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Terapia com Laser (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation)

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LASER
Laser (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation), é um dispositivo que produz
radiação eletromagnética com características muito especiais: ela é monocromática (possui
comprimento de onda muito bem definido), coerente (todas as ondas dos fótons que compõe
o feixe estão em fase) e colimada (propaga-se como um feixe de ondas praticamente
paralelas). (PORTER, 1998)
Foi Theodore Maiman quem construiu o primeiro maser ótico. Maiman sugeriu o nome
"Loser" ("Light Oscillation by Stimulated Emission of Radiation") mas "loser" significa
"perdedor" e o nome foi trocado por "laser" ("Light Amplification by Stimulated Emission of
Radiation"), que pegou e ficou.
Esse primeiro laser foi desenvolvido a partir de uma barra de rubi em 1960. O rubi é um
cristal de óxido de alumínio contendo um pouco de cromo. Os átomos de cromo formam o
meio ativo: são eles que geram a luz laser por emissão estimulada de fótons. Eles são
excitados por uma luz externa muito intensa. O átomo de cromo é um sistema de três níveis: a
luz externa excita o átomo de cromo do estado fundamental para um estado excitado de vida
curta. Desse estado excitado o átomo decai para outro estado excitado de menor energia. A
diferença de energia é dissipada na forma de vibrações no cristal de rubi. Esse segundo estado
excitado é meta-estável, portanto, conveniente para ser usado na ação laser. No laser de rubi
de Maiman o feixe de luz sai na forma de pulsos de luz muito rápidos. Pouco tempo depois
outros lasers foram construídos, usando outros meios ativos, produzindo um feixe contínuo
de luz.
Em 1961 Leon Goldman fundou o primeiro laboratório de laser para aplicações médicas, em
1962 Patel desenvolveu o laser que posteriormente seria utilizado para fins terapêuticos, um
aparato de cujo meio ativo era uma mistura de gases Hélio e Neônio. Este apresentava uma
pequena penetração nos tecidos biológicos, limitando a sua utilização. Em 1981, apareceu o
primeiro relato de aplicação de laser de dióxido de carbono, no qual tem um comprimento de
onda maior, e uma penetração mais profunda.
Diferentes tipos de lasers têm sido propostos para uso na laserterapia, fornecendo energia de
modo pulsado ou contínuoe tendo comprimentos de ondas no espectro visível e invisível.
Diferentes dos lasers cirúrgicos que são utilizados compotência entre 1 e 100 W, a
laserterapia de baixa potência têm sido aplicada com potências variando entre 1 e 300 mW.
Dentre os lasers utilizados temos o Laser de hélio néon (HeNe), esses lasers emitem luz
contínua no comprimento de onda de 632,8 nm e têm obtido bons resultados na cicatrização
de feridas, do tecido ósseo e nervoso, sendo sua ação mais destacada em lesões superficiais.
Laser diodo arsenieto de gálio e alumínio (GaAlAs), possui emissão contínua e comprimento
de onda de 620 a 830 nm, vem sendo utilizado no tratamento de nervo trigêmeo e nervo fácil,
assim como lesões profundas do tipo articular e muscular. Laser diodo arsenieto de gálio
(GaAs), esse laser emite luz pulsátil no comprimento de onda de 830 a 904 nm no espectro in
fravermelho, penetrando profundamente nos tecidos subcutâneos devido à baixa absorção
pela água e pigmentos da pele. Lasers de GaAs e GaAlAs empregam maiores densidades de
força com maior confiabilidade e menor custo. Os lasers de GaAs têm sido usados em
cicatrização de feridas, tecidos ósseos e cartilagens. Lasers de Alta Potência, produzidos
apartir de íon árgon, neodímio-YAG e dióxido de carbono são usados como lasers cirúrgicos.
Entretanto, quando aplicados numa densidade de energia extremamente baixa e desfocados,
também podem ser empregados na laserterapia. (PORCKT,2008;SILVEIRA 2009)
O mecanismo de fotobiomodulação do laser tem sido atribuído à ativação dos componentes
da cadeia respiratória mitocondrial resultando em uma cascata de sinalização que promove a
proliferação celular e a citoproteção. As evidências sugerem que o citocromo c-oxidase é o
principal foto receptor de luz laser. A mitocôndria é receptiva à luz monocromática do laser,
aumentando o metabolismo respiratório de algumas células, promovendo efeitos
biomodulatórios. A ação benéfica da irradiação laser é o resultado da ação dos
radicais-livres, que induzem a ativação de células (leucócitos, fibroblastos, queratinócitos,
etc.) expressas em aumento da atividade bactericida, proliferação celular e produção de
proteínas e citocinas. Esses eventos produzirão efeitos clínicos como cicatrização de
feridas, melhoria na microvascularização, regeneração e imunomodulação. (PROCKT,
2008)
CATORZE, G. Laser: fundamentos e indicações em dermatologia. Med Cutan Iber Lat Am;
v 37, p5-27, 2009.
PROCKT, P.A; Uso de Terapia com Laser de Baixa Intensidade na Cirurgia
Bucomaxilofacial, Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia
Maxilofacial, V. 49, n°4,p.247-255, 2008
SILVEIRA,P.C.L; Efeitos da laserterapia de baixa potência na resposta oxidativa epidérmica
induzida pela cicatrização de feridas. Rev Bras Fisioter. ;v 13, p 281-287, 2009.
PORTER, M; The New Equine Sports Therapy, Lexington, The Blood-Horse, p.51-60, dec
1998.

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