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Liquidação da Sentença Proferida em Processo Coletivo. Conceito de liquidação – trata-se de fase que tem por objetivo a integração da sentença, a fim de viabilizar o inicio da fase executiva. São duas as espécies de liquidação previstas no CPC: Liquidação por arbitramento; Liquidação pelo procedimento comum ou por artigos. (prova de fato novo) A liquidação de acordo com a espécie de direito coletivo envolvido. 1. Direitos Difusos e Coletivos. Em tais espécies de direitos, o microssistema de processo coletivo não trás regras específicas, motivo pelo qual incidiram as regras do CPC. Em resumo, o legitimado que ingressou com a ação dará continuidade as próximas etapas. 2. Direitos Individuais homogêneos. A liquidação dos direitos individuais homogêneos segue a determinação dos artigos 95 a 100 do CDC. A liquidação, de acordo com a maioria da doutrina é imprópria, pois deverão ser apurados os seguintes pontos: Titularidade do direito; Nexo de causalidade; Extensão do dano. O P.U. do artigo 97 do CDC foi vetado, mas prevalece o entendimento de que a liquidação poderá ser proposta no foro do domicílio do liquidante. Ademais, a liquidação ocorrerá pelo procedimento comum como regra geral. OBS* É possível liquidar sentença proferida no âmbito de processo coletivo em sentido estrito ou difuso na seara individual. Em outras palavras, a decisão do processo coletivo será aproveitada por determinado individuo. (transporte in utilibus). 3. Execução. A execução no processo coletivo segue a lógica da indisponibilidade. Nesse sentido, se faz necessário verificar a previsão do artigo 15 da lei de ação civil pública. Lembrar que a LACP exige a execução a partir do trânsito em julgado, o que não ocorre no artigo 16 da lei de ação popular. Quanto aos direitos individuais homogêneos, o artigo 100 do CDC trás o instituto do “fluid recovery”. Em resumo se nenhum interessado aparecer para fins de liquidação e execução, o valor devido pelo réu será revertido ao fundo de direito coletivo. Prevalece o entendimento de que o volume de valores disponibilizado pelo réu será apurado à luz do caso concreto e dentro da lógica da menor onerosidade ao devedor. Também prevalece o entendimento de que o prazo de um ano é processual, motivo pelo qual os interessados poderão executar os seus créditos mesmo com aplicação do “fluid recovery”. 4. Legitimidade para executar. Em regra, os legitimados que ingressaram com a ação darão continuidade ao processo que discute direitos difusos ou coletivos em sentido estrito. No entanto, nada impede que outro legitimado participe dessa fase. Quanto aos direitos individuais homogêneos, a própria vítima ou os seus sucessores darão inicio à execução, a qual também poderá ser coletiva dentro da hipótese prevista no CDC.
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