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Doenças eritematoescamosas

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HAM IV ADULTO Duda Campos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DERMATITE SEBORREICA 
Pode ser chamada de: 
• Eczema seborreico 
• Eczemátide 
CARACTERÍSTICAS 
• Afecção crônica 
• Frequente 
• Recorrente 
• Não contagiosa 
• Ocorre em regiões cutâneas ricas em glândulas 
sebáceas, às vezes em algumas áreas 
intertriginosas 
• Pode haver predisposição familiar e discreta 
predominância no sexo masculino 
• O Pityrosporum orbiculare pode ser um fator 
desencadeante ou agravante 
• Em lactentes, é frequente o encontro da Candida 
albicans 
• Tensão emocional pode agravar 
• Podem apresentar dermatite seborreica: 
siringomielia, poliomielite, lesões do trigêmeo e 
doenças de Parkinson 
• Dermatite seborreica de forma extensa e 
resistente ao tratamento ocorre com frequência 
em HIV-positivos 
• Psoríase e dermatite seborreica são afecções 
distintas. Há, porém, quadros que se iniciam 
como a segunda e evoluem para a primeira ou 
com lesões de ambas. Para essas formas de 
passagem, pode-se usar a expressão híbrida 
“seboríase”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
DERMATITE SEBORREICA DO LACTENTE 
• Surgem precocemente no neonato ou nos 
primeiros meses de vida do lactente 
• Escamas gordurosas e aderentes, sobre base 
eritematosa no couro cabelo 
• Não afeta os cabelos 
• “crosta láctea” 
• Ocorrem manchas eritematoescamosas na face, 
no tronco, em áreas de dobras e nas regiões 
intertriginosas como pescoço, nuca, axilas e nas 
inguinal e genitoanal (área da fralda) 
• São frequentes infecções secundárias por 
bactérias, particularmente Staphylococcus 
aureus ou por levedura, em geral Candida 
albicans, ou até por dermatófito. 
• Prurido discreto e decurso crônico, melhorando 
gradualmente 
• Eventualmente, as lesões seborreicas podem ser 
a manifestação inicial de um quadro grave, 
eritrodérmico, a doença de Leiner ou 
eritrodermia esfoliativa do infante. 
• A erupção cutânea é acompanhada de diarreia, 
vômitos, anemia e febre. 
• Deficiência de C5, causando perturbação na 
função leucocitária, é considerada a responsável 
por esse quadro. 
DERMATITE SEBORREICA DO ADULTO 
• Lesões eritematoescamosas 
• Atingem o couro cabeludo, face, sulco 
nasogeniano e glabela, área retroauricular, 
regiões pubiana e axilar 
Doenças 
Eritematoescamosas 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
Nas porções medianas do tórax: 
• As lesões podem ser figuradas, circinadas ou 
arcadas, constituindo a chamada dermatite 
médio torácica 
No couro cabeludo, na forma descamativa mínima, é a 
pitiríase esteatoide ou capitis (caspa) 
Em crianças e jovens: 
• Escamas aderentes 
• Espessas 
• Difíceis de destacar 
• “pseudotinha” 
Blefarite e eczema do conduto auditivo externo são 
manifestações de dermatite seborreica 
O quadro tem curso crônico, com fases de acalmia e 
de recaída 
Calor, perspiração, fricção, ingestão excessiva de 
hidratos de carbono, alimentos condimentados, 
álcool e tensões podem agravar o quadro 
Em áreas de dobra, são frequentes as infecções 
secundárias por bactérias ou candidose 
Há formas disseminadas de dermatite seborreica com 
lesões isoladas ou com grandes placas 
eritematoescamosas-secretantes 
Em virtude de tratamentos irritantes ou sensibilizantes, 
podem surgir quadros eritrodérmicos 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
PSORÍASE 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
• Escamas são secas e há lesões típicas nos 
cotovelos e joelhos 
• No couro cabeludo, a dermatite seborreica é 
difusa, enquanto a psoríase apresenta placas 
circunscritas 
PITIRÍASE RÓSEA 
• Quadro eruptivo 
• Atinge particularmente o tronco 
• Múltiplas lesões ovaladas ou papulosas 
• Prurido ausente ou discreto 
• Não acomete o couro cabeludo 
• Sem localização preferencial nas áreas 
seborreicas 
ECZEMA ATÓPICO 
• No lactente, inicia-se mais tardiamente 
• Lesões papulovesiculosas-secretantes 
• O comprometimento das dobras anterior do 
cotovelo e posterior do joelho e outras 
manifestações de atopia, asma e rinita identicam 
a afecção 
CANDIDOSE E DERMATOFITOSE 
• Infecção secundária por levedura do gênero 
Candida, em geral C. albicans, 
• É comum nas dobras, particularmente em 
lactentes 
• Pode ser primitiva 
• Característico: lesões satélites em colarete 
• A dermatofitose pode apresentar lesões 
circinadas, simulando a dermatite seborreica 
figurada. A erupção é vista em áreas não 
seborreicas 
DOENÇA DE LETTERER-SIWE 
• Histocitose 
• Em crianças apresenta quadro cutâneo de lesões 
eritematoescamosas que lembram dermatite 
seborreica 
• Há um componente púrpurico nas lesões 
TRATAMENTO 
DERMATITE SEBORREICA DO LACTENTE 
COURO CABELUDO 
• Remover as escamas com óleo mineral 
ligeiramente aquecido, limpando com solução de 
Burow a 1:30, ou com solução de permanganato 
de potássio a 1:10.000, ou com água boricada 
• Utilizar creme de corticoide de baixa ou média 
potência, eventualmente com um antibacteriano 
ou antifúngico 
• Sabonete ou xampus antisseborreicos podem ser 
indicados 
TRONCO E ÁREAS INTERTRIGINOSAS 
• Realizar limpeza com água boricada, solução 
aquosa de Burow diluída a 1:30 ou de 
permanganato de potássio diluída a 1:10.000 
• Empregar creme de corticoides associado com 
antibacteriano e antimicótico quando houver 
eritema intenso, somente por alguns dias 
• Em seguida, utilizar cremes ou pastas protetoras 
à base de óxido de zinco associado, 
eventualmente, com uma droga antisséptica, 
como cetrimida 
MEDIDAS GERAIS 
• Evitar o excesso de roupas e de aquecimento 
• Somente usar roupas de algodão ou linho 
• Fraldas devem ser trocadas frequentemente, e 
nos casos mais graves, eliminadas até melhora 
clínica 
TERAPIA SISTÊMICA 
• Em geral não é necessária 
• Nos casos mais intensos, é possível usar 
prednisona por tempo limitado, iniciando com 
0,5 a 1mg/kg/dia e com redução gradual 
• Quando houver infecção bacteriana, antibióticos 
são necessários 
ERITRODERMIA DESCAMATIVA (DOENÇA DE 
LEINER) 
• Tratamento com internação 
• Antibioticoterapia sistêmica, transfusão de 
plasma ou sangue total e manutenção do estado 
geral 
• Aplicar ultravioleta em doses suberitematosas 
• Fazer banhos de permanganato e potássio a 
1:30.000 
• Cremes de corticoides, preferivelmente 
hidrocortisona, alternativamente em áreas 
diversas, pela possibilidade de absorção e efeito 
sistêmico 
DERMATITE SEBORREICA DO ADULTO 
TRATAMENTO TÓPICO 
COURO CABELUDO 
• Diversas substâncias em sabonetes ou xampus 
são usadas com resultados variáveis 
• Sabonetes com ácido salicílico (3%) e enxofre 
precipitado (10%). 
• Utilizar xampus com zinco-piridiona (1%), 
sulfeto de selênio (1 ou 2,5%) – que pode 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
descolorir os cabelos –, cetoconazol (2%) e 
ciclopiroxolamina 1%. 
• Nas formas mais discretas, obtém-se, em geral, o 
controle do quadro 
• Loções capilares com corticoides são úteis como 
terapia tópica única ou complementar ao uso de 
sabonete ou xampus referidos 
• Nas formas mais resistentes, usar xampu de 
coaltar (4 a 5%) e creme ou pomada de 
corticoide – pode ser usado em curativo oclusivo 
durante a noite 
• Lavar pela manhã e passar creme ou loção de 
corticoide 
• Em caso de crostas espessas e aderentes, a 
solução de propilenoglicol em água (50%), 
eventualmente com ácido salicílico a 3%, 
aplicada em curativo oclusivo por algumas 
horas, é recurso eficaz, previamente ao uso do 
creme de corticoide 
FACE 
• Creme de corticoide não fluorado, preferivelmte 
de hidrocortisona a 1%, que pode ser alternado 
com creme de cetoconazol a 2% 
• Sabonetes com enxofre e ácido salicílico são 
úteis, ainda que eventualmente irritantes 
• Aplicações de ultravioleta B são indicadas nos 
casos resistentes 
• Nas blefarites, cremes ou pomadas 
oftalmológicas com hidrocortisona e um 
antibiótico 
TRONCO 
• Pomadas de corticoide, isoladasou em conjunto 
com ácido salicílico 
• Sabonete de enxofre e ácido salicílico é útil para 
controle da recidiva 
ÁREAS INTERTRIGINOSAS 
• Realizar exame micológico direto para exclusão 
de candidose ou dermatofitose, sempre que 
necessário 
• Usar cremes ou pomadas de corticoide com 
antibacteriano e antifúngico por tempo limitado 
• Limpar com água boricada e fazer manutenção 
com pasta de zinco com antibacteriano e 
antifúngico 
FOTOTERAPIA 
• Ultravioleta B pode ser efetivo em formas 
resistentes de dermatite seborreica 
• Em formas eritrodérmicas, o PUVA tem dado 
resultados 
ANÁLOGOS DA VITAMINA D3 
• Calcipitrol e calcitriol podem ser usados em 
formas resistentes e na seboríase 
TACROLIMO 
• Usado com resultados de bons a excelentes 
TRATAMENTO SISTÊMICO 
• Quando ocorrer infecção bacteriana ou fúngica, 
administrar antibiótico ou antifúngico 
• Em formas disseminadas ou exacerbadas, indica-
se prednisona, dose inicial de 1mg/kg/dia 
• Em casos resistentes, pode ser experimentada a 
tetraciclina, na dose de 500mg, duas vezes ao 
dia, por dez dias, e 500mg, uma vez por dia, por 
20 dias 
• A isotretinoína, na dose de 1mg/kg/dia, é 
indicação para casos graves e resistentes 
PSORÍASE 
• Dermatose crônica 
• Lesões eritematoescamosas 
• Acomete igualmente ambos os sexos 
• Pode aparecer em qualquer idade 
• Mais frequente na terceira idade e 4ª década da 
vida 
• Ocorrência universal 
• Na américa do sul e Brasil, incidência 1% 
• Menos frequente nos descendentes afro-
americanos 
• Inexistente na população indígena americana 
PATOGENIA 
• Causa desconhecida 
• Predisposição geneticamente determinada 
• Modo de herança multifatorial 
Fatores do desencadeamento ou exacerbação; 
• Trauma cutâneo: físico, químico, elétrico, 
cirúrgico, inflamatório 
• O trauma pode determinar o aparecimento de 
lesão em área não comprometida – fenômeno 
isomórfico ou reação de Koebner 
• Papel do estreptococo beta-hemolítico no 
desencadeamento da psoríase aguda, em gotas 
• Doentes com HIV apresentam exacerbação 
importante da moléstia 
• Certas drogas como lítio, betabloqueadores, 
antimaláricos e anti-inflamatórios não 
hormonais agravam a doença 
• A administração e interrupção do corticoide 
sistêmico pode resultar no agravamento da 
condição ou desenvolvimento de forma grave da 
psoríase eritrodérmica e psoríase pustulosa 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
generalizada, que também pode ser 
desencadeada por hipocalcemia 
• Estresse emocional é, muitas vezes, relacionado, 
pelo doente, ao desencadeamento ou 
exacerbação da enfermidade 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
PSORÍASE EM PLACAS (OU PSORÍASE VULGAR) 
• Forma mais comum – 90% 
• Placas eritematoescamosas bem delimitadas, de 
tamanhos variados, afetando, geralmente de 
forma simétrica, a face de extensão dos 
membros, particularmente joelhos e cotovelos, 
couro cabeludo e região sacral 
• Número de lesões é variável, de uma a centenas, 
podendo acometer qualquer outra área da pele 
• Com menor frequência, pode atingir as 
dobras flexurais (psoríase invertida) quando 
a descamação se torna menos evidente pela 
sudorese e por maceração locais 
• Podem ser afetadas as semimucosas genitais ou 
dos lábios 
• Em algumas lesões, predomínio do eritema, e em 
outras, a descamação, formada por escamas 
secas, branco-prateadas, aderentes e 
estratificadas 
• Sempre há uniformidade no aspecto clínico das 
lesões 
• O comprometimento das unhas é frequente, 
com estrias ou pequenas depressões (unha 
em dedal), além de “manchas de óleo” 
• Pode haver também onicólise e hiperqueratose 
• Pode ocorrer prurido e queimação, que varia de 
acordo com o estado emocional do doente 
• Evolução crônica, com períodos de exacerbação 
e de acalmia, quando podem ser observadas 
lesões anulares, características do quadro em 
remissão 
Na curetagem metódica (raspagem da lesão): 
Sinal da vela: pela raspagem da lesão, destacam-se 
escamas esbranquiçadas, semelhantes à raspagem de 
uma vela 
Sinal do orvalho sangrento ou de Auspitz: quando, 
pela continuação da raspagem, após a retirada das 
escamas, surge uma superfície vermelho brilhante com 
pontos hemorrágicos 
 
 
 
 
 
 
 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
 
 
 
 
 
PSORÍASE EM GOTAS 
• Mais comum em crianças, adolescentes e adultos 
jovens 
• Aparecimento súbito de pequenas pápulas 
eritematodescamativas de 0,5 a 1cm de 
diâmetro, geralmente localizadas no tronco 
• Em geral, precedida de infecção estreptocócica, 
comumente de vias aéreas superiores e em 
alguns casos pode ser resolvida 
espontaneamente de 2 a 3 meses 
• As lesões podem persistir, aumentar de 
tamanho, tomando características da psoríase 
em placas 
PSORÍASE ERITRODÉRMICA 
• Eritema intenso, de caráter universal 
• Descamação discreta 
• A eritrodermia pode ocorrer no curso evolutivo 
da doença 
• Mais frequentemente é desencadeada por 
terapias intempestivas, por administração e 
posterior interrupção de corticoide sistêmico, 
podendo corresponder à exacerbação da 
enfermidade em doente com Aids 
• Predomina o eritema 
• Perda excessiva de calor pela vasodilatação 
generalizada, levando à hipotermia 
• Perda da função da barreira da pele: pode 
ocorrer bacteriemia e septicemia, além do 
aumento de perda de água transepidérmica 
• Nos casos de longa evolução, é possível haver 
diminuição do débito cardíaco e até mesmo 
comprometimento da função hepática e 
renal 
 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
PSORÍASE PUSTULOSA 
FORMA GENERALIZADA 
• Lesões eritematoescamosas e pustulosas 
generalizadas 
• Psoríase de Von Zumbusch 
• Pode ser desencadeada, em um doente com 
psoríase vulgar, por interrupção de corticoide 
sistêmico, por hipocalcemia, por infecções ou 
mesmo por irritantes locais 
• Geralmente, há comprometimento do estado 
geral, febre e leucocitose 
• A erupção persiste por poucas semanas, 
revertendo ao quadro anterior ou se 
transformando em psoríase eritrodérmica 
FORMA LOCALIZADA 
• 3 subformas: uma, com lesão única ou algumas 
lesões com pústulas que, em geral, não evolui 
para a forma generalizada 
• Outras, com lesões nas extremidades dos dedos 
das mãos e/ou artelhos, conhecida no passado 
pela denominação de acrodermatite contínua de 
Hallopeau, e a terceira é formada por pustulose 
palmoplantar, PPP, abacteriana. 
• Manifesta-se por áreas bem definidas de 
eritema, descamação e pústulas, geralmente 
bilaterais e simétricas nas palmas e/ou cavos 
plantares 
PSORÍASE ARTROPÁTICA 
• Ocorre em 10 a 15% dos doentes de psoríase, 
em geral naqueles com lesões cutâneas 
disseminadas 
• Forma mais frequente é uma mono ou 
oligoartrite assimétrica de fácil controle e bom 
prognóstico, que afeta particularmente as 
articulações interfalangianas distais ou 
proximais 
• Velocidade de hemossedimentação está 
aumentada 
• O fator reumatoide e os fatores antinucleares 
estão ausentes 
FORMAS ATÍPICAS 
PSORÍASE NA CRIANÇA 
• Apresenta-se eventualmente com aspectos 
insólitos 
• Placas eritematosas ligeiramente descamativas 
• Localizadas somente em uma área, como a 
região orbitária ou genital 
• Placa descamativa no couro cabeludo pode ser 
indistinguível na dermatite seborreica 
PSORÍASE NO IDOSO 
• Ocorre principalmente nos membros inferiores 
• Em formas mínimas caracterizadas por lesões 
discretamente eritematosas e descamativas, 
possíveis de confusão com dermatite asteatósica 
QUERATODERMA PALMOPLANTAR PSORIÁSICO 
• Uma forma de psoríase 
• Pode atingir parcial ou integralmente a palma 
e/ou planta 
• Tem nítida delimitação 
• O comprometimento das unhas ou eventuais 
lesões em outras regiões confirmam a diagnose 
PSORÍASE UNGEAL 
• As unhas são frequentemente afetadas na 
psoríase 
• Existência de depressões gotadas, cupuliformes 
– unhas em dedal 
• Essas depressões, com alargamentodas bordas 
da unha, são sugestivas de psoríase 
• Estriações transversais, onicorrexe, 
hiperqueratose subungueal são outras 
alterações das unhas psoriáticas 
• Pode preceder o aparecimento das lesões 
cutâneas e ser, durante anos, a única 
manifestação da afecção 
• Para confirmar, sempre excluir a onicomicose 
pelo exame micológico 
• Registrar a possibilidade de infecção fúngica 
estar associada à psoríase, considerando que a 
unha lesada é mais facilmente contaminada por 
dermatófitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
DIAGNÓSTICO 
• Eminentemente clínico em face do tipo e da 
distribuição das lesões 
A sífilis pode, no período secundário, apresentar lesões 
psoriasiformes, porém outros achados, como adenopatia, 
placas mucosas e a sorologia específica confirmam a 
infecção 
As lesões de psoríase no couro cabeludo costumam ser 
placas bem delimitadas, o que as diferencia das lesões de 
dermatite seborreica 
A delimitação das lesões é também critério para 
distinguir a dermatite seborreica da psoríase invertida 
A curetagem metódica geralmente permite diferenciar a 
psoríase em gotas da pitiríase liquenoide, em que a 
descamação não é estratificada 
A psoríase eirtrodérmica deve ser distinguida das 
eritrodermias encontradas em atópicos, nas erupções 
medicamentosas e nos linfomas 
A histopatologia pode ser necessária para a diagnose 
A pustulose palmoplantar deve ser diferenciada da 
disidrose, que se localiza, em geral, somente nas mãos, 
com vesículas em vários estádios e prurido variável 
A diagnose com dermatofitose não é difícil em virtude da 
presença de lesões descamativas e intertriginosas e do 
exame micológico direto 
HISTOPATOLOGIA 
• Alongamento das cristas epiteliais 
• Afinamento na porção suprapapilar 
• As papilas estão alargadas e edemaciadas 
• Na epiderme, ocorrem paraqueratose, 
desaparecimento da camada granulosa e 
presença de agrupamentos de neutrófilos – 
os microabscessos de Munro 
• Podem ocorrer, particularmente na psoríase 
pustulosa, cavidades contendo neutrófilos – as 
pústulas espongiformes de Kogoj 
TRATAMENTO 
• Esclarecer para o paciente que se trata de uma 
doença cutânea, não contagiosa, sem 
comprometimento sistêmico e de evolução 
imprevisível 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
• Excepcionalmente, há comprometimento 
articular 
• Não há medicamento para cura definitiva 
• Os recursos terapêuticos possibilitam o controle 
• O tratamento depende do tipo de psoríase, da 
extensão do quadro e de fatores como idade, 
ocupação, condições gerais de saúde, nível 
intelectual e socioeconômico do doente 
MEDICAÇÕES TÓPICAS 
CORTICOSTEROIDES TÓPICOS 
• Empregados como loções, no couro cabeludo, 
creme, para a face e áreas intertriginosas, e 
pomadas para lesões no tronco e membros 
• Uma das desvantagens é a taquifilaxia, em que o 
doente necessita de preparados cada vez mais 
potentes para o clareamento das lesões 
• A longo prazo, o uso de corticoides potentes 
especialmente em áreas intertriginosas ou se 
utilizam sob oclusão, pode causar atrofia da 
pele, com o aparecimento de telangiectasias, 
víbices e púrpura 
• Deve-se utilizar o corticoide em associação 
com outras medicações, prevenindo seu uso 
exagerado e as consequências da medicação 
COALTAR 
• Preparações seguras, raramente ocorrendo 
efeitos colaterais 
• Diluído em cremes, emulsões, pomadas 
MÉTODO DE GOECKERMAN 
• Indicado para psoríase disseminada, não 
eritrodérmica 
• Coaltar + radiação ultravioleta B 
• Aplica-se a pomada de coaltar e o doente deve 
permanecer com ela o maior tempo possível 
• O ultravioleta é empregado em doses crescentes, 
diariamente ou em dias alternados, com a 
remoção parcial da pomada 
• Depois da irradiação, banho para retirar as 
escamas e reaplicação da pomada 
• A resposta costuma ocorres após 20 a 30 
aplicações 
• A pomada de coaltar, pelo odor e por manchar e 
sujar roupas, dificulta 
ANTRALINA OU DITRANOL 
• Empregada em lesões localizadas ou 
disseminadas 
• Pode ser utilizada em baixas concentrações 
durante 24h ou altas concentrações com 
aplicações de 15 a 30 minutos 
• O clareamento ocorre entre 3 a 4 semanas 
• Substância irritante, deve ser evitada em áreas 
intertriginosas e próximo aos olhos e às mucosas 
• A pele ao redor da lesão deve ser protegida pois 
pode ocorrer pigmentação perilesional 
• Poe manchar roupas também 
• Pode ser associada ao ultravioleta 
ANÁLOGOS DA VITAMINA D 
• Eficácia moderada semelhante à da maioria dos 
corticoides potentes 
• Podem provocar irritação da pele e 
fotossensibilidade, especialmente da face, onde 
devem ser evitados 
• Lavar as mãos após aplicar a pomada em 
qualquer outra área 
• Associação com corticoide tópico tem melhor 
resultado terapêutico 
MEDICAÇÃO TÓPICO-SISTÊMICA 
• Quando a erupção não pode ser controlada por 
medicação tópica ou quando a 
extensão/gravidade do quadro exigir 
• PUVA: Drogas fotoativas + exposição à radiação 
ultravioleta de ondas longas, UVA 
• O método PUVA é altamente eficaz na psoríase 
• A pele e a retina ficam sensíveis à radiação 
ultraviolenta por cerca de 12 horas após a 
ingestão de drogas fotoativas 
• Recomendar o uso de óculos escuros e proteção 
contra a luz solar por 24 horas após a tomada da 
medicação 
• Efeitos colaterais: náusea, eritema, prurido e 
queimaduras 
• A longo prazo, ocorrem bronzeamento da pele, 
envelhecimento precoce, maior potencial de 
desenvolvimento de carcinomas e catarata 
• Não deve ser recomendado em crianças, 
reservando-se para casos selecionados 
MEDICAÇÕES SISTÊMICAS 
AMETOPTERINA (METOTREXATO) 
• Droga hepatotóxica 
• Antagonista do ácido fólico 
• Ação na hiperproliferação celular 
• Indica-se em casos extensos e resistentes que 
impedem as atividades dos doentes 
• Particularmente recomendado na psoríase 
artropática e eritrodérmica 
• Pode ser útil também na psoríase pustulosa 
generalizada 
• Mais indicado: administração via oral de 
15mg/semana, 5mg a cada 12 horas, em três 
tomadas 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
• Com o controle do quadro, pode reduzir a 
medicação pra 7,5mg/semana ou aumentar o 
intervalo de administração para cada duas ou 3 
a 4 semanas 
• Não usar em pacientes com hepatopatias, 
comprometimento da função renal, doenças 
hematológicas e outras doenças sistêmicas 
• Devem ser feitos controles hematológicos, no 
início, semanais e, posteriormente, mais 
espaçadas 
• Necessidade de provas funcionais hepáticas 
periódicas 
• Indicada biópsia hepática após 4g de dose total 
da medicação 
• Sinais precoces de intolerância: aparecimento de 
erosões aftoides na mucosa oral, geralmente 
traduzindo leucopenia importante 
• Efeito colateral mais comum: desconforto 
gástrico nos dias da tomada do medicamento 
ACITRETINA 
• Retinoide 
• Derivado da vitamina A 
• Ativo em alterações da queratinização e na 
psoríase 
• Dose de 0,5 a 1mg/kg/dia 
• Indicada na psoríase pustulosa generalizada 
• Na psoríase em placas generalizadas e na 
psoríase eritrodérmica, é possível melhora 
significativa após 3 a 4 meses de tratamento 
• Pode associar com UVB ou PUVA para quadros 
mais resistentes 
• Efeitos colaterais: queilite leve ou moderada, 
dose-dependentem, em 100% dos casos 
tratados, epistaxe e mais raramente, 
conjuntivite, paroníquia, alopecia e prurido são 
também comuns 
• Efeito colateral mais grave: teratogenia 
• Pode persistir no organismo até 2 anos após sua 
interrupção 
• Contraindicada para mulheres grávidas como 
nas com risco potencial de gravidez 
• Contraindicada para doentes com 
comprometimento da função hepática 
• Responsável por aumento dos lipídeos séricos 
em cerca de metade dos doentes 
• Monitoramento, emprego de dietas e de 
medicações 
• Nos casos controláveis não é necessária a 
suspensão da medicação• Pode ser considerada medicamento seguro 
desde que seja excluída a possibilidade de 
gravidez 
• Pode ser associada com ultravioleta B, com o 
método PUVA ou Goeckerman para formas 
resistentes 
CICLOSPORINA A 
• Inibe os linfócitos T auxiliadores CDA ativados 
• Impedindo a produção de IL-2 e outras 
linfoquinas 
• Dose inicial de 3 a 5mg/kg/dia 
• Altamente eficaz na psoríase e a melhora do 
quadro é observada a partir da 6ª semana de 
tratamento 
• Medicação mais eficiente para a psoríase 
eritrodérmica 
• Pode comprometer a função renal 
• Mandatória a monitorização da creatinina sérica 
a cada 2 semanas no início do tratamento e a 
cada 4 a 6 semanas, se a função renal estiver 
estável 
• Se ocorrer aumento da creatinina de mais de 
30% dos níveis basais, a medicação precisa ser 
reduzida 
• Com aumento de mais de 50%, precisa ser 
suspensa 
• Outros efeitos colaterais: hipertensão, náusea, 
sensações parestésicas, Hipertricose, sendo 
possível o comprometimento da vigilância 
imunológica, com maior facilidade de aparecer 
infecções e neoplasias malignas, sobretudo 
linfomas 
MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS 
• Drogas com ação específica, antilinfocitárias, 
bem como drogas anti-TNFalfa, citocina ativa na 
lesão 
• Proteínas de fus]ao ou anticorpos monoclonais, 
indicados especialmente para doentes 
resistentes aos tratamentos convencionais ou 
que já apresentam restrição a eles pelo 
desenvolvimento de efeitos colaterais – 
comprometimwnto de função hepática e/ou 
renal 
• Os anti-TNFalfa atuam tanto na pele como no 
quadro articular da psoríase artropática e 
podem ser responsáveis por comprometimento 
da vigilância imunológica a infecções e 
neoplasias 
• Os antilinfocitários (alefacepte e efalizumabe) 
não atuam no quadro artropático e parecem não 
ter ação importante na vigilância imunológica. 
• O uso dessas medicações deve ser monitorado 
com raio X de tórax, PPD, controle de infecções e 
neoplasias, especialmente linfomas. 
PITIRÍASE RÓSEA 
• Afecção inflamatória subaguda frequente 
• Lesões eritematoescamosas disseminadas, 
sucessivas e progressivas, com regressão 
posterior e cura 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
• Mais observada no outono e verão 
• Ocorre em ambos os sexos e é mais frequente 
dos 20 aos 30 anos 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Se inicia com típica lesão ovalada ou 
arredondada 
• Eritematoescamosa 
• Chamada de medalhão 
• Bordas ligeiramente elevadas e de centro 
amarelado descamativo 
• Uma a duas semanas após essa primeira 
erupção, novas lesões, com as mesmas 
características, mas menores, surgem, em 
grande número. 
• Essas lesões têm o longo eixo paralelo às linhas 
de clivagem da pele e se localizam, via de regra, 
em áreas cobertas da pele – tronco, raiz dos 
membros e pescoço 
• Raramente atingem a face, as mãos e os pés 
• O couro cabeludo é sempre respeitado 
• O prurido, quando ocorre, é discreto 
• Mais intenso em pacientes emotivos ou quando a 
dermatose é irritada por medicações 
intempestivas como antifúngicos ou 
antizooparasitários 
• O tempo de evolução é de 4 a 8 semanas, com 
regressão total 
DIAGNOSE 
• Clínica 
• Pode ser diferenciada da dermatite seborreica, 
pela localização, e da psoríase, pelo tipo de lesão 
e localização 
• A placa inicial pode ser confundida com 
dermatofitose, e em dúvida, deve ser feito exame 
micológico 
• A roséola da sífilis secundária não tem as lesões 
ovalares características, pode atingir as regiões 
palmoplantares, apresentar placas mucosas e ter 
polimicroadenopatias 
• Em dúvida, a sorologia esclarece a diagnose. 
TRATAMENTO 
• Em regra, não é necessário, já que evolui para 
cura em 4 a 8 semanas 
• Quando há prurido, usar hidrocortisona 
• Uso de ultravioleta em doses suberitematosas, 
para abreviar o decurso evolutivo, o que é 
questionável e, inclusive, pode ter ação irritante 
• Nos casos eczematizados por tratamentos 
imtempestivos, usar cremes de corticoides, anti-
histamínicos e eventualmente, corticoides 
sistêmicos 
 
PARAPSORÍASE 
• Afecções caracterizadas por lesões 
eritematoescamosas, não pruriginosas ou com 
discreto prurido, de evolução crônica e que se 
assemelham à psoríase 
Duas afecções: a parapsoríase em grandes placas, e a 
parapsoríase em pequenas placas 
A pitiríase liquenoide aguda ou crônica, denominada 
também parapsoríase em gotas, é quadro inteiramente 
diverso, incluído nas vasculites 
Algumas formas representam um tipo de reação 
inflamatória na pele, sem causa conhecida. Outras são 
quadros iniciais de micose fungoide ou de linfomas 
malignos da pele. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• EM GRANDES PLACAS: Lesões, geralmente em 
áreas cobertas, eritematosas no início, 
discretamente escamosas, que podem evoluir 
para um aspecto poiquilodérmico, de cor róseo-
castanha, com superfície mosqueada, antes 
denominado parapsoríase liquenoide ou 
variegata 
• EM PEQUENAS PLACAS: Lesões 
eritematoescamosas, de cor rósea a castanho-
amarelada, com discreta ou nenhuma infiltração; 
ocorrem geralmente no tronco e nas coxas e são 
persistentes 
• Há uma variante digitiforme, muito 
característica. O aparecimento de infiltração é 
indício de evolução para linfoma 
HISTOPATOLOGIA 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
• Processo inflamatório inespecífico 
• Pode ser necessário exames sucessivos para 
exclusão de micose fungoide 
• Quando ocorre a evolução para micose fungoide, 
a infiltração linfocitária torna-se atípica com 
exocitose e eventual aparecimento de 
microabscessos de Pautrier. 
DIAGNOSE 
• As lesões eritematoescamosas, liquenoides, 
poiquilodérmicas ou em placas são sugestivas 
para a diagnose, sendo indispensável a 
confirmação histopatológica 
Diagnóstico diferencial: 
PSORÍASE 
• Não apresenta dificuldade, pela simetria das 
lesões, pela localização nos cotovelos e joelhos, 
pelo comprometimento do couro cabeludo e das 
unhas e sinais da vela e de Auspitz 
SÍFILIS SECUNDÁRIA 
• A história e a evolução são de sífilis subaguda, 
com lesões morbiliformes, adenopatias e lesões 
nas mucosas 
• Para confirmação, solicitar sorologia 
HANSENÍASE 
• As lesões em placa têm semelhança com as 
manchas da hanseníase indeterminada ou 
tuberculoide. 
• É fundamental a pesquisa da sensibilidade 
• Se não houver anestesia ou hipoestesia, a 
hanseníase pode ser excluída 
MICOSE FUNGOIDE 
• A parapsoríase pode ser o quadro inicial da 
micose fungoide. 
• Por esse motivo, o exame histopatológico é 
indispensável. 
• Quando for necessário, fazer seguimento clínico 
e histopatológico. 
Evitar tratamentos agressivos. Utilizar cremes ou 
pomadas de corticoides. Eventualmente, realizar 
infiltração de corticoides. Aplicação de ultravioleta B ou 
PUVA podem clarear as lesões. A evolução é crônica e 
prolongada por anos. A parapsoríase pode ser, ab initio, 
micose fungoide ou evoluir para este quadro após 
período variável. 
ERITRODERMIA ESFOLIATIVA 
• Síndrome 
• Eritema generalizado e persistente 
• Acompanhado de descamação e prurido com 
intensidade variável 
• Decurso subagudo ou crônico 
Pode surgir por 3 grupos de causas; 
• Evolução ou pelo agravamento de dermatoses 
preexistentes 
• Reações a drogas 
• Pode constituir causa inicial de linfoma, 
particularmente micose fungoide e síndrome de 
Sézary 
Dermatoses em que a eritrodermia esfoliativa é parte da 
evolução do quadro clínico: 
• Pênfigo foliáceo 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
• Pitiríase rubra pilar 
• Eritrodermia ictiosiforme congênita 
Afecções em que pode surgir por agravamento do 
quadro, por uso de terapias intempestivas: 
• Psoríase 
• Dermatites seborreica 
• Dermatite atópica, de contato e de estase 
• Líquen plano 
Nas erupções por drogas, eram bastante frequentes as 
eritrodermias desencadeadas por preparados arsenicais, 
bismuto, ouro, anestésicos e sulfamídicos. Atualmente, os 
sulfamídicoscontinuam a ser implicados, mas muitas 
outras drogas podem ser responsáveis pelo quadro, 
especialmente antibióticos e drogas de uso neurológico 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• Aparecimento súbito ou insidioso de eritema 
generalizado 
• Descamação e prurido variável 
• Escamas podem ser furfuráceas ou foliáceas 
• Pode ocorrer alopecia discreta ou intensa 
• Sintomas gerais como anorexia, sensação de frio 
e febre 
• O quadro evolui com exacerbações e remissões e 
tende a persistir por meses e anos, surgindo, 
então, liquenificações e enfartamento de 
linfonodos. 
• Esse enfartamento pode ser uma reação 
inespecífica (linfadenopatia dermopática) ou 
constituir processo linfomatoso do linfonodo 
• Aparecimento de placas infiltrativas, nódulos 
tumorais, indica linfoma, provavelmente micose 
fungoide 
• A síndrome de Sézary inicia-se por quadro 
eritrodérmico, inicialmente inespecífico 
(síndrome pré-Sézary), posteriormente surgindo 
células de Sézary no sangue 
• O quadro é crônico, possibilitando infecção, 
septicemia ou outra complicação sistêmica com 
eventual êxito letal. 
• O exame histopatológico varia de acordo com a 
causa da síndrome. 
• Enseja elementos para esclarecimento ou 
permite a conclusão diagnóstica na eritrodermia 
ictiosiforme, no pênfigo foliáceo e nos linfomas. 
DIAGNOSE 
• Aspecto clínico e na história da evolução do 
quadro, de dermatose preexistente e de drogas 
de uso sistêmico ou tópico 
TRATAMENTO 
• Orientado de acordo com a causa 
• Banhos sedativos e cremes com corticoides de 
baixa potência. 
• Deve-se administrar, via sistêmica, antibióticos e 
corticoides, quando indicados. 
• Anti-histamínicos e sedativos no alívio do 
prurido. 
• Manutenção do equilíbrio eletrolítico. 
• Hospitalização nos casos graves. 
PITIRÍASE LIQUENOIDE 
Há duas formas: aguda e crônica 
• Etiologia não é conhecida 
• Ocorre preferencialmente em adultos jovens 
• Podem involuir em meses ou perdurar por 
longos períodos 
QUADRO CLÍNICO 
• Pode ser precedida por sintomas discretos como 
febre, cefaleia e mal-estar 
• Surtos de lesões cutâneas em diferentes fases 
evolutivas 
• Na PLA, no início, pápulas eritematosas que 
evoluem com uma vesiculação central e necrose 
hemorrágica 
• A necrose é superficial com crosta acastanhada 
que se destaca e deixa cicatriz deprimida 
• As lesões ocorrem nos troncos e membros, 
especialmente em superfícies flexoras. 
• Eventualmente, ocorrem bolhas e ulcerações 
necróticas hemorrágicas. 
• Na PLC, há pápulas liquenoides eritêmato-
acastanhadas recobertas por crostas 
acinzentadas. 
HAM IV ADULTO Duda Campos 
• Em 3 a 4 semanas, as pápulas se achatam e as 
escamas destacam-se, deixando máculas 
pigmentadas. 
• As escamas podem ser retiradas, in totum, por 
curetagem. 
• Não há sintomas gerais e lesões necróticas e 
cicatriciais são raras. 
• Ambas as formas podem deixar uma hipocromia, 
em geral, transitória. 
HISTOPATOLOGIA 
• Na epiderme, há espongiose, acantose discreta e 
pararaquetose 
• Já na derme, tem infiltrado linfocitário 
predominantemente perivascular 
• Capilares dilatados e extravasamento de 
hematias 
• Na PLA, predominam as células CD8 e na PLC, 
CD8 ou CD4 
• Podem ser encontrados depósitos de IgG e C na 
ZMB e nas paredes vasculares 
DIAGNOSE 
• Clínica, com confirmação histopatológica 
• Diagnóstico diferencial: psoríase gutata, líquen 
plano e à sífilis secundária 
TRATAMENTO 
• Não há terapia eletiva 
Primeiras opções: 
• Corticoide tópico 
• Fototerapia com UVB ou UVA em doses 
progressivas, que pode ser associada ao 
psoralênico 
• Tetraciclina ou eritromicina, duas doses de 500 
mg/dia por 6 a 8 semanas 
Outros recursos; 
• Tópico: tracolimo 
• Via oral: prednisona 1 a 0,5mg/kg/dia; 
ciclosporina 2,5 a 4mg/kg/dia, em duas 
doses/dia; retinoide: acitretina (25 a 50mg/dia) 
ou isotretinoína (0.5 a 1mg/kg/dia) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HAM IV ADULTO Duda Campos

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