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CONCEITO • Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clinica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender as necessidades metabólicas tissulares, ou pode faze-lo somente com elevadas pressões de enchimento → coração é incapaz de oferecer a quantidade de oxigênio para os tecidos, ou só o fazer com elevadas pressões de enchimento do ventrículo esquerdo em repouso ou no exercício • Maioria das IC: baixo débito • IC de alto débito: tireotoxicose, anemia, fístulas arteriovenosas e beribéri • Pode ser causada por anormalidade na função sistólica (reduz volume sistólico) ou pode ser causada por anormalidade na função diastólica (defeito no enchimento do ventrículo) • Em muitos pacientes coexistem IC sistólica com IC diastólica Disfunção Sistólica: problema para ejetar o sangue Disfunção diastólica: problema para encher o coração IC COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO REDUZIDA: • Tamanho do coração aumentado (dilatado) • B3 • IC sistólica IC COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO PRESERVADA: 1. Tamanho do coração reduzido 2. Hipertensão arterial que não dilatou, doenças de depósito, obesidade com apneia do sono, diabético 3. B4 4. IC diastólica *No coração dilatado → aumentamos força de contração. *No coração hipertrofiado → diminuir a frequência ao máximo para dar tempo de o sangue entrar A IC pode ser classificada de acordo com: 1. Fração de ejeção (preservada, intermediária e reduzida) 2. Gravidade dos sintomas (NYHA) 3. Tempo e progressão da doença (estágios A,B,C,D). IC ESQUERDA (RELEMBRANDO) IV Esquerda → ↓ esvaziamento do VE → Congestão pulmonar Dispneia Dispneia de cheyne-stokes Tosse Insônia Expectoração hemoptoica Asma cardíaca Estertores pulmonares. Edema pulmonar agudo Taquicardia Noctúria Ritmo de galope Fadiga Convergência pressórica Astenia Irritabilidade Dispneia de esforço Ortopneia DPN IC DIREITA IV Direita → Hipertensão venosa → Dificuldade do retorno venoso → ↓ Débito Estase jugular Hepatomegalia Edema Derrames cavitários Cianose central e periférica Taquicardia Ritmo de galope Fadiga Irritabilidade Jugulares ingurgitadas Refluxo hepatojugular Insônia Oliguria Nocturia Astenia Edema de MMII Disfunção sistólica Disfunção diastólica 60-70% 30-40% Principal causa: cardiopatia isquêmica Principal causa: HAS Outras causas: cardiopatia dilatada Outras causas: miocardiopatias restritivas B3 B4 RX de tórax: cadiomegalia RX de tórax: normal ECO: FE diminuída ECO: FE normal **Quando temos dispneia de origem cardíaca temos dois grandes mecanismos, que são os mecanismos do edema. O primeiro mecanismo é aquele da IVE → que gera congestão nas veias pulmonares → congestão no pulmão. Já quando é ICD temos a congestão sistêmica (membros, fígado, ascite). Quando eu tenho ICD sozinha (o que é raro), não tem congestão pulmonar, por que ela não está jogando o sangue para frente (que seria pulmão) e sim para traz. Na teoria é muito fácil diferenciar ICD da ICE, na prática a IC é global, se você tem ICE → hipertensão pulmonar → ICD. EPIDEMIOLOGIA Prevalência: • 23 milhões → Mundo • 550 mil novos casos → EUA • Risco individual: 20 a 30% de desenvolver IC ao longo da vida - principalmente acima dos 60 anos MORTALIDADE • Sobrevida de 50% em 5 anos • Sobrevida de 10% em 10 anos • Disfunção ventricular: principal fator que leva a essa elevada mortalidade aos pacientes • Ultimamente: avanços na medicação - melhora da mortalidade • A principal causa que leva esse grande número de óbito nos pacientes é essa disfunção ventricular HOSPITALIZAÇÃO • 1 Milhão de hospitalizações no EUA • 25% das altas, internam novamente em 30 dias → ou seja, é uma doença que gera muito gastos para o serviço de saúde ETIOLOGIA • DAC (doença arterial coronariana) - 36 a 68% • HAS – 30% • Obesidade e DM *na clínica, são aqueles pacientes que apresentam comorbidades em sua maioria EPIDEMIOLOGIA NO BRASIL • MS, 2007 – a IC representa 40% das internações; • 70% em indivíduos maiores de 70 anos • Etiologia – Chagas e FR (febre reumática) → insuficiência cardíaca de origem valvar ETIOLOGIA ISQUEMICA – PRINCIPAL CAUSA • Fatores de risco para DAC (queixas de angina, dispneia ao esforço que melhora ao repouso) • História de IAM/RM/ATC • Alterações de ECG → ausência de progressão da onda R (se olhar de V1-V6 ele vai estar só negativo, sendo que deveria ser negativa e ir positivando, pode indicar uma perda de massa muscular devido a uma área de fibrose por conta de infarto prévio) • Alteração de ECOTT → o acinesia de parede o discinesia de parede (coração todo está contraido e a aquela região está relaxada) o hipocinesia (está batendo, porém com uma força menor em comparação com o resto do miocárdio) ETIOLOGIA ALCOÓLICA • Etilista crônico de longa data • Ingesta de > 90g/dia de álcool • 8 doses por > 5 anos • Dispneia paroxística noturna, edema de membros inferiores → sintomas comuns • Exclusão de outras causas → lembrar de excluir causas isquêmicas, pois o tratamento muda! ETIOLOGIA CHAGÁSICA • Antecedente epidemiológico (perguntar onde nasceu → nascido e minas gerais, norte da Bahia, criado em fazenda, habitação de pau-a-pique • Sorologias para chagas → teste machado e guerreiro • Alteração no ECO • Alteração no ECG ECG TIPICO DE CHAGAS *V1/V2: Presença de R linha (sinal da torre) → BRD *Atraso da onda S em V5/V6 → BDAS (boqueio divisional ântero-superior) – D2, D3 E AVF com QRS negativo * V3: tem quase um BAV 1ª *Bloqueio trifascicular → BRD + BAV 1ª + BDAS ETIOLOGIA MIOCARDITE • História recente de infecção viral • IC de início recente: < 2 meses • Exclusão de outras causas • Comum em jovens (queixa de DPN, dispneia, edema de membros inferiores, raio x com cardiomegalia, eco com fração de ejeção diminuída) ETIOLOGIA HIPERTENSIVA • História de HAS • Exclusão de outras causas → excluir causas isquêmicas DIAGNÓSTICO • Anamnese + EF → É O SUFICIENTE (não preciso obrigatoriamente de um eco ou um raio x) • Dispneia noturna → seria aquele paciente que apresenta uma certa dificuldade para realizar as atividades normais como por exemplo subir uma ladeira, andar uma distância um pouco mais longa, e a noite quando vai se deitar ele apresenta uma sensação de afogamento, faltando fôlego • Dispneia paroxística noturna • Edema maleolar → seria aquele edema que o paciente já acorda com a perna edemaciada e que vai piorar no final do dia. • “Gripe que não passa “ → paciente relata que está há dias com tosse seca, febre, indisposição SINAIS E SINTOMAS DE IC Sintomas típicos Sintomas menos típicos Dispneia Tosse noturna Ortopneia Ganho de peso DPN Perda do apetite e do peso Cansaço, fadiga Noctúria Intolerância ao exercício Oligúria Sinais mais específicos Sinais menos específicos Pressão venosa jugular ↑ Crepitações pulmonares Refluxo hepatojugular Taquicardia B3 Hepatomegalia e ascite Ictus desviado para esquerda Extremidades frias Edema periférico CRITÉRIOS BOSTON • 8 a 12 → Definitivo • 5 a 7 → Possível • < 4 → Improvável Obs: Sensibilidade de 50% e Especificidade de 78% CRITÉRIO DE FRAMINGHAN • 2 maiores ou • 1 maior + 2 menores PROVAS DE RESIDÊNCIA: → CRITÉRIO MENOR • Edema maleolar bilateral → pode acontecer também em doenças renais • Tosse noturna • Dispneia aos esforços habituais → pode ser por causa cardíaca ou pode ser devido a uma anemia por exemplo • Derrame pleural → o da IC ocorre mais do lado direito EXAMES COMPLEMENTARES QUE VÃO NOS AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO Existem dois exames importantes de serem solicitados na primeira avaliação do paciente com IC ECOTT - ECOCARDIOGRAMA TRANS TORÁCICO (EXAME DE ESCOLHA) • Avalia função ventricular E e D • Disfunção Diastólica – a avaliação da disfunção diastólicatem uma importância naqueles pacientes que tem uma fração de ejeção preservada. Aqueles pacientes que apresentam uma fração de ejeção preservada em torno de 80% (normal), mas porque esse paciente apresenta manifestações? Por que os critérios de framigham desse paciente deu positivo? - Porque o coração desse paciente não consegue relaxar, com isso aumenta a pressão diastólica, que aumenta consequentemente a pressão no átrio e consequentemente aumenta a pressão pulmonar e aumentando a pressão pulmonar, esse pulmão fica congesto, dificultando as trocas gasosas justificando a dispneia relatada pela maioria dos pacientes. • Tamanho de cavidades: conforme a progressão das câmaras cardíacas • Função valvar: mitral e aórtica principalmente PEPTÍDEOS NATRIURÉTICOS • BNP e NT-próBNP • Esse exame auxilia nos casos que as vezes ficamos na duvida diagnóstica, por exemplo – será que essa dispneia é proveniente de um quadro pulmonar ou de um quadro cardiológico? • Esse exame também nos proporciona avaliar o prognóstico do paciente, por exemplo, se um paciente tem um BNP muito elevado, mostra que esse paciente está descompensado e apresenta um quadro mais grave da IC • BNP: Quando estiver na duvida se a dispneia é cardiogênica ou pulmonar (naqueles pacientes que o paciente é tabagista de longa data, com diagnostico de DPOC e está com queixa de dispneia, ai você ausculta tem estertor em base, que pode ser de IC ou da DPOC, estase jugular discreta, você fica na dúvida, ai dosa o BNP (se estiver aumentado é de origem cardíaca, se vier normal é por causa pulmonar) • Podem estar aumentados em: Idoso, DRC, Anemia • Podem estar diminuídos em: obesidade CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL – NYHA Quanto pior a classificação funcional, pior a chance de mortalidade do paciente I. Paciente que não sente dispneia ao realizar atividades (cansa só com ladeiras íngremes) II. Paciente que apresenta dispneia aos grandes esforços (cansa já no plano) III. Paciente que apresenta dispneia aos mínimos esforços (cansa no banho, penteando cabelo) IV. Dispneia mesmo que parado, por exemplo assistindo TV É importante realizar essa classificação funcional de nossos pacientes, justamente porque quanto pior a classificação funcional, pior a mortalidade do paciente, é com isso que conseguimos avaliar nosso tratamento. Por exemplo, chega um paciente com IC para nós, que apresenta classificação funcional III e iniciamos o tratamento, após 1 ou 2 semanas, devemos reavaliar esse paciente e se, ele ainda for classificado como classe funcional III, devemos fazer um tratamento mais agressivo para esse paciente, pois o esperado era que ele melhora-se pelo menos para II. CLASSIFICAÇÃO CONFORME O ESTAGIO DA DOENÇA ESTAGIO A Paciente com potencial risco para desenvolver IC, mas que ainda não apresenta alteração estrutural ou sintoma de IC. Ex: paciente obeso, paciente hipertenso, paciente tabagista, paciente dislipidêmico, diabético. São nesses casos que devemos atuar, na prevenção, tratando de forma correta esses fatores de risco para que esse paciente daqui 5 anos não desenvolva um quadro de IC (PREVENÇÃO PRIMÁRIA) → considerar controle de fatores de risco ESTAGIO B Paciente que já possui alguma alteração estrutural do coração, mas sem sintomas de IC. Ex: Já tem uma hipertrofia do septo, já tem uma fração de ejeção reduzida, mas ainda não manifestou sintomas → Considerar IECA, B-BLOQUEADOR, e ANTAGONISTAS MINERALOCORTICOIDES + medidas preventivas do estágio A ESTAGIO C Paciente que já tem alteração estrutural e tem sintomas prévios ou atuais de IC → Restrição salina (até 7g de sódio por dia) e restrição hídrica + mesmas medidas do estágio A. → Tratamento clínico otimizado, medidas adicionais, considerar TRC, CDI, tratamento cirúrgico e manejo com equipe multidisciplinar ESTAGIO D: Pacientes refratários ao tratamento convencional (clínico) (pacientes com classificação funcional classe 3 ou 4). Requer intervenção especializada. Já estão com dose máxima de medicações, já parou de beber/fumar e não melhora apesar de tratamento otimizado → considerar todos acima, transplante cardíaco e dispositivos de assistência ventricular RESUMINDO A → Paciente com alto risco de desenvolver IC devido a presença de condições clínicas associadas ao desenvolvimento dessa enfermidade. Tais pacientes não apresentam nenhuma alteração funcional ou estrutural do pericárdio, miocárdio ou de valvas cardíacas e nunca apresentaram sinais ou sintomas de IC B → Pacientes que já desenvolveram cardiopatia estrutural sabidamente associada a IC, mas que nunca exibiram sinais ou sintomas de IC C → Pacientes com sintomas prévios ou presentes de IC associada a cardiopatia estrutural subjacente D → Pacientes com cardiopatia estrutural e sintomas acentuados de IC em repouso, apesar da terapia clínica máxima, e que requerem intervenções especializadas PERFIL HEMODINÂMICO • Importante no pronto socorro Exemplo: Paciente chega com queixa de dispneia. Devemos classificar então qual perfil hemodinâmico que o paciente se encaixa, porque através disso vamos propor um tratamento para ele. PERFIL A: Paciente que está quente (bem perfundido) e seco (não está congesto). Através da perfusão podemos falar se o paciente é quente ou frio. Congestão nos indica se o paciente esta seco ou úmido (congesto). Esse perfil é o melhor para o paciente (o menos grave), geralmente esse paciente não vai nos procurar no pronto-socorro PERFIL B: Paciente está quente e úmido – esse tipo de perfil é comum em pacientes que esqueceram de tomar medicamento durante o final de semana, relata que no final de semana exagerou na comida e bebida PERFIL C: É o perfil mais grave, que apresenta maior mortalidade. É o paciente frio e úmido. É o paciente que está mal perfundido e está congesto PERFIL L: É o paciente que está frio e seco - sem congestão, e está com uma perfusão inadequada. Como isso ocorre? Um paciente por exemplo que tem uma insuficiência cardíaca e teve um quadro de JECA (vomito e diarreia) que proporcionou a desidratação dele. Essa desidratação leva a uma descompensação desse quadro clinico, faz uma perfusão inadequada e o paciente acaba procurando-nos, médicos no pronto socorro. COMO SERÁ A ABORDAGEM PARA ESSE TIPO DE PACIENTE? • Líquido, ou seja, vamos fazer soro para esse paciente de forma lenta e gradual até ele alcançar de novo a volemia em estagio padrão Exemplo: Paciente atendido em pronto-socorro que tenha uma história clínica de cansaço aos esforços moderados, há 3 meses, com tosse seca, edema maleolar, com piora há 5 dias, dispneia noturna e que ao exame físico apresenta estertores creptantes basais na ausculta pulmonar, palidez cutânea, extremidades frias e pressão arterial de 80/60 mmHg. • Qual seria a classe funcional desse paciente? Classe funcional 2 (Paciente apresenta 1 critério maior, e dois critérios menores) • Qual seria o perfil hemodinâmico desse paciente? Perfil hemodinâmico C CLASSIFICAÇÃO DE EJEÇÃO FEVE ≥ 50% ICFEp: IC com fração de ejeção preservada FEVE 40-49% ICFEi: IC com fração de ejeção intermediária FEVE < 40% ICFEr: IC com fração de ejeção reduzida FISIOPATOLOGIA • ICFEr → Progressivo remodelamento excêntrico do VE → Mecanismo de Frank-Starling • Esses dois fatores levam a → Remodelamento Cardíaco • Sistemas Neuro-hormonais *Mecanismo de Frank – Starling – Conforme temos o estiramento da fibra cardíaca, a função ventricular também aumenta, ou seja, quanto mais estira a fibra cardíaca, maior é a força de contração. Entretanto, chega à um determinado ponto, que essa compensação não existe mais, ou seja, quanto maior o estiramento, se superar o seu limite de estiramento, isso vai causar uma disfunção ventricular SISTEMAS NEURO-HORMONAIS • Atividade Adrenérgica e Sistema ReninaAngiotensina Aldosterona • esses dois mecanismos levam a: o Toxicidade direta a cardíaca o Aumento da FC e da contratildiade o Vasoconcstricao o Sobrecarga de volume • Essas alterações causadas por esses dois mecanismos, levam ao aumento do consumo de O2 + Aumento da tensão parietal levando a lesando do miócito e levando a hipertrofia cardíaca e a via final comum será a redução da contratilidade • Existem 4 mecanismos que influenciam no DC, e alteração em qualquer um desses, pode gerar IC: o pré-carga (retorno venoso) – desidratação... o pós-carga (resistência periférica) – HAS... o Contratilidade o FC – quanto maior a FC, maior o DC REMODELAMENTO O coração da foto representa um coração normal, com as distribuições das fibras cardíacas de forma normal e, conforme ele é submetido a uma agressão, ele passa dessa conformidade para a forma da foto à direita. Ou seja, as câmaras ventriculares ficam dilatadas, a fibras vai aumentando seu tamanho, elas vão perdendo a sua tonicidade, vai ficando mais flácida e isso permite que ela fique mais dilatada. PROGNÓSTICO • Depende: o Clínica o Hemodinâmica o Laboratório – é um paciente anêmico? É um paciente que tem DRC? ESCORES Seattle Heart Failure Model – Mortalidade em 1, 2 e 5 anos Tudo que está nessa tabela acima, influencia no prognóstico dos pacientes com IC. EXAMES COMPLEMENTARES ECG EM REPOUSO • Pouco provável um ECG normal em pacientes que já apresentam alguma alteração estrutural no coração • Recomendado para a avaliação inicial de todos os pacientes com IC • Pode avaliar alterações estruturais cardíacas como: hipertrofia ventricular esquerda, isquemia miocárdica, áreas de fibrose, distúrbios da condução atrioventricular, bradicardia ou taquiarritmias *Se eu tenho um paciente que já sofreu um infarto prévio, e ele apresenta uma Onda Q, ausência de progressão de Onda R, alterações de repolarização – Muito provavelmente é um paciente isquêmico. *DII com inversão de onda T, se olhar D3 e AVF, também vemos inversão de onda T. Isso significa que alguma coisa aconteceu em parede inferior. Se olhar o QRS dessas 3 derivações conseguimos ver ele totalmente negativo → paciente com queixa de IC e esse padrão → presumo que o paciente já teve infarto nesse território e que ficou com sequelas (perda de massa muscular devido a fibrose) → causa isquêmica *Essa deflexão negativa é a onda Q (patológica). Provavelmente esse paciente teve um infarto de parede inferior RX TÓRAX • Indicado para todos os pacientes com sinais e sintomas de IC → avalia cardiomegalia e congestão • Índice Cardiotorácico → através dele podemos avaliar cardiomegalia • Sensibilidade limitada, pois pode existir IC sistólica com índice cardiotorácico normal • Melhor uso em casos de IC aguda, na qual a congestão encontra-se mais acentuada • Pode fazer diagnóstico diferencial de causas pulmonares como: doença pulmonar intersticial, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), neoplasia pulmonar e pneumonia. ECOTT • Método de eleição para documentação da disfunção cardíaca inicial em pacientes com suspeita de IC • Fornece informações anatômicas e funcionais, além de ser de fácil acesso rápido e seguro • Não se recomenda a realização de ecocardiograma de forma rotineira nos pacientes com IC, mas sugere- se sua repetição naqueles pacientes que exibem mudança significativa de seu estado clínico, com descompensação da IC ou perante progressão de sintomas • Também deve ser considerada a realização de novo ecocardiograma 3 a 6 meses após o tratamento com medicações que modificam o prognóstico, para avaliação do remodelamento reverso e estratificação do prognóstico **ECOTE: Não é recomendado para avaliação rotineira dos pacientes com IC. Este método pode ser aplicado em contextos específicos, como nas doenças valvares que demandem melhor detalhamento anatômico ou funcional, suspeita de dissecção aórtica, investigação adicional em pacientes com endocardite infecciosa, cardiopatias congênitas complexas e investigação de trombo auricular em pacientes com fibrilação atrial (FA) candidatos à cardioversão elétrica. ERGOESPIROMETRIA (TESTE DE ESFORÇO CARDIOPULMONAR) • VO2 < 10 ml/kg/min → Alta mortalidade • Pulmão x Coração • Quanto maior o VO2 desse paciente, melhor o prognóstico desse paciente • VO2 < 10 já é uma indicação para transplante • Bom exame para conseguir diferenciar se é uma dispneia de origem cardíaca ou uma dispneia de origem pulmonar • Esse método de avaliação funcional é recomendado nos pacientes com IC avançada, como critério de avaliação prognóstica na triagem de pacientes candidatos à transplante cardíaco *Adicionalmente, este teste deve ser considerado em pacientes com IC, estáveis, em que a avaliação mais acurada da capacidade funcional é necessária para definição de estratégia terapêutica, ou naqueles em que a dispneia ou a intolerância aos esforços necessita de melhor investigação (relacionados a fatores pulmonares ou da musculatura esquelética). BNP E NT-próBNP • Produzido pelos ventrículos mediantes ao estresse parietal • Valores de BNP < 35 pg/mL ou NT-proBNP < 125 pg/mL praticamente excluem o diagnóstico de IC • Além do valor no diagnóstico da IC, os peptídeos natriuréticos apresentam importante valor prognóstico **Em pacientes em uso de sacubitril/valsartana, a monitoração deve ser feita por meio do NT-proBNP, uma vez que o sacubitril inibe a degradação do BNP, aumentando seus valores TRATAMENTO • Tratamento intensivo • Informações detalhadas ao paciente • Aderência ao tratamento • MEV – mudança do estilo de vida • Uso correto das medicações TRATAMENTO NÃO FARMACOLOGICO Baseia-se na mudança de estilo de vida desse paciente DIETA • Consumo máximo de 7g de sal/dia • Restrição hídrica – controverso (pois nenhum estudo comprova redução na mortalidade) – ficaria restrita aos pacientes que estão pouco sintomáticos (depende muito da classe funcional desse paciente e da fração de ejeção) → geralmente uma restrição máxima de 1L ao dia (contando água/suco/sopa etc.) *Perguntar quanto tempo dura o pacote de 1kg de sal (aí o paciente refere que 1kg dá para 30 dias, pegamos 1000g dividimos por 30, em seguida dividimos pela quantidade de pessoas que mora na residência) PERDA DE PESO • Curva em U: ou seja, paciente muito magro é prejudicial, assim como IMC acima de 35 ~ 40, torna- se prejudicial DROGAS • Cessar tabagismo • Uso restrito de álcool VACINAÇÃO • Influenza e Pneumococo • A vacinação dessas duas patologias melhora a morbidade desses pacientes porque melhoram o risco de infecção e diminuem os números de hospitalizações dos pacientes REABILITAÇÃO CARDÍACA Infelizmente ainda não está disponível no SUS • 40 A 70% do esforço máximo • 20 a 45 minutos • 3- 5x semanas • 8 a 12 semanas *Reabilitação cardíaca, seria pegar um paciente com IC, fazer o teste ergométrico desse paciente ou o teste ergoespirométrico, avaliar a frequência cardíaca desse paciente, avaliar a sua capacidade aeróbica e colocar esse paciente para treinar. Esse paciente vai trabalhar com uma frequência cardíaca em torno de 40-70% de esforço máximo. *Colocar um paciente em um centro de reabilitação, melhora a classificação funcional desses pacientes, melhora a aderência ao tratamento e diminui a morbidade. *Nos casos dos pacientes com insuficiência cardíaca, não temos efeitos sobre mortalidade, apenas melhora a qualidade de vida e morbidade. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO o 27%- IECA o 33% - Betabloqueador o 67% - Ant. Aldosterona DOSES • 3% - IECA – De todos os pacientes que toma IECA, somente 3% estão em doses adequadas • 28% - BB – De todos os pacientes que tomam BB, somente 28% estão em doses adequadas • 77%- Ant. Aldosterona (ESPIRONOLACTONA) IECAE BRA • Essas duas classes SEMPRE estarão presentes no tratamento de IC pois melhoram a mortalidade e morbidade • Preferência pelo IECA (Inibidor da enzima conversora de angiotensina – preferido na IC) • Intolerância ao IECA (10 a 20%) → Tosse seca persistente é a principal intolerância por parte dos pacientes – nesses casos eu troco por BRA • Iniciar dose baixa e aumentar progressivamente *Exemplo: a dose máxima do enalapril é 20mg 2x / 12h/12h. ao dia, entretanto, não devemos iniciar o tratamento do paciente receitando já 20mg de cara. Devemos iniciar com 5mg 12h/12h, após 1 ou duas semanas, devemos reavaliar o paciente, ele está bem? se sim, devemos aumentar mais um pouco a dose desse paciente pois sempre devemos almejar a dose máxima. *Agora se o paciente referir sintomas como hipotensão postural, ao utilizar, por exemplo 10mg, devemos reduzir um pouco a dose do fármaco e saber que a dose máxima desse paciente é até 10mg. SUSPENDER (TANTO NO IECA QUANTO NO BRA) • Cr > 3,5 mg/dl ; • K > 5,5 mEq/L; • ClCr < 20 ml/min m2 IECA DOSE ALVO PARA ICFEr Captopril 50 mg 3x/dia Enalapril 10-20 mg, 2x/dia Ramipril 10 mg, 1x/dia Lisinopril 20-40 mg, 1x/dia Perindopril 8-16 mg, 1x/dia *Captopril: dose inicial → 6,25 mg, 3x/dia *Enalapril: dose inicial → 2,5 mg, 2x/dia BRA DOSE ALVO PARA ICFEr Candesartana 32 mg, 1x/dia Losartana 100-150 mg, 1x/dia Valsartana 320 mg, 1x/dia *Candesartana: dose inicial → 4-8 mg, 1x/dia *Losartana: dose inicial → 25-50 mg, 1x/dia *Valsartana: dose inicial → 40-80 mg, 1x/dia BETABLOQUEADOR • Melhoram mortalidade e morbidade • Iniciar dose baixa e aumentar progressivamente • Asma/DPOC: Se o paciente apresentar alguma dessas patologias, devemos dar preferência por utilizar - BISOPROLOL ou NEBIVOLOL (seletivos para beta 1) porque são medicações mais cardiosseletivas. *Não que você só pode usar essas, se for um asmático bem compensado, você pode iniciar com um carvedilol, se não tiver nenhuma piora, você continua, agora se ele refere queixas você já troca por esses dois • No início do tratamento com BB o paciente pode ter piora dos sintomas, mas cerca de 2 semanas após o inicio do tratamento o paciente melhora *Se o paciente chegar muito descompensado para nós, nunca devemos iniciar o tratamento com betabloqueador, devemos tentar compensar a parte hemodinâmica desse paciente primeiramente. Devemos dar vasodilatadores (IECA ou BRA) e diurético (furosemida principalmente). BB DOSE ALVO PARA ICFEr Bisoprolol 10 mg, 1 vez/dia Carvedilol 50 mg, 2x/dia Succinato de metoprolol 200 mg, 1x/dia *Também tem o M-tartarato de metoprolol, porém o succinato se mostrou melhor nos estudos ANTAGONISTA RECEPTORES ADRENÉRGICOS • ESPIRONOLACTONA • Utilizamos ela em pacientes sintomáticos. O paciente apresentou qualquer sintoma, já introduzimos essa medicação, mesmo que o paciente apresente classificação de classe funcional II, já iniciamos essa medicação, independente da fração de ejeção desse coração. • CF II – IV • Disfunção Cardíaca • Efeito sobre mortalidade e re-hospitalização • Cuidado com a Espironolactona – Cr > 2,5 e/ou K > 5,9 → devemos retirar • Muito comum homens apresentarem ginecomastia dolorosa → suspender medicação LCZ696 • É um Inibidor da Neprisilina e do receptor da angiotensina (Sacubitril / Valsartana) • Nome comercial: ENTRESTO • Em um estudo foi comparado a utilização de Entresto com o Enalapril em alguns pacientes. Esses pacientes apresentavam: o Fe < 40% - sintomático, ou seja, os pacientes tinham classe funcional de II a III. E que apresentavam um tratamento medicamentoso otimizado. Entretanto, mesmo assim, esses pacientes permaneceram sintomáticos. o ClCr > 30 - 8000 pacientes (ou seja, pacientes com IR não entraram no estudo) o Os pesquisadores chegaram à conclusão que esse Entresto é melhor que o Enalapril para reduzir a mortalidade hospitalização e re- hospitalização em cerca de 20% **Ou seja, em pacientes que não estamos tendo melhora com o IECA e o BRA, podemos trocar pelo ENTRESTO. Atualmente não está disponível no SUS, mas existe uma portaria tentando aprovar! → Seria a primeira troca medicamentosa que eu poderia fazer (caso o paciente consiga comprar) IVABRADINA • É um Inibidor de canais IF do NSA (nó sinoatrial) • Bloqueando esse canal IF, teremos uma redução de: o FC > 70 o FE < 35% Então, por exemplo, se temos um paciente que já está fazendo a terapia medicamentosa com dose máxima por exemplo de Betabloqueador e ele ainda permanece sintomático e apresenta uma frequência cardíaca acima de 70, para tentar otimizar o tratamento, o paciente que tem o ritmo sinusal, podemos introduzir a IVABRADINA. • Esse medicamento não melhora a mortalidade, apenas causa melhora referente a hospitalização e melhora os sintomas. • Melhora de desfecho combinado *O objetivo do tratamento de IC é manter uma FC <70, se não estamos conseguimos (está com FC>70, sintomático, FE <35%), podemos associar a IVABRADINA (ela entraria como um quarto medicamento) DIGITÁLICOS • DIGOXINA → está sendo deixada como ultima opção • Estudos antigos comparando a eficácia da digoxina (Atualmente, ninguém deseja fazer um estudo com a Digoxina, pelo fato de ser uma medicação antiga e nenhuma empresa farmacêutica vai querer patrocinar) • Usado após terapia medicamentosa otimizada e persistência de sintomas • Controverso *Entrar com digoxina seria a última alternativa! DIURÉTICO DE ALÇA • FUROSEMIDA – É essencial ao tratamento de pacientes que apresentam congestão, por exemplo aqueles pacientes que apresentam edemas em MMII, paciente que apresenta estertores pulmonares, apresenta estase jugular. • Não melhora mortalidade, melhora sintomas (ajuda na melhora da classe funcional), ajuda na congestão desse paciente • Começa com 40mg pela manhã, depois dobra e passa para o período da tarde (sempre evitando dar a noite para ele não ir ao banheiro) TIAZÍDICOS • HIDROCLOROTIAZIDICOS, CLORTALIDONA • Podemos usá-las em associação com a furosemida, por exemplo, naqueles casos, em que temos uma congestão refratária ao uso do diurético de alça. • Geralmente fazemos em pacientes internados (chamado de 3 vias de bloqueio – tripla associação) • Sempre temos que dosar sódio, potássio, gasometria, para ver como ele evolui NITRATO + HIDRALAZINA Quando usar? • Podemos usar em doenças renais crônicas – que é quando não pode usar IECA ou BRA • Essa associação apresenta um efeito muito benéfico em negros e esse mesmo beneficio não foi observado em brancos. • Eles podem ser usados em pessoas de raça branca quando apresentam contraindicações ao IECA ou ao BRA, por exemplo, como seria o perfil de um paciente intolerante ao IECA? Seria aquele paciente que depois que começou a utilizar o IECA apresentou quadros de tosse. • Quando não podemos utilizar IECA e BRA em associação? Quando o paciente apresenta função renal alterada INIBIDORES DA SGLT2 • FORXIGA • Toda medicação que vai ser lançada, temos que ver o risco cardiovascular (segurança). Viram que o perfil dos pacientes com IC que faziam o uso dessa classe melhoravam a classe funcional →Esse medicamento faz ter espoliação de glicose na urina • Então apesar de ser uma classe para diabetes, em alguns casos selecionados estão sendo usados também para a IC • Empaglifozina, dapaglifozina e canaglifozina TRATAMENTO IC – O QUE NÃO PODEMOS DEIXAR DE FAZER Programas de cuidado multidisciplinar IECA na disfunção de VE sintomática (FEVE < 40%) de qualquer etiologia BRAs na disfunção de VE sintomática (FEVE < 40%) de qualquer etiologia, se intolerância ou alergia à IECA BB (bisoprolol, carvedilol e succinato de metoprolol) na disfunção de VE sintomática (FEVE < 40%) de qualquer etiologia Antagonistas dos receptores mineralocorticoides na disfunçãode VE sintomática (FEVE < 40%) de qualquer etiologia Hidralazina e nitrato para autodeclarados afrodescendentes na disfunção de VE sintomática (FEVE < 40%) em classes funcionais avançadas (III-IV da NYHA) Sacubitril/valsartana em lugar de IECA (ou BRA) para disfunção de VE sintomática já em uso terapêutica otimizada Hidralazina e nitrato na disfunção de VE (FEVE < 40%), para pacientes com contraindicação para uso de IECA ou BRA, de qualquer raça TRC para disfunção de VE grave (FEVE ≤ 35%) sintomática, em ritmo sinusal, com morfologia de bloqueio completo de ramo esquerdo e duração de QRS ≥ 150 milissegundos, apesar de terapêutica otimizada CDI para prevenção secundária de morte súbita Revascularização miocárdica percutânea ou cirúrgica para disfunção de VE grave, quadro de angina de peito limitante (classe III-IV) ou lesão de TCE (> 50%), com anatomia coronariana favorável para o procedimento escolhido Revascularização miocárdica cirúrgica na IC com disfunção de VE grave (FEVE ≤ 35%) e lesões coronarianas múltiplas passíveis de revascularização cirúrgica (sem angina limitante e sem lesão de TCE) O Máximo Que Conseguiremos Tratar Na Clínica É O Uso Da Digoxina, Depois Disso Já É Acompanhamento Especializado *A partir daqui não cai na prova! TERAPIA DE RESSINCRONIZAÇÃO (TRC) • Quando feito em um paciente que apresenta indicações clássicas, ele vai apresentar: Melhora de sintomas, qualidade de vida, internações e sobrevida • E quais seriam os pacientes que teriam indicações para fazer essa TRC? TMO + FE < 30% + QRS > 120 + Sinusal Ou seja, um paciente que esteja fazendo o uso de uma terapia medicamentosa otimizada associado a uma FE menor do que 30%, + um QRS alargado (ou seja maior que 120ms) + ritmo sinusal • Esse ressincronizador vai assumir o estimulo elétrico do coração. Conforme a IC vai evoluindo, as câmaras cardíacas vão aumentado de tamanho, com isso a parte anatômica de estimulação elétrica do nosso coração vai sofrendo alterações. Dessa forma, como a IC vai progredindo, a contração do VD com o VE fica descompassada e isso é um fator agravante de piora de sintomas quando temos a presença dessa assincronia ventricular. • A avaliação dessa assincronia ventricular pode ser avaliada através de um exame de imagem, sendo o principal o Ecocardiograma. • Reposta variável – Ou seja, não são todas as pessoas que devem utilizar essa TRC. E qual o perfil de pacientes que respondem bem ao uso da TRC? Não isquêmico, mulher, QRS > 150, BRE, átrios normais e IMC < 30 – BOM RESPONDER CDI (CARDIO-DESFIBRILADOR IMPLANTADO) • A morte súbita representa 30-50% das mortes em IC • 80% é FV/TV • O que esse CDI consegue fazer? Ele nada mais é do que um cateter que vai para o coração, e apresenta um “reloginho” de leitura que consegue identificar quando o paciente entra em uma Fibrilação ventricular ou em uma Taquicardia Ventricular. Então quando o paciente entrar em algum desses dois ritmos, o aparelho descarrega um choque no coração, para tentar voltar esse coração em seu ritmo normal. INDICAÇÃO PARA COLOCAR O CDI • Sobreviventes de Morte súbita • TVS documentada – paciente que faz um eletro por exemplo que conseguimos identificar uma TV sustentada. • FE < 35%, CF II – III, Isquêmica sobrevida > 1 ano SUPORTE VENTRICULAR ESQUERDO • Em casos graves, como por exemplo, pacientes em Estágio D, ou seja, pacientes que não tem perspectiva de melhora com nenhuma medicação, os grandes centros apresentam um suporte de assistência ventricular. • Paciente que apresenta uma Mortalidade de 50% - 1 ano • Esses pacientes podem escolher ir para a fila de transplante ou por uma Assistência Circulatória Mecânica • Ele pode ser uma ponte de recuperação do paciente. 5 ESTRATÉGIAS: PONTE PARA RECUPERAÇÃO → Paciente jovem, 25 anos, desenvolve uma IC aguda devido a uma miocardite. Nesse caso, podemos colocar o dispositivo de assistência circulatória, dar um descanso para esse coração, o paciente fica em torno de 1 semana internado, até esse quadro passar de uma fase aguda. Após a recuperação do paciente, retiramos essa assistência dele. PONTE PARA DECISÃO → aquele paciente que ainda não fui muito bem definido o tratamento dele PONTE PARA TRANSPLANTE → ou seja, até chegar um coração bom para esse paciente PONTE PARA CANDIDATURA → Ou seja, paciente coloca o dispositivo pois ele é contra-indicado para transplante por algum motivo. Nós iniciamos um tratamento para esse paciente para reverter essa contraindicação e com isso esse paciente fica candidato para receber o transplante. TERAPIA DE DESTINO → Simplesmente colocamos um dispositivo de assistência mecânica e o paciente vai ter a vida dele normal TEMPO DE PERMANÊNCIA • BIA - Balão intra-aórtico – é um dispositivo de curta permanecia, ou seja, é aquele dispositivo que usamos para decidir o que vamos fazer com o paciente → troca a cada 30 dias, não é uma terapia de destino final, pois o paciente tem que ficar no hospital, não pode dar alta, ele não consegue nem levantar da cama • TAMDEM HEART – Dispositivo de curta permanência. Passa um cateter pela veia femoral do paciente e esse cateter sobe por essa veia femoral o Atrio direito. Chegando no AD, perfura-se o septo intra-atrial chegando no AE. Estando no AE estamos em um sangue oxigenado, com isso, esse cateter aspira um pouco desse sangue oxigenado, puxa para o motor presente na perna, e manda esse sangue oxigenado para a artéria femoral. Ou seja, estamos colocando um sangue mais sangue oxigenado de uma forma mais rápida, porque o coração do paciente não estava dando conta de mandar sangue oxigenado para os vasos arteriais • IMPELLA – Esse dispositivo é introduzido pela artéria femoral, atinge a aorta, passa pela válvula aórtica chegando dentro do ventrículo Esquerdo. Uma parte dele fica dentro do ventrículo e a outra parte fica dentro da aorta ascendente. Através de um motor, ele capta esse sangue que está no VE e manda diretamente para a aorta ascendente. → GERALMENTE o paciente está em UTI, assim como no balão. Esse dispositivo é de curta permanência • HeartMate II – É um dispositivo de longa permanência. Geralmente quem utiliza são pacientes que vivem ambulatorialmente, tem uma vida normal devido a esse dispositivo. O cirurgião cardíaco faz um canal do VE para a aorta. Nesse aparelho, temos uma centrifuga que puxa o sangue do VE e manda ele para a aorta.
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