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DIREITO PROCESSUAL PENAL 
NULIDADE, RECURSOS, AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO
Livro Eletrônico
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Carolina Carvalhal
Nulidade, Recursos, Ações Autônomas de Impugnação
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Apresentação .................................................................................................................4
Nulidade, Recursos, Ações Autônomas de Impugnação ..................................................5
1. Nulidades ....................................................................................................................5
1.1. Noções Introdutórias ................................................................................................ 7
1.2. Princípios Informativos das Nulidades...................................................................... 7
1.3. Nulidades em Espécie ..............................................................................................8
1.4. Arguição das Nulidades ......................................................................................... 15
2. Recursos .................................................................................................................. 19
2.1. Classificações ....................................................................................................... 20
2.2. Princípios .............................................................................................................. 21
2.3. Efeitos...................................................................................................................22
3. Recursos em Espécie ...............................................................................................24
3.1. Recurso em Sentido Estrito ...................................................................................24
3.2. Apelação ...............................................................................................................27
3.3. Embargos Infringentes e de Nulidade .................................................................... 31
3.4. Embargos de Declaração ...................................................................................... 31
3.5. Agravo em Execução .............................................................................................33
3.6. Carta Testemunhável ............................................................................................33
3.7. Correição Parcial ...................................................................................................35
3.8. Recurso Especial e Recurso Extraordinário ...........................................................36
4. Ações Autônomas de Impugnação ...........................................................................36
4.1. Revisão Criminal ....................................................................................................36
4.1. Cabimento ..............................................................................................................38
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Nulidade, Recursos, Ações Autônomas de Impugnação
DIREITO PROCESSUAL PENAL
4.2. Habeas Corpus ......................................................................................................39
4.3. Mandado de Segurança .........................................................................................42
5. Jurisprudência em Teses, STJ ................................................................................... 50
5.1. Edição 69 – Nulidades ........................................................................................... 50
5.2. Edição 91 – Mandado de Segurança III ....................................................................52
5.3. Edição 63 – Revisão Criminal .................................................................................53
Questões de Concurso ..................................................................................................55
Gabarito .......................................................................................................................67
Gabarito Comentado .................................................................................................... 68
Referências ................................................................................................................. 90
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Nulidade, Recursos, Ações Autônomas de Impugnação
DIREITO PROCESSUAL PENAL
ApresentAção
Olá, futuros advogados!
Uau! Olha como o tempo voa... Veja quanto já revisamos e aprendemos. O tempo passa de 
qualquer forma e aqui, passa com vocês dando um passo em direção a tão sonhada carteira 
da Ordem. Obrigada por me dar essa honra de juntos aprendermos.
A proposta dessa aula é sintetizar todo o conhecimento que vocês trazem da graduação, 
revisar e direcionar para o exame da Ordem.
Meus amados, nós não vamos ficar aqui perdendo tempo com o que não é importante 
para a nossa prova. Vamos ter foco e objetividade! Isso é o que buscamos como meta! 
Essa será nossa décima aula, hoje vamos discorrer sobre as Nulidades, recursos criminais 
e ações autônomas de impugnações. Vamos procurar fazer os exercícios anteriores da prova 
da OAB pela banca FGV, separadas por assunto e quando não houver exercícios suficientes, 
mostrar como o tema é cobrado por outras bancas.
Vamos mostrar como nossos tribunais superiores tratam com o assunto, colocando aqui 
suas decisões e interpretações majoritárias para você não perder nenhuma questão e dentro 
do possível, vamos transcrever a legislação pertinente, assim você ganha mais tempo.
Dentro da necessidade e relevância dos assuntos, colocaremos mapas mentais, tabelas, 
isso com o intuito de chamar sua atenção para aquilo que você não pode deixar de saber.
Ademais, temos nosso fórum de dúvidas e me coloco a disposição para sanar qualquer 
uma que venham a ter.
E aí, animados? Mãos à obra!
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
NULIDADE, RECURSOS, AÇÕES AUTÔNOMAS DE 
IMPUGNAÇÃO
1. nulidAdes
DAS NULIDADES
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou 
para a defesa.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I – por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II – por ilegitimidade de parte;
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria 
ou o auto de prisão em flagrante;
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor 
de 21 anos;
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da in-
tentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública;e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos con-
cedidos à acusação e à defesa;
f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos 
processos perante o Tribunal do Júri;
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir 
o julgamento à revelia;
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos 
pela lei;
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri;
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade;
k) os quesitos e as respectivas respostas;
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento;
m) a sentença;
n) o recurso de ofício, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que 
caiba recurso;
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quórum legal para o julgamento;
IV – por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
V – em decorrência de decisão carente de fundamentação. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas respostas, 
e contradição entre estas. (Incluído pela Lei n. 263, de 23.2.1948)
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art167
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1930-1949/L263.htm#art7
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Nulidade, Recursos, Ações Autônomas de Impugnação
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Art. 565. Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha 
concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.
Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da 
verdade substancial ou na decisão da causa.
Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando 
for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, 
mediante ratificação dos atos processuais.
Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das con-
travenções penais, da portaria ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o 
tempo, antes da sentença final.
Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o 
interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de 
argui-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a 
irregularidade poderá prejudicar direito da parte.
Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas:
I – as da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a que se refere o 
art. 406;
II – as da instrução criminal dos processos de competência do juiz singular e dos processos es-
peciais, salvo os dos Capítulos V e VII do Título II do Livro II, nos prazos a que se refere o art. 500;
III – as do processo sumário, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se verificadas depois desse 
prazo, logo depois de aberta a audiência e apregoadas as partes;
IV – as do processo regulado no Capítulo VII do Título II do Livro II, logo depois de aberta a audiência;
V – as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas 
as partes (art. 447);
VI – as de instrução criminal dos processos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos 
Tribunais de Apelação, nos prazos a que se refere o art. 500;
VII – se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso ou logo depois de 
anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as partes;
VIII – as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo depois de ocor-
rerem.
Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, III, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão 
sanadas:
I – se não forem arguidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;
II – se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
III – se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.
Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores, serão reno-
vados ou retificados.
§ 1º A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam 
ou sejam consequência.
§ 2º O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art406.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#livroiitituloiicapitulov
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#livroiitituloiicapitulovii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art500
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art537
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#livroiitituloiicapitulovii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art447
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art500
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Nulidade, Recursos, Ações Autônomas de Impugnação
DIREITO PROCESSUAL PENAL
1.1. noções introdutóriAs
Nulidade é a sanção estabelecida judicialmente ante a inobservância de norma processu-
al que enseje prejuízo (real ou presumido) a direito das partes ou interessados no processo. 
As nulidades, conforme classificação muito adotada pela doutrina, podem ser:
• Nulidade absoluta: podem ser reconhecidas pelo magistrado, de ofício, ou a requeri-
mento de partes, não há a necessidade da demonstração do prejuízo, que já é presumi-
do. Além disto, a nulidade absoluta, não é passível de convalescimento;
• Nulidade relativa: de regra, serão decretadas pelo juiz em caso de requerimento da 
parte, momento oportuno, devendo-se demonstrar a ocorrência de prejuízo. Podem ser 
convalescidos.
O STF, tem exigido a efetivo demonstração do prejuízo para o reconhecimento de qualquer 
tipo de nulidade, seja absoluta ou relativa.
1.2. princípios informAtivos dAs nulidAdes
Princípio do prejuízo: previsto no art. 563 do CPP, onde o ato para ser declarado nulo, há 
que se demonstrar o prejuízo para a acusação ou para a defesa.
Princípio da instrumentalidade das formas: não se deve reconhecer a nulidade do ato, 
quando, a despeito da inobservância das formalidades legais, alcança a finalidade para o qual 
foi constituído, presente no art. 566-CPP. aplica-se nas relativas, mas não às absolutas.
Princípio da causalidade ou consequencialidade: a nulidade de um ato, uma vez declara-
da, causará a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequência – art. 573, 
§1º, CPP). O juiz que pronunciar a nulidade, declarará os atos.
Princípio da conservação dos atos processuais: os atos processuais que não derivam do 
ato nulo devem ser preservados.
Princípio do interesse: a nulidade deve ser suscitada pelaparte que não deu causa a ela. 
Pode ser aplicável as causas relativas.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Princípio da convalidação: aplicado as nulidades relativas, significa que os atos processu-
ais eivados de vícios desta natureza devem ser suscitados no momento oportuno, sob pena 
de serem convalidados.
A ausência de defensor, devidamente intimado, à  sessão de julgamento não implica, 
por si só, nulidade processual. Caso concreto: em ação penal originária que tramitava 
no TJ, o defensor foi intimado da sessão de julgamento, mas deixou de comparecer e 
de fazer a sustentação oral; não há nulidade. Intimada a defesa para a sessão de julga-
mento da ação penal originária, a ausência da sustentação oral prevista no art. 12 da 
Lei n. 8.038/90 não invalida a condenação. STF. 1ª Turma. HC 165534/RJ, rel. orig. Min. 
Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 3/9/2019 (Info 950).
Não há nulidade se o advogado do réu “A” foi devidamente intimado para o interrogatório 
dos demais corréus (“X”, “Y”, “Z”), mas decide não comparecer. STF. 2ª Turma. AO 2093/
RN, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 3/9/2019 (Info 950).
A participação de magistrado em julgamento de caso em que seu pai já havia atuado é 
causa de nulidade absoluta, prevista no art. 252, I, do CPP. STF. 2ª Turma. HC 136015/
MG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 14/5/2019 (Info 940).
1.3. nulidAdes em espécie
No art. 564 do CPP o legislador dispôs um rol exemplificativo de nulidades:
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I – por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II – por ilegitimidade de parte;
Incompetência
A incompetência ratione loci (territorial) possui natureza relativa, ao passo que as incom-
petências ratione materiae e ratione personae produzem nulidades absolutas.
Incompetência ratione loci: tem seu reconhecimento judicial, em tese, condicionado à 
existência de provocação da parte interessada
Incompetências ratione materiae e ratione personae: sendo normas de ordem pública, 
poderão ser declaradas por meio de arguição do interessado e de ofício pelo juiz.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
I – tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o 
terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade poli-
cial, auxiliar da justiça ou perito;
II – ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
III – tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a 
questão;
IV – ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o 
terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que forem entre si 
parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive.
Suspeição
Em regra, as causas de suspeição, contidas no art. 254 do CPP, são circunstâncias sub-
jetivas relacionadas a fatos externos ao processo capazes de prejudicar a imparcialidade do 
magistrado. Trata-se de causa de nulidade do processo, desde o primeiro ato em que houve 
intervenção do juiz suspeito.
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
I – se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II – se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato aná-
logo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III – se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar 
demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV – se tiver aconselhado qualquer das partes;
V – se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
VI – se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará pela disso-
lução do casamento que lhe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dis-
solvido o casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, 
o genro ou enteado de quem for parte no processo.
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou 
de propósito der motivo para criá-la.
Suborno do Juiz
Trata-se de nulidade absoluta, que pode gerar responsabilização penal tanto do juiz que 
recebeu a vantagem (corrupção, concussão ou, no mínimo, prevaricação) quanto de quem a 
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ofereceu. Qualquer vantagem que o juiz receba em proveito próprio ou alheio, tais como um 
emprego a um parente, favores sexuais etc.
Ilegitimidade da Parte
Legitimidade ad causam: refere-se à capacidade de figurar alguém no polo ativo ou no 
polo passivo da relação processual. Ex.: Oferecimento de denúncia pelo Ministério Público em 
crime de ação penal privada (ilegitimatio ad causam ativa).
Ilegitimidade ad processum: decorre da impossibilidade de estar alguém agindo em juízo 
em nome próprio ou de outrem. Ex.: ingresso de queixa-crime, em delito de ação penal pri-
vada, sem a juntada de instrumento de mandato confeccionado na forma do art. 44 do CPP.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
II – por ilegitimidade de parte;
Falta da denúncia, da queixa, da representação e da requisição do Ministro da Justiça: nos 
termos do art. 564, III, “a”, do CPP, a nulidade ocorrerá no caso de falta da denúncia, da queixa, 
da representação e, nos processos de contravenções penais, da portaria ou do auto de prisão 
em flagrante. Contudo, a parte final desse dispositivo não foi recepcionada pela Constituição 
Federal, devendo ser interpretada no sentido de que ocorrerá nulidade no caso de falta da de-
núncia, da queixa, da representação e da requisição do Ministro da Justiça.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria 
ou o auto de prisão em flagrante;
Ausência do exame de corpo de delito: nos termos do art. 158 do CPP, quando a infração 
deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não poden-
do supri-lo a confissão do acusado.
Em que pese essa revisão, o CPP, no art. 167, prevê a possibilidade de suprimento do referido 
exame pela prova testemunhal, na hipótese de haverem desaparecido os vestígios.
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Quanto ao número de peritos que devem subscrever o laudo, basta um perito oficial 
(art. 159, CPP). Não havendo peritos oficiais, o laudo poderá ser feito por dois peritos leigos.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
Ausência de nomeação de defensor ao acusado presente, que não o tiver, ou ao ausente, 
e de curador ao menor de 21 anos: é sabido que a indisponibilidade e a irrenunciabilidade da 
defesa técnica no âmbito processual penal, deve ser também plena e efetiva.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor 
de 21 anos (com o advento do Código Civil, 18 anos)
Não intervenção do Ministério Público:
• Falta de intervenção do Ministério Público nos crimes de ação penal pública: trata-se 
de causa de nulidade absoluta. Na hipótese de o órgão do Ministério Público ter sido 
regularmente notificado para a prática de determinado ato e, mesmo assim, deixar de 
intervir, tratando-se de atos instrutórios, a doutrina majoritária entende que se trata de 
mera nulidade relativa;
• Falta de intervenção do Ministério Público nos casos de ação penal privada subsidiária 
da pública: trata-se de causa de nulidade relativa, cujo reconhecimento está condicio-
nado à arguição em tempo oportuno e à comprovação do prejuízo.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da in-
tentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública;
Ausência de citação, do interrogatório do acusado e de concessão dos prazos à acusação 
e à defesa:
• Falta de citação do acusado para se ver processar: A falta da citação do réu é causa de 
nulidade absoluta. Contudo, se o acusado, apesar de não ter sido citado, comparecer ao 
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ato do interrogatório, fica sanado o vício decorrente da falta de citação. Vale dizer que, 
em regra, a citação deve ser feita pessoalmente. Não sendo possível a citação pessoal 
do réu em face de sua não localização, admite-se a citação por edital com prazo de 15 
dias. Verificando o oficial de justiça que o réu se oculta para não ser citado, deverá ele 
certificar essa ocorrência e proceder à citação com hora certa;
• Falta de interrogatório do acusado: o interrogatório é ato de defesa do acusado, sendo 
possível a este utilizar-se do direito ao silêncio, visto que, ao contrário da defesa técni-
ca, a autodefesa é plenamente renunciável;
• Não concessão de prazos à acusação e à defesa: cuida-se da não abertura ou redução, 
pelo juiz, dos prazos legais concedidos à acusação ou defesa. A nulidade poderá ser 
absoluta ou relativa, dependendo do caso concreto.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos con-
cedidos à acusação e à defesa;
Nulidade pela falta da sentença: trata-se de hipótese de difícil ocorrência, mas não impos-
sível. Nesse caso, por óbvio, trata-se de causa de nulidade absoluta.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
m) a sentença;
Nulidade pela ausência do recurso de ofício: prevalece a posição (Súmula 423, STF), no 
sentido de que o reexame necessário é condição de eficácia da decisão judicial nos casos em 
que a lei o estabelece.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
n) o recurso de ofício, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;
Nulidade pela ausência de intimação das partes quanto às decisões recorríveis: haverá 
nulidade na falta de intimação nas condições estabelecidas pela lei, para ciência das senten-
ças e despachos de que caiba recurso, de modo a preservar o contraditório.
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Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que 
caiba recurso;
Falta do quórum legal para o julgamento nos Tribunais Superiores e nos Tribunais de Jus-
tiça e Tribunais Regionais Federais.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quórum legal para o julgamento;
Nulidade em razão da inobservância de formalidade que constitua elemento essencial do 
ato: Formalidades essenciais são todas aquelas sem as quais o ato processual não pode ser 
considerado válido e eficaz.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
IV – por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
Nulidade em razão de decisão carente de fundamentação: trata-se de causa de nulidade 
adicionada pelo PACOTE ANTICRIME.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
V – em decorrência de decisão carente de fundamentação. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
Nulidades no procedimento do júri:
• Nulidade por falta ou invalidade da decisão de pronúncia: A pronúncia importa no re-
conhecimento de que é admissível a imputação de ter o réu praticado um crime doloso 
contra a vida, marcando o encerramento da primeira etapa (judicium acusationes) e 
inaugurando a segunda fase do rito do júri (judicium causae). Trata-se de condição 
obrigatória para submissão do acusado a Júri Popular;
Obs.: � a eloquência acusatória se dá quando o magistrado extrapola os limites da funda-
mentação na sentença de pronúncia, dando causa à nulidade da sentença, pois influi 
substancialmente no ânimo dos jurados
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• Falta de intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos 
estabelecidospela lei: as testemunhas de plenário, até o máximo de 5, deverão ser arro-
ladas pelas partes quando intimadas, após o trânsito em julgado da pronúncia. Assim, 
nos termos do art. 461 do CPP, acusação e defesa poderão proceder de duas formas:
 – Indicação de testemunhas com cláusula de imprescindibilidade: Trata-se da hipó-
tese em que a parte interessada, ao arrolar uma ou mais testemunhas, declara não 
precisar dos respectivos depoimentos. Nesse caso, deverá requerer a intimação das 
testemunhas consideradas imprescindíveis por mandado, a ser cumprido por oficial 
de justiça nos endereços que indicar. Se, devidamente intimadas, essas testemu-
nhas não comparecerem, caberá ao juiz-presidente adotar uma das seguintes provi-
dências: 1ª) Suspender os trabalhos e mandar conduzir imediatamente as testemu-
nhas faltosas; 2ª) Adiar o julgamento para o primeiro dia desimpedido, ordenando, 
igualmente, a condução coercitiva das testemunhas que, injustificadamente, não se 
fizeram presentes;
• Indicação de testemunhas sem cláusula de imprescindibilidade: nesse caso, se reque-
rida a intimação das testemunhas pelo interessado e se, apesar de adotadas pelo juízo 
as providências necessárias a essa intimação, deixarem elas de comparecer à sessão, 
o julgamento não será adiado, ficando sob a discricionariedade do juiz-presidente or-
denar ou não a condução coercitiva.
Por outro lado, havendo requerimento das partes, o juiz deverá adotar as providências ne-
cessárias à intimação da testemunha. A ausência das medidas necessárias a essa intimação 
importará em nulidade processual.
Nulidade pela ausência do quórum mínimo de 15 jurados para a constituição do Conselho de 
Sentença: ausente este quórum, deverá o magistrado, sob pena de nulidade absoluta, adiar o júri.
Nulidade pela ausência de sorteio de sete jurados para composição do Conselho de 
Sentença.
Nulidade pela inobservância do comando legal de incomunicabilidade entre os jurados.
Nulidade na formulação dos quesitos aos jurados: esgotados os debates, o  juiz-presi-
dente procederá à leitura dos quesitos que serão submetidos ao Conselho de Sentença para 
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votação. Quanto aos quesitos da acusação, serão formulados a partir dos limites atribuídos 
na decisão de pronúncia. Por outro lado, no que tange aos quesitos da defesa, devem guardar 
correspondência com todas as teses incorporadas ao processo.
Nulidade pela ausência da acusação e da defesa, na sessão de julgamento.
1.4. Arguição dAs nulidAdes
O art. 571 do CPP dispõe acerca do tempo de arguição das nulidades, utilizando dois cri-
térios: a natureza do procedimento e a fase em que ocorre o vício.
Arguição das nulidades relativas ao Tribunal do Júri:
• Nulidades ocorridas até o encerramento da instrução deverão ser arguidas em sede 
de alegações orais: as nulidades relativas ocorridas até o encerramento da instrução 
deverão ser arguidas em sede de alegações orais. Quanto às nulidades absolutas, sa-
be-se que poderão ser suscitadas a qualquer tempo;
Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas:
I – as da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a que se refere o 
art. 406;
• Nulidades ocorridas na fase posterior à pronúncia e antes do júri deverão ser invocadas 
logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes: no caso de a nulidade 
relativa ocorrer na decisão de pronúncia, deverá ser arguida mediante a interposição de 
recurso em sentido estrito contra essa decisão (art. 581, IV, do CPP);
Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas:
V – as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas 
as partes (art. 447);
• Nulidades ocorridas no curso do julgamento pelo júri deverão ser suscitadas logo de-
pois que ocorrerem. Ex.: violação ao art.  478 do CPP, que proíbe às partes fazerem 
referência, durante os debates, à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que 
julgaram admissível a acusação ou à determinação do uso de algemas, bem como ao 
silêncio do acusado ou à ausência de seu interrogatório;
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Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas:
VIII – as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo depois de ocorrerem.
• Nulidades ocorridas após a decisão de primeira instância deverão ser invocadas em 
preliminares de razões recursais ou logo depois de anunciado o julgamento da impug-
nação pelo tribunal competente e apregoadas as partes: tanto as nulidades relativas 
anteriores, como as posteriores à decisão de primeira instância, poderão integrar as 
preliminares das razões recursais, desde que, arguidas em tempo certo, não tenham 
sido atingidas pela preclusão;
Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas:
VII – se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso ou logo depois de 
anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as partes;
• Nulidades no julgamento do recurso pelo tribunal competente deverão ser suscitadas 
logo depois que ocorrerem.
Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas:
VIII – as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo depois de ocor-
rerem.
Nulidades relativas aos procedimentos especial e comum:
• Procedimento comum:
 – Procedimento comum ordinário (art. 394, § 1º, I): aplicável aos crimes cuja sanção 
máxima cominada for IGUAL OU SUPERIOR a 4 anos de pena privativa de liberdade;
 – Procedimento comum sumário (art. 394, § 1º, II): aplicável aos crimes cuja sanção 
máxima cominada seja INFERIOR a 4 anos de pena privativa de liberdade;
 – Procedimento comum sumaríssimo (art. 394, § 1º, III): destinado às infrações pe-
nais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.
 – Procedimentos especiais: trata-se dos procedimentos previstos para apuração de 
determinadas espécies de crimes. Ex.: Lei de Drogas, rito do júri etc.
Tempo máximo de arguição das nulidades relativas no rito ordinário (crimes cuja pena 
máxima cominada for IGUAL OU SUPERIOR a 4 anos de prisão): trata-se do rito padrão, cujas 
disposições são aplicadas aos demais procedimentos de forma subsidiária.
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Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas:
II – as da instrução criminal dos processos de competência do juiz singular e dos processos es-
peciais, salvo os dos Capítulos V e VII do Título II do Livro II, nos prazos a que se refere o art. 500;
Tempo máximo de arguição das nulidades relativas no rito sumário (crimes cuja pena má-
xima cominada seja INFERIOR a 4 anosde prisão):
Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas:
VII – se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso ou logo depois de 
anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as partes;
Nulidades no julgamento do recurso pelo tribunal competente deverão ser suscitadas logo 
depois que ocorrerem: Trata-se das nulidades relativas que ocorram durante a sessão de julga-
mento levada a efeito pelo órgão colegiado do tribunal que estiver apreciando o recurso interposto.
Art. 571. As nulidades deverão ser arguidas:
VIII – as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo depois de ocorrerem.
Tempo máximo de arguição das nulidades relativas nos procedimentos especiais que 
adotem as normas relativas ao procedimento ordinário: nos procedimentos que contenham a 
referência às normas do rito ordinário, as nulidades relativas deverão ser arguidas nas mes-
mas oportunidades adequadas àquele rito. Ex.: rito dos crimes funcionais.
Nulidades no inquérito policial: considerando ser o inquérito policial mera peça informati-
va, eventuais vícios dele constantes não têm o condão de contaminar o processo penal a que 
der origem. Assim, em caso de eventual irregularidade em ato praticado no curso do inquérito, 
mostra-se inviável a anulação do processo penal subsequente. Isso porque as nulidades pro-
cessuais referem-se, tão somente, aos defeitos de ordem jurídica que afetam os atos pratica-
dos ao longo do processo penal condenatório
É nulo o interrogatório travestido de entrevista realizado pela autoridade policial com o 
investigado, durante a busca e apreensão em sua residência, sem assistência de advo-
gado e sem a comunicação de seus direitos. É nula a “entrevista” realizada pela autori-
dade policial com o investigado, durante a busca e apreensão em sua residência, sem 
que tenha sido assegurado ao investigado o direito à prévia consulta a seu advogado e 
sem que ele tenha sido comunicado sobre seu direito ao silêncio e de não produzir provas 
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contra si mesmo. Trata-se de um “interrogatório travestido de entrevista”, havendo vio-
lação do direito ao silêncio e à não autoincriminação. STF. 2ª Turma. Rcl 33711/SP, Rel. 
Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/6/2019 (Info 944).
Enunciados de súmulas jurisprudência nulidades do STF:
Súmula n. 155, STF
É relativa à nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de preca-
tória para inquirição de testemunha.
Súmula n. 156, STF
É absoluta a nulidade do julgamento, pelo júri, por falta de quesito obrigatório.
Súmula n. 160, STF
É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da 
acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.
Súmula n. 162, STF
É Absoluta a nulidade do julgamento pelo júri, quando os quesitos da defesa não prece-
dem aos das circunstâncias agravantes.
Súmula n. 206, STF
É nulo o julgamento ulterior pelo júri com a participação de jurado que funcionou em jul-
gamento anterior do mesmo processo.
Súmula n. 351, STF
É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da federação em que o juiz 
exerce a sua jurisdição.
Súmula n. 361, STF
No processo penal, é nulo o exame realizado por um só perito, considerando-se impe-
dido o que tiver funcionado, anteriormente, na diligência de apreensão.
Súmula n. 366, STF
Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não trans-
creva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia.
Súmula n. 423, STF
Não transita em julgado a sentença por haver omitido o recurso “ex officio”, que se con-
sidera interposto “ex lege”.
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Obs.: � deve ser feita, contudo, uma observação: o reexame necessário não possui natureza 
jurídica de recurso. É  tecnicamente incorreto denominar o instituto de “recurso ex 
officio”, “recurso de ofício” ou “recurso obrigatório”. Tais nomenclaturas estão, atual-
mente, superadas.
Súmula n. 706, STF
É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.
Súmula n. 707, STF
Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao 
recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor 
dativo.
Súmula n. 708, STF
É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do 
único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.
Súmula n. 712, STF
É nula a decisão que determina o desaforamento de processo da competência do júri 
sem audiência da defesa.
2. recursos
DOS RECURSOS EM GERAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 574. Os recursos serão voluntários, excetuando-se os seguintes casos, em que deverão ser 
interpostos, de ofício, pelo juiz:
I – da sentença que conceder habeas corpus;
II – da que absolver desde logo o réu com fundamento na existência de circunstância que exclua o 
crime ou isente o réu de pena, nos termos do art. 411.
Art. 575. Não serão prejudicados os recursos que, por erro, falta ou omissão dos funcionários, não 
tiverem seguimento ou não forem apresentados dentro do prazo.
Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou pelo querelante, ou pelo réu, 
seu procurador ou seu defensor.
Parágrafo único. Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que não tiver interesse na reforma 
ou modificação da decisão.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Art. 578. O recurso será interposto por petição ou por termo nos autos, assinado pelo recorrente 
ou por seu representante.
§ 1º Não sabendo ou não podendo o réu assinar o nome, o termo será assinado por alguém, a seu 
rogo, na presença de duas testemunhas.
§ 2º A petição de interposição de recurso, com o despacho do juiz, será, até o dia seguinte ao último 
do prazo, entregue ao escrivão, que certificará no termo da juntada a data da entrega.
§3º Interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por dez a trinta dias, fará 
conclusos os autos ao juiz, até o dia seguinte ao último do prazo.
Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso 
por outro.
Parágrafo único. Se o juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela par-
te, mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível.
Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto 
por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, apro-
veitará aos outros.
O recurso é uma ferramenta processual voluntária, previsto em lei federal, utilizado 
antes da preclusão e na mesma relação jurídica processual, objetivando a reforma, a inva-
lidação, a integração ou o esclarecimento da decisão judicial impugnada. Pode-se extrair 
as características.
2.1. clAssificAções
Quanto à Obrigatoriedade
Recurso voluntário: manifestação de vontade da parte para recorrer da decisão, sob pena 
de preclusão da decisão judicial. É a regra no sistema processual brasileiro. Ex.: apelação.
Reexame necessário: o conceito de recurso e uma forma imprópria, porque falta o pressu-
posto de voluntariedade. A própria lei obriga à revisão da decisão judicial como condição para 
o trânsito em julgado. Ex.: sentença de absolvição ou decisão de arquivamento dos autos do 
IP nos crimes contra a economia popular.
Quanto às Fontes Informativas
Recursos constitucionais: são aqueles que têm as suas hipóteses de cabimento previstas 
na Constituição Federal. Ex.: recurso extraordinário (art. 102, III, da CF), especial (art. 105, III, 
da CF) e ordinário (arts. 102, II, e 105, II, ambos da CF).
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Recursos legais: são os previstos no CPP e na legislação processual especial. Ex.: apela-
ção, recurso em sentido estrito.
Quanto aos Pressupostos de Admissão
Recursos genéricos: inconformismo da parte, sem exigir requisitos específicos para o seu 
cabimento. Ex.: contra a sentença condenatória é cabível a apelação, não sendo necessário 
nenhum pressuposto especial.
Recursos específicos: exige requisitos próprios para sua interposição, além dos pressu-
postos normais. Ex.: o recurso especial, que exige o prequestionamento da matéria debatida; 
e o recurso extraordinário, que exige o prequestionamento e a demonstração da repercussão 
geral da matéria constitucional nele versada (art. 102, § 3º, da Constituição Federal).
Quanto à Motivação
Recursos ordinários: são recursos que admitem qualquer espécie de argumentação. As-
sim, podem ser analisadas tanto as provas, quanto temas jurídicos. Ex.: apelação.
Recursos extraordinários: nesse aqui há limitações quanto à argumentação a ser utiliza-
da. Ex.: recursos especial e extraordinário, que não serão admitidos caso invocados a aspec-
tos relativos à prova dos autos (Súmulas 07 do STJ e 279 do STF, respectivamente).
2.2. princípios
Duplo grau de jurisdição (CF, art. 5º, LV).
Princípio da taxatividade.
Princípio da unirrecorribilidade.
Princípio da fungibilidade (art. 579, CPP).
Princípio da convolação.
Princípio da voluntariedade dos recursos (art. 574, CPP).
Princípio da non reformatio in pejus (não se admite que a situação seja piorada em razão 
do julgamento do seu próprio recurso).
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Princípio da dialeticidade (a petição deve conter os fundamentos de fato e de direito que 
embasam o inconformismo do recorrente).
Princípio da complementariedade.
Princípio da variabilidade (pode interpor outro recurso em substituição ao já interposto, 
desde que no prazo).
Princípio da colegialidade (julgamento proferido por colegiado).
2.3. efeitos
Efeito obstativo (impede a geração de preclusão temporal, com o consequente trânsito 
em julgado).
Devolutivo (tantum devolutum quantum appelatum – devolve ao órgão jurisdicional o co-
nhecimento da matéria impugnada, com o objetivo da reforma, invalidação, integração ou 
esclarecimento da decisão impugnada).
Efeito regressivo, iterativo ou diferido (devolução da matéria impugnada para fins de ree-
xame ao mesmo órgão jurisdicional que prolatou a decisão recorrida, o próprio juízo a quo, dá 
ensejo ao juízo de retratação.)
Efeito extensivo (estende-se a todos o resultado favorável do recurso interposto, caso se 
estejam na mesma situação jurídica).
Efeito substitutivo (o julgamento proferido pelo juízo ad quem substituirá a decisão 
impugnada no que tiver sido objeto do recurso, ainda que seja negado provimento à im-
pugnação).
Efeito translativo (devolução ao juízo ad quem de toda matéria não atingida pela preclu-
são. Por ele, o órgão ad quem pode conhecer matéria que não foi objeto da pretensão recursal. 
Ex. nada impede que o Tribunal conheça de nulidades absolutas não suscitadas. O Tribunal 
não pode conhecer de ofício nulidades absolutas que prejudiquem a defesa e que não foram 
suscitadas pela acusação, afastando-se assim a translatividade).
Efeito dilatório-procedimental (com a instauração da instância recursal, haverá amplia-
ção do rito procedimental).
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É possível a interposição de recurso por e-mail com a apresentação do original em 5 
dias, nos termos da Lei 9800/99? É possível a interposição de recurso por e-mail, com a 
apresentação do original em 5 dias, nos termos da Lei n. 9.800/99? • SIM. Há um julgado 
da 1ª Turma do STF no qual se decidiu ser possível, mas com algumas particularidades 
do caso concreto. STF. 1ª Turma. HC 121225 ED, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 
15/05/2018. • NÃO. É a posição consolidada no STJ. O envio de petição ao Tribunal via 
e-mail não configura meio eletrônico equiparado a fac-símile para fins de aplicação do 
disposto no art. 1º da Lei n. 9.800/99, não tendo, portanto, o condão de estender o prazo 
para a entrega da petição original. STJ. 1ª Turma. AgInt no AREsp 1216048/RJ, Rel. Min. 
Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 15/04/2019. STJ. 3ª Turma. AgInt no AREsp 
1334013/RJ, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 03/12/2018. STJ. 5ª Turma. AgRg no 
AREsp 1295788/RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 14/05/2019.
Inexistência de reformatio in pejus na manutenção da condenação, mas com base em 
fundamentos diversos da sentença. Não caracteriza reformatio in pejus a decisão de tri-
bunal de justiça que, ao julgar recurso de apelação exclusivo da defesa, mantém a repri-
menda aplicada pelo magistrado de primeiro grau, porém com fundamentos diversos 
daqueles adotados na sentença. Não viola o princípio da proibição da reformatioin pejus 
a reavaliação das circunstâncias judiciais em recurso de apelação penal, no âmbito do 
efeito devolutivo, desde que essa não incorra em aumento de pena. Não há falar em 
reformatio in pejus se os motivos expendidos pelo julgador em sede de apelação exclu-
siva da defesa não representaram advento de situação mais gravosa para o réu. STF. 
1ª Turma. RHC 119149/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 10/2/2015 (Info 774). STF. 
1ª Turma. HC 126457/PA, Rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de 
Moraes, julgado em 6/11/2018 (Info 922). Esse é também o entendimento do STJ: STJ. 
5ª Turma. HC 330.170/RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/09/2016.
Caracteriza erro grosseiro a interposição de apelação contra decisão que desclassifi-
cou o crime determinando a remessa dos autos ao Juizado Especial Criminal. Logo, se 
a parte interpôs apelação, em vez de RESE, não pode ser aplicado o princípio da fungi-
bilidade. STJ. 6ª Turma. REsp 611877-RR, Rel. originário Min. Og Fernandes, Rel. para 
acórdão Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 17/4/2012.
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3. recursos em espécie
3.1. recurso em sentido estrito
DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
I – que não receber a denúncia ou a queixa;
II – que concluir pela incompetência do juízo;
III – que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei n. 11.689, de 2008)
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de pri-
são preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Reda-
ção dada pela Lei n. 7.780, de 22.6.1989)
VI – (Revogado pela Lei n. 11.689, de 2008)
VII – que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII – que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;
IX – que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da puni-
bilidade;
X – que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI – que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII – que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII – que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV – que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV – que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI – que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial;
XVII – que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII – que decidir o incidente de falsidade;
XIX – que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado;
XX – que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI – que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII – que revogar a medida de segurança;
XXIII – que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação;
XXIV – que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
XXV  – que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto no 
art. 28-A desta Lei. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)
Art. 582. Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação, salvo nos casos dos ns. V, X e XIV.
Parágrafo único. O recurso, no caso do no XIV, será para o presidente do Tribunal de Apelação.
Art. 583. Subirão nos próprios autos os recursos:
I – quando interpostos de ofício;
II – nos casos do art. 581, I, III, IV, VI, VIII e X;
III – quando o recurso não prejudicar o andamento do processo.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art774
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art581
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Parágrafo único. O  recurso da pronúncia subirá em traslado, quando, havendo dois ou mais 
réus, qualquer deles se conformar com a decisão ou todos não tiverem sido ainda intimados da 
pronúncia.
Art. 584. Os recursos terão efeito suspensivo nos casos de perda da fiança, de concessão de livra-
mento condicional e dos ns. XV, XVII e XXIV do art. 581.
§ 1º Ao recurso interposto de sentença de impronúncia ou no caso do no VIII do art. 581, aplicar-
-se-á o disposto nos arts. 596 e 598.
§ 2º O recurso da pronúncia suspenderá tão-somente o julgamento.
§ 3º O recurso do despacho que julgar quebrada a fiança suspenderá unicamente o efeito de perda 
da metade do seu valor.
Art. 585. O réu não poderá recorrer da pronúncia senão depois de preso, salvo se prestar fiança, nos 
casos em que a lei a admitir.
Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias, contado da data da publicação 
definitiva da lista de jurados.
Art. 587. Quando o recurso houver de subir por instrumento, a parte indicará, no respectivo termo, 
ou em requerimento avulso, as peças dos autos de que pretenda traslado.
Parágrafo único. O traslado será extraído, conferido e concertado no prazo de cinco dias, e dele 
constarão sempre a decisão recorrida, a certidão de sua intimação, se por outra forma não for pos-
sível verificar-se a oportunidade do recurso, e o termo de interposição.
Art. 588. Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso, ou do dia em que o escrivão, 
extraído o traslado, o fizer com vista ao recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será 
aberta vista ao recorrido por igual prazo.
Parágrafo único. Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa do defensor.
Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro de 
dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados 
que lhe parecerem necessários.
Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples petição, 
poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste 
caso, independentemente de novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em trasla-
do.
Art. 590. Quando for impossível ao escrivão extrair o traslado no prazo da lei, poderá o juiz prorro-
gá-lo até o dobro.
Art. 591. Os recursos serão apresentados ao juiz ou tribunal ad quem, dentro de cinco dias da pu-
blicação da resposta do juiz a quo, ou entregues ao Correio dentro do mesmo prazo.
Art. 592. Publicada a decisão do juiz ou do tribunal ad quem, deverão os autos ser devolvidos, den-
tro de cinco dias, ao juiz a quo.
O recurso em sentido estrito RESE – visa à impugnaçãode decisões interlocutórias. Con-
tudo, seu cabimento é restrito às hipóteses estritamente previstas em lei (CPP, art. 581), não 
sendo possível equipará-lo ao agravo de instrumento do processo civil para possibilitar sua 
interposição contra toda e qualquer decisão incidental no processo.
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Depois da Lei n. 13.964/2019 – Pacote Anticrime
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
XXV – que recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal, previsto no 
art. 28-A desta Lei. (NR)
3.1.1. Procedimento
Prazo: em regra, o RESE deverá ser interposto no prazo de 5 dias (art. 586 do CPP). Esse 
prazo, entretanto, é excepcionado em duas situações:
• Art. 581, XIV: refere-se ao recurso da lista geral de jurados, que deverá ser protocolado 
no prazo de 20 dias, contados da publicação da lista definitiva (art. 586, parágrafo único);
• Recurso do assistente de acusação não previamente habilitado em relação à extinção 
da punibilidade do réu: deverá ser interposto no prazo de 15 dias, contados a partir do 
final do prazo do Ministério Público (art. 584, § 1º, c/c o art. 598, parágrafo único).
Forma: poderá ser interposto tanto por petição como por termo nos autos. Já que as ra-
zões não precisam, necessariamente, estar acostadas no ato de interposição, poderá o recor-
rente apresentá-las posteriormente, no prazo de 2 dias, nos termos do art. 588 do CPP.
Processamento: apresentadas (ou não) as razões, os  autos retomarão ao juízo a quo, 
para fins de possível retratação da decisão impugnada (CPP, art. 589, caput). Se o magistrado 
confirmar sua decisão, deve determinar a remessa do recurso ao juízo ad quem. Caso haja a 
retratação, a parte prejudicada poderá, por simples petição, recorrer contra a nova decisão, 
mas desde que também seja cabível RESE contra ela, hipótese em que não se admitirá nova 
modificação do teor do decisum. Neste caso, o recurso será remetido ao Tribunal competen-
te, independentemente da apresentação de novas razões recursais (CPP, art. 589, parágrafo 
único).
3.1.2. Efeitos
Efeito devolutivo: sempre.
Efeito suspensivo: é excepcional. Só nas hipóteses do art. 584:
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• perda de fiança;
• decisão que denegue a apelação ou a julgue deserta;
• decisão que julga quebrada a fiança, pronúncia.
Efeito extensivo: pode beneficiar quem não recorreu, desde que a tese seja comum.
Efeito iterativo: retratação. Se o juiz não se retratar o Tribunal converterá o julgamento em 
diligência, devolvendo os autos para a retratação.
3.2. ApelAção
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação dada pela Lei n. 263, de 23.2.1948)
I – das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; (Redação 
dada pela Lei n. 263, de 23.2.1948)
II – das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não 
previstos no Capítulo anterior; (Redação dada pela Lei n. 263, de 23.2.1948)
III – das decisões do Tribunal do Júri, quando: (Redação dada pela Lei n. 263, de 23.2.1948)
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; (Redação dada pela Lei n. 263, de 23.2.1948)
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; (Redação 
dada pela Lei n. 263, de 23.2.1948)
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; (Redação 
dada pela Lei n. 263, de 23.2.1948)
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. (Incluído pela Lei n. 263, 
de 23.2.1948)
§ 1º Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir das respostas dos 
jurados aos quesitos, o  tribunal ad quem fará a devida retificação. (Incluído pela Lei n. 263, de 
23.2.1948)
§ 2º Interposta a apelação com fundamento no n. III, c, deste artigo, o tribunal ad quem, se lhe der 
provimento, retificará a aplicação da pena ou da medida de segurança. (Incluído pela Lei n. 263, de 
23.2.1948)
§ 3º Se a apelação se fundar no n. III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que 
a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para 
sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação. 
(Incluído pela Lei n. 263, de 23.2.1948)
§ 4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que so-
mente de parte da decisão se recorra. (Parágrafo único renumerado pela Lei n. 263, de 23.2.1948)
Art. 594. (Revogado pela Lei n. 11.719, de 2008).
Art. 595. (Revogado pela Lei n. 12.403, de 2011).
Art. 596. A apelação da sentença absolutória não impedirá que o réu seja posto imediatamente em 
liberdade. (Redação dada pela Lei n. 5.941, de 22.11.1973)
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Parágrafo único. A apelação não suspenderá a execução da medida de segurança aplicada provi-
soriamente. (Redaçãodada pela Lei n. 5.941, de 22.11.1973)
Art. 597. A apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo, salvo o disposto no art. 393, 
a aplicação provisória de interdições de direitos e de medidas de segurança (arts. 374 e 378), e o 
caso de suspensão condicional de pena.
Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não 
for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas 
enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apela-
ção, que não terá, porém, efeito suspensivo.
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de quinze dias e correrá do dia em 
que terminar o do Ministério Público.
Art. 599. As apelações poderão ser interpostas quer em relação a todo o julgado, quer em relação 
a parte dele.
Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o apelado terão o prazo de oito 
dias cada um para oferecer razões, salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será de 
três dias.
§ 1º Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de três dias, após o Ministério Público.
§ 2º Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o Ministério Público terá vista dos autos, no 
prazo do parágrafo anterior.
§ 3º Quando forem dois ou mais os apelantes ou apelados, os prazos serão comuns.
§ 4º Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a apelação, que deseja arrazoar 
na superior instância serão os autos remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às par-
tes, observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial. (Incluído pela Lei 
n. 4.336, de 1º.6.1964)
Art.  601. Findos os prazos para razões, os  autos serão remetidos à instância superior, com as 
razões ou sem elas, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo no caso do art. 603, segunda parte, em que o 
prazo será de trinta dias.
§ 1º Se houver mais de um réu, e não houverem todos sido julgados, ou não tiverem todos apelado, 
caberá ao apelante promover extração do traslado dos autos, o qual deverá ser remetido à instân-
cia superior no prazo de trinta dias, contado da data da entrega das últimas razões de apelação, ou 
do vencimento do prazo para a apresentação das do apelado.
§ 2º As despesas do traslado correrão por conta de quem o solicitar, salvo se o pedido for de réu 
pobre ou do Ministério Público.
Art. 602. Os autos serão, dentro dos prazos do artigo anterior, apresentados ao tribunal ad quem ou 
entregues ao Correio, sob registro.
Art. 603. A apelação subirá nos autos originais e, a não ser no Distrito Federal e nas comarcas que 
forem sede de Tribunal de Apelação, ficará em cartório traslado dos termos essenciais do processo 
referidos no art. 564, n. III.
É o recurso ordinário por natureza, com ampla devolutividade, por permitir ao juízo ad 
quem, quando interposta contra sentença de mérito proferida por juiz singular, o  reexame 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L5941.htm#art596
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art393
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art374
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art378
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4336.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1950-1969/L4336.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689Compilado.htm#art603
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integral das questões suscitadas no 1º grau e que funciona como expressão do duplo grau 
de jurisdição, permitindo a impugnação das sentenças condenatórias ou absolutórias e das 
decisões definitivas ou com força de definitivas, nas hipóteses legalmente apresentadas.
Juízo rescindente: o tribunal rescinde a decisão de 1º grau, eliminando-a.
Juízo rescisório: o acórdão do tribunal substitui a sentença do juízo de 1º grau.
3.2.1. Procedimento
Prazo: a apelação deve ser interposta, em regra, no prazo de 5 dias. Exceções:
• Apelação do assistente de acusação, quando não previamente habilitado, em relação 
à sentença condenatória ou absolutória: prazo de 15 dias, contados a partir do final do 
prazo do Ministério Público, nos termos do art. 598, parágrafo único, do CPP;
• Apelação cabível no âmbito da Lei 9.099/1995: deve ser interposta já com as razões no 
prazo de 10 dias (art. 82).
Forma: a apelação pode ser interposta por petição ou por termo nos autos (CPP, art. 587, 
caput). Após, os autos serão conclusos ao magistrado para o juízo de admissibilidade. Dene-
gada a apelação, será cabível recurso em sentido estrito (CPP, art. 581, XV). Tratando-se de 
recurso em que as razões não precisam acompanhar a interposição, pode o apelante optar 
entre desde já oferecê-las ou apresentar em momento posterior (arts. 593 e 600 do CPP). 
Nesse último caso, o prazo para o oferecimento dessas razões será de 8 dias.
3.2.2. Efeitos
Devolutivo: sempre.
Extensivo: pode haver, desde que a apelação seja fundada em motivos que não sejam de 
caráter exclusivamente pessoal.
Suspensivo: depende:
• Sentença absolutória própria: não é dotada de efeito suspensivo. Acusado é imediata-
mente posto em liberdade;
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• Sentença absolutória imprópria e sentença condenatória: aqui há efeito suspensivo in-
direto, ou seja, o acusado só pode ser preso ou cumprir medida de segurança após o 
trânsito em julgado. Nada impede que haja a internação provisória do acusado ou sua 
prisão cautelar, desde que preenchidos os requisitos legais;
• Sentença condenatória: acusado só pode ser preso após trânsito em julgado da deci-
são condenatória.
O PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS RECURSOS EM SENTIDO ESTRITO
E DAS APELAÇÕES, NOS TRIBUNAIS DE APELAÇÃO
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras 
ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária. 
(Redação dada pela Lei n. 1.720-B, de 3.11.1952)
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, 
admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, 
a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos 
serão restritos à matéria objeto de divergência. (Incluído pela Lei n. 1.720-B, de 3.11.1952)
Art. 610. Nos recursos em sentido estrito, com exceção do de habeas corpus, e nas apelações 
interpostas das sentenças em processo de contravenção ou de crime a que a lei comine pena de 
detenção, os autos irão imediatamente com vista ao procurador-geral pelo prazo de cinco dias, e, 
em seguida, passarão, por igual prazo, ao relator, que pedirá designação de dia para o julgamento.
Parágrafo único. Anunciado o julgamento pelo presidente, e apregoadas as partes, com a presença 
destas ou à sua revelia, o relator fará a exposição do feito e, em seguida, o presidente concederá, 
pelo prazo de 10 (dez) minutos, a palavra aos advogados ou às partes que a solicitarem e ao pro-

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