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Aula 11 - Sífilis

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Introdução:
- Doença infecciosa crônica que desafia a humanidade há séculos - É uma das doenças mais 
antigas da história da humanidade, do ponto de vista de doença infecciosa há registro há 
séculos atrás;
- Começou a ser Conhecida na Europa desde o final do século XV, com as grandes navegações, 
mas já tem registros desde a era pré colombiana;
- Introdução da penicilina > sentimento de vitória sobre a doença - Conseguiu controlar a doença 
depois dos meados do século 20 com a descoberta da penicilina, com sensação de vitória sobre 
a doença;
- Depois da década de 80 começamos a ver a Mudança do cenário associado com as Mudanças 
comportamentais da população em geral e também ao seu grande aliado da infecção, o HIV que 
aumenta a transmissibilidade da sífilis e o contrário também é verdade.
- 1905 - Cientista alemães identificaram o treponema palidum, bactéria causadora da sífilis -
que é uma espiroqueta, bactéria involuída do ponto de pista evolutivo das bactérias ela é em 
forma de cauda não tem a forma esférica com núcleo.
Obs.: A sífilis é conhecida como a grande imitadora, é capaz de simular manifestações de várias 
doenças diferentes. Na maioria das vezes ela vai ser sempre diagnóstico diferencial de várias 
doenças. 
 12 milhões de infectados (OMS) por ano. É uma das doenças infecciosas de maior 
descontrole, hoje só perde para o covid-19;
 300 mil mortes neonatais/ano;
 215 mil crianças/ano sob risco de morte prematura.
- Importância: Aumentou na transmissão sexual e na gestação, atestado de incompetência do 
serviço de saúde pública.
Tabela mais antiga. A medida de aumento o número de sífilis adquirida, aumento 
consequentemente sífilis na gestação e a presença de sífilis congênita (doença grave, 
Clara Aguiar, Sarah Elias e Raissa Novelli T.67 Aula 11
Sífilis
sexta-feira, 2 de abril de 2021 09:14
 Página 1 de INFECTO 
consequentemente sífilis na gestação e a presença de sífilis congênita (doença grave, 
incapacitante e muitas vezes com sequelas permanentes). Com o aumento da facilidade da 
testagem, temos também o fato de ter aumentado o número de diagnósticos. O teste rápido 
dura de 10 a 15 minutos e é ou deveria ser distribuído em todas UBS.
 A faixa etária mais acometida é justamente o adulto jovem 20-29 anos. Em 58% desses 
casos são homens que fazem sexo com homens (MSM em inglês);
 7,4% HIV MSM (CDC, 2016) - Está se concentrando cada vez mais diagnóstico de HIV, 
e outras IST´s essa população: adulto jovem, homens de 20-30 anos e HSH (homens 
que fazem sexo com homens). E geralmente são pessoas com acesso à informação, 
pessoas antenadas, o diagnóstico aqui não é falta de informação, está muito associado ao 
comportamento de prática social que temos observado. 
- Epidemiologia:
 Relaxamento na prevenção - Vocês são uma geração que não vivenciou quando surgiu o 
HIV, mas quem viveu trouxe muito medo e mudança do comportamento em sí, então as 
pessoas tinham medo da prática sexual, usavam preservativo. Porque até final da década 
de 90 as pessoas morriam muito de HIV, pois o tratamento era ruim. Então ver vários 
famosos morrendo trouxe impacto e choque na mídia e população e elas se protegiam 
- Fatores que têm contribuído:
Uma forma 
importante de 
transmissão de sífilis é 
o sexo oral, e as 
pessoas não o associam 
a uma prática sexual.
Mostrando que a 
maior prevalência 
de sífilis 
geralmente nessas 
pessoas em 
situações de risco 
HSH e mulheres 
trans.
 Página 2 de INFECTO 
famosos morrendo trouxe impacto e choque na mídia e população e elas se protegiam 
mais. No entanto, com o advento da terapia antirretroviral de alta potência (HAART)
começamos a controlar a doença e começamos a observar a piora do relaxamento. Uma 
vez que as pessoas sabem que tem tratamento houve relaxamento na prevenção de 
doenças sexualmente transmissíveis. A PrEP (profilaxia pré exposição) é utilizada por 
população de risco para contaminação de HIV, como uma “pílula anticoncepcional”, para 
casa haja uma exposição de risco para HIV a pessoa não se contamine. No entanto, se 
protege apenas para HIV, então esse relaxamento trouxe à tona essa facilidade maior de 
transmissão a sífilis. Uso de drogas ilícitas durante o sexo, sem uso de preservativos com 
o “game sex” essas práticas de uso de drogas com a prática sexual. Uso de redes sexuais 
de sexo, que pula a pré eliminar, já marcam direto para sexo. O "serosorting" é como 
uma roleta russa em que no grupo tem uma pessoa com HIV uma tem sífilis e aí faz-se 
o sorteio e a brincadeira e alguém transa sem camisinha para ver quem pegou ou não, é 
uma brincadeira. Isso é a realidade, e as vezes é um tabu muito grande falar sobre isso. 
Pergunta: O que existe para Hepatite B é só a PEP? Resposta: A PEP, é a profilaxia pós 
exposição, é como a “pílula do dia seguinte”, você tem uma exposição de risco de em até 72h 
você faz o teste rápido para saber se tem HIV de antes e se não tiver utiliza o medicamento 
para prevenir a contaminação do HIV. Para hepatite B a principal forma de prevenção é a 
vacinação, entre todas as doenças desse módulo ela é a punica que temo vacina e é eficaz, 
passível de controle. Inclusive ter diagnóstico de hepatite B hoje também é uma falha do 
sistema de saúde. Quando a pessoa não é imunizada para hepatite B, caso ela tenha uma 
situação de risco para hepatite B ela precisa receber uma imunoglobulina para hepatite B, não 
existe medicação PEP para hepatite B. e uma outra situação é quando tem uma hepatite B 
crônica, e para evitar com que ela tenha uma exacerbação da doença toma-se um remédio. 
 Gestantes - durante o pré natal é obrigatório fazer o rastreamento de sífilis, tanto no 
primeiro trimestre quanto no terceiro trimestre (quando for negativa no 1);
 Doadores de sangue;
 IST’s - quando falamos que a doença é de transmissão sexual falamos devido ao atrito 
que a relação sexual gera que permite micro lesões na musculatura com micro 
sangramentos que não vemos a olho e nu e o contato com esse sangue que vai favorecer 
a transmissão da doença. Quem já tem alguma IST eu tenho mais inflamação ao redor, 
mais chance de transmissão e maior abertura de porta de entrada;
 HIV;
 Hepatite B;
 Hepatite C;
 Neurossífilis precoce;
 Comportamento sexual de risco - na verdade todos estão sobre risco pois em algum 
momento alguém já correu risco sexo em uma pré eliminar, em um sexo oral.
- Quem testar: Quem rastrear, quem buscar o diagnóstico de sífilis
Ou seja, TODOS devem testar de novo mesmo se namora há 20 anos. Só temos segurança 
para tirar o preservativo se for realizada a testagem. Chega o casal, ou parceira(o) faz o 
teste os dois e se garantir que os dois vai transar só entre eles, ótimo, mas se não, não é 
garantia, pois fazemos vários diagnósticos de sífilis entre pessoas casadas há 20-10anos.
Toda vez que você transa sem preservativo você transa com todas as pessoas que aquela 
 Página 3 de INFECTO 
Toda vez que você transa sem preservativo você transa com todas as pessoas que aquela 
pessoa já transou sem camisinha. Então todo mundo deve fazer o teste e aqui entra uma das 
estratégias mais importantes de prevenção que é a testagem anual de quem tem vida sexual 
ativa, para HIV, sífilis hepatite c e B, principalmente a sífilis que é a de maior facilidade de 
transmissão, por transmitir facilmente pelo sexo oral.
Etiologia:
- Treponema pallidum;
- Não cultivável - Bactéria involuída, não cultivável, então os meios de cultura comuns não 
conseguem identificar essa bactéria e é uma bactéria que causa doença exclusivamente em 
humanos;
- Patógeno exclusivo do ser humano - já teve relatos de doença em animal, mas não do 
Treponema pallidum, sendo uma bactéria da mesma família.
Transmissão:
Via sexual (sífilis adquirida) e vertical (sífilis congênita) - As duas formas principais, já 
comentamos disso e a maior, mais importante que traz mais impacto é a via sexual, que causasífilis adquirida e a sífilis na gestação. Também tem uma transmissão importante que é 
vertical, que a mãe passa sífilis para o bebe durante a gestação. São as principais formas;
-
- O contato com as lesões contagiantes (cancro duro e lesões secundárias) pelos órgãos genitais 
é responsável por 95% dos casos de sífilis - Existe outra forma de transmissão, que é o de 
contato de lesões contagiantes, por continuidade, é muito raro porque a pessoa tem que ter 
lesão, e a lesões da sífilis secundária chamada sifílides e precisa ter uma porta de entrada na 
pessoa vítima. Então seja o contato com a porta de entrada; 
- O risco de contágio varia de 10% a 60% conforme a maioria dos autores.
Lesões no epitélio por conta da abrasão das relações sexuais  o treponema invade, entra na 
corrente linfática dissemina-se por via hematogênica e linfática  causa erosão e ulceração 
no ponto de inoculação, chamada de sífilis primária o cancro duro, então ela vai ser sempre no 
local onde a bactéria foi inoculada (não só na região genital, pode ter na região oral também) 
 depois forma complexos imunes  a bactéria tem capacidade de atingir qualquer órgão e 
tecido, ela é multifacetada e difícil por isso. 
Classificação: Aqui entra um ponto muito importante, de como classificar a sífilis para saber 
trata-lo. Diferenciação primordial é o tempo de infecção
Sífilis recente (menos de um ano de evolução) - a maioria das vezes fazer o diagnóstico 
- Segundo tempo de infecção:
 Página 4 de INFECTO 
 Sífilis recente (menos de um ano de evolução) - a maioria das vezes fazer o diagnóstico 
de sífilis recente é difícil, pois o paciente tem que ter feito um teste de sífilis, com 
resultado negativo e em menos de um ano repetir esse teste, e o teste vir positivo. E 
na maioria das vezes o paciente chega com o teste positivo sem nunca ter feito um 
exame anteriormente. Nesse caso sempre vamos considerar o pior cenário, e considerar 
como sífilis tardia;
 Sífilis tardia (mais de um ano de evolução).
 Sífilis primária - cancro duro com lesão no ponto de inoculação e normalmente é recente 
90% dos casos;
 Sífilis secundária;
 Sífilis latente recente e tardia
 Sífilis terciária.
- Segundo manifestações clínicas:
As manifestações de sífilis secundária e terciária geralmente vão ser mais evidenciadas após 1 
ano de infecção, em sífilis tardia. Existe outra forma de nomenclatura que é a ausência de 
manifestação clínica, que a sífilis latente, que é o que veremos na maioria das vezes. 
Obs.: A neurossífilis acomete o sistema nervoso central, o que pode ser observado já nas fases 
iniciais da infecção - A sífilis pode acometer o sistema nervoso central antes mesmo de causar 
lesões de sífilis terciária, as vezes as pessoas acham que sífilis terciária é igual a lesão 
neurológica e não é. Mesmo no primeiro ano podemos ter manifestação de sífilis neurológica.
História Natural: Essa figura é muito importante pois exemplifica muito claramente a evolução 
da sífilis. 
Após uma exposição de risco (relação sexual desprotegida) a gente tem o período de 
incubação que vai de 10 a 90 dias, então aqui já vai uma dica, período de incubação bem 
dilatado  normalmente a pessoa vai fazer a primeira manifestação, que é o cancro duro no 
local de inoculação. Medicina não é matemática, não são todas as pessoas que vão ter, tem 
uma taxa de 20 % de pessoas que não vão ter nenhuma lesão no ponto de inoculação, e assim 
 Página 5 de INFECTO 
uma taxa de 20 % de pessoas que não vão ter nenhuma lesão no ponto de inoculação, e assim 
a doença passar despercebida “para que fazer teste de sífilis se nunca tive lesão?” por isso. 
Ou ainda, por ser uma lesão no órgão genital as pessoas têm muito medo e tabu de olhar e 
na mulher principalmente a lesão pode estar em torno dos grandes lábios e pode melhorar em 
10-15dias e com lesão indolor, as vezes acha que um cabelo inflamado, melhora e não procura 
atendimento (direita)  Daí podemos ter o potencial de até 20-60% de invasão direta do 
SNC. Então na sífilis primária a gente pode ter o acometimento SNC, sendo que nesse 
acometimento inicial a grande maioria dos pacientes vai ser assintomática. Então o treponema 
invade a barreira hematoencefálica, mas não causa lesão e em 5% dos casos podemos ter 
manifestações da neurossífilis e nessa fase inicial vai ser ou por forma meningovascular, ou seja, 
treponema causando trombose, consequentemente AVE ou uma forma de meningite ou ainda 
com acometimento ocular, com uveíte posterior -> Se não tratada obviamente a lesão vai 
persistir e mesmo pessoa assintomática pode encaminhar para a sífilis terciária. Normalmente, 
de 5–10 anos após a exposição e nesse caso podemos ter duas manifestações neurológicas a 
goma sifilídica, que nada mais é que a formação de granulomas, lesão expansiva intracerebral e 
consequentemente simulando tumores, edema, comprometimento ventricular desvio de linha 
media, simulando AVC e acometimento do tabes dorsalis, coma cometimento da medula com 
incapacidade de movimentação ou neurônio motor inferior. 
(esquerda)  o paciente tem então uma recuperação de 10-15 dias da lesão primária -> 
durante 1 ano ele pode passar períodos assintomáticos com sintomáticos, vai e volta e inclusive 
com algumas manifestações de sífilis secundária, com acometimento da região cutânea 
principalmente palma e planta, que são as lesões sifilidis, lesões máculo-papulares -> Não 
tratada, podemos passar um longo período de tempo de sífilis assintomática até a gente 
evidenciar de 5–10 anos o acometimento orgânico da sífilis em qualquer órgão, podemos ter 
acometimento hepático, gastrointestinal, ósseo, cardiovascular, com características de lesões de 
sífilis terciária, ou seja, goma sifilítica, granuloma e lesões permanentes com grandes sequelas. 
Basicamente essa é a história natural da doença, importante entender principalmente o ciclo 
no 1º ano na sífilis precoce a gente pode ter a lesão primária e a lesão secundária se 
intercalando e as vezes aparecendo até concomitantemente apesar de que as lesões secundárias 
tendem a ser mais no final do primeiro ano indo para o segundo ano, tanto que quando temos 
lesões secundárias da sífilis o tratamento é como se fosse uma sífilis tardia ou terciária. 
Clínica:
O adulto recente menor que 1 ano e tardia depois de 1 ano. E no RN isso muda e aí são 2 
anos, recente diagnosticada até 2 anos de vida e a sífilis tardia congênita após dois anos de 
vida. 
- Sífilis sintomática - Primária:
 Cancro duro é a lesão específica - geralmente lesão 
 Página 6 de INFECTO 
- Sífilis sintomática - Primária:
 O cancro regride espontaneamente em período que varia de quatro a cinco semanas sem 
deixar cicatriz - a lesão melhora muitas vezes sem deixar cicatrizes, mas a bactéria 
persiste até ser tratada.
- Sífilis sintomática - Secundária:

○ Linfadepatia generalizada / febre / hepatite / esplenomegalia / artrite
○ Glomerulonefrite / meningite / uveite / retinite / otite / AVE / paresias - Não é 
só acometimento cutâneo, tem o lado neurológico que podemos ter o acometimento 
sífilis meningovascular simulando AVE, acometimento neurônio motor, déficit focal, 
acometimento a nível ocular, mas também acometimento de outros órgãos, como 
linfonodomegalia, mialgia, febre, etc. Diagnóstico diferencial, principalmente nessa 
fase secundária com fácies monolikes, síndromes que causam sintomas semelhantes a 
mononucleose.
Outros achados:
- Sífilis sintomática - Terciária:
Não é possivel estirpar (?) nem a bactéria do granuloma, nem diminuir a inflamação ao redor, 
e isso vai causando lesões permanentes nos vários órgãos e sistemas.
 Cancro duro é a lesão específica - geralmente lesão 
única;
 Surge no local da inoculação, em média, 3 semanas 
após a infecção;
 Região genital em 90% a 95% dos casos; 
Assintomático, muitas vezes não é referido;
 Lesões reaparecem em 6 a 8 semanas;
 Exantema (sifílides- exantema 
máculopapular extenso) em surtos e de 
forma simétrica (sem prurido);
 O acometimento das regiões palmares e 
plantares é bem característico -
sempre entrar no diagnóstico 
diferencial quando tem lesão 
palmoplantar;
 Lesões em pele e mucosas, sistema 
cardiovascular e SNC;
 Granulomas destrutivos (gomas - reação 
inflamatória crônica) e ausência quase total 
de treponemas;
 As lesões são solitárias, ou em pequeno 
número, assimétricas, endurecidas com pouca 
inflamação, bordas bem marcadas e 
permanentes.
 Página 7 de INFECTO 
e isso vai causando lesões permanentes nos vários órgãos e sistemas.
-
10 a 30 anos após a infecção inicial;
O acometimento cardiovascular mais comum é a aortite (70%);
Maioria é assintomática;
Aneurisma (Torácico);○
Insuficiência de valva aórtica;○
Estenose do óstio da coronária.○
Principais complicações:
Sífilis Cardiovascular:
Uma característica importante é que pode simular dissecção de aorta, aneurisma de aorta, até 
insuficiência valvar aórtica. Então no diagnóstico diferencial de pacientes cardiológicos, tem que 
entrar a sífilis. 
 Invasão das meninges 12 a 18 meses após a infecção;
 Desaparece em 70% dos casos sem tratamento - Muitas das vezes o diagnóstico é feito 
pelo tratamento, pois normalmente o tratamento da sífilis adquirida é com a penicilina 
benzatina, que não trata neurossífilis, pois ela não ultrapassa a BHE. Então uma das 
formas que a gente vai mais saber que o paciente tem neurossífilis, geralmente é aquele 
paciente que você trata, e ele persiste com valores sorológicos positivos e títulos 
aumentados;
 Se a infecção persistir, pode ser assintomática ou sintomática;

○ Sintomatologia meníngea clássica - sintoma de meningite bacteriana aguda;
○ Encefalite difusa com sinais focais - de nível de consciência, de par craniano;
○ Paralisia geral progressiva;
Sintomatologia semelhante à dos tumores cerebrais ou medulares - lesão expansiva 
cerebral na forma gomatosa (sífilis terciária);
○
○ AVE – meningovasgular
Sintomática:

○ Qualquer paciente com BAV (Baixa acuidade visual inexplicada) inexplicada - deve ser 
testado para sífilis;
Secundarismo e terciária;○
Teste de fundo de olho e Análise de LCR.○
Acometimento ocular = neurossífilis
Neurossífilis:-
 Página 8 de INFECTO 
Resumo neurossífilis: teve a infecção normalmente vamos ter a invasão do SNC e normalmente 
alguns pacientes vão ter uma melhora e erradicação natural do treponema no SNC pelo próprio 
sistema imune. Outros vão ter a persistência da inflamação: a fase precoce da neurossífilis 
(que é a meningite ou meningovascular) ou vai ter a fase tardia na neurossífilis (que é a 
paresia pelo tabes dorsalis ou mesmo a goma sifilítica com lesão expansiva cerebral). 
Diagnóstico:
- Testes treponêmicos: Teste específico, pois, vê a bactéria.
Duas tirinhas = teste positivo, presença de anticorpo contra sífilis.
-
 VDRL (mais conhecido) / RPR;
 10 – 15 dias após cancro;

○ Permanecem positivos em títulos baixos
Pico até 1-2 anos pós infecção:

○ Não correlaciona com tempo de infecção;
○ Resposta ao tratamento.
Titulação pode correlacionar com atividade de doença:
Teste não treponêmicos: Reações indiretas para tentar identifica a bactéria da sífilis.
Faz o teste treponêmico primeiro, pois é tão quanto sensível que o não treponêmico, mas é 
muito mais específico, então tem um VPP alto. Então confia mais nesse teste. O teste não 
treponêmico tem muita perturbação, primeiro que o exame do ponto de vista logístico é 
muito laborioso, difícil de ser realizado, precisa de microscópio, um olho bem treinado para 
avaliar aglutinação e ver se as diluições foram feitas corretamente. Segundo que vários 
anticorpos podem confundir e aglutinar simulando um VDRL positivo, como pessoas que tem 
• FTA-Abs (mais conhecido) / ELISA / 
Imunocromatografia (teste rápido - da imagem) / 
Imunofluorescência / TR;
 Metodologias: 
 Alta sensibilidade e especificidade;
Não servem para acompanhamento, pois uma vez positivo 
sempre positivo. Sempre tem resposta de anticorpo positivo.

 Página 9 de INFECTO 
anticorpos podem confundir e aglutinar simulando um VDRL positivo, como pessoas que tem 
doenças reumatológicas, autoimunes, na gestação, então temos muita perturbação nesse 
exame, temos muitos falsos positivos. Mas é um teste que não está em desuso, pois uma vez 
que temos o teste treponêmico positivo é fundamental acompanhamento pois ele que faz a 
titulação e o controle de tratamento. Então, a medida que você trata os títulos tendem a 
cair, a titulação é muito importante pois se relaciona com a atividade da doença, se eu tenho 
a sífilis tratada eu não terei título de VDRL acima de 1:8, que é o corte. Então é muito 
importante essa avaliação do teste não treponêmico para acompanhamento. Logo, o teste 
treponêmico é diagnóstico e não treponêmico acompanhamento.
Fluxograma para o manejo da sífilis, utilizando apenas teste rápido (MS):
Esse é o fluxograma do MS em que vamos fazer a sequencias dos testes diagnósticos da sífilis. 
Então temos o teste rápido (fácil de ser realizado, em 10-15 minutos está pronto e tem em 
toda UBS). Positivo: primeira pergunta a ser feita é “já tratou sífilis alguma vez?” se nunca 
tratou, vai tratar. E se muitas das vezes o paciente é assintomático vamos considera latente 
tardia, a não ser que ele tenha um teste negativo em menos de 1 ano. E ai entra o VDRL 
para acompanhamento, então o ideal é que tenha feito ele antes do tratamento para 
contagem de titulação e depois repetir a cada 3 meses no 1º ano e a cada 6 meses no 2º ano 
para poder ver a resposta do tratamento. 
- História natural - testes:
 Página 10 de INFECTO 
Por fim, também temos a história natural dos testes e isso é importante entender também 
da forma como a sífilis é dinâmica. Teste treponêmico as vezes demora um pouco a ser 
positivo até 4 semanas, ou seja, quando o paciente chega com uma lesão de cancro duro entre 
10-15 dias da inoculação, faço o teste treponêmico e o teste deu negativo não exclui a doença 
pois a titulação do teste treponêmico fica boa após quatro semanas. Existem pacientes que 
vão tratar e vão ficar com uma cicatriz sorológica, com titulações baixas de VDRL (no máximo 
de 1:8).
Tratamento: De acordo com a classificação clínica da sífilis
-
 Penicilina G benzatina, 2.400.000UI, IM, dose única (1.200.000UI, IM, em cada 
glúteo).
Sífilis primária ou latente precoce:
-
 Penicilina G benzatina, 2.400.000UI, IM, 1 vez por semana, 3 semanas (dose total de 
7.200.000UI).
Sífilis tardia (latente e terciária): sífilis secundária ou latente tardia ou terciária sempre serão 
6 ampolas ou 6 aplicações, um total de 7 milhões de unidade e sempre uma em cada bumbum 
uma vez por semana por 3 semanas
-
 Doxiciclina 100 mg 12/12 h por 14 a 21 dias, Azitromicina 2g dose única*, ceftriaxona 1g 
1x dia 10 a 14 dias - Azitromicina pode tratar mas não é o melhor tratamento, tem 
uma taxa de cura em torno de 60 a 80%. E a ceftriaxona pode tratar também somente 
a neurossífilis porque ela atravessa a barreira hematoencefálica só que a dose é 2g por 21 
dias. 
Alérgicos à penicilina:
Então são dois tipos de tratamento, com 2 ampolas sendo primária e precoce, ou 6 ampolas a 
tardia, terciaria ou secundária. 
- Neurossífilis:
 Página 11 de INFECTO 
Lembrando que neurossífilis a penicilina benzatina não atravessa a barreira hematoencefálica, 
então é a dica que eu dei, você tratou o paciente e ele tinha um VDRL de 5 pra 128 e em 
3 meses o VDRL dele fica 1 pra 128, em mais 3 meses ele fica 1 pra 128, e ai você pergunta 
se ele tratou com as medicações? Mais importante, teve novas exposições? Tratou o parceiro? 
Teve novo sexo desprotegido? Ele responde que não, aí pode ser a sífilis neurológica que a 
benzetacil não passa a barreira, e o que vai tratar a neurossífilis é a penicilina cristalina, 18 a 
24 milhões de unidadede 4 em 4 horas por 10 a 14 dias, ela só é aplicada a nível hospitalar 
então o paciente tem ficar internado para tratar. Alternativas delas que eu já comentei no 
outro slide é a ceftriaxona na dose de SNC, 2G de 10 a 14 dias e a Doxiciclina que também 
pode tratar neurossífilis mas não é a primeira escolha. Então, neurossífilis é a penicilina 
cristalina que é a primeira escolha.
-
 VDRL no mês 0, 3, 6, 12 e 24 - VDRL a cada 3 meses no primeiro ano e um VDRL a 
cada 6 meses no segundo ano;
 FTA (Abs) não é adequado para seguimento - uma vez positivo ele vai ficar positivo pra 
sempre;
 VDRL cai mais lentamente nas formas tardias - nas formas mais tardias, principalmente 
o paciente que tem sífilis a mais tempo o VDRL pode cair mais lentamente;
 VDRL pode não negativar - e isso é uma das coisas que mais chega no ambulatório, o 
paciente que tratou sífilis e o VDRL tá 1 pra 2 e o médico trata de novo, aí mais 6 
meses o VDRL 1 para 2 trata de novo, isso é cicatriz e não tem que tratar, sífilis até 1 
para 8 pode ser cicatriz e não tem necessidade de retratamento, vira e mexe tem caso 
de gente tratando sífilis infinitamente, sendo que na verdade é uma cicatriz e ele pode 
ficar positivo;
 Se VDRL não baixar  LCR - Se o VDRL não cai a titulação acima de 1 pra 8 -> 
punciona o líquor porque ele pode estar com neurossífilis, e antes de puncionar o líquor 
sempre lembra da reinfecção. Porque as vezes trata mas ai não trata o parceiro, por 
vergonha, por nova exposição... e ai não adianta, se teve nova exposição primeiro trata a 
adquirida e ai só depois se o paciente de fato não tiver uma nova exposição a gente vai 
tratar a neurossífilis e/ou pensar em neurossífilis; 
 Lembrar da reinfecção  investigar e tratar o parceiro(a).
Acompanhamento - Sífilis Adquirida: O segmento então, depois que fez o diagnóstico, o 
acompanhamento é por dois anos, sendo que faz o:
Obs.: O VDRL é um teste muito rudimentar para diagnóstico de sífilis, ele é uma reação 
antígeno-anticorpo, mas não é um ac especifico, é um ac indireto. Então você pega o sangue 
do paciente, tira o soro e coloca num reagente que vai fazer uma aglutinação para ver se 
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do paciente, tira o soro e coloca num reagente que vai fazer uma aglutinação para ver se 
aglutinou ou não, aglutinação é como se fosse um ajuntado mesmo de anticorpos, vai causando 
um enovelamento, só que esse ajuntado não é específico, vai juntando anticorpos de outras 
doenças e então muitas das vezes a gente não consegue dizer que é um anticorpo 
verdadeiramente da sífilis, e por ser um anticorpo indireto quanto mais tempo de doença 
menos circulando o treponema tá no organismo, ele já está mais invadindo as vísceras, já está 
mais dentro do tecido. Então eu tenho menos reação de anticorpo inespecífico no sangue e a 
tendência é de que o VDRL vai caindo ao longo do tempo porque eu tenho menos treponema 
circulando, menos infectividade, consequentemente menos anticorpo inespecífico, mas o 
anticorpo específico fica.
Sífilis em Gestantes:
 Gestante que durante o pré-natal/parto/puerpério apresente evidência clínica de sífilis 
e/ou VDRL reagente, com FTA (Abs) reagente ou não realizado - na gestação, mesmo 
que o VDRL venha falso positivo (porque a gente tem o chamado período da lua cheia 
em que a gente tem vários anticorpos que podem simular o VDRL, porque são anticorpos 
inespecíficos), se tem VDRL na gestação pelo risco de transmissão da sífilis congênita vai 
ser considerado como sífilis e a gestante tem que ser tratado, isso tem que estar bem 
claro mesmo que o VDRL possa ser um falso positivo.
- Definição de caso: É muito importante e isso estar bem claro para o pessoal da pediatria e da 
ginecologia e obstertrícia
 É doença de notificação compulsória - tanto na adquirida quando na gestação. E isso 
mudou um pouco porque a adquirida não era de notificação compulsória, agora todo o 
tipo é de notificação compulsória;
 Todo caso deve ser notificado à VE pelo preenchimento e envio da ficha de notificação e 
investigação epidemiológica de caso de sífilis em gestantes.
- Notificação e investigação:
 VDRL (e se possível FTA-Abs) no I e III trimestre - Então, pelo acompanhamento pré 
natal, VDRL primeiro e terceiro trimestre, mas o ideal serial fazer o teste específico que 
o teste treponêmico.
○ Com FTA + ou não disponível, se já não houve tratamento anterior
 Tratar qualquer valor + do VDRL: Qualquer valor de VDRL na gestação vai ser 
considerado sífilis e tem que ser tratado, e aquela regra vale (e é menor que 1 ano sífilis 
precoce, e se for maior que um ano 6 ampolas, sífilis tardia). 
 Controle mensal do VDRL após tratamento - Na gestação, ao invés do controle do VDRL 
ser a cada 3 meses, na gestação por ser um período mais curto a gente faz o 
acompanhamento com o VDRL a cada mês, sendo um acompanhamento mensal; 
 Diminuição do valor  resposta de cura - tem que ter queda de pelo ou menos um 
título na titulação do VDRL (então se era 1:128, tem que ir para 1:64, e assim 
suscetivelmente), tem que ter essa diminuição na resposta da curva;
 Aumento do valor (4x o pré tratamento)  falha terapêutica  retratar - se houver 
aumento no valor, até 4x do valor pré tratamento, vamos considerar como falha 
terapêutica e tem que ser tratado novamente. Isso é comum demais, porque na maioria 
das vezes trata-se a gestante mas não trata o parceiro e aí tem sexo, tem uma nova 
- Tratamento:
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das vezes trata-se a gestante mas não trata o parceiro e aí tem sexo, tem uma nova 
transmissão e tem aquele looping de sífilis. Então tem que tratar o parceiro sempre.
Estadiamento Penicilina G Benzatina Intervalo entre
as séries
Controle de 
cura
(sorologia)
Sífilis primária ou 
precoce
1 série
Dose total: 2.400.000UI IM
Dose única VDRL mensal
Sífilis secundária ou 
terciária ou tardia ou 
com duração ignorada
3 séries
Dose total: 7.200.000UI IM
1 semana VDRL mensal
○ Tratamento realizado com qualquer medicamento que não seja a penicilina -
Qualquer tratamento que não seja com benzetacil;
○ Tratamento incompleto, mesmo tendo sido feito com penicilina - Então ela tinha 
que tomar 6 ampolas e tomou 4. Ou então ela tinha tomar 6 ampolas uma vez 
por semana e tomou nas duas primeiras e falhou nas outras duas;
○ Tratamento inadequado para a fase clínica da doença - Às vezes ela estava numa 
sífilis tardia e tratou só com duas ampolas;
○ Instituição de tratamento dentro do prazo dos 30 dias anteriores ao parto -
Também é inadequado porque não deu tempo de fazer a viragem, então se a 
gestante fez o tratamento a menos de 30 dias mesmo que seja com benzetacil não 
é tratamento adequado.
○ Ausência de documentação de tratamento anterior - Senão consegue a 
documentação de que sífilis já foi tratada, por exemplo a gestante chega com um 
VDRL de 1:2, e fala que já tratou sífilis, mas cada a documentação? Senão tiver 
documentado tem que tratar de novo; 
○ Ausência de queda dos títulos (sorologia não treponêmica) após tratamento 
adequado;
○ Parceiro não tratado ou tratado inadequadamente ou quando não se tem a 
informação disponível sobre o seu tratamento.
 Tratamento inadequado: Essa é uma definição muito importante, que é quando a gente 
vai considerar sífilis gestante adequadamente tratada, somente se considera 
adequadamente tratada quando ela tratar com benzetacil, se ela não tratar com 
benzetacil e utilizar algum outro tratamento não pode ser considerado como 
adequadamente tratada, e isso é importante porque isso vai impactar diretamente no 
fluxograma de avaliação do risco de sífilis congênita. As primeiras perguntas são, sífilis 
adequadamente tratada? Sim ou não? Então o que é um tratamento inadequado?
Aqui é aquilo que a gente já comentou, o tratamento não muda. Duas ampolas na primaria ou 
precoce, e seis ampolas na tardia, secundaria ou terciaria.
○ Em caso de alergia, realizar testes cutâneospadronizados e dessensibilizar quando 
confirmada a atopia;
 Hipersensibilidade à penicilina: Normalmente vai ser recomendado fazer uma 
dessensibilização porque o tratamento adequado é benzetacil e ponto final.
Então isso vai ser importantíssimo principalmente no fluxograma da sífilis congênita.
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confirmada a atopia;
○ Alternativamente, em caso de alergia comprovada a penicilina, pode ser utilizada a 
eritromicina (estearato) 500mg – 1 comprimido, de 6 em 6 horas, via oral, por 15 
dias (sífilis recente) ou 30 dias (sífilis tardia) - Tem que acompanhar com 
alergologista, com laboratório de infecções congênitas que pode ajudar nessa 
resposta. Senão fizer dessensibilização e não tratar com benzetacil ´r considerado 
tratamento inadequado;
○ Deve-se proporcionar a todos os portadores de IST a realização de testes anti-HIV, 
mediante aconselhamento;
○ Tratar novamente em caso de interrupção do tratamento ou quadruplicarão dos 
títulos (ex.: de 1/2 para 1/8).
Obs: Se teve diagnóstico de sífilis na gestação é VDRL todo mês independente do tratamento.
Sífilis congênita:
- Disseminação hematogênica T. pallidum da gestante infectada para o concepto por via 
transplacentária; 
- Pode ocorrer em qualquer fase gestacional ou estágio da doença materna - lembrando que na 
sífilis terciária, na sífilis mais tardia tem menos treponema e tem menos chance de 
transmissão; 
- Maior transmissão nas fases iniciais da doença - a maior transmissão da doença é nas fases 
iniciais da gestação e nas fases iniciais da sífilis;
-
 Abortamento; Óbito fetal; Morte neonatal; Nascimento de crianças com sífilis.
A contaminação do feto pode ocasionar vários desfechos:
○ Quando o T pallidum ou seu material genético é constatado fisicamente em 
amostras de lesões, líquido amniótico, cordão umbilical ou de tecidos oriundos da 
necropsia 
 Caso confirmado: 
1. RN ou criança cuja mãe contaminada não tenha sido tratada ou o foi de forma 
inadequada; 
○
2. RN ou criança exibindo teste treponêmico positivo e algumas das seguintes 
alterações: evidência de sífilis congénita ao exame físico; alterações radiológicas; 
VDRL positivo no líquor; elevado conteúdo de proteínas ou leucocitose no líquor, na 
ausência de outras causas; IgM positiva para lues;
○
3. Natimorto sifilítico — morte fetal ocorrida em gestação de mais de 20 semanas 
ou feto com peso superior a 500g, nascido de mie com sífilis não tratada ou 
inadequadamente tratada. 
○
Caso presuntivo: quando pelo menos um dos seguintes parâmetros está presente: 
Definição de caso: isso é para ser consultado, ninguém vai decorar como é o caso definido de 
sífilis congênita, mas aí tem uma importância, toda vez que tem um caso confirmado em que 
a mãe não foi tratada adequadamente e a gente vai ter que fazer esse rastreamento da sífilis 
congênita.
-
-
 Qualquer fase da gravidez e em qualquer estágio da doença - porém mais importante nas 
fases iniciais;
Transmissão:
Principais manifestações:
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-
○ É a criança nascer com Sepse neonatal (anemia, hemorragia e icterícia);
○ Lesões muco-cutâneas (lesões com exantema máculo-papular disseminado, lesões 
bolhosas em palma e planta dos pés, fissuras peri orais e peri anais), ósseas, 
paralisia cerebral - ou que já nasce com teratogenicidade.
 Precoce - até os 2 anos de vida: 
Principais manifestações:
-
 VDRL de sangue periférico de RN de mãe VDRL +;
 Notificar os casos de sífilis congênita, inclusive natimortos.
Diagnóstico:
Organograma da sífilis congênita: IMPORTANTE ENTENDER
• Tríade de Hutchinson (dentes 
de Hutchinson + ceratite 
intersticial + lesão do VIII par 
craniano);
• Nariz em sela (Alterações da 
face);
• Tíbia em sabre.
 Tardia - após os 2 anos: 
 Página 16 de INFECTO 
Organograma da sífilis congênita: que é importantíssimo a gente saber porque aqui entra a 
primeira pergunta que eu falei: 
Vai considerar a sífilis tratada adequadamente ou não tratada adequadamente? 
- Se ela é não tratada adequadamente vocês vão observar que independer do RN ser sintomático 
ou assintomático ele vai tratar, ou seja eu vou tratar sífilis congênita. O RN vai ter que ser 
internado, vai fazer exame e normalmente vai ser usar cristalina.
-
○ Se o líquor estiver normal penicilina benzatina;
○ Líquor alterado (neurossífilis)  penicilina cristalina;
 Se o RN for sintomático  tratar sempre. 
○ VDRL do RN menor que o materno (VRDL negativo)  posso apenas fazer o 
seguimento e tratar, porque a mãe foi tratada adequadamente e não tenho 
evidencia de infecção no bebe;
○ Se o VDRL é maior que o materno ou menor ou igual ao materno  sempre vai 
fazer o exame, com a investigação completa do RN (RX, punção lombar...)  se 
alterado vai tratar com penicilina cristalina, como tratamento de neurossífilis; Se 
não tiver alterado, se o líquor do RN tiver normal eu posso tratar só como sífilis 
adquirida e posso usar benzetacil, isso considerando uma mãe adequadamente 
tratada.
 Se o RN é assintomático aí eu vou pro VDRL: 
Se a mãe é adequadamente tratada vai depender: 
Considerações: Algumas considerações importantes no que se refere ao tratamento da sífilis, 
uma coisa que é muito frequente de acontecer quando se usa benzetacil no tratamento da 
sífilis é essa reação:
Reação de Jarisch-Herxheimer: é a morte dos treponemas em que há uma reação inflamatória 
tão grande que o paciente tem um exantema máculo-papular difuso associado a muito prurido, 
-
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tão grande que o paciente tem um exantema máculo-papular difuso associado a muito prurido, 
as vezes até exacerba as lesões cutâneas que ele já tinha da sífilis secundária, e ai o paciente 
pode ter febre, dor articular, dor no corpo, mas vai ter uma regressão espontânea de 12 a 
24 horas. O problema disso é que muitas vezes essa reação é confundida com uma reação 
anafilática, ou de farmacodermia, e aí fala que o paciente ter alergia penicilina e isso é um 
grande crime porque é o tratamento da doença, então tem que ficar atento senão é essa 
reação em que o paciente vai ter uma exacerbação com essa remissão espontânea em 24 
horas.
 A prevalência de sífilis é até oito vezes mais elevada em PVHA. As úlceras genitais 
podem facilitar a transmissão sexual e perinatal do HIV. A quebra da integridade da 
mucosa é via de entrada para o vírus, aumentando a probabilidade de infecção pelo HIV.
- Sífilis e HIV: É um binômio que facilita a doença pros dois, vamos ver HIV na próxima aula. E 
toda vez que eu fizer diagnóstico de sífilis eu tenho que fazer o teste pra HIV e vise versa.
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