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O Paraná Provincial 1853 1889

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O Paraná Provincial – 1853 – 1889 (Lúcio Tadeu Mota)
O texto tem seu início tratando da emancipação do Paraná. A região se tornou parte da capitania de São Paulo em 1770. No período imperial, permaneceu sob o status de 5ª Comarca do Paraná, pertencendo à província de São Paulo. Ainda que apresentando resistência já no início do século XIX, sua emancipação só pôde se dar após a Revolução Farroupilha, em que os lideres paranaenses aliaram-se com o governo do império para conter os estados em revolta e, com isso, foram reconhecidos e o Paraná se emancipou em 1853. A partir de então, a província foi controlada em boa parte por presidentes vindos de outros estados, dos dois partidos políticos dominantes no período, os liberais e os conservadores, formados por oligarcas.
A expansão para o sertão da província foi marcada, nesse período, pela abertura de uma rota militar para o Mato Grosso, juntamente com as pretensões de criar ligações entre estas províncias. Além disso, também podem ser destacadas as expedições para a verificação da navegabilidade de rios como o Tibagi, o Paranapanema, e posteriormente os rios Ivaí e Paraná. As expedições trabalhavam por meio de acordos com os indígenas, tentando evitar conflitos abertos.
Ao tratar da imigração para a província, o autor inicia combatendo a ideia de que elas teriam sido feitas para combater o “Vazio demográfico”. Na verdade, os europeus eram trazidos para áreas do sertão já ocupadas, em que se acreditava haver ameaça de indígenas externos. A primeira onda de imigrantes não foi tão numerosa quanto as posteriores. No período provincial, após 53, o foco das imigrações muda para a criação de mão de obra, tanto operários quanto pequenos agricultores, havendo um aumento considerável se comparado ao período anterior. Já após 80, os imigrantes eram buscados para trabalhar em obras públicas, para as quais o governo buscava prioritariamente imigrantes europeus, frente aos migrantes nacionais. A partir da grande quantidade de imigrantes recebidas pelo Paraná, a sua população se tornou muito diversificada, sendo formada por Alemães, ucranianos, italianos, poloneses, portugueses, negros e indígenas, dentre outros.
O autor trata, então, de dois tipos de colônias características deste período criadas na província: as militares e as indígenas. As colônias militares já eram criadas desde o século XVII, quando o foram pelos bandeirantes, e, no período aqui tratado, faziam parte da política de ocupação de territórios do império, sendo criadas diretamente pelo estado. Já as colônias indígenas respondiam à política de “catequização” e “civilização imperial, sendo criadas pelos governos para aldear os indígenas e, assim, ocupar seus territórios, capitaneadas pelos padres capuchinos. É interessante notar, contudo, que os indígenas defendiam também interesses nesses processos. Com essa política, tinham melhor acesso aos bens e à produção oferecidos pelo império e, com isso, “permitiam” seu aldeamento com seus próprios interesses.
O texto se verticaliza na questão da ocupação do norte velho após a lei de terras, com as terras devolutas despertando o interesse de tropeiros mineiros e paulistas entre os rios Itaraté e Cinzas. Essa região se caracterizou pelo comércio mais intenso com a província de São Paulo, o que contribuiu com a atração de paulistas. A economia se baseava na agricultura de subsistência e na criação de porcos, que, expandindo no início do século XX, a partir do sistema das Safras, deu origem ao Ciclo econômico regional da suinocultura. Este foi muito expressivo para a região, decaindo somente após 1920, frente ao avanço do café, e ainda mais a partir da década de 40, com problemas como a seca, a peste, dentre outros.

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