Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Victória Portela Pereira Paracoccidioidomicose Geral Fisiopatologia Clínica Diagnóstico Tratamento Notificação compulsória (2020) É uma micose sistêmica profunda mais prevalente, sem estar associada à imunossupressão necessariamente, podendo ter somente um nicho ecológico do fungo HIV e transplantados são cenário epidemiológicos frequentes Também chamada de blastomicose sul- americana É um fungo dimórfico (P. brasiliensis ou P. lutzii) Comum em áreas endêmicas – América do Sul, no Brasil (Sul, Sudeste e CO, princ.) Comum em ambiente rural, principalmente em plantações de arroz e café, em excrementos animais Reservatório é o solo Pico de incidência da infecção entre 10- 20 anos com sintomas em torno de 30-50 anos Já se foi estudado a correlação com HLA- B13 e B40 Criptococose – pombo Histoplasmose 0 morcegos Através da inalação do blastoconídeo vai adentrar à VA e dentro do pulmão pode ter um mecanismo de contenção (fase leveduriforme – temp corporal), podendo ser reativado em algum momento da vida No pulmão, gera um infiltrado neutrofílico e granulomatoso Pode ter disseminação linfática ou hematogênica (e até canalicular) É a imunidade inata a responsável por combate ao fungo, podendo envolver ativação do sistema complemento, céls NK e fagócitos Pode penetrar através da mucosa faríngea também sendo a penetração pela pele ou outras mucosas praticamente inexistente Forma aguda/subaguda – pode ter mortalidade elevada. Mais em < 30 anos (juvenil), com exposição recente ao nicho ecológico. Dura 4-12 semanas o Disseminação sistêmica, H = M o Linfadenopatia generalizada, principalmente cervicais (DD linfoma e até TB) – pode comprimir certos órgãos, o Hepatoeplenomegalia o Infarto ganglionar o Lesões cutâneas o Febre persistente, perda de peso o Icterícia por compressão das vias biliares Forma crônica – reativação após muito tempo de contato, geralmente em focos. Acomete adultos mais velhos. Mais comum em homens (acredita-se que estrógeno tenha relação com proteção). Alta relação com etilismo e tabagismo o Unifocal o Multifocal (mais comum) o Principal foco: pulmão – caverna, árvore em borboleta, micronódulo, alvéolo-intersticial (DD com TB ou até associação – 10%) – febre, tosse, perda ponderal o SNC (DD com neurotoxo) o Lesões cutâneas ulcerativas, verrucosas ou nodulares o Estomatite moriforme de Aguiar-Pupo o Adenomegalias crônicas febril. Pode até fistulizar Forma residual ou sequelar o Fibrose pulmonar e em outros órgãos (boca, sinéquia de nádegas) o Traqueostomia por estenose o Sd má absorção – princ. Forma juvenil o Lesões da cavidade oral o Insuficiência adrenal (Addison) – hipernatremia com hipocalemia, hipotensão postural Pesquisa direta o Através de biópsia ou escarro/ LVB o Leveduras multigemelantes (“mIckey” – roda de leme) o Pode até enviar para cultura o KOH 10% Sorologia o Imunoeletroforese o Imunodifusão o ELISA o Importantes também para controle do tratamento Itraconazol – 1ª droga de escolha Cotrimoxazol (SMX + TMP) – principalmente em formas leves Sulfassalazina Anfotericina B Voriconazol também já foi permitido a ser usado Forma IV nas formas mais graves É de uso prolongado (1-2 anos) com acompanhamento ambulatorial de RX, clinica, marcadores inflamatórios e sorológicos Victória Portela Pereira Criptococose Geral Fisiopatologia Clínica Diagnóstico Tratamento Leveduras causadoras de micose sistêmica Cryptococcus neoformans e gatti Tem maior relação com imunodeficiência (HIV + 96%), mas pode ser até mais grave nos imunocompetentes (C. gatti) É emergente, de difícil tratamento e alta letalidade Fatores predisponentes para gravidade o HIV o Uso de corticoide (> 20 mg prednisona) o Transplante de órgãos sólidos o Doenças malignas: DH, linfomas, LLC o Doenças do tecido conjuntivo ou imunes o Outras comorbidades: DM, DPOC, CA pulmão, DRC, diálise, cirrose, gravidez.. Há esporos ou leveduras encapsuladas dispersas no ambiente em lugares úmidos ou na excreta de aves, como pombos (principalmente neoformans, enquanto gatti tem maior relação com eucaliptos, principalmente) Há inalação das partículas, que se instalam nos pulmões, podendo se disseminar, que é determinada pela resposta imune do hospedeiro em conter a doença ou não. Na resposta efetiva há eliminação do fungo (cels NK), mas pode depois de um tempo reativar o granuloma latente (geralmente após quadro de imunodepressão), podendo até se disseminar Assintomática Pulmonar – principal o Nódulo (DD TB), geralmente solitário o Infiltrado intersticial, consolidação lobar, DP, o Pode estar associado a febre (minoria dos casos), emagrecimento, tosse, expectoração e dispneia o Pode também ocorrer dor pleurítica raramente fatal Extrapulmonar o Oculares: neurite optica, corioretinite, endoftalmite o Cutâneas: pápulas, placas, púrpuras, vesículas, nódulos, úlceras, fístulas e celulite o Ósseas: principalmente imunocomprometidos o Baço, fígado, MO, próstata o SNC – meningite (principal extrapulmonar, com intima relação com HIV) Aguda ou subaguda Cefaleia frequente bilateral, contínua, intensa e progressiva LCR com pleiocitose com predomínio de linfócitos, hipoglicorraquia e HIC, antígeno da China+, altos títulos de antígeno criptcóccico HIV +: evolução mais rápida, podendo não ter meningismo, LCR inocente HIV -: mais insidioso, hidrocefalia mais comum, LCR mais característico, pode ser mais sintomático Pode ter perda súbita da visão Pior prognóstico, principalmente na presença de HIC Definitivo somente por biópsia Histopatologia: mucicarmim Detecção em tecidos e líquidos corporais Métodos: micológico direto – tinta da China (nanquim) Imunológicos Latex, ELISA, LFA, Moleculares – PCR Imagem – TC, RNM, RX, PET Paciente HIV+ o Ataque (consolidação e manutenção) Anf B + 5-fluocitosina Anf B + fluconazol Por pelo menos 2 semanas o Manutenção Fluconazol até elevação mantida de CD4 (pulmonar – 200 mg/d 6-12 meses) o EA: nefrotoxicidade, hipocalemia, o Forma pulmonar muito extensa podemos considerar tratamento cirúrgico
Compartilhar