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Efeitos Biológicos das Radiações Thiago de Salazar e Fernandes, D.Sc. AULA DE RADIOBIOLOGIA FASES DOS EFEITOS BIOLÓGICOS Efeitos Físicos Efeitos Químicos Efeitos Biológicos Efeitos Orgânicos Grandezas Físicas Exposição: Quantidade de carga elétrica produzida por ionização no ar, por unidade de massa do ar. Unidade: C/kg Dose Absorvida : D = dE / dm Unidade: gray (Gy) LET A resposta das células de um tecido ou órgão vai depender do tipo e da média de energia da radiação (dE) que é depositada na matéria por unidade de comprimento (dl), definida como Transferência Linear de Energia (LET). LET = dE / dl Unidade: keV / µm TRANSFERÊNCIA LINEAR DE ENERGIA (LET) (A) (B) x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x (A) Alto LET = partícula alfa, íons pesados (B) Baixo LET = raios X, gama, beta TIPOS DE RADIAÇÃO Alfa – Radiação Corpuscular, baixo poder de penetração Beta – Radiação Corpuscular, alcance 10 x maior que alfa Gama – Radiação Eletromagnética, alto poder de penetração Chumbo FASES DOS EFEITOS BIOLÓGICOS Efeitos Físicos Efeitos Químicos Efeitos Biológicos Efeitos Orgânicos DANO ÀS CÉLULAS RI ÁCIDO DESOXIRIBONUCLÉICO Alvo da Proteção Radiológica. Estrutura de dupla- hélice de DNA carrega o código genético da célula. A alteração da molécula de DNA pela radiação ionizante pode levar à: Morte celular Reparo do dano Câncer MECANISMOS DE LESÃO NO DNA Efeito Indireto Efeito Direto RI EFEITO DIRETO EFEITO DIRETO ACÚCAR QUEBRA DE PONTES DE HIDROGÊNIO AÇÚCAR PERDA DA BASE QUEBRA DA FITA DUPLA QUEBRA DA FITA SIMPLES DÍMERO DE PIRIMIDINA SSB (Quebra da Fita Simples) DSB (Quebra da Fita Dupla) DNA COMO AS ABERRAÇÕES SE FORMAM? EFEITO INDIRETO RI H2O H2O + + e- H+ + OH. H2O H2O - H. + OH- H2O2 EFEITO INDIRETO Presença de O2 e- + O2 O2 - O2 - + H2O2 OH - + HO2 (radical peroxila) H + O2 HO2 HO2 + H H2O2 OH + H2O2 H2O + + HO2 R + O2 RO2 (peróxido orgânico) Potencializa o Efeito EFEITO DO OXIGÊNIO FATORES QUE INFLUENCIAM NO EFEITO BIOLÓGICO Tipo de radiação (LET) Dose Taxa de dose Fracionamento da dose Exposição aguda ou crônica Teor hídrico Presença de O2 (Efeito O2) Estado proliferativo (Lei de Bergonie e Tribondeau) Fase do ciclo celular Estado fisiológico ou metabólico Constituição genética da célula FATORES FÍSICOS FATORES QUÍMICOS agentes modificadores FATORES BIOLÓGICOS LEI DE BERGONIÉ E TRIBONDEAU ⚫ Quanto mais diferenciada for a célula, maior é a sua resistência à radiação; ⚫ Quanto mais jovem for o tecido ou órgão, mais radiosensível ele será; ⚫ Quanto maior a atividade metabólica, maior a radiosensibilidade; ⚫ Quanto maior a taxa de proliferação celular, maior a radiosensibilidade. TECIDOS MAIS SENSÍVEIS Entre os tecidos mais sensíveis no homem estão: ovários testículos cristalino dos olhos medula óssea tecido sanguíneo (linfócitos) tecido gastrointestinal CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS ⚫ Dose e forma de resposta ⚫ Tempo de manifestação ⚫ Nível de dano DOSE ⚫ Dose Absorvida : D = dE / dm ⚫ Unidade: gray (Gy) = 1 J / kg DOSE E RESPOSTA ⚫ Estocásticos ⚫ Determinísticos Probabilidade de dano Gravidade do dano Dose Dose DOSE E RESPOSTA ⚫ Estocásticos ⚫ Resposta estatística ⚫ (loteria) ⚫ Determinísticos ⚫ Ocorrerá sempre, proporcional a dose ⚫ (poupança) HORMESIS vs LNT e LT TEMPO DE MANIFESTAÇÃO ⚫ Efeitos Imediatos ⚫ Síndrome da Irradiação Aguda ⚫ Efeitos Tardios (ou retardados) ⚫ Câncer NÍVEL DO DANO ⚫ Somáticos ⚫ No indivíduo irradiado ⚫ Genéticos (hereditários) ⚫ No descendente EFEITOS DA IRRADIAÇÃO AGUDA NOS TESTÍCULOS ➢ 10 cGy - diminuição na contagem espermatogônica (12 meses) ➢ 250 cGy - esterilidade temporária (2 - 3 anos ou mais) ➢ 400-600 cGy ou 1500 cGy fracionada (10 dias)- esterilidade permanente NOS OVÁRIOS ➢ 150 a 200 cGy - (dose única) - ambos ovários esterilidade temporária supressão da menstruação (12 a 36 meses) ➢ 300-800 cGy ou 1000/2000 cGy fracionada ( poucos dias) - esterilidade permanente com alteração hormonal EFEITOS DA IRRADIAÇÃO AGUDA NA PELE danos nos tecidos da epiderme, derme e subcutâneo local de maior danos: camada germinativa da epiderme local de resposta rápida: rede capilar da derme epiderme derme subcutâneo a b g EVOLUÇÃO DA RADIODERMITE Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 SÍNDROME DA IRRADIAÇÃO AGUDA Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4 Período Prodrômico Latência Manifestação da Doença -Síndrome Hematológica -Síndrome Gastrintestinal -Síndromed o SNC Recuperação ou morte Fase Dose (Gy) Tempo de sobrevida (dias) Sinais Clínicos e Sintomas Prodrômica > 1 --------------- Náusea, vômito e diarréia Latente 1 - 100 --------------- Nenhum Hematológica 2 - 10 10 – 60 Náusea, vômito, diarréia, anemia, leucopenia, hemorragia, febre, infecção Gastrintestinal 10 - 50 4 – 10 O mesmo da hematológica, mais desequilíbrio eletrolítico, letargia, fadiga e choque Sistema Nervoso Central > 50 0 – 3 O mesmo da gastrointestinal, mais ataxia, edema, vasculite, meningite CONTAGEM SANGÜÍNEA CONTAGEM DE GRANULÓCITOS Acidente de Goiânia (1987)Acidente de Hanford (1962) Bender e Cooch, 1966 Ramalho e Nascimento, 1991 Incidentes Radiológicos Irradiação vs Contaminação Fonte de Césio-137 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Goi%C3%A2niaRadiationsource.gif Polônio-210 – Londres, 2006 Po-210 DOSIMETRIA CITOGENÉTICA Alterações cromatídicas Alterações cromossômicas: Instáveis (dicêntricos, anéis e fragmentos). Estáveis (translocação, inserção e deleção). Micronúcleos. DIVISÃO CELULAR Interfase Prófase Prometáfase Metáfase Anáfase Telófase Citocinese Aberrações Cromossômicas Micronúcleos Colchicina Citocalasina B REARRANJOS INTRACROMOSSÔMICOS M E T Á F A S E IN T E R F A S E NORMAL DELEÇÃO TERMINAL INVERSÃO PERICÊNTRICA DELEÇÃO INTERSTICIAL ANEL ACÊNTRICO ANEL CÊNTRICO Lloyd e Dolphin, 1977 REARRANJOS INTERCROMOSSÔMICOS M E T Á F A S E IN T E R F A S E NORMAL DICÊNTRICO + FRAGMENTO DICÊNTRICO + FRAGMENTO Lloyd e Dolphin, 1977. Dicêntricos Anel ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS ESTÁVEIS FISH TRANSLOCAÇÃO RECÍPROCA INSERÇÃO Inserção MICRONÚCLEOS FORMAÇÃO DE MICRONÚCLEOS NUMA CÉLULA EM DIVISÃO Micronúcleo MICRONÚCLEO Perda cromossômica Fragmento acêntrico Centrômero Negativo Centrômero Positivo Y = C + aD + bD2 CURVA DE CALIBRAÇÃO BIODOSIMETRIA BIOINDICADORES
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