humoral é para infecções extracelulares. O anticorpo não penetra dentro das nossas células. 
- Além desse efeito de neutralização do patógeno, esses anticorpos podem opsionizar (ex: IgG)
· Bloqueio estérico: é a neutralização de microrganismos (esse termo não é utilizado para a neutralização de toxinas).
· Efeito alostérico: foi descrito apenas para o vírus da gripe que possui algumas espículas (hemaglutinina e neuraminidase), esse efeito ocorre com a hemaglutinina. Os anticorpos se associam à hemaglutinina e fazem a neutralização, impedindo que o vírus entre na célula hospedeira. Para esse vírus, os anticorpos se ligam na hemaglutinina e giram essa molécula, mudando a conformação dessa molécula e depois se solta. Essa hemaglutinina não consegue mais se ligar ao receptor e dessa forma não entra na célula hospedeira . Tem o mesmo efeito da neutralização. 
 
QUAIS ISOTIPOS FAZEM NEUTRALIZAÇÃO ? Aqueles que são secretados, pois a neutralização depende de Fab. Ex: IgM (é bom para neutralização pois possui 10 pontos de conexão), IgG (bivalente, mas faz neutralização da mesma forma). 
 
2ª FUNÇÃO DOS ANTICORPOS: OPSIONIZAÇÃO E FAGOCITOSE
- É confinado ao isotipo IgG, pois a IgG reveste o patógeno e possui a porção Fc e que se conecta na porção Fc-gama presente no macrófago, dendríticas e neutrófilos. Ex: o microrganismo opsionizado por IgG e a porção Fc se conecta com Fc-gama, formando uma estrutura em taça (pseudopodes), engloba, forma o fagossomo, fagolisossomo, morte por ROS, morte por NO e morte por enzimas proteolíticas. 
Por que é importante trocar o isotipo ? quando falamos da TH1, ela tinha função de aumentar atividade microbicida do macrófago. E a IgG, que foi troca de isotipo do linfócito B, reveste o patógeno para fazer o macrófago fagocitar ainda melhor e matar isso ainda melhor. 
3ª FUNÇÃO DOS ANTICORPOS: ADCC – CITOTOXIDADE CELULAR DEPENDENTE DE ANTICORPOS
- Função confinada a IgG. Isso ocorre porque na NK tem-se tambémo receptor Fc-gama. 
-- Sabendo que os anticorpos vão usar as células da inata para matar os microrganismos, é possível relacionar essa citotoxidade com a célula NK. 
-No macrófago é Fc-gamaRI (alta afinidade), na NK é Fc-gamaRIII (é de baixa afinidade). Se tiver um anticorpo opsionizando o microrganismo, ele já suficiente para conectar no receptor do macrófago, já que possui uma alta afinidade da Fc com o receptor Fc-gama do macrófago. Já para NK conseguir matar alguém sinalizado para IgG, é preciso de muito anticorpo, pois o receptor possui uma ligação de baixa afinidade, ele só vai enxergar um aglomerado de IgG, que só é possível quando se tem uma célula inteira, que é muito maior que o patógeno em si. Então a célula NK só consegue matar o patógeno por influencia da IgG quando este anticorpo está ligado na superfície de uma célula inteira e aí sim as imunoglobulinas são atraídas pelo receptor Fc-gamaR1III. Isso é bom porque a NK vai matar a célula inteira e não somente o patógeno. Então a NK degranula e libera granzimas e perforinas, ativando a via apoptotica por cascata de caspaze. 
- Sabendo que os anticorpos vão usar as células da inata para matar os microrganismos, é possível relacionar essa citotoxidade com a célula NK. 
4ª FUNÇÃO DOS ANTICORPOS: ELIMINAÇÃO DOS HELMINTOS DEPENDENTE DE IgE
- O eosinófilo possui receptor Fc-epsilon que se conecta a imunoglobulina épsilon que é a IgE. É muito bom na situação de helminto quando se tem dendritica produzindo IL-4, polarização para Th2, que produz IL-4 e isso faz ter a troca de isotipo para IgE. Então essa IgE vai revestir o helminto e isso faz com que os eosinofilos via porção Fc do IgE se conecte no receptor Fc-epsilon e promova a degranulação (o mais mais forte elemento é a proteína catiônica). Isso destrói a célula do helminto e por consequência as nossas células. Por isso associado a esse tipo de resposta tem-se associado o macrófago M2 (reparo tecidual). 
*se produzir uma IgG, esse anticorpo pode até se ligar ao helminto, mas a porção Fc não vai se ligar ao eosinofilo/macrófago e não vai conseguir fazer essa fagocitose. 
5ª FUNÇÃO DOS ANTICORPOS: ATIVAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO – VIA CLASSICA (DEPENDENTE DE ANTICORPOS)
- Faz parte da resposta imune inata, mas é o principal braço efetor da resposta imune humoral. Isso ocorre porque esse sistema tem três funções (anafilotoxina, opsionização e complexo de ataque a membrana) e porque o sistema complemento é ativado por IgG e IgM na via clássica e sempre o linfócito B irá produzir IgG e IgM. 
*se o linfócito B for ativado por qualquer uma das vias a primeira coisa que é produzida é IgM e essa já é uma das imunoglobulinas que C1q reconhece e quando ocorre pouca troca de isotipo, forma-se IgM por IgG que também é reconhecido por C1q. 
Essa função efetora SEMPRE vai acontecer porque o anticorpo que ativa sempre é produzido e ele é bom porque tem 3 funções associadas. 
C1q se liga aos anticorpos na região Fc e ativa C1r e C1s que são as 2 proteases, que vão começar a hidrolise do C3 em C3a e C3b. 
· O domínio de cadeia pesada Ch3 é idêntico na IgG e na IgM POR ISSO AMBAS FAZEM ATIVAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO. 
Relembrando as funções do sistema complemento:
- Opsionização e fagocitose: associada ao C3b que funciona como uma opsionina, pois possui o receptor correspondente no macrófago que é o CR1(receptor de complemento 1) e isso faz com que se tenha a fagocitose do patógeno 
*lembrando que CR2 está no linfócito B e faz parte do complexo correceptor de linfócito B (2º sinal)
- anafilotoxina: feitas por C3a e C5a que são 2 fragmentos solúveis gerados da hidrolise do C3 e do C5, que tem a função de recrutamento de neutrófilo e promoção da ativação destes. Isso é feito fazendo-os aumentarem a produção do ROS (não é pela enzima oxidase fagocitária). 
- formação do MAC: C5b que recruta o C6, C7 ,C8 e C9 e então esse C9 vai se oligomerirazar e forma o poro de complexo de ataque a membrana e então promover a lise do patógeno. 
REVISÃO DAS FUNÇÕES DOS ANTICORPOS:
REGULAÇÃO DA ATIVAÇÃO DO COMPLEMENTO
 - O sistema complemento é formado por varias proteínas solúveis, circulantes no nosso sangue e nos nossos fluidos extracelulares. 
- a ativação da via alternativa é uma ativação espontânea, ou seja, a própria presença do patógeno já faz C3 se auto-hidrolizar. Quando hidrolisa forma dois pedaços solúveis o C3a e o C3b, este tem uma ligação tio-ester que facilita sua ligação no patógeno. Uma das primeiras regulações que o nosso organismo tem para que não seja ativado de uma forma errônea é que essa ligação é facilmente hidrolizada e como está em um meio circulante ele vai ser rapidamente hidrolizada, transformando C3b em algo inativo e circulante. (1ªregulação). 
- Se não hidrolisou, mas grudou na superfície da nossa célula. Isso não pode ter continuidade porque não se deve ser opsionizado para alguém vir fagocitar ou induzir a anafilotoxina ou menos ainda formar o MAC, porque fatalmente nossas células seriam eliminadas. 
- As proteínas reguladoras do sistema complemento só existem em células de mamíferos. Algumas proteínas de regulação são:
· Ligação til-ester que facilmente sofre hidrolise. 
· Molécula C1 INH: desloca C1r e C1s da região enzimática quando C1q se liga a nossas células. Tem afinidade maior que C3 para com as enzimas C1r e C1s e com isso não se tem a hidrolise do C3. BLOQUEIA A VIA CLASSICA MAS NÃO A VIA ALTERNATIVA E DAS LECTINAS. 
· DAF/CR1 (receptor para C3B): quando se tem o inicio da formação do complexo C3-convertase (C3b associado a uma outra molécula), isso é o que acontece. Porém se isso começar a se formar na superfície de uma célula de mamífero vai iniciar a clivagem de uma monte de C3. Para evitar isso nossas células possuem ou DAF OU CR1 que tem a função de deslocar a molécula que está associada ao C3b e se ligar a ele. Isso vai travar a cascata proteolítica e cobre o C3b inibindo sua função de opsionização. Esse DAF OU CR1 vai inibir a formação do complexo C5-convertase, já que se não tem C3-convertase não vai ter C5-convertase. NÃO TEM EM TODAS AS CELULAS. 
· CD59 E PROTEINA S: inibe a formação da MAC, é um mecanismo que tem em todas as células do nosso corpo. No patógeno acontece da seguinte forma: o C5b formado no C5-convertase recruta C6, que recruta o C7, C8 e o C9 que se encaixa no C5b. depois que encaixou a primeira, encaixa todas as outras pra formar o poro e pronto, célula morre. A primeira forma de bloquear esse processo quando isso acontece nas nossas células é a proteína S que se liga na região hidrofóbica de C7, já que o c7 é o primeiro que se ancora na membrana. A próxima molécula é o C8 que é responsável por amarrar todas as outras que formam um complexo estável que possibilita a chegada do C9. Dessa forma, a proteína CD59 interage com C5b ocupando o mesmo espaço que a C9 ocuparia e com isso impede a formação do MAC.
Existem varias proteínas reguladoras, estas são apenas algumas. 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA E AUTOIMUNE
Quando se tem uma quebra da tolerância imunológica ocorre o desenvolvimento da autoimunidade. É um ataque do sistema imune errôneo contra um antígeno próprio.
Tolerância imunológica: tolerar nossos próprios antígenos. É antígeno especifica, ou seja, é uma supressão apenas linfócitos que reconhecem antígenos próprios. Essa é a grande vantagem, garantir que não haja uma supressão geral, mas sim apenas daquelas especificas ao próprio antígeno. Os linfócitos que não são autorreativos não são suprimidos. 
Imunossupressão: é bloqueada toda e qualquer resposta imunológica.
- TOLERANCIA DE LINFOCITOS T (CENTRAL E PERIFÉRICA):
A tolerância central para linfócito T acontece no TIMO (final do desenvolvimento e maturação). A tolerância periférica é responsabilidade dos órgãos linfoides secundários. 
· Tolerância Central (TCD4): vão sofrer tolerância central no timo, onde ocorre o processo de seleção positiva e negativa. No timo, só tem antígeno próprio, então, se o linfócito reconhecer algo é antígeno próprio, ou seja ele é autorreativo e vai ser descartado(controle de qualidade). Porém nem todos os antígenos próprios do corpo vão estar no timo. No timo há a proteína AIRE (regulador autoimune), funciona como fator de transcrição e vai promover a transcrição de proteínas que são tecidos-especificas, ou seja, essa proteína tenta aumentar o repertório de proteínas que naturalmente não estão no timo. 
*DIABETES TIPO I é um exemplo clássico de defeito na AIRE, que não conseguiu lá no timo transcrever a insulina e se não tem insulina não vai ser feita a seleção negativa dos linfócitos que reconhecem a insulina e estes acabam caindo na corrente sanguínea. Quando este linfócito entrar em contato com a insulina no corpo irá começar a atacar e destruir as células beta no pâncr eas. 
Na imagem A, uma célula que faz parte do timo e possui o MHCII que está apresentando antígeno para um TCD4. Essa célula possui a proteína AIRE que está funcionando como fator de transcrição e com isso, aumenta o numero de moléculas que não fazem parte do timo, para que se tenha maior exposição dos autoantigenos e selecionar melhor os TCD4. Nesse caso, essa célula T tem reconhecimento autorreativo e isso induz a célula à seleção negativa (apoptose). 
Na imagem B, tem-se um defeito na expressão da proteina AIRE e não terá a expressão desses antígenos tecido-especificos e aquela célula T que era uma autorreativa não vai ser eliminada e vai cair na corrente sanguínea chegar no órgão linfoide periférico, onde pode reconhecer esse autoantigeno e então tem-se o desenvolvimento de uma doença autoimune. 
Quando as TCD4 reconhecem o autoantígeno elas podem seguir 2 caminhos:
· Seleção negativa: ligação da maquinaria pró-apoptótica e entra em apoptose. 
· Transformação desta célula em célula T reguladora (TREG): regula a nossa resposta imune contra um autoantigeno. 
Há 2 hipóteses de porquê isso acontece. Em uma é por causa da afinidade do reconhecimento antigênico, ou seja, se a célula T reconhecer com muita afinidade é melhor fazer apoptose, mas se for de baixa avidez é transformada em célula T reguladora. A outra é a presença de citocinas no timo que fazem essa transformação. Essa célula reguladora não tem papel no timo, mas sim na periferia. Essa saída é feita pelo gradiente de S1P e vai circulando, quando passa pelo órgão linfoide periférico, responde ao CCL19 e CCL21 e vai para a região da zona de célula T. então ela vai ocupar o mesmo espaço que os linfócitos T naive ocupam (região central do órgão) e vai promover a regulação dessa resposta autoimune. Essa célula T reguladora, nunca é ativada, ela só vai “apaziguar uma briga entre linfócitos”. 
O timo possui uma grande importância, mas podem ter falhas no timo. Quando nascemos o timo está muito ativo, mas depois ele vai involuindo. Os antígenos de quando éramos bebê não são os mesmos que quando adultos. 
· Tolerância Periférica (TCD4): é um mecanismo de controle para aquilo que é falhado na seleção central e também para outros antígenos que não faziam parte de quando o timo era ativo e que agora, numa fase adulta, se tem os antígenos expostos no corpo. Lembrando: numa resposta de célula T normal é necessário o 1º (apresentação de antígeno –TCR) e 2º sinal (B7 que se liga no CD28) e no caso de TCD4, o 3º sinal (polarização). Se não tem 2º sinal essa célula TCD4 entrava em anergia/afuncional, ela não é ativada e esse é um mecanismo de tolerância periférica. Mas se na periferia tem o 1º sinal, mas não tem o 2º sinal pode haver outros 2 mecanisos de tolerância da célula: supressão mediada por célula T reguladora e mecanismo de deleção. Portanto, o que induz a tolerância periférica é a ausência do 2º sinal. 
*ninguém sabe ao certo qual mecanismo tem mais no nosso corpo. 
*quem tem uma doença autoimune tem uma falha em alguns desses mecanismos. 
· Anergia: a dendritica não reconhece PAMP e por isso tem baixa quantidade de B7 e este só se conecta ao CTLA4 e isso faz com que o linfócito fique inibido e então é encaminhada ao processo de anergia, fica afuncional, circula no corpo até sofrer apoptose.
· Supressão por células TREG: estas células foram geradas no timo quando se teve o reconhecimento de antígeno próprio, são chamadas de T reguladoras naturais. Também pode gerar células reguladoras que são chamadas de periférica ou adquiridas ou induzidas, estas são geradas quando se tem o reconhecimento de um antígeno próprio nos tecidos periféricos, pela apresentação feita pelo macrófago. Esse macrófago apresenta um antígeno para o TCD4, que já é efetor para o antígeno próprio, mas não é possível a ligação do CD40-L com o CD40 e essa não ligação faz o linfócito perceber que algo não está certo e então ele sai da sua forma efetora e vai para a forma T reguladora. (a produção de células T reguladoras por meio desse processo é mínima, o mais comum são aquelas produzidas no timo). 
As células T reguladoras vão tentar inibir a ativação das células T autorreativas, por meio do bloqueio da dendritica pela destruição de b7 (a células T reguladoras possui vários CTLA4 que vão se ligar ao b7 da dendritica e retira-los da dendritica, internalizar e digerir) e pela produção de IL-10 e TGF-beta (também são produzidas pela macrófago M2) pela célula T reguladora, essas citocinas vão ser responsáveis pela diminuição da habilidade da APC (no caso, célula dendritica, diminuição da expressão de MHC II). Sabendo que são antígeno-específicas, só regula quando reconhecer o antígeno novamente. Além disso, quando inibir a ativação não der certo e ela ocorrer, as células T reguladoras vão inibir as funções das células T efetoras (recebeu 1º e 2º sinal), isso é possibilitado pela presença de CD25 presente em grandes quantidades na Treguladora que é a terceira parte do receptor para IL-2 (citocina responsável pela proliferação clonal) e com isso pega toda a IL-2 pra ela, evitando que a célula autorreativa se prolifere. Lembrando que 1 ou 2 células autorreativas não possuem força para produzir uma doença autoimune. 
Uma outra forma de ação é que as citocinas IL-10 e TGF-beta produzidas pela Treguladora diminuem drasticamente a produção de IL-12 que tem ação na interação bidirecional de Macrófago (produzia IL-12) e NK (produzia em retribuição IFN-gama – citocina extremamente pró-inflamatória- que fazia o macrófago ser mais microbicida e troca de isotipo para a produção de IgG). Então se não tem produção de IL-12 e nem de IFN-gama, colaborando para que não tenha uma citocina pró-inflamatoria que seria ruim para a geração de uma doença autoimune. Há também, uma terceira forma que a T regulatória colabora para minimizar os efeitos de uma célula autorreativa, é que já que ela produz IL-10 e TGF-beta e para polarizar para Th1 é preciso IL12 e IFN-gama, que já são diminuídas pela Treg através da liberação de IL-10 e TGF-beta, assim a polarização para Th1 é reduzida. Já para polarizar para TH2 é necessário IL-4, nada a ver com aqui. E para polarizar para TH17 é necessário IL-1, IL-6, IL-23 e TGF-beta, como a Treg produz muito TGF-beta isso desestimula a polarização para Th1 (pró-inflamatorio), não polariza para th2 (ativaeosinófilo que é muito agressivo) e favorece a polarização para th17 (recruta neutrófilo, que é a menos agressivo). 
· Apoptose. 
- TOLERANCIA DE LINFOCITOS B (CENTRAL E PERIFÉRICA): 
A tolerância central do linfócito B acontece na MEDULA OSSEA (final do desenvolvimento e maturação). A tolerância periférica é responsabilidade dos órgãos linfoides secundários. O autoantígeno pode ser proteico (o 2º sinal é proveniente de uma célula TCD4 e nesse caso de um antígeno próprio não terá o reconhecido pelo tcd4 e não vai ativar célula B) e não proteico.
· Tolerância central: acontece na medula óssea (onde o linfócito é desenvolvido e termina o processo de maturação) e é orientado de acordo com a avidez da ligação entre linfocito B e outoantigeno e pela concentração de autoantigeno na medula óssea. Se reconhecimento tem alta avidez e na medula óssea tem alta concentração do antígeno, o processo vai dar origem a um caminho, o contrario a outro. Na medula ter o primeirosinal já indica a necessidade de se induzir a tolerância, pois já indica que é um antígeno próprio. 
Na imagem A, tem-se um linfócito B que via seu BCR está reconhecendo um autoantigeno. É um reconhecimento de alta avidez e indica grandes concentrações desse antígeno na medula e que o autoantigeno está imobilizado/fixo na superfície de uma célula, favorecendo a concentração do antígeno para que o linfócito possa reconhecer.
· Reconhecimento de alta avidez: a primeira opção para tentar tirar esse autorreconhecimento é chamada de edição de receptores. Nesse processo antes de ser deletado o linfócito B é feita uma edição do BCR, pra ver se ele perde o reconhecimento com o autoantigeno. Não foi preciso fazer a deleção desse linfócito B. Porém, não é possível fazer isso o tempo todo, se não der certo inicia-se o processo de apoptose e deleta esse linfócito B. 
· Reconhecimento de baixa avidez: não há o encaixe perfeito da região Fab com o auto-antigeno e ele está solúvel diminuindo ainda mais a avidez. Quando isso acontece o caminho para o linfócito B é a anergia, ou seja, ocorre uma infrarregulação dos BCRs e vai ser uma célula afuncional pelo resto da vida. 
· Tolerância periférica: pode ser que na medula tenha falha e algum antígeno que não foi exposto na tolerância central. Acontece no órgão linfoide periférico. O linfócito B autorreativo chega no órgão linfoide periférico e a ausência do segundo sinal indicaria que essa célula B não deve ser ativada. No caso de um antígeno proteico não tem segundo sinal pela ausência de TCD4 para aquele antígeno. No caso de não proteicos em que o segundo sinal vinha dos PRR, sistema complemento (não vai ser ativado) ou ligação cruzada (não tem antígenos próprios que fazer essa ligação), TOLL (antígeno próprio não tem PAMP, não vai ser ativado). Portanto essa ausência do 2º sinal garante a tolerância periférica das células B e isso vai gerar uma infrarregulação do BCR e vai ficar anergica até sofrer apoptose ou pode sofrer apoptose ou expressa receptores inibidores que aumentam o limiar de ativação do BCR, ou seja, para que esse BCR consiga ser estimulado um dia vai ser preciso muito estímulo e já que estamos falando um antígeno próprio ele nunca vai ter muito. 
*Se fosse para escolher apenas um grupo de linfócitos (entre TCD4, TCD8 e B) para sofrer tolerância, ou seja para suportar os auto-antígenos ? TCD4, pois se ele for tolerado ele não da segundo sinal para o TCD8 e também, quando for antígeno proteico não vai dar segundo sinal para o linfócito B. Só quem ficaria desprotegido dessa tolerância seria o linfocito B para antígenos não proteicos. 
* O que pode “quebrar” a tolerância imunológica ? principalmente infecções. No caso da tolerância central está mais relacionada a problemas genéticos, enquanto a periférica pode ser quebrada por uma infecção. Isso ocorre porque quando se tem uma infecção, o 2º sinal está presente e a sua ausência era o que garantia a manutenção da tolerância. 
- PATOGÊNESA DA AUTOIMUNIDADE
- Suscetibilidade genética: sabe-se hoje em dia que a maior parte da susceptibilidade genética ao desenvolvimento de doenças autoimunes, está relacionado ao MHC e consequentemente, a maioria das doenças estão relacionadas aos antígenos próprios proteicos. Existem algumas mutações La na fenda de ligação de peptídeos que acabam favorecendo a apresentação de autoantígeno proteico e isso acaba favorecendo o aparecimento de linfócito T autorreativo. 
*O lúpus é uma doença que dentre vários antígenos tem anticorpos anti-DNA, ou seja o anticorpo produzido se liga no DNA. Isso é possível porque a radiação ultravioleta rompe a célula e expõe o DNA e isso acaba sendo estranho ao nosso corpo. Então é desenvolvido anticorpos que se ligam ao DNA. Um dos exames para identificação da doença é pela detecção de anticorpos anti-DNA. 
- Ambiental: é pela presença de infecção e lesão tecidual. 
· Infecção: a célula dendritica está apresentando um antígeno próprio (1ºsinal), no órgão linfoide periférico. Nesse caso está faltando o segundo sinal (b7), não tem infecção e vai ter autotolerância. Se isso ocorrer numa infecção, ocorrerá a quebra da autotolerância, pois numa infecção há um microrganismo e a dendritica aumenta os níveis de B7 e consequentemente agora, tem-se o primeiro e segundo sinal, já que o B7 sobra para se ligar ao CD28 do linfócito autorreativo, passam pela expansão clonal, tornam-se células efetoras e vão circular e quando encontrarem o mesmo antígeno apresentado pela dendritica vão promover uma resposta que destrói os nossos tecidos. Esse processo é chamado de ativação espectadora (1ºmecanismo). Outro mecanismo é quando a célula dendritica que engloba a proteina de um microrganismo, processou, externalizou via MHCII, ativou o linfocito T reativo para o antigeno do microrganismo e depois foi gerada a memoria imunológica que num segundo encontro é reativada. Se essa proteina do patógeno tiver um peptídeo muito parecida com um peptídeo de uma proteina do nosso corpo e quando as células de memória encontram esse antígeno acham que é do patógeno iniciam o ataque. Esse processo que colabora para o desenvolvimento de uma doença autoimune é chamado de mimetismo molecular. Um exemplo de doença com esse mecanismo é a febre reumática, que se inicia com uma infecção com streptococos e depois de muito tempo o indiciduo pode ter uma insuficiência valvar, pois no miocárdio existe um peptídeo muito semelhante ao encontrado no streptococos. Um outro exemplo de doença é a anemia hemolítica autoimune, onde se tem uma hemólise das hemácias seguida de uma infecção bacteriana. A artrite também depois de uma infecção intestinal. Esse mimetismo molecular colabora muito para a quebra da tolerância imunológica porque eu tenho peptídeos que são “compartilhados” entre um microrganismo e um antígeno próprio. 
· Lesão: antígenos do nosso corpo que estão escondidos não precisam passar pelo processo de tolerância. Só que se houver uma lesão os autoantigenos que antes estavam escondidos acabam ficando expostos e podem ser reconhecidos como algo estranho. Esse processo em que a lesão colabora com a quebra da tolerância é chamada de expansão de epítopos. Ex: lúpus, lesão causa pela radiação ultravioleta que expõe o DNA e quebra a tolerância imunológica. 
DOENÇA AUTOIMUNE
· CRôNICAS: processo que está sempre presente no corpo, o antígeno faz parte da constituição natural.
· PROGRESSIVAS: porque nessa expansão de epitopos pode-se ir expondo novos epitopos e ir gerando novos linfócitos autorreativos.
· AUTOPERPETUADORAS: porque tem a exposição constantemente no nosso corpo.
Por isso que quem tem doenças autoimunes tomam medicamentos para barrar o processo inflamatório. Pode ser: antiinflamatorio, imunosupressor, imunoterapia.

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