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Mapa mental - Doenças Pancreáticas

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DOENÇAS PANCREÁTICAS
Aspectos gerais -
pâncreas
Órgão retroperitoneal glandular,
que atende a funções
endócrinas e exócrinas.
O pâncreas exócrino secreta
ao menos dez enzimas
digestivas, fundamentais
para a digestão e a absorção
dos nutrientes.
O pâncreas endócrino também
secreta diversos hormônios, que
desempenham um papel-chave
na manutenção da homeostase
metabólica do organismo.
As doenças locais podem levar
a desarranjos da homeostase
nutricional e metabólica,
embora os mecanismos
fisiopatológicos subjacentes
sejam distintos.
Fisiologia da
secreção pancreática
A secreção pancreática é
precisamente articulada
pela liberação dos
hormônios peptídeos e
dos neurotransmissores
do trato gastrintestinal
após o contato com o
alimento ingerido.
A estimulação
pancreática divide-se
em três fases: cefálica,
gástrica e intestinal.
A percepção do alimento
prepara o pâncreas para
iniciar o processo de
agregação e secreção
dos zimogênios.
A ingestão e a deglutição
do alimento, seguidas
pela expansão da parede
estomacal, induzem a
secreção pancreática.
O ingresso do alimento no
duodeno induz a estimulação mais
poderosa, associada à liberação
da acetilcolina e da colecistocinina
(CCK) pela mucosa e propelida
por complexos motores
migratórios.
Sem o pâncreas, os seres
humanos não sobrevivem,
pois a glândula é essencial
para a digestão dos
alimentos.
O pâncreas normal secreta
enzimas digestivas, junto a água
e eletrólitos, principalmente
bicarbonato, que melhora a
função das enzimas luminais pela
neutralização do ácido gástrico.
As enzimas mais
ativas são: lipase,
amilase e tripsina
(atua inativamente
como tripsinogênio).
A amilase (a-amilase) hidrolisa o
amido alimentar em dissacarídeos e
trissacarídeos, que são decompostos
em formas absorvíveis, tais como
glicose e maltose, pelas enzimas pre-
sentes na borda em escova.
A lipase pancreática
hidrolisa as moléculas
de gordura.
Os sais biliares secretados pelo fígado
ajudam a ação digestiva da lipase, ao
revestir e emulsificar gotas grandes de
gordura em gotas menores e, assim,
aumentar a superfície total para a
atuação da lipase.
A tripsina uma vez ativada
decompõe proteínas
alimentares e peptídeos
(proteínas decompostas em
peptídeos no estômago pela
pepsina) em aminoácidos,
que são então absorvidos
pelos sistemas de transporte
ativo.
Pancreatite
Aguda
Definição e
Aspectos
Gerais
É um processo inflamatório
agudo do pâncreas, que
pode envolver o tecido
peripancreático e até mesmo
órgãos remotos.
A PA biliar é mais
comum em pacientes do
sexo feminino, enquanto
a PA alcoólica é mais
comum em pacientes do
sexo masculino.
A descrição clínica consiste
em dor grave na parte
superior do abdome,
náusea e vômito.
Os exames laboratoriais
revelam lipase e amilase
elevadas na circulação
sanguínea.
A glândula pancreática
inflamada e inchada pode, por
si só ou mediante o
desenvolvimento de acúmulos
graves de líquido, comprimir o
estômago e o duodeno.
Fisiopatologia
É iniciada pela ativação
prematura do tripsinogênio no
interior das células acinares.
Depois que o tripsinogênio,
normalmente armazenado na
forma inativa de zimogênios, é
estimulado no interior das células
acinares e autoativa outras
moléculas de tripsinogênio e a
autodigestão de célula.
A lesão intracelular resulta na
geração de uma cascata de
citocinas pró-inflamatórias,
mediante ativação da
sequência
potenciadora da cadeia leve
do fator nuclear kappa das
células B ativadas (NF-kB)
miofibroblásticas periacinares
e das pro-teínas quinases
ativadas por mitógenos
(MAPK).
A resposta inflamatória intensa
resulta em constrição arterial
com apoptose resultante, que,
numa situação extrema, pode
levar a necrose pancreática.
Pancreatite
Crônica
Terapia
Nutricional
É determinada
pela gravidade
da doença.
Pancreatite
aguda leve
Pancreatite
aguda grave
O tratamento é
principalmente
suportivo.
NE precoce é mais
segura, mais eficaz e
menos custosa do que a
nutrição parenteral (NP).
A estratégia inclui controle
da dor, hidratação agressiva
com líquidos intravenosos e
ausência de ingestão oral,
visando o repouso
pancreático por 48 horas.
Tradicionalmente, os
pacientes podem começar
com uma dieta líquida
clara e, depois, avançar
para uma dieta leve,
pobre em gordura.
Há indícios de utilização de
alimentação nasogástrica e
nasojejunal.
Definição e
Aspectos Gerais
Insuficiência
Pancreática
É um estado inflamatório
persistente do pâncreas,
caracterizado pelo dano
progressivo e irreversível ao
pâncreas, e que leva à fibrose
extensiva e à insuficiência
exócrina e endócrina
progressiva.
Os sintomas desses
pacientes incluem dor
abdominal, diarreia e perda
de peso. Frequentemente,
os pacientes experimentam
ataques intermitentes de
pancreatite e muitas vezes
desenvolvem um estado de
dor abdominal crônica.
A má absorção se desenvolve
como resultado da destruição
da glândula exócrina, e isso
pode provocar esteatorreia,
perda de peso e deficiência de
vitaminas solúveis em gordura.
O tabagismo e o
consumo de álcool
contínuo aceleram a
perda de função.
Com o tempo pacientes podem
desenvolver diabetes melito, o
que complica ainda mais o
controle nutricional; finalmente,
a PC é um fator de risco para o
desenvolvimento do câncer de
pâncreas.
Fisiopatologia
A desnutrição
proteico-calórica é
muito comum.
A maioria dos pacientes
com PC é alcoólica e
possui estado
nutricional insatisfatório,
mesmo na ausência de
pancreatite.
Na presença de pancreatite,
fatores adicionais contribuem
para o desenvolvimento da
desnutrição proteico-calórica.
A inflamação crônica do
pâncreas pode provocar dor
abdominal, aversão a
alimentos (sitofobia),
ingestão oral insatisfatória e
estado hipermetabólico.
A destruição glandular
progressiva conduz à
destruição glandular
exócrina e endócrina.
A insuficiência exócrina é
clinicamente aparente após
90% de atrofia das glândulas,
e se manifesta como má
absorção de carboidratos,
gorduras e proteínas.
Geralmente, a insuficiência
endócrina se manifesta de 7
a 15 anos após o diagnóstico
da PC como intolerância à
glicose (diabetes). Pode ocorrer
dismotilidade
gástrica.Recomendações
nutricionais
Pacientes não
precisam seguir
dieta altamente
restritiva.
Pacientes desnutridos com PC
devem ser aconselhados a
consumir alimentos ricos em
proteínas (1,0 a 1,5 g/kg/dia) e
energia em cinco a seis
pequenas refeições por dia.
Há o risco de desenvolver
deficiências de vitaminas
(principalmente vitaminas
lipossolúveis e B12) e de
oligoelementos.
Pacientes com estado
nutricional normal
devem aderir
a uma dieta bem
balanceada.
Devem ser evitados
refeições muito ricas
em fibras.
Não há necessidade de
restrição de gordura na
dieta, a menos que os
sintomas de esteatorreia
não possam ser
controlados.
Suplementos nutricionais orais
devem ser prescritas para
pacientes desnutridos apenas
se a nutrição oral for
insuficiente para atingir as
metas de calorias e proteínas.
A suplementação de
vitaminas e minerais
deve ser proposta a
pacientes com má
absorção.
Definição
Diz respeito à principal
complicação da pancreatite
crônica, onde há o
acometimento mais do que
considerável da função
pancreática.
Fisiopatologia
Reserva do pâncreas
é considerável.
A esteatorreia resultante da
má digestão de gorduras
ocorre somente quando
mais de 90% da secreção
de lipase é perdida.
Terapia
Nutricional
Envolve a
suplementação de
enzima pancreática
exógena.
Em casos raros, a NPT é
requerida, mas deve ser
limitada a um uso de curto
prazo, para repor os
estoques de nutrientes.
Câncer de Pâncreas
Fatores de
risco
Tabagismo, uso pesado
de álcool, histórico
familiar de câncer de
pâncreas ou outros
cânceres, histórico de
diabetes e PC
Sinais e
sintomas
Dor abdominal,
perda
de peso e icterícia.
Diabetes, diarreia e
esteatorreia podem
se manifestar.
Podem apresentar também
náusea, emese, ingestão oral
insatisfatória, mudança nas
sensações de gosto, saciedade
precoce, fadiga, obstrução de
saída gástrica, má absorção e má
digestão.
Terapia
NutricionalPode ajudar a estabilizar
esses pacientes e melhorar
sua condição funcional, sua
resposta à terapia e seu
prognóstico.
Envolve,
principalmente,
o controle da
dor e da
náusea.
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