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Tópicos de conjuntos e funções - lista 1 Prof. Ivaldo Nunes Exerćıcio 1. Sejam P1, P2, Q1, Q2 propriedades referentes a elementos de um conjunto- universo U . Suponha que P1 e P2 esgotam todos os casos posśıveis (ou seja, um elemento qualquer de U ou tem a propriedade P1 ou tem P2). Suponha ainda que Q1 e Q2 são incompat́ıveis (isto é, excluem-se mutuamente). Suponha, finalmente, que P1 ⇒ Q1 e P2 ⇒ Q2. Prove que valem as rećıprocas: Q1 ⇒ P1 e Q2 ⇒ P2. Exerćıcio 2. Expressões tais como “para todo” e “qualquer que seja” são chamadas de quantificadores e aparecem em sentenças dos tipos: (1) “Para todo x, é satisfeita a condição P (x)” (2) “Existe algum x que satisfaz P (x)”, onde P (x) é uma condição envolvendo a variável x. (a) Sendo A o conjunto de todos os objetos x (de um certo conjunto universo U) que satisfazem a condição P (x), escreva as sentenças (1) e (2) acima, usando a linguagem de conjuntos. (b) Quais são as negações de (1) e (2)? Escreva cada uma destas negações usando conjuntos e compare com as sentenças obtidas em (a). (c) Para cada sentença abaixo, diga se ela é verdadeira ou falsa e forme a sua negação: – Existe um número real x tal que x2 = −1. – Para todo inteiro n, vale n2 > n. – Para todo número real x, tem-se x > 1 ou x2 < 1. – Para todo número real x existe um número real n tal que n > x. – Existe um número real n tal que, para todo x, tem-se n > x. Exerćıcio 3. Considere os conjuntos abaixo: F = conjunto de todos os filósofos M = conjunto de todos os matemáticos C = conjunto de todos os cientistas P = conjunto de todos os professores (a) Exprima cada uma das afirmações abaixo usando a linguagem de conjuntos: 1) Todos os matemáticos são cientistas. 2) Alguns matemáticos são professores. 3) Alguns cientistas são filósofos. 4) Todos os filósofos são cientistas ou professores. 5) Nem todo professor é cientista. (b) Faça o mesmo com as afirmativas abaixo: 6) Alguns matemáticos são filósofos. 7) Nem todo filósofo é cientista. 8) Alguns filósofos são professores. 9) Se um filósofo não é matemático, ele é professor. 10) Alguns filósofos são matemáticos. (c) Tomando as cinco primeiras afirmativas como hipóteses, verifique quais das afir- mativas do segundo grupo são necessariamente verdadeiras. Exerćıcio 4. O diagrama de Venn para os conjuntos X, Y, Z decompõe o plano em oito regiões. Numere as regiões e exprima cada uma dos conjuntos abaixo como reunião de algumas dessas regiões. (Por exemplo: X ∩ Y = 1 ∪ 2.) (a) (Xc ∪ Y )c 1 (b) (Xc ∪ Y ) ∪ Zc (c) (Xc ∩ Y ) ∪ (X ∩ Zc) (d) (X ∪ Y )c ∩ Z Exerćıcio 5. Exprimindo cada uma membro como reunião de regiões numeradas, prove as igualdades: (a) (X ∪ Y ) ∩ Z = (X ∩ Z) ∪ (Y ∩ Z) (b) X ∪ (Y ∩ Z)c = X ∪ Y c ∪ Zc Exerćıcio 6. Dados os conjuntos A e B, seja X um conjunto com as seguintes proprie- dades: (1) A ⊂ X e B ⊂ X, (2) Se A ⊂ Y e B ⊂ Y então X ⊂ Y . Prove que X = A ∪B. Exerćıcio 7. Enuncie e demonstre um resultado análogo ao anterior, caracterizando A ∩B. Exerćıcio 8. Sejam X, Y ⊂ U . Prove que: (a) A ∩B = ∅ se, e somente se, A ⊂ Bc (b) A ∪B = U se, e somente se, Ac ⊂ B. Exerćıcio 9. Dê exemplo de conjuntos A,B,C tais que (A ∪B) ∩ C 6= A ∪ (B ∩ C). Exerćıcio 10. Dado um número natural a, seja Y ⊂ N um conjunto com as seguintes propriedades: (1) a ∈ Y ; (2) n ∈ Y ⇒ n + 1 ∈ Y . Prove que Y contém todos os números naturais maiores do que ou igual a Exerćıcio 11. Use o exerćıcio anterior para provar que 2n + 1 ≤ 2n para todo n ≥ 2 e, em seguida, que n2 < 2n para todo n ≥ 5. Exerćıcio 12. Prove, por indução, que( n + 1 n )n ≤ n para todo n ≥ 3 e conclua dáı que a sequência 1, √ 2, 3 √ 3, 4 √ 4, . . . é decrescente a partir do terceiro termo. Exerćıcio 13. Prove, por indução, que 1 + 22 + 32 + · · ·+ n2 = n(n + 1)(2n + 1) 6 . Exerćıcio 14. Seja X ⊂ N um conjunto não-vazio, com a seguinte propriedade: para qualquer n ∈ N, se todos os números naturais menores do que n pertencem a X então n ∈ X. Prove que X = N. Sugestão: use o prinćıpio da boa ordenação. Exerćıcio 15. Seja P (n) uma propriedade relativa ao número natural n. Suponha que P (1) e P (2) são verdadeiras e que, para qualquer n ∈ N, a verdade de P (n) e P (n + 1) implica a verdade de P (n + 2). Prove que P (n) é verdadeira para todo n ∈ N. 2 Exerćıcio 16. Use indução para provar que 13 + 23 + +33 + · · ·+ n3 = n 2(n + 1)2 4 . Exerćıcio 17. Prove que: (a) A ∪B = B se, e somente se, A ⊂ B. (b) A ∩B = B se, e somente se, B ⊂ A. Exerćıcio 18. A diferença entre conjuntos é definida por A \ B = {x ∈ A : x /∈ B}. Prove que (A \B) ∪ (B \ A) = (A ∪B) \ (A ∩B). Exerćıcio 19. A diferença simétrica entre conjuntos é definida por A∆B = (A \ B) ∪ (B \ A). Prove que A∆B = A∆C implica B = C. Exerćıcio 20. Seja f : X → Y uma função. A imagem inversa por f de um conjunto B ⊂ Y é o conjunto f−1(B) = {x ∈ X : f(x) ∈ B}. Prove que: (a) A ⊂ f−1(f(A)) para todo A ⊂ X. (b) f(f−1)(B) ⊂ B para todo B. (c) f é injetiva se, e somente se, A = f−1(f(A)) para todo A ⊂ X. (d) f é sobrejetiva se, e somente se, f(f−1)(B) = B para todo B ⊂ Y . Exerćıcio 21. Prove que a função f : X → Y é injetiva se, e somente se, existe uma função g : Y → X tal que g(f(x)) = x para todo x ∈ X. Exerćıcio 22. Prove que a função f : X → Y é sobrejetiva se, e somente se, existe uma função h : Y → X tal que f(h(y)) = y para todo y ∈ Y . Exerćıcio 23. Dada a função f : X → Y , suponha que g, h : Y → X são funções tais que g(f(x)) = x para todo x ∈ X e f(h(y)) = y para todo y ∈ Y . Prove que g = h. Exerćıcio 24. Defina uma função sobrejetiva f : N → N tal que, para todo n ∈ N, a equação f(x) = n possui uma infinidade de soluções x ∈ N. Sugestão: use que todo número natural se escreve, de modo único sob a forma 2ab, onde a, b ∈ N e b é ı́mpar. Exerćıcio 25. Prove, por indução, que um conjunto com n elementos possui 2n subcon- juntos. Exerćıcio 26. Dados n (n ≥ 2) objetos de pesos distintos, prove que é possśıvel deter- minar qual o mais leve e qual o mais pesado fazendo 2n− 3 pesagens em uma balança de pratos. É esse o número mı́nimo que permitem determinar o mais leve e o mais pesado? Exerćıcio 27. Prove que, dado um conjunto com n elementos, é posśıvel fazer uma fila com seus subconjuntos de tal modo que cada subconjunto da fila pode ser obtido a partir do anterior pelo acréscimo ou pela supressão de um único elemento. 3
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