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INTRODUÇÃO • Deficiência de melanina: albinismo • No restante das pessoas temos graus diferentes de melanina, dando as diferentes pigmentações MELANÓCITOS • São as células condutoras de melanina • Histologicamente: diferente do que poderíamos pensar, o melanócito é uma célula com citoplasma claro, mesmo ele produzindo a melanina, ele passa esse pigmento para as células vizinhas, então ele é normalmente observado sem melanina e as células ao lado é que vão adquirir o pigmento de melanina • Além disso, normalmente esses melanócitos não se encontram junto, costuma ter uns 3-5 queratinócitos entre eles (é uma célula que não se mistura) • Núcleo oval, arredondado, de contorno suave (liso) Com colorações especiais (imunohistoquímica), conseguiriamos ver essa disposição dos melanócitos. O melanócito tem origem na ectoderme, a partir da crista neural. Logo, por ter origem neuroectodérmica, muitos marcadores himunohistoquímicos direcionados à celulas neurais, acabam marcando também os melanócitos. A produção de melanina protege as células subjacentes dos raios UV (UVC é o mais agressivo, porém fica lá na camada de ozônio, então o que mais temos contato é o UVB); Mesmo que o número de melanócitos seja o MESMO em todas as pessoas, o que muda é a quantidade de melanina de cada indivíduo. SARDAS = EFÉLIDES • É um aumento na produção de melanina sem ter um aumento na densidade do número de melanócitos • Máculas pequenas, de coloração vermelho amarronzado • Aparecem após a exposição solar • Desaparecem e reaparecem de uma forma cíclica durante o inverno e o verão • Não existe correlação de sardas com malignidade, pois não tem alteração no número do melanócitos, apenas o grau de pigmentção se altera • Maior tendência em pele claras e cabelo ruivo • Vão desaparecendo com a idade, mais frequentemente em jovens LENTIGO • É uma hiperplasia de melanócitos localizada • Não é um tumor → é hiperplasia (lesão localizada benigna) • Não tem predileção de gênero ou raça • Patogenia não conhecida • Histologicamente: os melanócitos NÃO apresentam características de atipia; serão observados um aumento da pigmentação • Melanina está presente tanto nos queratinócitos • Também pode se aprsentar em mucosas, como pequenas manchas, ovais, acastanhadas • Não tem associação com épocas do ano (verão/ inverno) Lentigo simplex Lentigo simplex • Hiperplasia melanocítica LINEAR (não é agrupada), no local da camada basal → logo, os queratinócitos da camada basal estão HIPERPIGMENTADOS Sabemos que os melanócitos estão localizados na camada basal (amarelo); como vai ter hiperplasia linear, esses malanócitos ficarão um ao lado do outro, acompanhando a camada basal; (PROVA) Algumas vezes, em ocasiões raras, podemos observar melanossomas gigantes (macromelanossomas) → porém não é patognomônico do lentigo simplex Padrão lentíginoso → proliferação de melanócitos com crescimento linear, é tão característico que denominamos de “padrão”; NEVO MELANOCÍTICO • Mácula achatada / pápula elevada • Aqui não pode chamar mais de melanótico, porque aqui já é tumor (é benigno mas é tumor) → chamamos de células névicas • Geralmente < 6 mm de largura • Células névicas → constituem o nevo melanocítico • ↑ da expressão RAS → mutações adquiridas nessa via de sinalização geram a proliferação exagerada – o RAS promove apenas mutação por um período limitado de tempo, depois ocorre uma senescência na oncogenese, por isso que não vira um tumor maligno • Lesão unicamente pigmentada (única coloração) CLASSIFICAÇÃO MICROSCÓPICA DOS NEVOS A lesão inicial é o NEVO JUNCIONAL: tem-se o agregado de nevos sem característica de atipia ao longo da junção dermo-epidérmica; Aqui o crescimento é em “ninhos”, em AGREGADOS → diferente do lentigo; quando tem crescimento na derme e na junção dermo-epidérmica é um NEVO COMPOSTO; Finalmente, em lesões mais antigas, observaremos os ninhos de células névicas localizados totalmente dentro da derme – NEVO INTRADÉRMICO. NEVO JUNCIONAL • São lesões pequenas e relativamente planas • Simétrica, de cor uniforme e bordas bem delimitadas • Observe o ninho celular bem na junção dermo- epidérmica NEVO COMPOSTO • Observe o ninho celular na região da derme e na região da junção dermo-epidérmica • Lesão já é um pouco mais elevada que a anterior • Coloração única, simétrica e com bordas bem delimitadas NEVO INTRADÉRMICO • Ninhos de células exclusivamente dentro da derme • Também com características benignas • Clinicamente: são mais elevados, principalmente quando comparados com os nevos juncionais Abaixo do revestimento epitelial vemos o crescimento de células névicas na derme; Como o RAS tem uma característica de mutação limitada, quando o estímulo acaba e a senescência acaba, ocorre NEUROTIZAÇÃO, ou seja, na profundidade as células adquirem característica fusiforme – elas mudam de formato e acabam até tendo menos pigmento → esse processo de neurotização NÃO acontece no melanoma (que é um dos diagnósticos diferenciais) Epitélio DERME Membrana basal NEVO DISPLÁSICO • Pode ser um precursor direto do melanoma • Sempre vai ser? Não! Mas uma grande quantidade de nevos displásicos atua como fator de risco para o desenvolvimento de melanoma • O fato de ter nevos displásicos já é um marcdor de risco para o melanoma, mas não quer dizer que o melanoma vai surgir desse nevo, pode surgir de outro local • Aqui já tem celulas mais hipercromáticas, mais pleomorfismos, maior atipias • Existe a síndrome dos nevos displásicos na qual a pessoa tem muitos nevos! – podem ter até centenas • Normalmente eles sao maiores que os nevos normais • Podem ser máculas ou papulas mais elevadas • Muitas vezes tem formado de alvo, com parte central mais elevada e mais escura que a porçã periférica da lesão Síndrome do nevo displásico HISTOLOGICAMENTE: • comparada com os outros nevos, observamos maior grau de desorganização • fibrose lamelar na derme subjacente EVOLUÇÃO: A. Hiperplasia melanocítica lentiginosa B. Nevo juncional lentiginoso C. Nevo composto lentiginoso com características arquitetônicas e citológicas anormais (nevo displásico) D. Melanoma precoce ou melanoma em fase de crescimento radial (grandes células escuras na epiderme) E. Melanoma avançado (fase de crescimento vertical) MELANOMA • Herdados: 10-15% • Esporádicos: grande maioria (danos causados pela radiação ultravioleta) • Ao contrário do nevo benigno, ele tem variações na sua cor, bordas tão bem delimitadas, assimétrico • Inicialmente: CRESCIMENTO RADIAL → propagação horizontal do melanoma dentro da epiderme e da derme superficial • Após um período de tempo (que é desconhecido): o CRESCIMENTO PASSA A SER VERTICAL → as células tumorais passam a invadir as camadas produndas da derme como uma massa expansiva → é aí que surgem os nódulos, tentando invadir os tecidos, nervos e vasos a fim de gerar as metástases HISTOLOGICAMENTE: • A célula do melanoma é maior que o melanócito normal (também é maior que uma célula nevocítica) • Núcleo evidente com contorno irregular • Cromatina mais densa na periferia do que na região central • Nucléolos mais evidentes e de tonalidade eosinofílica FATORES PROGNÓSTICOS – BRESLOW E CLARK 1. Produndidade do tumor (a espessura de Breslow) 2. Número de mitoses 3. Evidência de regressão do tumor (presumivelmente devido à resposta imune do hospedeiro) 4. A presença e o número de linfócits intratumorais (LITs) 5. Sexo 6. Localização (extremidade ou parte central do corpo) Quanto maior a profundidade da invasão → pior o prognóstico → o padrão de crescimento já se tornou vertical!
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