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Técnicas cirúrgicas complicações relacionadas à raquianestesia Aluno: Wathyson alex de mendonça santos 1 1 Hipotensão Evento esperado e frequente Ocorre por vasodilatação periférica e baixo débito cardíaco Relação direta com a extensão do bloqueio na coluna vertebral Fatores, como: idade, volume abdominal, hipo e hipertensão arterial prévia interferem na hipotensão. Verificar pressão 1/1 minuto nos 10 minutos iniciais e 2/2 minutos nos 10 minutos seguintes Queda da PA durante a instalação do bloqueio: 10 a 15% Limite aceitável de 30% para adultos e 20% para idosos complicações imediatas do bloqueio subaracnóideo 2 2 Bradicardia Geralmente precede a parada cardíaca Tratamento: uso de atropina, efedrina e adrenalina Parada cardíaca: deve-se iniciar adrenalina e seguir o protocolo do suporte avançado de vida em cardiologia (ACLS) complicações imediatas do bloqueio subaracnóideo 3 3 Raquianestesia total Ocorre quando grandes quantidades de AL são injetados no espaço subaracnóideo A difusão cranial do AL leva à: depressão respiratória, hipotensão grave e inconsciência Tratamento: sintomático (aparecem em minutos) Deve-se iniciar IOT e a infusão de líquidos e vasopressores Duração do evento: depende da dose (1-2 horas – 12 horas [assistência ventilatória]) Não há sequelas após o reestabelecimento do quadro normal complicações imediatas do bloqueio subaracnóideo 4 4 complicações tardias do bloqueio subaracnóideo Cefaleia pós-punção da dura-máter Incidência de 25% após raquianestesia e deixa o paciente incapaz de realizar suas atividades diárias Sintomatologia: cefaleia importante quando eleva e desaparece com o decúbito dorsal Causa: perda de LCR baixa pressão do LCR tração nas raízes nervosas e nas estruturas intracranianas quando em pé Dor: tentativa de manter um volume intracraniano normal ▲ do fluxo sanguíneo cerebral em resposta a baixa pressão do LCR Tração de nervo intracraniano diplopia e zumbido, podendo estar associados à náuseas e vômitos. Tratamento: fluidos, cafeína, repouso, analgésicos, sumatripano e hormônio ACTH Resolução em 1 a 6 semanas espontaneamente Persistência: utilização do tampão sanguíneo (blood patch) Eficácia de 95% na população geral Coleta o sangue da pessoa e punciona no local onde foi feita a primeira punção 5 complicações tardias do bloqueio subaracnóideo Lesões neurológicas progressivas e permanente (Síndrome da cauda equina) Começa com: queixas de analgesia no períneo, dores e parestesias nos MMII associadas à paresia, paraparesia ou paraplegia dos membros Associada a disfunção vesical e retal incontinência urinária Causas: traumáticas (injeção intraneural e punção traumática) ou tóxicas (contaminação do LCR ou efeito neurotóxico) Prevenção: aspiração do LCR antes e depois da injeção anestésica Caso não possa ser aspirado: não injetar a dose completa de anestésico. Na avaliação do bloqueio sacral é importante documentar a distribuição do AL Caso haja necessidade de injetar mais AL, a mudança do tipo do anestésico previne a síndrome 6 complicações tardias do bloqueio subaracnóideo Lesões neurológicas progressivas e permanente (Aracnoidite adesiva) Manifestação: diminuição da força motora e alterações de sensibilidade em MMII e no períneo Início lento: dias ou semanas após o bloqueio Pode causar paraplegia completa ou até a morte Causas: infecção local, sangue venoso no espaço subcarac.,, presença de antioxidantes na solução, punção dural traumática Promove uma reação proliferativa das meninges que formam trabéculas no espaço subaracnóideo à deformidade das raízes nervosas e obliteração do canal medular = obstrução do fluxo de LCR e comprometimento do suprimento sanguíneo da medula 7 complicações tardias do bloqueio subaracnóideo Lesões neurológicas progressivas e permanente (Meningite) Ocasionada principalmente pela contaminação bacteriana e pela infecção do paciente ou flora oral de qualquer pessoa sem máscara que esteja atrás do paciente durante o bloqueio Constitui uma emergência clínica: início 48 horas após o bloqueio Terapia antimicrobiana pode retardar seu crescimento Meningite asséptica: início nas primeiras 24 horas após o bloqueio Curso benigno e autolimitado com duração de até 7 dias Causa: contaminação de seringas com detergentes Confirma-se o diagnóstico pela ausência de microrganismo à microscopia óptica aliada a uma cultura negativa do LCR 8 Considerações visando evitar complicações Manter cuidado com a esterilização do material Assegurar que todos os participantes do ato anestésico estejam de máscara Usar a menor dose eficiente de anestésico local, Avaliar cuidadosamente os parâmetros de coagulação Reavaliar com cautela o resultado do bloqueio neuroaxial antes de fazer nova injeção Evitar grandes injeções e doses repetidas de anestésico Não injetar soluções com conservantes 9 Fonte: hsemper.com.br 9 Referências MANICA, J. Anestesiologia: princípios e técnicas, 4ª Ed., Porto Alegre: Artmed, 2018 10 10
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