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Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita

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Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 1
 
 
 
 
1. PREFÁCIO1. PREFÁCIO1. PREFÁCIO1. PREFÁCIO 
 
Gostaríamos primeiramente de esclarecer alguns aspectos quanto à 
elaboração deste documento aos amigos leitores. 
 Todos as Preces, Ensinamentos e Mensagens contidas aqui foram frutos de 
pesquisas em diversos livros e folhetos sobre a Doutrina Espírita bem como 
através de pesquisas nas páginas da Internet. 
 Logicamente, ele contem muito pouco, comparado aos infinitos e 
gratificantes ensinamentos que a Doutrina Espírita nos proporciona, mas, 
procuramos reunir alguns desses valiosos conteúdos, esperando que o amigo 
possa usufruir um pouco desta maravilhosa Doutrina, que no nosso dia a dia, nos 
orienta, nos apoia, nos estimula e consola, mostrando-nos o quanto somos 
pequenos e insignificantes nesse nosso mundo. 
 Esperamos, sinceramente, que esta coletânea seja como bálsamo na vida 
de todos e sirva para que possamos, pelo menos, tentar nos modificar diante dos 
acontecimentos diários e refletir conscientes no relacionamento com o próximo. 
 Um grande abraço e que a Paz de Jesus esteja sempre presente em suas 
vidas. 
 
Hélio Marcos Júnior 
 
 
 
 
 
 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 2
 
 
 
 
 
 
 
ÍNDICES (Links) 
 
voltar 
Assuntos Diversos e Ensinamentos da Doutrina 
Por que o Espiritismo ? 
Alguns Esclarecimentos da Doutrina espírita 
Algumas Frases de Allan Kardec 
Princípios da Doutrina Espírita 
Perguntas e Respostas da Doutrina Espírita 
 
Mensagens Psicografadas 
Em seu benefício 
Irmãos em Perigo 
Socorre 
Remorso 
Abre a Porta 
Não Confundas 
Auxílio Eficiente 
Vencerás 
Não Esmoreças 
Paz e Boa Vontade 
Aqueles que Ferem 
Mensagem De Amigo 
Nos Momentos Difíceis 
Salário 
Jesus e Nós 
Se Não Tens Fé 
Esperança 
Vitórias 
Confraternização 
Quando Puderes 
Mediunidade Com Jesus 
Oferta 
Nos Caminhos da Vida 
Crê e Serve 
Importante 
Recorda Jesus 
Clara Solução 
Posses 
A Resposta 
Erros Pequeninos 
Algo Mais no Natal 
Siga Feliz 
Deus te Abençoe 
Hoje é o Tempo 
Alcance a Paz 
Teu Livro 
Promoção 
Cura Espiritual 
Ação da Prece 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 3
Identificação Espírita 
Recado de Deus 
Tranquilidade 
Regras de Saúde 
Mensagem de André Luiz 
Nosso Pai 
Caridade da Palavra 
Tensão Emocional 
Saúde e Consciência 
Paz e Compreensão 
Conta com Deus 
Não Perca 
Valor de um Sorriso 
Renovação 
Remédios 
Que Pedes 
 Acalma-te 
Mais e Menos 
Na Hora da Irritação 
Uma Simples Palavra 
Caridade 
Aprendizado de amor 
A Tua Vida 
Partir o Pão 
Ao Levantar-se 
Receita de Paz 
Destinos 
Espera e Confia 
Consulte o Bem 
Senda de Perfeição 
Regressão da Memória 
Tudo Certo 
Cultura de Graça 
Caridade, Doce Irmã 
Dinheiro 
Presença de Amor 
Sexo e Amor 
Pode Acreditar 
Luz em Ti 
Vontade de Deus 
Oração e Cura 
A Paciência 
Perto de Nós 
Aviso do Tempo 
Ilação Espírita 
Espera e Ama Sempre 
Sinônimos 
Donativos Menosprezados 
O Espantalho 
Mensagem do Homem Triste 
Sejamos Simples 
Mensagem ao Semeador 
Nossa Vida Mental 
A Melhor Vingança é o Perdão 
Nem Tudo Com o Dinheiro Você Pode Comprar 
Freqüência Espiritual 
O Poder da Prece 
Anotações de Paz 
Compadece-te e Ora 
Juízo 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 4
Mal 
Bases 
Provas 
Agradece 
Recomeço 
O Evangelho no Coração 
Com Paciência 
Texto Antidepressivo 
Cólera 
Rogativa do Servo 
Começo de Tarefa 
Em favor de você mesmo 
Se você puder 
Se te encontras angustiado 
Bilhete Breve 
O Dia Começa ao Amanhecer 
Pensamento Religioso não é ilusão 
Servindo Vencerás 
Aviso 
Abençoa e Segue 
Amizade 
Onde Passes 
Confia Sempre 
Prece da Criança que Ainda não Nasceu 
Você Mesmo 
Sempre 
Noite de Natal 
Abrigo Intimo 
Acidentados da Alma 
Aflições 
Reencarnação 
Palavras de Esperança 
Problemas 
Escrínio de Luz 
Entre Cônjuges 
Esnobismo 
Esquece Lembrando 
Amor, alimento das almas 
Em Silêncio 
Com Amor 
Multidões 
Marcas 
Levantai os Olhos 
Não Confundas 
 
Preces da Doutrina Espírita 
 
Prece das Mãos 
Prece de Joana de Angelis 
Nas Aflições da Vida 
Oração da Criança 
Prece de Cáritas 
Prece proferida por Aniceto no livro “ Os Mensageiros “ 
Oração do Tempo 
Prece de Gratidão 
Oração à Mulher 
Prece de Emmanuel 
 
 
 
 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 5
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. AO AMIGO LEITOR2. AO AMIGO LEITOR2. AO AMIGO LEITOR2. AO AMIGO LEITOR 
 
 
 
Por que o Espiritismo ? 
 
 
 
 Todas as religiões são parcelas da verdade. 
 Todas as religiões – caminhos para Deus – são bênçãos e luzes da Humanidade para a 
Humanidade. 
 Então, indagar-se-á : Por que o Espiritismo ? 
 
 Tentemos esclarecer, porém, que as religiões tradicionais, embora veneráveis, jazem 
comprometidas com preconceitos de dogmas que, até certo ponto, lhe são necessários à função e 
à estrutura. No âmbito delas, a criatura se satisfaz, até que a indagação lhe exija vôos para além 
das constrições impostas pela autoridade humana ou até que a dor estilhace o invólucro de 
crenças úteis, mas superficiais, no qual se acomoda à estreitezas de vistas. 
 Desde o século XIX a ciência experimental e filosofia especulativa partiram para novos 
empreendimentos, multiplicando descobertas e invenções que mudaram completamente a face 
externa dos povos. Entretanto, por outro lado, o sofrimento e a morte continuam os mesmos. 
 Impõe-se demonstrarão homem que todos os avanços de que dispõe para senhorear a 
natureza exterior, não o exoneram do autoconhecimento. Para conhecer-nos, porém, com o 
devido proveito, necessitamos de religião que nos integra na responsabilidade de viver e agir, 
porquanto, sem religião, o homem não passa da condição de animal aperfeiçoado, impelido a cair 
no mesmo nível dos animais inferiores. 
 A Doutrina Espírita é aquele Consolador prometido às criaturas pelo Divino Mestre, 
consagrado a explicar-lhes, em momento oportuno, as verdades eternas; e, pelas verdades 
eternas que o Espiritismo nos descortina, sabemos positivamente que não há morte e que a 
Justiça da Vida funciona acima de tudo, na consciência de cada um. Deus é amor. A vida é 
imperecível. O espírito é imortal. A Terra é um dos múltiplos lares da imensidade cósmica. 
 A Humanidade é só uma família. Cada criatura é responsável por si e cada um de nós é 
artífice do próprio destino. 
 Devemos a nós mesmos o bem ou o mal, a vitória ou a derrota que nos assinalem os dias. 
 Temos, assim, na Doutrina Espírita, Religião da Sabedoria do Amor, vigentes em 
quaisquer plagas do Universo, a restabelecer o nosso reencontro com o Evangelho de Jesus. 
 De posse dela, qualquer de nós está habilitado a acertar, regenerar, construir, melhorar e 
aperfeiçoar com o bem, onde, como e quanto quiser. 
 Na porta da luz da Nova Revelação, estamos defrontados pela presença renovadora do 
Cristo de Deus. 
 Sigamos adiante com Ele e, segundo a promessa d’Ele próprio, o amor guiar-nos-á para a 
luz e a verdade nos fará livres 
 
 
Emmanuel 
 
(página recebida pelo Médium Francisco Cândido Xavier) 
 
voltar 
 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 6
 
 
Os problemas nos assolam em todos os tempos de nossa existência 
terrestre, uma palavra amiga é sempre bem-vinda... é sempre uma benção 
nos momentos difíceis, de aflição. 
As mensagens que nos trazem os amigos espirituais nos auxiliam, 
nos confortam, renovando-nos a fortaleza de ânimo. 
 
 
 
 
3. Alguns Esclarecimentos da Doutrina espírita3. Alguns Esclarecimentos da Doutrina espírita3. Alguns Esclarecimentos da Doutrina espírita3. Alguns Esclarecimentos da Doutrina espírita 
 
 
DOUTRINA ESPÍRITA OU ESPIRITISMO 
 
O que é Espiritismo 
 
É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras 
de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos 
Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Infernoe A Gênese. 
É o Consolador prometido, que veio, no devido tempo, recordar e complementar o que 
Jesus ensinou, "restabelecendo todas as coisas no seu verdadeiro sentido", trazendo, assim, à 
Humanidade as bases reais para sua espiritualização. 
 
O que revela 
 
Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos 
Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida. 
Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da 
existência terrena e qual a razão da dor e do sofrimento. 
 
Qual a sua abrangência 
 
Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em 
todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos. 
Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da 
vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social. 
 
O que o Espiritismo ensina (pontos fundamentais): 
 
Deus é a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável, 
imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom. 
O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e 
inanimados, materiais e imateriais. 
Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados (Homens), existe o mundo 
espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados. 
No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: 
iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens. 
Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto 
as leis físicas como as leis morais. 
O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semi-
material que une o Espírito ao corpo material. 
Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que 
preexiste e sobrevive a tudo. 
Os Espíritos são criados simples e ignorantes, evoluem intelectual e moralmente, 
passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de 
inalterável felicidade. 
Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação. 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 7
Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio 
aprimoramento. 
Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, 
mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso, intelectual e moral, depende dos esforços que 
faça para chegar à perfeição. 
Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição a que tenham 
alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo 
do bem é o que predomina; Espíritos imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do 
mal e pelas paixões inferiores. 
As relações dos Espíritos com os homens são constantes, e sempre existiram. Os bons 
Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las 
com coragem e resignação. Os imperfeitos nos impelem para o mal. 
Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a 
expressão mais pura da Lei de Deus. 
A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os 
homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido 
pela humanidade. 
O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas 
ações. 
A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de 
respeito ou não à Lei de Deus. 
A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural, e é o resultado de um sentimento inato 
do homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador. 
A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte 
contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que 
jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade. 
 
Prática Espírita 
 
Toda a prática espírita é gratuita, dentro do princípio do Evangelho: "Dai de graça o que de 
graça recebestes". 
A prática espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que 
Deus deve ser adorado em espírito e verdade. 
O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em 
suas práticas: paramentos, bebidas alcóolicas, incenso, fumo, altares, imagens, andores, velas, 
procissões, talismãs, amuletos, sacramentos, concessões de indulgência, horóscopos, 
cartomancia, pirâmides, cristais, búzios, rituais, ou quaisquer outras formas de culto exterior. 
O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a 
submeter os seus ensinos ao crivo da razão antes de aceitá-los. 
A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é um dom que 
muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da diretriz doutrinária de vida que 
adote. 
Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina 
Espírita e dentro da moral cristã. 
O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza todos os esforços para a prática do bem, 
trabalha pela confraternização entre todos os homens independentemente de sua raça, cor, 
nacionalidade, crença ou nível cultural e social, e reconhece que "o verdadeiro homem de bem é o 
que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza". 
 
"Nascer, morrer, renascer, ainda, 
e progredir sempre, tal é a lei." 
 
"Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da 
Humanidade". 
 
"Fora da caridade não há salvação". 
 
 
 
O MOVIMENTO ESPÍRITA 
 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 8
O que é 
 
O Movimento Espírita é o conjunto das atividades que tem por objetivo colocar a Doutrina 
Espírita ao alcance e a serviço de toda a Humanidade, através do seu estudo, da sua prática e da 
sua divulgação. 
 
 
 
 
 
O CENTRO ESPÍRITA 
 
O que é 
 
É escola de formação espiritual e moral, baseada no Espiritismo. 
É posto de atendimento fraternal a todos os que o procuram com o propósito de obter 
orientação, esclarecimento, ajuda ou consolação. 
É núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de 
Jesus, à luz da Doutrina Espírita. 
É casa onde as crianças, os jovens, os adultos e os idosos tenham oportunidade de 
conviver, estudar e trabalhar, dentro dos princípios espíritas. 
É oficina de trabalho que proporciona aos seus freqüentadores oportunidade de exercitar o 
aprimoramento íntimo, pela vivência do Evangelho em suas atividades. 
É recanto de paz construtiva, propiciando a união de seus freqüentadores na vivência da 
recomendação de Jesus: “Amai-vos uns aos outros”. 
Caracteriza-se pela simplicidade própria das primeiras Casas do Cristianismo nascente na 
prática da caridade, na total ausência de imagens, paramentos, símbolos, rituais, sacramentos ou 
outras quaisquer manifestações exteriores. 
É a unidade fundamental do Movimento Espírita. 
 
Seus Objetivos 
 
Promover o Estudo, a Difusão e a Prática da Doutrina Espírita, atendendo e ajudando as 
pessoas: 
que buscam orientação e amparo para seus problemas espirituais e materiais; 
que querem conhecer e estudar a Doutrina Espírita; 
que querem exercitar e praticar a Doutrina Espírita, em todas as suas áreas de ação. 
 
 
Sua atividades básicas 
 
1. Estudo da Doutrina Espírita: 
 
Em toda a sua abrangência e sob todos os aspectos; 
Para pessoas de todas as idades; 
Para pessoas de todos os níveis culturais e sociais; 
Por todas as formas e meios adequados, principalmente de forma programada, metódica e 
sistematizada. 
 
2. Assistência espiritual (orientação e ajuda às pessoas com necessidades espirituais): 
 
Atendimento fraterno, explanação e estudo do Evangelho à luz da Doutrina Espírita,passes e 
atividade mediúnica. 
 
3. Assistência e promoção social (orientação e ajuda às pessoas com necessidades materiais): 
 
Assistência através da distribuição de alimento, roupa e remédio, e promoção através de 
cursos de orientação, ensino e formação profissional. 
 
4. Divulgação da Doutrina Espírita (por todas as formas e meios compatíveis com os princípios 
doutrinários): 
 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 9
Difusão de livros e periódicos, programas de rádio e TV, palestras. 
 
O Trabalho do Centro Espírita 
 
Para um melhor conhecimento das atividades do Centro Espírita faz-se necessário o 
estudo aprofundado dos documentos aprovados pelo Conselho Federativo Nacional: 
"A adequação do Centro Espírita para o melhor atendimento de suas finalidades", de nov/1977 e 
"Orientação ao Centro Espírita", de julho/1980, que integram o opúsculo "Orientação ao Centro 
Espírita"- Ed. FEB, e que destacam: 
Como entender o Centro Espírita; 
O que cabe a ele realizar; 
Como executar suas tarefas; 
A importância do Centro Espírita, como unidade fundamental do Movimento Espírita. 
 
 
 
 
O TRABALHO DE UNIFICAÇÃO DO MOVIMENTO ESPÍRITA 
 
O que é 
 
O trabalho de Unificação do Movimento Espírita é uma atividade-meio que tem por 
objetivo fortalecer e facilitar a ação do Movimento Espírita na sua atividade-fim, que é a de 
promover o estudo, a difusão e a prática da Doutrina. 
 
Como se estrutura 
 
Estrutura-se através da união dos Centros e demais Instituições Espíritas que, 
preservando a sua autonomia e liberdade de ação, conjugam esforços e somam experiências, 
objetivando o permanente fortalecimento e aprimoramento de suas atividades e do Movimento 
Espírita em geral. 
“Esses grupos, correspondendo-se entre si, visitando-se, permutando observações, 
podem, desde já, formar o núcleo da grande família espírita, que um dia consorciará todas as 
opiniões e unirá os homens por um único sentimento: o da fraternidade, trazendo o cunho da 
caridade cristã.” 
 
 (Retirado de “O Livro dos Médiuns”- Cap.XXIX - Item 334 - Allan Kardec) 
 
 
Diretrizes do trabalho de Unificação 
 
1. O trabalho de Unificação do Movimento Espírita e de União das sociedades e dos próprios 
espíritas assenta-se nos princípios de fraternidade, liberdade e responsabilidade que a Doutrina 
Espírita preconiza. 
"Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade." 
Paulo - II Co, 3:17 
 
2. Caracteriza-se por oferecer sem exigir compensações, ajudar sem criar condicionamentos, 
expor sem impor resultados e unir sem tolher iniciativas, preservando os valores e as 
características individuais tanto dos homens como das sociedades. 
"A tarefa da unificação é paulatina; a tarefa da união é imediata, enquanto a tarefa do trabalho é 
incessante, (...)." 
Bezerra de Menezes 
 
3. A integração e a participação dos Centros Espíritas e das Entidades Federativas nas atividades 
de Unificação do Movimento Espírita são sempre voluntárias e conscientes, com pleno respeito à 
autonomia administrativa de que desfrutam. 
"O serviço da unificação em nossas fileiras é urgente mas não apressado. Uma afirmativa parece 
destruir a outra. Mas não é assim. É urgente porque define o objetivo a que devemos todos visar; 
mas não apressado, porquanto não nos compete violentar consciência alguma." 
Bezerra de Menezes 
 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 10
4. Os programas de colaboração e apoio são colocados à disposição das Entidades Espíritas, 
simplesmente como subsídio ao trabalho por elas desenvolvido. 
"Senhor Jesus! (...) Faze-nos observar, por misericórdia, que Deus não nos cria pelo sistema de 
produção em massa e que por isto mesmo cada qual de nós enxerga a vida e os processos da 
evolução de maneira diferente." 
Emmanuel 
 
5. Em todas as atividades de Unificação do Movimento Espírita deve ser sempre estimulado o 
estudo metódico, constante e aprofundado das obras de Allan Kardec, enfatizando-se as bases 
em que a Doutrina Espírita se assenta. 
 
"Allan Kardec, nos estudos, nas cogitações, nas atividades, nas obras, a fim de que a nossa fé 
não se faça hipnose, pela qual o domínio da sombra se estabelece sobre as mentes mais fracas, 
acorrentando-as a séculos de ilusão e sofrimento." 
Bezerra de Menezes 
 
6. Todas as atividades de Unificação do Movimento Espírita têm por objetivo maior colocar, com 
simplicidade e clareza, a mensagem consoladora e orientadora da Doutrina Espírita ao alcance e 
a serviço de todos, por meio do estudo, da oração e do trabalho. 
"Em cada templo, o mais forte deve ser escudo para o mais fraco, o mais esclarecido a luz para o 
menos esclarecido, e sempre e sempre seja o sofredor o mais protegido e o mais auxiliado, como 
entre os que menos sofram seja o maior aquele que se fizer o servidor de todos, conforme a 
observação do Mentor Divino." 
Bezerra de Menezes 
 
7. Em todas as atividades de Unificação do Movimento Espírita deve ser sempre preservado, aos 
que dela participam, o natural direito de pensar, de criar e de agir que a Doutrina Espírita 
preconiza, assentando-se, todavia, todo e qualquer trabalho, nas obras da Codificação 
Kardequiana. 
"Que ninguém seja cerceado em seus anseios de construção e produção. Quem se afeiçoe à 
ciência que a cultive em sua dignidade, quem se devote à filosofia que lhe engrandeça os 
postulados e quem se consagre à religião que lhe divinize as aspirações, mas que a base 
Kardequiana permaneça em tudo e todos, para que não venhamos a perder o equilíbrio sobre os 
alicerces em que se nos levanta a organização." 
Bezerra de Menezes 
 
"Seja Allan Kardec, não apenas crido ou sentido, apregoado ou manifestado, a nossa bandeira, 
mas suficientemente vivido, sofrido, chorado e realizado em nossas próprias vidas. Sem essa 
base é difícil forjar o caráter espírita-cristão que o mundo conturbado espera de nós pela 
Unificação." 
Bezerra de Menezes 
 
Atividades Federativas 
 
Para um melhor conhecimento das atividades federativas, faz-se necessário o estudo 
aprofundado do documento aprovado pelo Conselho Federativo Nacional, "Diretrizes da 
Dinamização das Atividades Espíritas", de nov./1983, que integra o opúsculo "Orientação ao 
Centro Espírita"- Ed. FEB, que destaca: 
A importância da difusão da Doutrina Espírita, especialmente na fase de transição pela 
qual a Humanidade está passando; 
A importância do trabalho de união dos espíritas e de Unificação do Movimento Espírita, 
para a tarefa da difusão doutrinária; 
A importância das Entidades Federativas nas tarefas de unificação e de difusão da 
Doutrina; 
A necessidade da união de todos em torno dos Centros e das Entidades Federativas, para 
que se possa atingir os objetivos da difusão doutrinária; 
Sugestões de atividades de Unificação do Movimento Espírita, especialmente nas tarefas 
de apoio aos Centros Espíritas; 
Observações quanto à filosofia de trabalho que norteia o serviço de Unificação do 
Movimento Espírita. 
 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 11
OS OBREIROS DO SENHOR 
 
Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da 
Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse 
e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que 
tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os 
nossos esforços, a fim de que o Senhor ao chegar, encontre acabada a obra”, porquanto o Senhor 
lhes dirá: “Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos 
vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!” Mas, ai 
daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a 
tempestade virá e eles serão levados no turbilhão! Clamarão: “Graça! graça!” O Senhor, porém, 
lhes dirá: “Como implorais graças, vós que não tivestes piedade dos vossos irmãos e que vos 
negastes a estender-lhesas mãos, que esmagastes o fraco, em vez de o amparardes? Como 
suplicais graças, vós que buscastes a vossa recompensa nos gozos da Terra e na satisfação do 
vosso orgulho? Já recebestes a vossa recompensa, tal qual a quisestes. Nada mais vos cabe 
pedir; as recompensas celestes são para os que não tenham buscado as recompensas da Terra.” 
Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o 
dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparente, a fim de que não usurpem o salário dos 
servidores animosos, pois aos que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os 
postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas 
palavras: “Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino dos céus.”- O 
Espírito de Verdade. (Paris, 1862.) 
 
 
(Retirado de "O Evangelho Segundo o Espiritismo"- Capítulo XX. - Allan Kardec) 
 
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Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 12
Algumas Frases de Allan Kardec 
"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as 
épocas da humanidade." 
"Nascer, Morrer, Renascer ainda e Progredir sem cessar, tal é a Lei." 
"Todo efeito tem uma causa; todo efeito inteligente tem uma causa inteligente; a 
potência de uma causa está na razão da grandeza do efeito." 
"Sejam quais forem os prodígios realizados pela inteligência humana, esta inteligência 
tem também uma causa primária. É a inteligência superior a causa primária de todas as 
coisas, qualquer que seja o nome pelo qual o homem a designe." 
"Reconhece-se a qualidade dos Espíritos pela sua linguagem; a dos Espíritos 
verdadeiramente bons e superiores é sempre digna, nobre, lógica, isenta de contradições; 
respira a sabedoria, a benevolência, a modéstia e a moral mais pura; é concisa e sem 
palavras inúteis. Nos Espíritos inferiores, ignorantes, ou orgulhosos, o vazio das idéias é 
quase sempre compensado pela abundância de palavras. Todo pensamento 
evidentemente falso, toda máxima contrária à sã moral, todo conselho ridículo, toda 
expressão grosseira, trivial ou simplesmente frívola, enfim, toda marca de malevolência, 
de presunção ou de arrogância, são sinais incontestáveis de inferioridade num 
Espírito." 
"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que 
faz para domar as suas más inclinações" 
"Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, 
se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele 
se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ela a aceitará." 
"Melhorados os homens, não fornecerão ao mundo invisível senão bons espíritos; estes, 
encarnando-se, por sua vez só fornecerão à Humanidade corporal elementos 
aperfeiçoados. A Terra deixará, então, de ser um mundo expiatório e os homens não 
sofrerão mais as misérias decorrentes das suas imperfeições." 
"Onde quer que as minhas obras penetraram e servem de guia, o Espiritismo é visto sob 
o seu verdadeiro aspecto, isto é, sob um caráter exclusivamente moral" 
"Pelo espiritismo a humanidade deve entrar em uma nova fase, a do progresso moral, 
que é a sua conseqüência inevitável". 
 
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Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 13
Princípios da Doutrina Espírita : 
A imortalidade da alma; 
A natureza dos espíritos e as relações com o homem; 
A lei moral; 
A vida atual, a vida futura, e o destino da raça humana; 
 
 
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Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 14
4. Perguntas e Respostas da Doutrina Espírita4. Perguntas e Respostas da Doutrina Espírita4. Perguntas e Respostas da Doutrina Espírita4. Perguntas e Respostas da Doutrina Espírita 
 
 
Perguntas e Respostas retiradas da Home Page Espíritas “NOVA VOZ” do Grupo 
Espírita “Bezerra de Menezes” 
site : www.novavoz.org.br 
 
Deus, o criador do Universo 
 
O que é Deus? Como sabemos se ele existe? 
 
É a causa primária de todas as coisas, inteligência suprema que a tudo criou. Conhecemos Deus 
através da sua criação, observando a natureza e a perfeição existente nas leis naturais, no 
encadeamento lógico de tudo o que existe. 
 
Espírito e perispírito 
 
O que é Espírito? 
 
O Espírito é o princípio inteligente da Criação. São criados todos da mesma forma, 
simples e ignorantes, sujeitos à Lei da Evolução. Progridem em tempo que varia 
conforme as condições e necessidades de cada um, dentro de uma trajetória que vai 
das sensações à angelitude, passando pelos caminhos do instinto, inteligência e razão. 
Através de milhares de encarnações no plano físico, a evolução do Espírito se consolida 
no campo da sabedoria e da moralidade. Nos estágios inferiores, são conhecidos como 
demônios ou diabos. No estágio de pureza, que adquirem depois de inúmeras 
reencarnações, são os anjos, os arcanjos e os serafins. 
 
O que é perispírito? 
 
É o corpo astral do Espírito, para usarmos uma linguagem mais popular. É o elo que liga 
o Espírito (ser abstrato) à matéria. Deriva do fluido universal e sua textura varia de 
acordo com o ambiente do planeta onde o Espírito habita. É o intermediário entre o 
corpo e o Espírito. Morfologicamente seria como uma cópia do corpo físico, só que 
menos denso, pois feito de uma matéria diferente, imponderável e imperceptível aos 
nossos sentidos físicos normais. O apóstolo Paulo chamou-o "corpo espiritual". Quanto 
mais evoluído for o Espírito, mais etéreo será o corpo espiritual. 
 
O que é um Espírito errante? 
 
É o Espírito que permanece no mundo espiritual, no intervalo entre uma encarnação e 
outra, aprendendo e se preparando para novas experiências. O tempo de erraticidade 
depende do grau evolutivo do Espírito e de suas necessidades de aprendizado. Só os 
Espíritos puros não são errantes, pois não mais necessitam reencarnar. 
 
Podemos ser influenciados pelos Espíritos? 
 
Sim, podemos. A Doutrina Espírita nos instrui que somos guiados pelos Espíritos muito 
mais do que podemos supor. Uns nos inspiram a seguir o caminho do Bem e das boas 
realizações. Outros, nos influenciam sugestionando-nos para o mal. Pela nossa vontade 
e livre arbítrio podemos resistir ou ceder a essas influências. Entendendo a dinâmica da 
relação entre os fluidos espirituais e nosso corpo espiritual, podemos compreender 
como se dá essa influenciação. 
 
O que é e como se procede uma lavagem do perispírito? O conceito desse procedimento está 
expresso no livro "Consciência" de Luiz Sérgio. 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 15
Conceitos estranhos podem ser encontrados em muitos livros psicografados, por isso 
torna-se necessário que se proceda ao estudo sério das obras de Allan Kardec, que 
traduziu os pensamentos dos Espíritos superiores, a fim de que não se absorvam 
ensinamentos falsos e fantasiosos. O perispírito é o corpo astral do Espírito e varia 
segundo a moralidade deste. Pode-se energizar o perispírito de alguém, derramando 
sobre ele fluidos salutares, o que o tornará mais limpo. Porém, tal procedimento é 
apenas passageiro. A única forma de "limpar" o perispírito definitivamente é moralizando 
o Espírito, tornando o seu envoltório mais leve e diáfano, à medida que atinge estágios 
mais avançados de evolução. 
 
Como é a constituição do perispírito em função da moralidade do Espírito? 
 
O perispírito é uma condensação do fluido cósmico universal em torno de um foco de 
inteligência ou alma. É formado pelos fluidos ambientais, sendo, portanto, diferentes de 
acordo com os mundos habitados. Nos mundos mais atrasados o perispírito é mais 
grosseiro e denso; nos mundos mais adiantados ele é mais leve e etéreo, pois habitam 
ali Espíritos mais evoluídos, favorecendo, evidentemente, ambiente energéticomelhor e 
mais purificado. Percebe-se, então, que a natureza do corpo espiritual está sempre em 
relação com o grau de adiantamento moral do Espírito, sendo mais grosseiro nos 
atrasados e mais diáfano nos adiantados. Será tanto mais tênue quanto mais elevado 
for o Espírito. 
 
Uma alma que atingiu a perfeição não volta a reencarnar? Nesse estado tem perispírito? 
Os Espíritos que atingem a perfeição são os chamados Espíritos Puros. Eles reencarnam apenas 
em missão, com o objetivo de fazer progredir a humanidade. Segundo Allan Kardec, são os 
mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam, para a manutenção da harmonia 
universal. O perispírito, como sabemos, é o envoltório da alma. É a forma de manifestação do 
Espírito e sua natureza fluídica está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do 
Espírito. Portanto, os Espíritos puros possuem perispírito, mas de uma matéria tão etérea que, 
para nós que habitamos os planos mais próximo da matéria, é como se não existisse. 
 
Onde está a memória do Espírito? Alguns livros dizem que é no perispírito. O que diz a 
Codificação? 
A sede da memória, ou seja o patrimônio adquirido pela individualidade, não pode estar 
no perispírito e sim na Alma ou Espírito. O perispírito também é matéria, embora de uma 
natureza diferente da que conhecemos. É o corpo do Espírito e por onde ele se 
manifesta em plenitude. Cada perispírito é formada das substâncias fluídicas do 
ambiente onde o indivíduo habita. Portanto, o Espírito ao mudar de mundo também 
muda de perispírito, como se trocasse de roupa. Se admitíssemos que a sede da 
memória estivesse no perispírito, neste ato toda experiência acumulada ficaria no 
mundo anterior, o que certamente a razão repudia. Portanto, a sede da memória, ou 
seja, toda a história e patrimônio moral e intelectual do ser encontra-se no “sensorium 
comune” do Espírito, como um arquivo de onde o indivíduo retira de lá os dotes 
acumulados durante toda a sua trajetória evolutiva. 
 
Relata o espírito "André Luiz" em um dos livros psicografados por Chico Xavier, que 
após período de trabalho na Terra, retorna à colônia Nosso Lar e, em repouso deixa seu 
corpo (perispiritual), indo ao encontro de sua Genitora. Pergunta-se: Com que corpo? O 
Espírito tem mais de um perispírito? 
 
É necessário levar em consideração que a tese abordada pelo Espírito André Luiz não 
recebeu a chancela do Controle Universal dos Espíritos, mecanismo que, segundo Allan 
Kardec, deveria aferir as novas revelações vindas da Espiritualidade. 
Por alguns equívocos dos espíritas, tal mecanismo nunca foi criado. A projeção astral de 
André Luiz a um plano superior ao que se encontrava, durante o repouso, fundamenta-
se na hipótese de que o corpo de manifestação do Espírito no mundo exterior se divide 
em sete camadas. A mais interior seria o próprio Espírito e a exterior, o corpo carnal. 
Desse modo, estando estacionado nas regiões onde os Espíritos estariam de posse do 
seu sexto veículo fluídico, André teria se projetado num plano onde as entidades 
espirituais (mais desmaterializadas) usariam seu quinto corpo astral. 
Ambas as revelações, no entanto, só devem ser admitidas como hipóteses de estudos, 
até que possam se submetida ao Controle Universal dos Espíritos, se é que ele um dia 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 16
vai.ser.criado. 
 
 
 
 
O mundo espírita 
 
Há inferno, céu e purgatório? 
 
O céu ou o inferno, como lugar circunscrito, não existe. Allan Kardec, em "O Céu e o 
Inferno", nos diz que o céu, o purgatório e o inferno são estados de consciências e não 
um lugar físico. Evidente que através das afinidades de pensamentos, os Espíritos 
agrupam-se em determinadas regiões do mundo astral, dando origem a ambientes 
agradáveis, de sofrimento ou conturbados, que caracterizaram e deram origem aos 
termos usados no catolicismo. 
 
Existem anjos e demônios? 
 
Deus que é soberanamente justo e bom, não poderia ter criado criaturas destinadas 
infinitamente a permanecer no mal, como também ter criado Espíritos perfeitos desde 
sua origem, sem que eles fizessem nenhum esforço para isso. Todos os Espíritos são 
criados simples e ignorantes e, através das experiências, vai adquirindo saber e 
moralidade até atingir a perfeição. Em sua trajetória evolutiva permanece na ignorância 
por algum tempo, vivendo as experiências do bem e do mal, dependendo de seu livre 
arbítrio. Os demônios é a denominação que foi dada para Espíritos que ainda não 
evoluíram moralmente, e que se comprazem no mal, mas que um dia perceberão seus 
erros. Os anjos são Espíritos puros, que já evoluíram moral e intelectualmente, através 
de seus esforços desde a sua criação. Só assim se explica a bondade e a justiça de 
Deus. 
 
Os Espíritos, que não necessitam mais da matéria continuam com o perispírito no plano 
espiritual? 
 
Sim, continuam a necessitar dele. Aprendemos com a Doutrina Espírita que o corpo 
espiritual se eteriza na medida em que o Espírito evolui na senda do progresso. O 
perispírito é necessário à manifestação da individualidade no mundo espiritual. Na 
encarnação é elo entre o Espírito e matéria. Quando desencarnados podemos dizer que 
é o próprio Espírito se manifestando plenamente. Mais subsídios podem ser 
encontrados em A Gênese, capítulo XIV, itens 7 a 12. 
 
Como os Espíritos se locomovem? 
 
Os Espíritos esclarecidos se locomovem através do pensamento. Movimentam-se mais 
ou menos rápido dependendo da evolução de cada um. Os Espíritos pouco adiantados 
se movem no mundo invisível, como o fazem os homens na Terra. 
 
Os Espíritos podem nos visitar? 
 
Freqüentemente o fazem. Nunca estamos sozinhos. Os bons Espíritos procuram nos 
ajudar através da intuição, e os maus nos trazem influências que nos perturbam o 
equilíbrio (obsessões). O hábito da oração e vigilância constantes nos faz menos 
sujeitos às más influências. 
 
O que acontece com o nosso Espírito quando dormimos? 
 
No descanso do corpo físico, o Espírito desprende-se e aproveita para retomar 
parcialmente sua relativa liberdade, permanecendo ligado ao corpo físico por um cordão 
fluídico/energético. Dependendo de seus interesses e evolução poderá aproveitar estes 
momentos para visitar outras esferas espirituais onde terá oportunidade de aprender e 
trocar idéias com seres que com ele se afinizam. Pode também visitar amigos que estão 
no plano físico ou no plano espiritual. Se são Espíritos excessivamente apegados a 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 17
matéria, poderão buscar ambientes mundanos para se satisfazerem. Se ao despertar 
sentimos paz e alegria, é que estivemos em boas companhias, mas se acordamos de 
mau humor, cansados e oprimidos, é porque estivemos com Espíritos ignorantes. 
Portanto devemos ter como hábito, antes de dormir, orar a Deus e aos bons Espíritos 
para que, durante o sono, nossa Alma possa estar em sintonia com os planos elevados 
da Criação. 
 
Os Espíritos ao desencarnarem conservariam intacta suas auras externas ? Seriam 
ainda emanações de seu perispírito? 
 
Aura é um termo utilizado no meio espírita, originada do esoterismo, e se refere à 
atmosfera fluídica criada em torno da pessoa pelas emanações energéticas do seu 
corpo espiritual. Allan Kardec não deu atenção a isso na Codificação, por se tratar de 
assunto de pouca importância para a compreensão da ciência dos fluidos. A "aura" nada 
mais é do que um efeito, causado pela irradiação íntima do Espírito. Não, a "aura" não é 
uma emanação do perispírito que, por si mesmo, nada é, a não ser uma massa fluídica 
estruturada pelo Espírito com sua projeção interior, para se manifestar no mundo 
exterior. 
 
Quando desencarnamos, sendo levados para as colônias socorristas, teria como nossos 
entes queridos ficarem sabendo em qual delas nos encontramos? 
 
Se forem entes desencarnados, isso dependerá da afinidade espiritual existente entre o 
nosso Espírito e os deles. Também se deverá levar em conta a condição evolutiva de 
cada um.Se são pessoas muito diferentes em moralidade, certamente irão para lugares 
distintos. Os mais atrasados podem desconhecer onde estão os mais adiantados. Os 
que nos precederam, dependendo de suas condições espirituais, poderão nos amparar 
no momento do desencarne e, evidentemente, saber para onde vamos. 
Se a informação refere-se aos entes que ficaram no mundo material, eles poderão saber 
as condições do Espírito desencarnado, ou o lugar onde se encontra, evocando-o numa 
sessão prática de Espiritismo feita por grupos sérios. 
 
O que acontece ao nosso anjo da guarda quando desencarnamos? 
 
O anjo de guarda é um Espírito protetor de uma ordem elevada que Deus, por sua 
imensa bondade, coloca ao nosso lado, para nos proteger, nos aconselhar e nos 
sustentar nas lutas da vida. Cumprem uma missão que pode ser prazerosa para uns e 
penosa para outros, quando seus protegidos não os ouvem seus conselhos. 
Quando desencarnamos, ele também nos ampara e freqüentemente o reconhecemos, 
pois, na verdade, o conhecemos antes de mergulhar na carne. Claro que tudo depende 
da condição evolutiva da pessoa em questão. O anjo da guarda poderá também nos 
guiar em outras experiências, por muitos e muitos tempos. 
 
Como o Espírito recém desencarnado recebe um novo envolvimento amoroso de sua 
esposa, ainda encarnada no mundo material? Ele não o aceita? Poderá interferir nessa 
relação? Há um tempo de espera, para que o cônjuge encarnado possa ter novo 
relacionamento sem magoar quem já desencarnou? 
 
Quando o Espírito se desprende da carne, ele entra em uma outra dimensão de vida 
que é a vida espiritual. Lá, terá um nova percepção das coisas, tendo um raciocínio mais 
livre, mais pleno, pois não está mais confinado aos limites da matéria. Compreende que 
viverá outros aprendizados e que os afetos deixados na vida terrena igualmente terão 
também experiências necessárias ao progresso individual e coletivo. Entretanto, se ele 
for um Espírito pouco adiantado, permanecerá preso ao seu mundo mental, vivenciando 
as situações que vivia quando em vida, principalmente se cultivou paixões e 
sentimentos de posse exacerbados. 
Poderá com isso sofrer, se seus entes queridos agem com desinteresse afetivo por ele, 
se entram em disputa por heranças ou mesmo se seus “amores” interessam-se por 
outras pessoas. Poderá interferir na vida das pessoas, muitas vezes originando 
processos obsessivos. 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 18
Neste caso, deve-se procurar ajuda espiritual numa casa espírita kardecista, para que o 
problema seja devidamente equacionado. Claro, essas situações de perturbações são 
de exceção. Normalmente o que se observa é a compreensão por parte de quem partiu. 
Não há um tempo específico que seja adequado para que se tenha novo envolvimento 
amoroso. Vai depender da situação de cada criatura. Nas relações verdadeiras, sinceras 
e duradouras, geralmente quando um parte o outro permanece um bom tempo sem que 
encontre substituição em seu coração, quando não opta por permanecer sozinho. 
Entretanto, nas relações difíceis, que são maioria esmagadora no planeta, a perda não 
se constitui em problema. Todas essas coisas são regidas pelos sentimentos. O tempo, 
neste caso, é o que menos importa. 
 
Vida em outros mundos 
 
Existe vida fora da Terra? 
 
"Há muitas moradas na casa de Meu Pai", disse Jesus no Evangelho de João, 14: 1 a 3, 
e assim é. Deus não criaria o Universo para povoar somente um pequeno e atrasado 
planeta que é a Terra. Há mundos habitados em vários graus de evolução e, segundo 
os Espíritos Superiores, a Terra está em segundo lugar na categoria dos mundos, que 
varia de mundos primitivos até mundos divinos, sendo nosso planeta um mundo de 
provas e expiações. 
 
Que tem o mundo espiritual a dizer sobre os seres extraterrestres? Eles existem? 
 
Um dos princípios da Doutrina Espírita é a pluralidade dos mundos, portanto nada mais 
natural que existam seres extraterrestres. Mas é preciso tratar do assunto com certa 
reserva. A vida se manifesta por princípios lógicos e racionais. As leis orgânicas 
observadas na Terra são as mesmas em qualquer lugar do Universo. Portanto, não há 
razão para se acreditar em seres constituídos por outra matéria diferente daquela que 
encontramos no nosso pequeno mundo. A Criação é a mesma em qualquer quadrante 
que estiver o observador, assim como o mar é o mesmo em todos os pontos onde for 
examinado. 
Pode-se supor, no entanto, que futuramente teremos contatos com seres humanos de 
outros mundos, de feições mais delicadas que as nossas, mas nunca os "monstrinhos" 
que a imaginação fértil dos produtores de filmes tem apresentado à humanidade. 
Também não dá para se admitir que aconteçam "guerras nas estrelas". As civilizações 
mais adiantadas tecnologicamente e que viajam pelo Universo, são moralmente 
elevadas e não possuem armas bélicas. Guerra é um procedimento de planetas 
primários como o nosso. 
Se os extraterrenos estiveram na Terra em algum período, não se sabe. Supõem-se que 
sim. Se vão estar no futuro, também não se tem certeza. Se estão entre nós, devem ter 
motivos para se manter em silêncio. Mas o assunto ainda está em aberto para ser 
estudado por quem se interessa por ele. De concreto, ainda não se viu nada que 
convença qualquer uma destas hipóteses. 
 
Sexo na Espiritualidade 
 
Os Espíritos fazem sexo após a morte? Eles conservam suas vontades sexuais? 
 
Normalmente não há relação sexual após a morte, pois este é um ato ligado à 
experiência no plano carnal. O que pode acontecer no mundo invisível, é que o Espírito 
desencarnado ainda obcecado pelo sexo, envolva-se com outros da sua mesma 
natureza e se mantenham alimentando-se mentalmente dos hábitos e costumes que 
cultivaram em vida. É comum ligarem-se a pessoas encarnadas, cujas tendências lhes 
são afins, para satisfazerem suas necessidades sexuais. Nos planos espirituais onde 
habitam os Espíritos esclarecidos não há qualquer atividade no campo da sexualidade. 
 
Existem almas gêmeas? 
 
Não existem almas gêmeas no sentido que normalmente se dá a esse termo. Não há 
um homem criado especialmente para uma mulher ou vice-versa. Essa idéia, usada 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 19
para justificar paixões transitórias, é puramente humana e nada tem a ver com as 
informações dadas pelos Espíritos superiores que revelaram a Doutrina Espírita. O 
objetivo de todos os Espíritos é atingir a perfeição e nesse estado todos se 
reconhecerão como verdadeiros irmãos. 
 
A mediunidade 
 
Todos somos médiuns? 
 
Todos somos portadores da mediunidade natural que é o canal psíquico pelo qual 
recebemos as influências boas ou ruins que estimulam as experiências do Espírito na 
vida terrena. Porém, nem todos somos médiuns, conforme denominou Allan Kardec. 
 
Então o que é um médium? 
 
Segundo Allan Kardec, médium é todo aquele que sente a presença ostensiva dos 
Espíritos, seria aquele que serviria de ponte entre o mundo visível e o invisível. A prática 
da mediunidade é o intercâmbio entre o mundo físico e o mundo espiritual. A faculdade 
mediúnica liga-se a uma disposição orgânica, porém o uso que se faz dela depende da 
moralidade do médium e de seus conhecimentos espirituais. 
 
Que são fluidos? 
 
Os fluidos são o veículo do pensamento dos Espíritos, tanto encarnados quanto 
desencarnados. Todos estamos mergulhados no fluido cósmico universal, substância 
básica da Criação, que varia da imponderabilidade até a ponderabilidade. Os fluidos 
espirituais estão impregnados dos pensamentos dos Espíritos, portanto varia de 
qualidade ao infinito. A atmosfera fluídica é formada pela qualidade dos pensamentos 
nela predominantes. 
 
Podemos nos comunicar com outros Espíritos? 
 
Sim. Todos somos Espíritos vivendo em planos diferentes da vida e estamos 
mergulhados na atmosfera fluídica que nos rodeia e serve de elemento de contato. 
Portanto, podemos nos comunicar com o mundo espiritual freqüentemente, seja através 
da mediunidadeostensiva consciente, dos fenômenos inconscientes, das preces ou 
intuições que recebemos constantemente do mundo espiritual. 
 
Existe a incorporação de Espíritos? 
 
No sentido semântico do termo não existe incorporação, pois nenhum Espírito 
conseguiria tomar o corpo de outra pessoa, assumindo o lugar da sua Alma. O que 
ocorre é que o médium e o Espírito se comunicam de perispírito a perispírito, ou seja 
mente a mente, dando a impressão de que o médium está incorporado. 
Na mediunidade equilibrada, o médium tem um maior controle de sua faculdade e o 
fenômeno mediúnico acontece mais a nível mental. Nos processos obsessivos graves 
(doenças mórbidas causadas por Espíritos inferiores), onde a mediunidade está 
perturbada, podem ocorrer crises nervosas. Observadores de pouco conhecimento 
podem achar que um Espírito mau apoderou-se do corpo do enfermo. Foi esse 
fenômeno que deu origem às práticas de exorcismo. 
 
Tenho bastante dificuldade para definir a diferença entre Clarividência, Vidência, 
Audiência, Clariaudiência, Dupla vista. 
 
A vidência e a clarividência são essencialmente anímicas. Trata-se da visão que o 
próprio Espírito encarnado tem do mundo invisível. Não há interferência de Espíritos e 
por isso não deveria (segundo Allan Kardec), ser considerada mediunidade. Mas, para 
fins.de.classificação,.ele.é.tida.como sendo uma mediunidade. Mesmo nos casos em 
que um Espírito amigo mostra um quadro projetado no ambiente astral, ainda assim, é o 
médium quem vê. Há ajuda na formação do quadro, mas não na visão propriamente 
dita. 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 20
Vidência é a faculdade superficial. Clarividência, a mesma faculdade, mas com alcance 
mais profundo, podendo estender-se no espaço e (em alguns casos) no tempo. 
A dupla-vista é a clarividência, acompanhada da projeção do Espírito no mundo astral. 
Trata-se do chamado “desdobramento”. 
Entendemos a mediunidade de audiência como aquela em que a voz aparece na 
intimidade do ser. A clariaudiência é diferente, por tratar-se de uma voz clara, exterior. 
 
Como sabemos se somos médiuns? E se formos, o que devemos fazer? 
 
Allan Kardec diz que todos somos mais ou menos médiuns, pois todos possuem a 
mediunidade natural, canal psíquico através do qual somos estimulados ao crescimento. 
Entretanto, médiuns propriamente ditos são aqueles que recebem manifestações 
ostensivas dos Espíritos. A única forma de sabermos se temos ou não mediunidade 
ostensiva é nos colocando como servidores sinceros da causa de Jesus. Ou seja, 
deveremos primeiro fazer parte da equipe de trabalhadores de uma casa espírita e lá, 
através dos estudos sérios e da disciplina interior, procurarmos entender antes as 
nuanças do contato com os Espíritos. 
 
Allan Kardec diz em O Livro dos Médiuns, que não se deve nunca iniciar um trabalho de 
intercâmbio espiritual sem estudar a mediunidade. Existem algumas pessoas que 
sentem influências dos Espíritos, em diversos graus de intensidade, e acham que, por 
isso, estão prontas para trabalhar nesse campo. Geralmente não aceitam a idéia de que 
precisam se instruir mais e mais. Vão às casas espíritas somente para trabalhar com 
mediunidade e se não a aceitam naquela, buscam outra, e assim permanecem por toda 
a.vida. 
 
Isto pode acarretar algum problema para as pessoas? 
 
Sim, pode. Desde perturbações leves, até obsessões graves, o que infelizmente não é 
pouco freqüente, pela forma com que a mediunidade é tratada no Brasil. Todos somos 
suscetíveis às más influências devido às imperfeições próprias dos Espíritos que 
habitam os planetas de provas e expiações. Em muito maior escala são os médiuns 
que, se não cuidam do estudo e do preparo moral, funcionam como verdadeiras antenas 
e situam-se como focos freqüentes de perturbações espirituais. Se os médiuns não 
tiverem os cuidados necessários com a sua edificação e se colocarem a serviço do 
intercâmbio sem o devido preparo, poderão cair presas de Espíritos pouco adiantados 
de que está cheia a atmosfera do planeta. 
 
O que é ideoplastia? 
 
Ideoplastia é um fenômeno de transfiguração que pode acontecer durante as 
manifestações dos Espíritos. Quando a influência do desencarnado é muito intensa 
junto do campo psicossomático do médium ele poderá assumir algumas feições do 
comunicante. 
 
Existe o processo de incorporação? Como ele se processa? Em caso negativo, como 
médiuns dão passividade a Espíritos menos esclarecidos, tomando formas físicas 
diferentes, falando com voz alterada. Isto seria charlatanismo? 
 
O processo de incorporação tal qual essa palavra exprime não existe, pois ninguém 
pode “entrar” no corpo de outro. Mas o Espírito pode, e é isso o que normalmente faz, 
agir no campo mental através de sintonia (e por afinidade fluídica), assumindo a 
personalidade e a vontade do indivíduo. Nos casos de subjugação, por exemplo, o 
domínio é tão intenso que dá a impressão que o Espírito toma posse do corpo da 
pessoa. 
Na prática da mediunidade, quanto maior o esclarecimento do médium menor o domínio 
que o Espírito terá sobre ele. Se tem pouco esclarecimento sobre essa faculdade, 
certamente deixará que Espíritos pouco adiantados a usem da forma que bem 
entenderem. No que diz respeito a mudança de fisionomia, Allan Kardec instrui que 
trata-se do fenômeno da transfiguração, coisa mais comum nas manifestações dos 
Espíritos inferiores, podendo, sem dúvida acontecer também com os superiores. 
 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 21
A prática da Mediunidade 
 
 
Devemos acreditar em tudo o que os Espíritos dizem? 
 
Os Espíritos desencarnados são almas de homens que já viveram na Terra. Portanto podem ser 
portadores dos defeitos e qualidades que tinham quando encarnados. Podemos acreditar nas 
palavras dos homens bons, mas não devemos dar crédito aos conselhos daqueles de má índole. 
Da mesma forma deveremos proceder com o mundo dos Espíritos. Devemos analisar cada 
comunicação dada pelos Espíritos, qualquer que seja o nome que assinem. Os bons trazem 
mensagens edificantes e com algum fim útil e querem sempre o bem da humanidade. Os 
atrasados ou maus podem nos enganar com palavras belas e melífluas, podendo tomar 
emprestado nomes de pessoas conhecidas ou Espíritos iluminados para nos impressionar. 
Desses devemos nos precaver, conforme nos ensina Allan Kardec em O Livro dos Médiuns. 
 
Alguém pode ser obrigado a desenvolver sua mediunidade? 
 
Ninguém é obrigado a desenvolver a mediunidade. É errada a idéia de que a mediunidade 
é a causa de sofrimentos e desajustes das pessoas. Geralmente, sofre-se por ignorância 
e por falta de cuidados com a vida no plano material. Aqueles que quiserem dedicar-se à 
tarefa mediúnica deverão trabalhar para vencer suas imperfeições, além de ter que 
estudar a Doutrina Espírita com seriedade e disciplina. Um médium que não toma esses 
cuidados, poderá permanecer sob a influência dos Espíritos maus. Quem for médium e 
não quiser praticar sua mediunidade, deverá pelo menos esforçar-se para sua melhoria 
moral, procurando libertar-se dos vícios mais grosseiros (cigarro, bebida e drogas). 
 
Todos os Espíritos podem se comunicar logo após sua morte? 
 
Sim, pelo menos teoricamente, todos os Espíritos podem se comunicar após a morte do 
corpo físico. Porém, a Doutrina Espírita nos ensina que o Espírito sofre uma espécie de 
perturbação (que nada tem ver com desequilíbrio) que pode demorar de horas até anos, 
dependendo do tipo de vida que tenha tido na Terra e do gênero de sua morte. Os 
Espíritos que são desprendidos da matéria desde a vida terrena, tomam consciência de 
que estão fazendo parte da vida espírita bem cedo, porém aqueles que viveram 
preocupados apenas com seu lado material permanecem no estado de ignorância por 
longo tempo. Dado o pouco adiantamento espiritual dos habitantes do planeta, pode-se 
concluir que as mensagens mediúnicas creditadas a pessoas famosas que desencarnam 
precocemente, não merecem credibilidade. 
 
As cirurgiasespirituais são realmente feitas por Espíritos? Nesse caso, como pode um 
Espírito elevado ser antiético, exercendo ilegalmente a medicina? 
 
Sim, as cirurgias espirituais são feitas por Espíritos de médicos que atuam no corpo 
perispiritual, utilizando de técnicas ligadas à ciência médica, usando fluidos humanos e 
espirituais, nada fazendo nesse campo que fira as leis humanas. Um Espírito elevado 
jamais transgride qualquer lei. As curas realizadas em nome do Espiritismo praticado com 
seriedade, são feitas utilizando apenas a fluidoterapia. As cirurgias mediúnicas feitas com 
instrumentos cortantes, podem ser feitas por Espíritos superiores, mas não são 
consideradas trabalhos espíritas. 
Em alguns casos de cirurgias de corte, como os de José Pedro de Freitas (Arigó) e Edson 
Queiroz, existia uma missão a ser cumprida e visava chamar a atenção da comunidade 
científica para a realidade da vida espiritual. E parece que conseguiu, porém sem maiores 
conseqüências pelo próprio atraso do homem para a compreensão das coisas do Espírito. 
Pelo lado prático, no entanto, as cirurgias mediúnicas com instrumentos cortantes não 
devem ser praticadas em centros espíritas orientados pela doutrina de Allan Kardec, 
justamente por ferir a legislação vigente e não tratar-se de uma prática que possa ser 
exercitada por qualquer pessoa. As curas no Espiritismo são feitas exclusivamente com a 
imposição de mãos. 
 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 22
É possível uma pessoa que está estudando kardecismo não poder ajudar por não ter 
dons mediúnicos. E no caso, o que as pessoas devem fazer para saber se têm dons ou 
não? 
 
Qualquer pessoa pode ajudar no centro espírita, desde que disponha de boa vontade e 
preparo moral e doutrinário adequados. Isso se consegue com estudo e boa dose de 
seriedade, dedicação, abnegação e disciplina. Não é necessário ter dons mediúnicos para 
servir. Existem inúmeras frentes de trabalho nas casas espíritas onde se pode 
desempenhar tarefas que não dependem da mediunidade. Para se saber dos possíveis 
dons mediúnicos, Allan Kardec nos diz que devemos testar as pessoas. Não existe uma 
fórmula e nem podemos adivinhar quem tem ou não. Os melhores servidores nesta área 
são aqueles formados dentro das casas espíritas que tratam o estudo da Doutrina Espírita 
com seriedade. Aqui entra a grande responsabilidade do dirigente que teoricamente 
deveria estar apto a conduzir as pessoas de forma equilibrada ao desenvolvimento e 
exercício desta nobre tarefa. Os médiuns ostensivos, que já demonstram algum dom 
desde cedo, devem ser submetidos igualmente ao estudo disciplinado e à orientação de 
alguém experiente dentro do centro espírita que possa dar-lhe direcionamento seguro de 
sua faculdade. Caso contrário, poderá desequilibrar-se. 
 
É certo o procedimento que alguns centros espíritas têm de colocar pessoas, que estão 
indo pela primeira vez à casa, em trabalhos mediúnicos? 
 
Allan Kardec diz que não se deve lidar com a mediunidade sem conhecê-la. O bom senso 
e a razão nos falam a mesma coisa. Em todos os departamentos da vida o homem busca 
aperfeiçoar-se para servir melhor. Sem conhecer o seu ofício não poderá desempenhar a 
tarefa a que se propõe com conhecimento de causa. Portanto, colocar pessoas para lidar 
com Espíritos sem se preparar para isso é o mesmo que realizar experiências químicas 
sem conhecer as leis da química, diz o Codificador. Seria uma insensatez. Os 
medianeiros devem ser preparados com muita cautela para servir nesse campo. Primeiro 
devem estar inseridos nos trabalhos habituais da casa, servindo com dedicação e 
seriedade, transformando-se em trabalhadores. Devem ser instruídos nas aulas sobre a 
Doutrina Espírita e depois, então, poderão ser experimentados no ministério da 
mediunidade. 
A pessoa que chega à casa espírita pela primeira vez com a intenção de servir apenas no 
campo da mediunidade, não entendeu ainda o papel do Espiritismo em sua vida, muito 
menos a oportunidade que está tendo de servir com equilíbrio no campo do Bem. 
Necessita de instrução nesse ponto. Se for sincero o seu desejo de servir, permanecerá 
no aprendizado. Se não, procurará outra casa que lhe dê o que deseja. 
 
Há algum impedimento de mulheres grávidas participarem de reuniões mediúnicas? 
 
Não é aconselhável. O processo reencarnatório do Espírito é uma experiência delicada 
que envolve muitos aspectos energéticos e psíquicos. Um deles é o estado psicológico da 
mãe que, sem sombra de dúvidas, se altera por alguns meses, enquanto aguarda a 
chegada do Espírito que lhe foi encaminhado como filho. Ela necessita de tranqüilidade, 
descanso e não deve se submeter a atividades que lhe exijam grandes perdas de 
energias de qualquer natureza. Sabe-se que, nas atividades de intercâmbio espiritual, há 
toda uma movimentação de fluidos energizados, podendo haver gastos que poderá ser 
prejudicial para a mulher em estado de gravidez. Além disso, há o aspecto do 
reencarnante. É sabido pela ciência oficial da extrema importância do equilíbrio e 
interação mãe-filho desde o ventre. Por conta disso é prudente que se isente a mulher 
grávida das tarefas da mediunidade. O melhor que ela poderá fazer será cuidar de ter seu 
bebê em paz. Ao faze-lo, estará praticando a caridade maior, que é a de dar vida a um 
novo ser. Quando puder, retornará às suas atividades mediúnicas normalmente. 
 
Existem milagres? 
 
O milagre é fenômeno que não se consegue explicação racional e nos parece 
sobrenatural. Na verdade é apenas a manifestação intencional (provocada por agentes 
conscientes) ou espontâneas (causadas por agentes inconscientes) de determinadas leis 
da natureza, ainda desconhecidas pelo homem. Deus criou leis perfeitas e imutáveis. Se 
o milagre existisse seria uma transgressão a estas leis. O que existe é a ignorância dos 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 23
princípios que regem as leis de Deus. O que pode parecer milagre para uns, é 
perfeitamente explicável para outros. Por exemplo um índio selvagem que visse um 
eclipse do sol, acharia aquilo um milagre, mas estudando astronomia, percebe que um 
astro se sobrepõe a outro com um fenômeno natural. A ciência ajuda na desmistificação 
dos milagres. Chegará o dia que em todos conhecerão as leis que regem os fluidos, a 
mediunidade, a influência do mundo espiritual sobre o mundo físico, a ação dos Espíritos 
sobre a matéria etc. 
 
Por que fechar o vaso que contém a água a ser fluidificada? 
 
O frasco que contém a água a ser fluidificada tanto pode estar aberto quanto fechado. Por 
uma questão de higiene certamente que será muito melhor que ele esteja com tampa. Isto 
não influi no resultado da magnetização, pois as substâncias colocadas na água pelos 
Espíritos que trabalham na fluidoterapia, através da imposição das mãos dos encarnados, 
atravessam os campos da matéria tangível com facilidade. 
 
O espírita deve buscar na sua reforma íntima mudar a alimentação, evitando ou 
eliminando as carnes de seu cardápio? O consumo de carne prejudica o exercício 
mediunidade? 
 
O objetivo da Doutrina Espírita é modificar moralmente o homem, fazendo-o melhor em 
todos os sentidos. A idéia de que o "não comer carne" contribui para a purificação do 
Espírito vem das doutrinas esotéricas. Isso não tem qualquer fundamento lógico e 
contraria as orientações dos Espíritos superiores a respeito do assunto. O que acontece é 
que a carne vermelha tem uma metabolização mais difícil que as carnes brancas ou 
alguns vegetais, tendo o organismo que despender maior gasto energético para 
concretizá-la. 
O hábito alimentar ocidental é cheio de vícios e temos que nos disciplinar para conter os 
excessos alimentares, que como todo excesso, faz mal para a saúde do corpo. Um corpo 
em desequilíbrio traz conseqüências danosas ao Espírito e vice-versa. Portanto, é 
prudente alimentar-se com moderação sempre. Nos dias de atividades mediúnicas, 
aconselha-se o consumo de alimentação mais leve para evitardesgastes energéticos com 
a digestão e facilitar a tarefa de intercâmbio, já que em tudo há a movimentação de 
energias. O consumo de carne em nada prejudica o exercício da mediunidade. O que o 
afeta profundamente são os vícios morais, esses um tanto mais difíceis de serem 
erradicados, do que o simples costume de se comer carne. 
 
O público pode freqüentar as reuniões mediúnicas do Centro Espírita? 
 
As reuniões mediúnicas são atividades íntimas da casa espírita e só devem ser 
freqüentadas por pessoas habilitadas para a tarefa. Allan Kardec ensina que: "a 
concentração e a comunhão de pensamentos sendo as condições necessárias de toda 
reunião séria, compreende-se que o grande número de assistentes é uma das causas 
mais contrárias à homogeneidade". Portanto, as reuniões mediúnicas devem ser 
realizadas apenas pela equipe da casa, formada por médiuns, doutrinadores, passistas e 
secretário. O hábito de realizar reuniões mediúnicas na presença de pessoas obsediadas 
ou do público estranho ao quadro de trabalhadores é completamente inadequado e não 
atende aos propósitos kardequianos dessa atividade. Além de não resolver nenhum 
problema na área desobsessiva, ainda coloca as pessoas sob risco do desequilíbrio. 
 
Quantas reuniões mediúnicas podem existir numa Casa Espírita? 
 
A quantidade de reuniões mediúnicas de um Centro Espírita fica a critério de cada casa, 
de acordo com a necessidade apresentada. Entretanto, via de regra, deveria ter, no 
mínimo, três sessões: uma reunião de desenvolvimento ou educação da mediunidade, 
uma de desobsessão e uma de psicografia. 
 
Quais os pré-requisitos para participar de reuniões mediúnicas? E quando a pessoa que 
participa não se encontra bem (ex: transtorno do pânico), como proceder? 
 
A primeira condição a ser considerada é se a pessoa faz parte do quadro de 
trabalhadores do centro espírita. Não se pode admitir ninguém em um trabalho dessa 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 24
natureza se não fizer parte da equipe de tarefeiros, estando integrada nos ideais da 
casa. O simples fato de ser médium não credencia ninguém a trabalhar nas sessões 
espíritas de intercâmbio espiritual. 
Sendo trabalhador do centro espírita, ela deve estar inserida nas reuniões de estudo das 
Obras Básicas para que possa se instruir sobre a doutrina que professa. O trabalhador 
que não estuda não se instrui, estando, portanto, despreparado para desempenhar tão 
grave tarefa. 
Deve trabalhar incessantemente pela sua melhoria a fim de merecer a assistência dos 
bons Espíritos. Precisa participar ativamente dos trabalhos da casa, inclusive no campo 
da assistência social, desenvolvendo assim o sentimento de amor ao próximo, quando 
em contato com o sofrimento dos irmãos necessitados. 
Se a pessoa, quando no exercício da mediunidade, não se encontra bem 
psiquicamente, deve ser afastada das atividades práticas, submetendo-se à assistência 
dos Espíritos no tratamento que a casa espírita deve oferecer. Os transtornos do pânico 
são ligados a processos obsessivos e como tal devem ser tratados. As comunicações 
vindas de um médium sob o império da obsessão não devem ser consideradas, diz 
Allan Kardec. 
 
Todo trabalho mediúnico deve ser pautado pela disciplina dos trabalhadores com 
relação à assiduidade e ao comprometimento com a tarefa abraçada. Quais seriam os 
melhores procedimentos a serem adotados no caso de trabalhadores que faltam com 
alguma freqüência? 
 
Todo trabalho da casa espírita deveria ser pautado em normas que norteassem uma 
disciplina, o que facilitaria sobremaneira a tarefa de todos os integrantes da equipe. 
Entretanto, existe no movimento uma estranha aversão à disciplina devido à 
mentalidade de que no centro espírita tudo pode ser feito por todo mundo, bastando 
para isso que tenham boa vontade, mesmo que não se tenha preparo ou maturidade 
para a tarefa. Dizem que fazer o contrário é falta de caridade. Este procedimento tem 
trazido imensos prejuízos para o crescimento das casas espíritas como um todo. 
A tarefa mediúnica deve, mais que qualquer outra, obedecer a critérios de admissão que 
são os mecanismos de segurança de que fala Allan Kardec, em o Livro dos Médiuns, 
capítulo 29, quando trata da questões das reuniões e sociedades. 
Trabalhadores que faltam a um trabalho dessa natureza devem ser avaliados para 
analisar as razões pelas quais estão faltando. Caso sejam problemas temporários, que 
possam ser resolvidos em breve tempo, devem ser afastados da atividade até que se 
organize de forma a cumprir com dedicação e afinco sua responsabilidade. Quando 
resolverem, voltarão para suas atividades. Se forem razões que não atendam a uma 
justificativa aceitável, ou seja, cada dia é por um motivo, sem uma razão específica, 
demonstra que esse trabalhador ainda não compreendeu a gravidade da tarefa com a 
qual se comprometeu. Geralmente são pessoas que acham estar fazendo uma grande 
caridade e que a casa espírita necessita dela, quando é o contrário. Devem ser 
afastadas da atividade de intercâmbio espiritual, pois causam mais prejuízos para o 
equilíbrio vibratório das reuniões que qualquer outra coisa. 
 
Como estabelecer regras num trabalho de desobsessão? 
 
As regras para um trabalho dessa natureza começam na organização da casa espírita 
com um todo. Passa pela admissão da pessoa como trabalhador da casa, pela sua 
instrução quando entra nos cursos oferecidos pela casa, e pela sua moralização que é a 
razão de ser do Espiritismo. Portanto não se pode falar em regras em um trabalho 
mediúnico sem observar essas condições básicas antes. Uma vez obedecidos esses 
critérios, o médium é admitido na tarefa para experiência, sabendo que poderá ser 
afastado se não adequar-se às normas, que são basicamente: estudo, seriedade, 
regularidade nas reuniões bem como nas outras atividades da casa espírita e trabalho 
incessante para vencer suas más inclinações. 
 
Quando um grupo de estudo, com o tempo, transforma-se num grupo de trabalho 
mediúnico, trabalhando há mais de 7 anos atendendo Espíritos sofredores, suicidas, 
endurecidos e com ódio, fazendo o trabalho de orientação, doutrinação e passe, esse 
seria um grupo de desobsessão ou um grupo de desenvolvimento e educação da 
mediunidade? 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 25
 
O trabalho de desobsessão tem o objetivo preciso de trabalhar para atender os casos de 
obsessão atendidos na casa espírita. Tem método e desenvolvimento próprios e só 
trabalham médiuns já educados, com certa experiência, que certamente já passaram 
pela reunião de educação da mediunidade. Não é aconselhável atender entidades 
endurecidas e com ódio nas reuniões de desenvolvimento, pelos danos psíquicos que 
poderão causar ao médium novato por conta de sua natural inexperiência e 
insegurança. Certamente que esse critério e controle fica a cargo do dirigente da 
reunião, que é o responsável por tudo o que ali acontece. Geralmente na desobsessão 
atendem-se às evocações dos casos graves de obsessão, os Espíritos maus inimigos 
da casa e da Causa e as manifestações espontâneas, onde os mentores trazem 
aqueles.que.julgarem.necessários. 
 
O que vem a ser educação e desenvolvimento mediúnico e qual a diferença da 
desobsessão ? 
 
O termo educação e desenvolvimento da mediunidade são usados para o mesmo fim. 
Nós preferimos desenvolvimento, pois na verdade no trabalho que é feito nessas 
reuniões, a mediunidade vai se desenvolvendo na medida do esforço e da característica 
pessoal do médium. O termo educação pressupõe que a pessoa já tem uma 
mediunidade ostensiva e vai apenas educá-la, o que na maioria das vezes não é 
verdade. Mas isso é uma questão de forma. O que se deve saber é que nas reuniões de 
desenvolvimento estamos trabalhando o dom para servir mais e melhor, ou seja 
desenvolvendo e disciplinando um tarefeiro de intercâmbio espiritual, para desempenhar 
suas atividades servindo a Jesus no amparo dos necessitados da alma. Quando estiver 
seguro e madurona compressão do que se propõe, bem como se sua mediunidade for 
de fato produtiva, o médium passará a realizar sua tarefa nas reuniões de desobsessão, 
se lá houver necessidade dela. 
Nas reuniões de desenvolvimento ou educação da mediunidade deve-se trabalhar com 
Espíritos sofredores de uma forma geral. Os Espíritos maus, devem ser instruídos e 
doutrinados nas reuniões de desobsessão, pois eles caracterizam manifestações que 
necessitam de médiuns mais maduros e experientes para o serviço. 
 
Como proceder em relação ao desenvolvimento mediúnico e de que forma coordenar esse 
trabalho? Quando o médium estaria apto para vencer essa etapa de "desenvolvimento" e iniciar o 
trabalho na desobsessão? 
 
Na verdade o trabalho mediúnico é toda uma ciência prática, que deve estar 
amplamente fundamentada na teoria kardequiana e nas mãos do dirigente da reunião, 
que por sua vez deve ser pessoa séria, disciplinada, dedicada ao ideal do Cristo e com 
autoridade moral sobre o grupo com quem trabalha. Deve ter uma vida de exemplos, se 
quiser realizar um trabalho que produza no campo do Bem. 
Visto isto, ele forma sua equipe, sempre tendo em mente que vai fazer experiências com 
algumas pessoas no campo da mediunidade. Deve ficar bem claro que se a pessoa não 
produzir bem, será afastada da tarefa e irá servir em outra área da casa. Dentro da 
própria reunião pode ser aproveitado no trabalho de passes ou do secretariado, funções 
igualmente sérias e importantes. Este procedimento só poderá ser feito se houver um 
perfeito intercâmbio entre o dirigente e os membros da equipe, com inteira confiança 
entre eles, o que necessariamente depende do tipo de organização e administração que 
tem a casa espírita. 
Casas espíritas desorganizadas e que não tenham muito critério na admissão de 
trabalhadores e consequentemente na composição do quadro de médiuns, esse tipo de 
norma é quase impossível de ser implementado, por conta dos melindres que são filhos 
do orgulho e da vaidade. 
Se for criado um laço de compromisso eterno entre o médium e o dirigente, certamente 
será quase impossível afastar uma pessoa improdutiva da reunião, permanecendo 
alguns indivíduos, às vezes, por anos a fio nas sessões, sem produzirem absolutamente 
nada. Dormem por todo o tempo e ainda encontram explicações de que “são médiuns 
excelentes doadores de fluidos”. 
O médium poderá ser experimentado no trabalho de desobsessão quando já tenha 
segurança ou potencial mediúnico confiável. Ele estará pronto quando der mostras de 
sua maturidade espiritual (seriedade, disciplina, dedicação, abnegação etc) e se sua 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 26
mediunidade for produtiva. Ou seja, se der comunicações fáceis, variadas, sem floreios 
e fantasias. Médiuns imaturos costumam fantasiar muito, acham-se especiais, rejeitam 
quaisquer observações, são por demais suscetíveis, resistem à qualquer mudança de 
planos, melindram-se por tudo e não aceitam orientação. Esses não deveriam servir no 
ministério da mediunidade, pois ainda não compreenderam que o dom é de Deus e que 
a Ele devemos servir sem barreiras. 
 
Como se dá, em regras gerais, a rotina do trabalho mediúnico? Qual a experiência do Grupo 
responsável pela seção Perguntas e Respostas? 
 
Buscamos trabalhar dentro da racionalidade kardequiana, abraçando o trabalho com a 
seriedade devida, com o recolhimento necessário, exercendo a mediunidade de forma 
religiosa, como nos adverte Allan Kardec, no Evangelho Segundo o Espiritismo. Inicia-se 
com uma prece, depois faz-se 1 (uma) hora de estudo do Evangelho, ou então 30 
minutos de Evangelho e 30 minutos de O Livro dos Médiuns, caso não tenha outro dia 
dedicado ao exame desse Livro, na casa. Depois disso, inicia-se a parte prática que 
deve durar cerca de 1 hora. 
Na parte prática propriamente dita, inicia-se com manifestação de um instrutor e depois 
abre-se espaço para as comunicações espontâneas de sofredores. Pode-se também, 
evocar Espíritos sofredores de determinada faixa vibratória, como suicidas, acidentados 
etc. Esta prática ajuda muito no desenvolvimento dos médiuns, bem como serve para 
aferir o grau de confiabilidade da mediunidade de quem já está há mais tempo na tarefa. 
Por fim, abre-se espaço para as manifestações de instrutores ou guias espirituais dos 
médiuns, para as considerações finais. Encerra-se com uma prece. 
Nas reuniões de desobsessão, segue-me o mesmo roteiro, com a diferença de que ao 
final, antes das manifestações do Benfeitores, evoca-se os casos graves de obsessão, 
que estão sendo tratados na casa. Além, é claro, das manifestações espontâneas dos 
casos trazidos pelos mentores espirituais do trabalho. 
 
Como formar e coordenar um grupo de pessoas novas, para "desenvolvimento" e 
educação mediúnica? 
 
Só se deve formar novos grupos de médiuns na casa, se houver necessidade de 
aumentar o quadro de trabalhadores dessa área. A mediunidade não deve ser exercida 
para atender a necessidade do médium, como comumente se vê, mas para trabalhar em 
prol de uma causa. 
O médium disciplinado pode trabalhar em qualquer das frentes de serviço da casa, sem 
prejuízo nenhum para si, desde que o faça com o verdadeiro sentimento de amor ao 
próximo. Se a casa já tem sua equipe de desenvolvimento e sua equipe de 
desobsessão, deverá zelar delas com carinho, tratando de faze-las crescer para 
produzirem cada vez mais. 
Cerca de 10 médiuns em cada reunião é mais do que suficiente para atender as 
necessidades de uma casa espírita que tenha uma freqüência de mais ou menos 500 
pessoas por semana. Se for um casa menor, pode-se ter uma reunião com a metade 
desse número e funciona muito bem, desde que se guie por métodos e deixe de lado o 
empirismo, as longas conversas com Espíritos endurecidos, as intermináveis 
comunicações de "guias" e por aí afora. Não se deve esquecer que a maioria dos casos 
de obsessão encontrados na população podem ser tratados apenas com a correta 
instrução ministrada nas palestras públicas, com a ajuda da fluidoterapia. 
Portanto, que não sejam criados novos grupos apenas para "formar" médiuns se a casa 
já tem sua equipe formada. Se porventura aparecer alguém do grupo de trabalhadores 
que tenha uma mediunidade muito ostensiva, coloque-o na reunião de desenvolvimento 
para observar seu comportamento mediúnico por algumas semanas, não sem antes 
submetê-la a um tratamento espiritual, pois devemos sempre desconfiar das 
"mediunidades que começam prontas para servirem”. Tenhamos cautela com isso, diz 
Allan Kardec. 
O ideal em uma casa espírita é que tenha 3 reuniões mediúnicas na semana: uma de 
Desenvolvimento, uma de Desobsessão e uma de Psicografia. 
 
Gostaria de saber se Allan Kardec fez alguma alusão à prática de doutrinação, ou seja, 
se podemos doutrinar mais de um Espírito ao mesmo tempo. 
 
Mensagens, Ensinamentos e Preces da Doutrina Espírita 27
Há uma grande polêmica sobre esta questão. Algumas figuras do movimento instruem que 
não se deve colocar barreiras para as manifestações dos Espíritos nas reuniões de intercâmbio, 
pois isso seria faltar com a caridade. E defendem a prática das manifestações simultâneas, 
deixando a mercê dos médiuns, e evidentemente do mundo espiritual, toda a rotina do trabalho 
mediúnico. Se o que se quer é quantidade de manifestações, esta prática serve, mas se o que se 
almeja é o auxílio aos irmãos necessitados que são trazidos nas reuniões, deve-se mudar o rumo 
das coisas. 
Allan Kardec, na Revista Espírita, instrui incansavelmente sobre a forma de conversar com 
os Espíritos, e certamente conversava com um de cada vez. Para analisar com racionalidade a 
questão basta que apliquemos a dúvida em nossa vida prática: consegue-se conversar com duas 
ou três pessoas ao mesmo tempo? Em assembléias onde muitas pessoas falam simultaneamente 
logo se estabelece a confusão. Nas reuniões mediúnicas isso deve ser muito mais considerado, 
pois necessita de um clima vibratório propício de calma e recolhimento, o que

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