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IMPLANTAÇÃO DA ISO 14001 NO HOSPITAL SÃO FRANCISCO SP

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...............................................................................................................................
GESTÃO HOSPITALAR- MÓDULO II
DAVID CARNEIRO SILVA 545902019
IMPLANTAÇÃO DA ISO 14001 NO HOSPITAL SÃO
FRANCISCO SP
São Paulo
2021
DAVID CARNEIRO DA SILVA
IMPLANTAÇÃO DA ISO 14001 NO HOSPITAL SÃO
FRANCISCO SP
Trabalho apresentado ao Curso de Gestão Hospitalar do
Centro Universitário ENIAC para a disciplina de
Projeto Integrador.
Prof. Maria Helena Veloso
São Paulo
2021
RESUMO
A fim de minimizar os diversos impactos causados pelo consumo massivo de energia, água,
insumos, medicamentos e falta de gerenciamento de resíduos e esgoto, o Hospital privado São
Francisco busca a certificação NBR ISO 14001: 2004, que fornece diretrizes para a
implementação de um sistema de gestão ambiental. Para implantação do sistema de gestão
ambiental, o hospital buscou auxílio de uma Consultoria Ambiental que o ajudou neste processo.
Este trabalho apresenta os métodos de implementação utilizados e os resultados obtidos.
Pode-se observar que o Hospital apresentado possui procedimentos de separação do lixo
hospitalar e atende aos requisitos legais, porém é necessário que haja mais engajamento dos
funcionários, com treinamentos adequados. Seja financeiramente ou operacionalmente, é muito
importante o incentivo financeiro e operacional da alta gestão, devido ser um projeto caro que
exige que os funcionários se concentrem nas questões ambientais.
Palavras-chave: Resíduos hospitalares, aspectos e impactos ambientais, NBR ISO 14001
INTRODUÇÃO
No decorrer das mudanças climáticas, a poluição química e o uso insustentável de recursos, a
poluição do ar, do solo e da água agravam os problemas de saúde, levando as pessoas a buscarem
um sistema de saneamento já frágil e lotado.
Ao mesmo tempo, pelos produtos utilizados, pela tecnologia utilizada, pela grande quantidade
de recursos consumidos, pelos resíduos gerados e pelas edificações construídas e utilizadas, o
próprio sistema de saúde tem contribuído significativamente para o agravamento dos problemas
ambientais.
Por outro lado, pode-se observar que há ações pela busca de hospitais verdes e saudáveis que,
além de contribuir com a saúde pública, busca a sustentabilidade ambiental. Enfermeiros,
médicos, hospitais, sistemas de saúde e o Ministério da Saúde estão tentando encontrar formas
alternativas de reduzir seu impacto e mudar suas instituições para promover a substituição de
resíduos químicos nocivos, reduzir pegadas de carbono e a exposição da população a resíduos
causados por eles.
Atualmente, os resíduos gerados pelas diversas atividades humanas são o principal desafio
dos órgãos gestores municipais, principalmente nos grandes centros urbanos. Desde a segunda
metade do século XX, com os novos padrões de consumo da sociedade industrial, a taxa de
crescimento dos resíduos tem ultrapassado a capacidade natural de absorção.
O descarte inadequado de resíduos cria responsabilidades ambientais que podem colocar em
risco os recursos naturais e a qualidade de vida das gerações modernas e futuras. Os resíduos de
serviços de saúde fazem parte desse problema e têm se tornado extremamente importantes nos
últimos anos (ANVISA. 2006).
A relevância dos resíduos gerados e sua correta destinação final nas questões ambientais têm
chamado a atenção de todos os países, inclusive do Brasil. No âmbito federal foram
aperfeiçoadas leis e resoluções que encontravam-se ultrapassadas para a situação dos resíduos
de serviço de saúde no Brasil.
Houveram novas resoluções, como a Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005 do CONAMA,
que busca a necessidade de minimizar os riscos ocupacionais no ambiente de trabalho, proteger a
saúde dos trabalhadores e do público em geral, reduzir a geração de resíduos, isolar os resíduos
da origem e priorizar medidas preventivas em vez de corretivas.
A resolução estipula o tratamento e destinação final de resíduos de serviços médicos (RSS) e
os classifica como 11 atividades realizadas em todos os serviços relacionados à saúde humana ou
animal, incluindo atendimento domiciliar, serviços de trabalho in loco, laboratórios de análises
de produtos para saúde, necrotérios, etc., precisando serem gerenciados de forma diferenciada, e
precisam ser processados ou não processados antes da disposição final.
Para promover a gestão de todas as áreas que envolvem o hospital, é necessária a utilização
de ferramentas que possam apoiar a implementação de um sistema de gestão ambiental eficaz.
Neste trabalho, será estudado um sistema de gestão ambiental implantado de acordo com a
norma NBR ISO 14001: 2004 no Hospital São Francisco em São Paulo.
OBJETIVOS
A ISO 14000 é uma norma que estabelece diretrizes sobre gestão ambiental dentro das
empresas. Inclui os elementos centrais do Sistema de Gestão Ambiental ( SGA ) a serem
utilizados para Certificação/registro. O certificado atesta responsabilidade ambiental no
desenvolvimento das atividades de uma organização. Para a obtenção e manutenção do
certificado ISO 14001, a organização tem que se submeter a auditorias periódicas, realizadas por
uma empresa certificadora, credenciada e reconhecida pelo INMETRO e outros organismos
internacionais. Nas auditorias são verificados o cumprimento de requisitos como: Cumprimento
da legislação ambiental; Diagnóstico atualizado dos aspectos e impactos ambientais de cada
atividade; Procedimentos padrões e Planos de Ação para eliminar ou diminuir os Impactos
Ambientais. Esse trabalho foi realizado no Hospital São Francisco, com a análise de vários
aspectos da gestão ambiental, suas práticas e controle. Baseada nas informações retratadas, foi
identificado a seguinte questão: Como foram os os processos para a Certificação da ISO 14001
no Hospital São Francisco?
Objetivo geral
O principal objetivo deste trabalho é analisar e verificar a forma de implantação da norma
ISO 14001 (ABNT, 2004) no Hospital São Francisco em São Paulo.
Objetivos específicos
a) Verificar os processos realizados;
b) Recomendar padrões para assegurar a avaliação da Certificação;
c) Sugerir Melhorias.
METODOLOGIA
Na a realização deste trabalho, inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica,
objetivando o esclarecimento de concepções para a fundamentação teórica. De acordo com
Marconi e Lakatos (2010), a pesquisa bibliográfica engloba desde publicações, jornais, revistas,
bem como livros, monografias, teses e material cartográfico. E para Chemin (2015, p. 54), na
metodologia “são descritos os procedimentos, os métodos, os caminhos a serem seguidos na
realização do trabalho”.
Referente ao método, foi utilizado o dedutivo, pois segundo Marconi e Lakatos (2010) a
finalidade deste método é esclarecer o conteúdo das premissas, seguindo para fundamentos
gerais e das revisões teóricas para orientar a análise do estudo.
RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE (RSS)
Os hospitais geram todos os tipos de resíduos: infecto contagiosos, resíduos radioativos,
resíduos recicláveis e resíduos de alimentos. Segundo Naime (2004), um plano eficaz de
gerenciamento de resíduos infecto – contagiosos gerados em instalações sanitárias visa promover
a melhoria da saúde pública protegendo o meio ambiente. A gestão de RSS inclui isolamento da
fonte, armazenamento temporário adequado, tratamento e disposição final, e o uso de
equipamento apropriado para profissionais relevantes para lidar com segurança, desde o carrinho
para transporte de resíduos até o uso do equipamento de proteção individual.
A classificação dos RSS são:
GRUPO A - Resíduo Biológico: Resíduos que podem conter agentes biológicos, Pelas suas
características, podem apresentar risco de infecção.
GRUPO B - Resíduos Químicos: Resíduos contendo substâncias químicas, com base em suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade, podem representar
uma ameaça à saúde pública ou ao meio ambiente.
GRUPO C - Rejeitos Radioativos: Qualquermaterial produzido por atividades humanas tem
teor de radionuclídeos que ultrapassa o limite de isenção de impostos especificado nas normas da
CNEN, e sua reutilização é inadequada ou imprevisível.
GRUPO D - Resíduos Comum: Os resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou
radiológico à saúde ou ao meio ambiente podem ser assimilados com o lixo doméstico.
GRUPO E - Resíduos Perfurocortantes: Materiais pontiagudos, como lâminas de barbear,
Agulhas, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, brocas de faca Diamante, lâmina de
bisturi, lanceta; espátula e todos os vidros quebrados Laboratório (pipetas, tubos de coleta de
sangue e placas de Petri) e outros semelhantes.
Cada grupo possui acomodação específica devido a sua especificação. De acordo com o
Manual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos em Serviços de Saúde (SCHNEIDER, V. et al.) o
acondicionamento deve ser efetuado no momento em que é gerado, em seu local de origem ou
próximo a ele, em reservatórios que estejam de acordo com cada tipo, quantidade e característica
para facilitar o reconhecimento, coleta, armazenamento e amenizar os riscos de contaminação.
O tratamento dos resíduos ocorre de acordo com a classificação de risco. O transporte e a
disposição final devem ser efetuadas por empresas licenciadas pelo órgão ambiental.
NORMA NBR ISO 14001
As percepções sobre a importância das questões ambientais nas organizações mudaram muito
durante o século passado, principalmente devido a alguns acidentes ambientais graves que
ocorreram nas décadas de 80 e 90. A ISO, International Organization for Standardization
(Organização Internacional para Padronizações), é uma organização não governamental fundada
em 1946 e sediada em Genebra - Suíça, compreende mais de 100 países, incluindo o Brasil. A
ISO formulou consenso internacional e padrões voluntários para modelos de sistemas de
manufatura, comunicação, negócios e gestão. Seu objetivo é desenvolver e promover padrões
que possam ser usados igualmente em todos os países do mundo.
Assumpção (2004) afirma que as normas ISO 14000, tem como objetivo orientar a
padronização das questões ambientais em qualquer tipo de organização, utilizando métodos
sistemáticos para implementar, monitorar, avaliar, auditar, certificar e manter sistemas de gestão
ambiental para reduzir e eliminar os efeitos adversos no meio ambiente e não sobre técnicas e
meios de implementá-los. A norma visa definir um sistema de gestão ambiental (SGA) como um
conjunto de procedimentos, atividades, estruturas organizacionais e controles utilizados para
ajudar as organizações a gerenciar e controlar atividades, produtos e serviços que podem
interagir com o meio ambiente. O SGA produzido deve atender aos requisitos da política
ambiental estabelecida, ao plano da empresa, à implantação e operação do sistema, à verificação
e ações corretivas e à análise crítica pela direção. A norma utiliza como sistemática o princípio
do ciclo Plan, D, Check, Action (PDCA) : Planejar, Executar, Verificar, Agir.
GESTÃO AMBIENTAL EM HOSPITAIS
De acordo com Ferreira e Teixeira (2010) os resíduos produzidos em hospitais são
extremamentes importantes, devido a sua capacidade de contaminação tanto do meio ambiente
quanto da população. O perigo dos Resíduos de Serviço de saúde (RSS) ocorre em razão do
risco biológico por apresentar agentes infectantes, produtos químicos tóxicos, resíduos
farmacêuticos, acidentes com materiais pérfuro cortantes e com materiais radioativos. Ainda que
os riscos sejam observados, em vários locais ainda não é possível considerar que haja uma
gestão apropriada dos resíduos.
Para Blenkharn (2006) muitos déficits foram encontrados na gestão, tratamento e
armazenamento de resíduos. Segundo Ferreira e Teixeira (2010), nos hospitais públicos, a coleta
e o armazenamento interno é efetuado por uma empresa terceirizada, onde há um circuito interno
de coleta dos resíduos gerados nas áreas com o objetivo de conter o contato com pacientes e
visitantes.
Já nos hospitais privados, a coleta e armazenamento é realizado pela própria hospedagem, não
há circuito pré-definido de coleta devido ao tamanho. Geralmente os hospitais privados são
menores que os públicos. Ainda que a Lei brasileira esteja bem elaborada quanto à gestão
correta dos RSS, apenas alguns hospitais realizam a gestão dos mesmos, e desses, a maior parte
são privados.
Conforme Moreira (2012), foram constatados diversos problemas em outros países também
em crescimento , como separação, controle, armazenamento e transporte, que não são exercidos
de forma correta. Há poucas práticas para diminuição da criação de resíduos. Resíduos
infectantes e perigosos são lançados em lixeiras e aterros abertos, incineradores não possuem
aparelhos de controles de emissão de gases, resíduos químicos são jogados em esgoto comum,
sem tratamento.
Segundo Sattler (2007), existem muitas medidas que podem ser tomadas para que a gestão
ambiental seja estabelecida de maneira prática e eficiente, como a aquisição de materiais
ambientalmente corretos, que reduzam a criação de resíduos, planos para gerenciar resíduos,
minimizar o uso de produtos químicos potencialmente poluidores, promover do uso de alimentos
saudáveis, entre outros.
https://www.sinonimos.com.br/deficit/
PROJETOS HOSPITAIS VERDES E SAUDÁVEIS
Para com Karliner (2011), o setor de saúde produz muitos impactos ambientais através da
produção de resíduos perigosos que possuem riscos biológicos, além do consumo de grandes
quantidades de água e energia para operar.
Objetivando a diminuição desses impactos, em 2011 foi criada a Agenda Global de Hospitais
Verdes e Saudáveis. Mais de 4000 hospitais ao redor do mundo uniram-se para criar uma rede
global com o intuito de diminuir seu rastro ecológico e viabilizar a saúde ambiental. A agenda
oferece um quadro extensivo para hospitais e sistemas de saúde, tendo como meta conquistar a
sustentabilidade e cooperar para a melhoria do meio ambiente.
A agenda é constituída por 10 é composta por dez objetivos associados, com seus próprios
planos de ação, ferramentas e recursos que os hospitais e sistemas de saúde podem empregar
para auxílio em sua efetivação.
Segundo Karliner (2011) para que haja melhores resultados, devem ser empregados ao menos
02 dos 10 objetivos apresentados pela Agenda.
São eles:
1. LIDERANÇA: Priorizar a saúde ambiental.
2. QUÍMICOS: Trocar produtos químicos prejudiciais por alternativas mais seguras.
3. RESÍDUOS: Reduzir, tratar e descartar de forma segura.
4. ENERGIA: Implantar a eficiência energética e fontes de energia limpa.
5. ÁGUA: Diminuir o consumo de água.
6. TRANSPORTE: Aperfeiçoar as estratégias de transporte para pacientes e funcionários.
7. ALIMENTOS: Aquisição e preparo de alimentos com crescimento sustentável e busca por
alimentos mais saudáveis.
8. FARMACÊUTICOS: Segurança em manusear e acomodar produtos farmacêuticos.
9. EDIFÍCIOS: Projetos de construção verdes e sustentáveis.
10. COMPRAS: Priorizar produtos e materiais seguros e sustentáveis.
ÁREA DE ESTUDO
O presente trabalho define-se como um estudo de caso da implantação da ISO 14001 no
Hospital São Francisco. É um hospital privado fundado em agosto de 2005. O mesmo fica
situado na Av. Prof. Manoel José Pedroso, 701 - Parque Bahia, Cotia - SP. Contando com a
eficiência e a experiência de profissionais qualificados, aliado ainda à alta tecnologia em
equipamentos de última geração, garante um atendimento humanizado. Onde o paciente é
acolhido em todos os processos, seja no pronto atendimento ou em tratamentos mais longos.
A estrutura moderna, o hospital possui maternidade, centro cirúrgico, UTI geral e neonatal,
pediatria, serviço de hemodinâmica e outros diagnósticos de alta complexidade. São 203 leitos,
14 consultórios de pronto atendimento e 11 ambulatórios.
Missão:
Promover e assegurar a excelência na assistência médico-hospitalar, trabalhando em conjunto
para diagnosticar e tratar com objetivo de melhorara qualidade de vida dos pacientes.
Visão:
O Hospital São Francisco em conjunto com nossos colaboradores, busca oferecer um serviço de
referência na prestação de cuidados médicos por meio da prática de uma medicina humanizada
com atenção voltada na experiência do paciente durante todo o processo de atendimento.
Valores:
● Ética
● Humanização
● Respeito
● Espírito de Equipe
● Aprendizagem constante
● Integridade
● Transparência na gestão
O hospital possui licença de operação válida expedida pelo órgão ambiental do município no
qual está localizado. Partindo da alta Gestão o desejo de possuir a certificação, iniciou-se o
processo pela busca, através da Norma NBR ISO 14001:2004 no final de 2019. Houve a
contratação de uma consultoria ambiental para auxiliar no processo. Criou-se uma equipe de
projeto no hospital e à busca pela certificação deram o nome de Projeto Ambiental, até que o
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) fosse elaborado. Hoje, o SGA possui um gerente, com
cargo de supervisor e um analista de serviços, que empregam dez horas por semana ao projeto
ambiental.
Partindo da análise realizada pela consultoria, houve a elaboração de um projeto, com um
cronograma a ser seguido.
Política Ambiental
-Planejamento
Aspectos Ambientais
Imposições legais e outros
Objetivos, metas e programação
-Implementação e operação
Planos, responsabilidades e autoridades
Aptidão, treinamento e conscientização
Documentação e controle
Administração operacional
Organização e preparo às emergências
- Verificação
Monitoramento e medição
Ação corretiva e ação preventiva
Controle de Registros
Auditoria Interna
Análise pela administração
O processo de certificação do hospital está em andamento. Serão apresentados os métodos
utilizados para o atendimento dos requisitos da norma até a data de 16 de outubro de 2020. A
previsão da superintendência do hospital para certificação é para Agosto de 2022, devido à
pandemia.
ANÁLISE
A política ambiental foi desenvolvida durante reuniões entre a Consultoria e a Equipe de
Projeto Ambiental. Discutiu-se questões obrigatórias que devem constar na política e foram
equiparadas com os objetivos e metas do Hospital.
A comunicação interna se deu através do software de gestão operado pelo hospital, o qual
todos os colaboradores possuem acesso. Externamente, a divulgação ocorreu via site. De acordo
com a definição da política ambiental, a equipe do projeto trabalhou com a consultoria para
determinar os indicadores a serem medidos para demonstrar o cumprimento da mesma.
O levantamento dos aspectos e impactos ambientais (LAIA) foi realizado através de visitas
técnicas em todos os setores, objetivando o estudo dos processos e facilitação da coleta de dados
que serão examinados para composição de planilha para cada uma das áreas, contando com a
participação de colaboradores previamente escolhidos. A primeira visita foi para determinar os
aspectos e impactos ambientais e a segunda para caracterizá-los e avaliá-los.
A empresa de consultoria e a equipe do projeto geriram e verificaram as normas ambientais
aplicáveis a cada aspecto identificado. Após o preenchimento das planilhas, entregue-as aos
supervisores de cada campo junto com as medidas de regulamentação ambiental e planos de ação
de melhoria contínua. A equipe do projeto decidiu que para os aspectos ambientais da área
administrativa (que não consumiam nem geram resíduos considerados perigosos, conforme NBR
10.004:2004), seria elaborada uma planilha para todas as áreas.
O método de avaliação foi documentado no procedimento operacional padrão, dividido em
quatro etapas:
Identificação: Todas as interações entre atividades / instalações / equipamentos com o meio
ambiente;
Característica: Definir o tempo e taxa de ocorrência de impacto e a situação;
Avaliação: Das variáveis para o meio ambiente;
Gerenciamento: Medidas de controle existentes e propostas para mitigar o impacto ambiental
Inicialmente foram identificados todos os processos / atividades / instalações e equipamentos que
interagem com o ambiente.
Foi determinado que produtos e insumos com compras mensais superiores a 200 kg / unidade
ou ou aqueles que forem controlados por requisito legal (ANVISA, Polícia Federal, Ministério
do Exército, IBAMA, CNEN, etc.)fariam parte do levantamento.
Posteriormente à identificação, os processos/atividades/instalações foram apresentados
através da temporalidade, em que se classifica o período em que ocorreram, podendo ser atual,
passado e futuro.
A incidência relaciona-se ao impacto sobre as atividades, podendo ser direta, onde os
impactos realizados pela instituição ou terceiros estão sob controle do Hospital. E indireta, que
seriam impactos relacionados a terceiros, nos quais a organização possui apenas influência.
E a situação contempla os aspectos que levaram em consideração as condições operacionais
e podem ser considerados como: Normal, que seria o dia -a-dia; Anormal: processos não
programados e Emergência, que se caracteriza como risco associados à ocorrência de acidentes.
Após a realização da avaliação de aspectos e impactos na área, é necessário analisar se o
Hospital já possui medidas de controle para os aspectos significativos, que têm o intuito de
controlar, minimizar ou eliminar os aspectos ambientais expressivos.
Essa ação deve considerar a possibilidade de eliminar a causa (aspecto ambiental) através de
ações preventivas e a minimização da consequência (impacto ambiental) através de ações
corretivas.
Foram divididas em três:
Controles ou práticas existentes: medidas de controle que foram implementadas para
minimizar o impacto ao meio ambiente do aspecto identificado.
Instalações: Detalhar a necessidade de melhorias nas instalações existentes (obras, adequações,
equipamentos de proteção coletiva)
Procedimentos: Relatar os procedimentos operacionais necessários para a minimização do
impacto ambiental. Antes de introduzir mudanças, seja uma atividade, produto, serviço ou
processo, a organização deve ponderar previamente os aspectos potenciais e associados
utilizando a planilha de avaliação de aspectos e impactos ambientais, na temporalidade futura.
Com a intenção de satisfazer aos requisitos da Norma NBR ISO 14001:2004 definiram-se,
por meio de um Procedimento Operacional Padrão (POP) as regras para identificação, acesso e
avaliação da Lei e outras exigências necessárias.
Para atender aos requisitos de comunicação, foi criado um POP referente à Comunicação
Ambiental, descrevendo como atender aos diversos requisitos da norma. Este é dividido em
comunicação interna relacionada ao SGA e comunicação externa relacionada a questões
ambientais.
Os gestores das áreas e gerentes de contrato são definidos como responsáveis por comunicar
os aspectos ambientais e seu impacto aos funcionários que trabalham em instalações
hospitalares, corpo clínico, locatários, operadores e terceiros em geral.
Definiu-se que reclamações, sugestões e elogios de colaboradores seriam realizadas de acordo
com a sistemática já utilizada no hospital, através da intranet.
Fornecedores, locatários, operadores ou terceiros que desejam realizar qualquer comunicação
ambiental devem se reportar ao gerente responsável pelo contrato, e este contataria o gestor
ambiental. O hospital decidiu não realizar comunicação externa dos seus aspectos ambientais
significativos. É efetivada somente a comunicação externa sobre as ações de preservação
ambiental, através do Balanço Social, divulgado no site.
Todos os documentos ou comunicações externas relacionadas às questões ambientais de
clientes, comunidades ou órgãos reguladores devem ser encaminhados ao gestor ambiental, que
tem o domínio para críticas, como reclamações de clientes e / ou comunidade ou notificações de
agências reguladoras, a superintendência deverá ser comunicada. O gestor ambiental é
responsável por analisar a situação registrada e responder ao emissor. A comunicação externa
relacionada aos clientes e àcomunidade deve ser realizada por meio da Plataforma de Ouvidoria
Externa, prática existente em hospitais e que agregou questões ambientais. A comunicação com
os órgãos reguladores é realizada por meio do departamento jurídico e as avaliações técnicas são
realizadas pelos gestores ambientais.
Optou-se por se comunicar com os pacientes e seus familiares relacionados ao sistema de
gestão ambiental por meio de cartilhas e comunicados relacionados à redução e isolamento de
resíduos e redução do consumo de água e luz.
Referente aos documentos definiu-se que devem ser criados e emitidos para que sejam
analisados por todos os envolvidos previamente à sua aprovação. Após consenso, o responsável
pelo processo fornecerá sua aprovação. Deve haver contenção de cópias disseminadas, tanto
impressas como eletrônicas. O hospital utiliza um software que não permite a impressão de
procedimentos operacionais. O o arquivamento da documentação do SGA é de responsabilidade
é de responsabilidade do gestor ambiental e estabelece diretrizes para a preservação segura de
todos os documentos originais do SGA, a preservação segura de documentos originais
desatualizados, a disponibilidade de cópias controladas e como lidar com documentos que foram
cancelados e / ou extintos por qualquer razão.
Os documentos externos, tais como legislação e normas devem ser controlados. Este controle
deve ser feito através da lista mestra de documentos externos. Para tanto, foi criada uma planilha
de controle para facilitar essa operação.
A revisão dos procedimentos devem ser realizadas por no período de tempo determinado pelo
hospital, para que haja atualização.
Para o controle operacional, partindo da planilha de aspectos e impactos ambientais, do
levantamento dos requisitos ambientais aplicados ao negócio e das metas e objetivos ambientais,
identificou-se situações e medidas necessárias.
Para os aspectos ambientais importantes identificados em quase todas as áreas do hospital,
como o consumo de água, energia elétrica e resíduos, serão realizadas ações institucionais, como
planos de redução e treinamentos de conscientização. Para a situação específica de cada área /
processo, solicitou-se aos gestores das áreas, que criassem controles para situações onde se faz
necessário a existência dos mesmos.
A respeito de procedimentos operacionais que detectarem potenciais situações emergenciais,
como incêndio, explosões, vazamentos e derrames, O SESMT (Serviço de Segurança e Medicina
do Trabalho) é a área responsável pelas questões relacionadas a à brigada de incêndio,
comunicação de incêndio, evasão das áreas, manutenção dos equipamentos de combate a
incêndio estão citadas em procedimentos operacionais padrão. Para vazamentos e
derramamentos oriundos da medicina nuclear, foi estabelecido um “Plano de Proteção
Radiológica”, que orienta todas as operações seguras e atendimentos emergenciais na área.
Em relação às não conformidades ambientais que podem ser identificadas no dia a dia,
monitoramento ambiental, resultados de indicadores de desempenho ambiental, auditorias
internas e externas, reuniões de análise rigorosas realizadas pela gestão sobre SGA, e
reclamações de clientes, colaboradores, terceiros e toda a comunidade, houve a divisão em
quatro circunstâncias:
Potencial de risco: quando medidas preventivas não forem tomadas, podendo levar à quase
falha, eventos adversos e eventos adversos graves;
Quase falha: qualquer mudança no processo sem afetar os resultados, porém sua recorrência
pode causar danos;
Eventos adversos: eventos imprevistos, adversos ou potencialmente perigosos que ocorrem na
instituição, sem dano grave;
Eventos adversos sérios: acidente, ocorrência adversa ou potencialmente perigosa na
organização, causando sérios danos ao meio ambiente;
Para cada um dos casos identificados de não conformidades, designa-se uma abordagem
diferente. Os gestores ambientais devem monitorar a ocorrência de incidentes e relatar a análise
de causa raiz para que não haja atrasos desnecessários no planejamento e execução das medidas
definidas e na verificação de sua eficácia. Os resultados relacionados à gestão de riscos devem
ser discutidos nas principais reuniões de análise do SGA pela direção.
O atendimento às regras da Norma NBR ISO 14001:2004 resultou na criação de vários
registros e, para permitir que o SGA os controle, foram criados procedimentos operacionais
padrão e planilhas para controle de apontamentos de referência. A proteção de registros, forma
de recuperação, tempo de retenção e como descartá-los após o tempo de retenção será de
responsabilidade do gestor do sistema de gestão ambiental, assim como a alimentação e
atualização da planilha de registros.
A realização dos treinamentos se deu por meio de cronogramas, com o objetivo de que todos
os colaboradores recebessem o curso sobre conscientização ambiental. Nos casos de
treinamentos mais específicos à cada área, houve treinamento para a liderança de cada setor, para
que treinem seus colaboradores. Em novas contratações, os funcionários recebem o treinamento
durante a integração.
A cada dois anos, os colaboradores devem refazer os treinamentos relacionados a cada cargo
no formato a distância.
RESULTADOS
Os resultados serão expostos de acordo com metodologia empregada para atendimento dos
requisitos da Norma NBR ISO 14001:2004. Como o processo de implantação está em
andamento, serão apresentados somente os itens que já possuem resultados.
A proposta para política ambiental visa definir as etapas de monitoramento e promoção da
melhoria da qualidade socioambiental por meio de planejamento sistemático, monitoramento,
avaliação de resultados e implementação de ações preventivas e corretivas, e é aplicável a todas
as áreas do hospital, incluindo corpo clínico, operadores, pacientes e familiares, empresas,
funcionários, fornecedores entre outros
No Hospital São Francisco foram desenvolvidos os compromissos socioambientais:
- Compromisso com o Atendimento Legal: Cumprir os requisitos legais aplicáveis e outros
requisitos firmados pela organização.
- Ética Socioambiental: Cooperar com o desenvolvimento sustentável, estabelecer canais de
comunicação abertos com os públicos interno e externo e influenciar seus fornecedores e
contratados a buscar formas de melhorar continuamente seu desempenho socioambiental.
- Minimização dos impactos ambientais: Além de reduzir, reaproveitar e reciclar os resíduos
gerados em suas atividades, promover alternativas para prevenir a poluição da água e do solo e
otimizar o consumo de recursos naturais.
- Conscientização Ambiental: Melhorar a consciência ambiental em todos os níveis do hospital,
com foco na responsabilidade pessoal e na conscientização da prevenção relacionada ao meio
ambiente, incluindo corpo clínico, operadores, pacientes e familiares, empresas, funcionários,
fornecedores, lojistas entre outros.
- Compromisso com a melhoria contínua: Fornecer os recursos necessários para implementar
esta política e seu sistema de gestão ambiental, e melhorar continuamente suas atividades,
processos e serviços.
Desenvolveram-se muitas planilhas referentes ao levantamento dos aspectos e impactos
ambientais do hospital e uma planilha referência para ser apresentada à alta gestão
A elaboração ocorreu de acordo com os aspectos ambientais identificados em cada área, com
seus pontos significativos.
Administração
Consumido: Energia elétrica, Água, Produtos químicos.
Gerado: papel, plástico, materiais de escritório diversos, pilhas, baterias e toners.
SESMT
Consumido: Energia elétrica, Água, Produtos, Medicamentos:
Gerado: Resíduos de Medicamentos, papel, plástico, Epi´s sem condição de uso.
Manutenção predial
Consumido: produtos químicos e produtos no geral
Gerado: utensílios de pinturas, lâmpadas, pilhas, baterias, gesso, fios, plástico, papelão, metais,
vidros, madeira, reatores, lâminas de PVC, etc.
Hospedagem
Consumido: água, equipamentos e produtos de limpeza,materiais de papelaria
Gerado: efluente da limpeza de áreas contaminadas, panos, e epi´s contaminados, papel, plástico,
embalagens em geral
Produção de alimentos
Consumido: água, energia elétrica, gás, insumos e produtos.
Gerado: óleo de cozinha, efluente contaminado, descarte de luvas e toucas (epi´s), embalagens
dos alimentos, embalagens oriundas das entregas de alimentos, louças quebradas, restos de
alimentos.
Centro Cirúrgico
Consumido: água, energia elétrica, equipamentos, medicamentos, insumos.
https://www.sinonimos.com.br/ponto/
Gerado: resíduos contaminados, plástico, papel, agulhas, seringas, bisturis, embalagens em geral.
Emergência
Consumido: água, energia elétrica, equipamentos, medicamentos, insumos.
Gerado: resíduos contaminados, plástico, papel, agulhas, seringas, bisturis, etc. embalagens em
geral.
Todos os setores geram rejeitos sanitários.
Verificou -se que a partir do levantamento de aspectos e impactos ambientais foi viável
realizar um controle mais eficaz aos RSS. O hospital passou a desenvolver melhores maneiras
para o descarte correto. Porém pode-se observar que falta de regularidade em treinamentos ainda
faz com que o procedimento de separação não seja efetuado de forma correta. No decorrer do
levantamento dos aspectos e impactos ambientais foram observadas que os resíduos não eram
separados corretamente, isso ocorreu em diversos setores.
Por meio de reuniões foram projetados fluxos de segregação, armazenamento e
encaminhamento dos resíduos. Além disso, as responsabilidades foram atribuídas a cada
departamento, mas ainda estão sob a aprovação da alta administração do hospital.
Houve a realização de categorização de fornecedores que estariam aptos para transporte e destino
final dos resíduos de acordo com suas características.
Outro aspecto verificado no levantamento de aspectos e impactos foi que os funcionários
que realizam transporte interno de resíduos não têm o hábito de utilizar o equipamento de
proteção individual adequado, que está disponível e é considerado um requisito obrigatório para
tais atividades. Para extinguir a falta do uso de EPIs, o SESMT foi acionado para orientação,
treinamento e monitoramento.
Identificou-se -se uma circunstância crítica, que seria a falta do trato de efluentes no hospital.
Todo o efluente gerado é descartado na rede de esgoto que passa pelo hospital. Foi feita uma
análise do efluente que sai do centro clínico e os padrões de emissão do efluente estão fora do
permitido na legislação pertinente. De imediato traçou-se um plano de ação e foram solicitados
orçamentos para o projeto da estação de tratamento de esgoto.
Referente aos requisitos legais, o hospital optou por contratar um software que informa,
através do email, as atualizações dos requisitos legais conforme ocorram modificações. A análise
e divulgação das informações ficaram à cargo do Gestor do SGA.
Para a comunicação, além das ações já existentes, a Instituição possui uma revista circular
semestralmente, disponível em todas as recepções das áreas, e todos os colaboradores, corpo
clínico, terceiros, parceiros e clientes que circulam no hospital têm acesso gratuito. Passará a ter
matérias sobre o meio ambiente e o informar sobre o engajamento do Hospital no setor
ambiental. A Política Ambiental ficou disponível no site para que todos os públicos tenham
acesso.
O setor de Gerência de Desenvolvimento Organizacional, responsável pela gestão de
documentos do hospital, agregou os requisitos da Norma NBR ISO 14001:2004 a sua política de
documentos e o Manual de Gestão Ambiental será um anexo da Política Ambiental.
Ficou estabelecido que para maior controle a respeito do andamento das incubências a serem
realizadas, desenvolveu-se uma planilha onde estão descritas todas as atividades a serem
efetuadas e prazo estipulado para cada ação. Caberá ao Gestor do SGA monitorar se os prazos
estão sendo obedecidos. Sendo identificado que não houve cumprimento do prazo, será aberta
uma Não Conformidade em sistema.
A avaliação de fornecedores foi revisada e foi inserido um módulo ambiental, que envolva
questões relacionadas à empresa, se possui licença de operação, a destinação de seus resíduos, a
logística reversa, entre outros.
Para os locatários localizados em centro clínico, o contrato será acompanhado do “Manual de
Locação”, que descreve as práticas ambientais do hospital, que devem ser seguidas. O
descumprimento de alguma norma poderá acarretar em penalidades ou até mesmo o rompimento
do contrato.
Relacionado à preparação de respostas às emergências, houve a contratação de seis bombeiros
para atuação em todos os dias na observação de possíveis riscos. Ocorrem mensalmente a
simulação de emergência, onde os brigadistas devem realizar a evacuação da área. Essas ações
são todas efetuadas pelo SESMT.
A respeito da Não Conformidade, Ação Corretiva e Ação Preventiva o hospital já possui um
sistema de registro de ocorrências para que as não conformidades sejam identificadas e
analisadas. A plataforma pode ser utilizada na intranet de qualquer funcionário. Houve a inserção
de itens para que fosse possível realizar um cadastro de ocorrências ambientais, como descarte
de resíduos ou classificação incorreta, falhas de monitoramento, emergências e incidentes
ambientais. O gerente ambiental é responsável por monitorar as ocorrências e criar relatórios
para tratativas.
Para o controle de registros ficou definido:
- O Gerente do SGA é o responsável por abastecer as planilhas de controle de registros
ambientais, e também será responsável por observar a eficácia dos registros.
- O gerente de infraestrutura controla Licenças do hospital e a validade dos Alvarás
- O controle dos PPCI´s é de responsabilidade do engenheiro de segurança do trabalho.
Com relação aos treinamentos, houve o primeiro sobre conscientização ambiental, aplicado
para as gerências das áreas, com o objetivo de apresentar o assunto e o Projeto Ambiental.
Posteriormente, os colaboradores e o corpo clínico foram treinados com horários flexíveis para
atender a todos. Outros treinamentos estão previstos no cronograma para data mais próxima da
certificação. Para funcionários terceirizados que ficarão por mais de um dia, haverá treinamento
em suas áreas de atuação, com o intuito de informar a importância do cumprimento das políticas
ambientais do hospital.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Implementar um Sistema de Gestão Ambiental através da Norma NBR ISO 14001:2004
processo longo e árduo, além de gerar muitos custos. É essencial a participação e engajamento de
todos os setores do Hospital. Para tornar o processo mais eficiente, o SGA deve ter pelo menos
uma pessoa, preferencialmente um gerente do SGA, que deve atuar com dedicação, distribuir o
poder de decisão no hospital e manter bom relacionamento com os colegas.
O prazo previsto pela diretoria para alcançar a certificação em Agosto de 2022 possivelmente
será adiada. Além da pandemia do novo Coronavírus, muitos itens da Norma não foram revistos.
Registros e Não Conformidades não foram gerados e, com isso, percebe-se a imaturidade do
SGA da Instituição que deveria aguardar no mínimo mais dois anos para que o sistema esteja de
acordo com as regulamentações exigidas.
A liderança de cada setor deveria ter recebido treinamento no procedimento operacional e
deveriam ter elaborado suas planilhas, pois assim as áreas estariam mais relacionadas com a
planilha e poderiam atualizá-la sempre que necessário.
A consultoria ambiental designada para assessorar no andamento do processo realizou as
visitas técnicas, a maior parte delas acompanhada por um colaborador do SGA e elaborou as
planilhas juntamente com a liderança de cada área. Porém houveram ocasiões em que não havia
ninguém do SGA, o que acabou dificultando o desenvolvimento do projeto.
Notou-se que o Hospital conduz um gerenciamento adequado dos resíduos, os os
procedimentos operacionais padrão estão de acordo com o que é exigido na legislação,os
expurgos, áreas de armazenamento interno das áreas, estão em concordância.
A capacitação e conscientização para a separação de resíduos deve ser constante, devido
alguns setores realizarem o descarte de forma incorreta. É indispensável que o Hospital disponha
de um controle mais satisfatório dos resíduos oriundos das áreas de apoio, como manutenção
predial, engenharia eletromecânica, para que haja um local de armazenamento interno adequado
aos tipos de resíduos gerados, o processo de tratamento deve ser padronizado e o transporte e a
destinação final devem obedecer às normas legais.
Devido a Instituição já dispor da certificação na área assistencial, será mais fácil de implantar
a norma NBR ISO 14001:2004, por haver muitos elementos em comum, como controle de
documentos apropriado e protocolos de emergência.
Contudo é incontestável a necessidade de que haja pessoas focadas somente para o SGA,
sem possuir outras responsabilidades, além das ambientais e que houvesse maior suporte da alta
administração.
REFERÊNCIAS
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Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, maio. 2004.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 14001: Sistemas de gestão
ambiental- Especificação e diretrizes para uso. Rio de Janeiro: ABNT, dez. 2004
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Colegiada 306: "Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de
serviços de saúde", de 07 de dezembro de 2004.
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Implementação de SGA e Certificação ISO 14001. Curitiba: Juruá, 2004 204p.
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