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MODIFICAÇÕES GRAVÍDICAS LOCAIS

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Modificações sistêmicas ou gerais – atingem diversos aparelhos 
Modificações locais: acometem o aparelho genital, principalmente o útero 
O útero não gravídico não tem maleabilidade. A embebição gravídica amolece o útero como um todo. Com relação 
ao volume, o útero não gravídico tem capacidade de 10ml, comprimento de 7cm, largura 4,5 cm e espessura 2,5 
cm; já o gravídico tem capacidade de 5000 ml até 10000 ml. 
Existem alguns fatores que podem ocasionar um útero de maior volume, como polidrâmnio, gestação gemelar, bebê 
macrossômico, quadro prévio de mioma uterino. 
Para o útero começar a crescer é preciso que a parede do útero sofra hipertrofia muscular. Na segunda metade a 
redução da espessura da parede por estiramento e ele se alonga. 
Estrutura do útero 
Endométrio: preenchimento interno; se desenvolve para receber o feto e caso não haja fecundação ele descama. 
• Decidua basal – nidação ocvular 
• Decídua capilar – ao redor do ovo 
• Decídua parietal – restante cavidade uterina 
• Por volta da décima semana – capsular e parietal se juntam ao trofoblasto e dão rogem ao cório 
Perimétrio: peritônio visceral 
Miométrio: estiramento, hipertrofia e hiperplasias das fibras musculares 
miometriais e tecido conjuntivo. 
OBS: Durante o parto cesária segmentar transverso, acompanha-se a fibra 
muscular e vaso sanguíneo (evitando sangramento). Quando o bebê é 
prematuro, a incisão é corporal, ou seja, no corpo do útero. 
Peso: 70 gramas até aproximadamente 1100 kg 
Forma 
O útero não gravídico é piriforme e intra pélvico. 
Sinal Piskacek caracteriza-se pela assimetria inicial a palpação, crescimento diferencial do útero. Caracteriza-se 
por um abaulamento e amolecimento do sítio de implantação ovular, em comparação ao restante do útero. Algumas 
vezes, forma-se um sulco que separa esta região do restante do útero. 
Sinal de Nobile Budin: Percepção, pelo toque bimanual, do preenchimento do fundo-de-saco vaginal pelo útero 
gravídico. Este sinal resulta de uma modificação do formato uterino. A forma piriforme se transforma em uma forma 
globosa, ocupando o fundo-de-saco. Até a décima segunda semana, o útero cresce em todas as direções, de forma 
globosas, até a aparada por isquemia, preenchendo fundos de sacos laterais. 
 
 
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A partir da vigésima semana há conversão do útero de globoso para cilíndrico, melhorando o fluxo sanguíneo e 
crescimento fetal. Após a conversão, crescimento longitudinal, desenvolvimento região istimica; manutenção parte 
mais baixa concepto – a região istma define a apresentação do bebê. No trabalho de parto temos o esvaecimento 
cervical (estreitamento) e formação do canal de parto. 
Posição 
O útero não gravídico se apresenta em anteverso flexão e intrapélvico 
– em algumas mulheres pode ser retrovertido 
Sinal Hegar é o amolecimento região istmica na fase inicial da 
gestação. O útero em torno do seis a oito semanas de gravidez assume 
consistência elástica e amolecida, sobretudo na região ístmica. Este fato 
possibilita a flexão do corpo sobre o colo do uterino quando é realizado 
o toque bimanual. A sensação é semelhante a separação do corpo do 
útero da cérvice. 
O útero durante a gravidez sofre uma dextrorrotação, no qual ele 
“tomba” para lado direito, devido a presença do sigmoide. Isso causa 
uma compressão do ureter a nível linha inominada, principalmente a 
direita. É muito comum que haja estase urinária e espera-se um hidronefrose a direita. 
Compressão de grandes vasos, tais quais a aa aorta e vv cava inferior geram a hipotensão supina. A gestante é 
orientada a deitar para o lado esquerdo, para evitar a compressão desses vasos e melhora fluxo sanguíneo. 
Medida do útero 
Medimos a altura do fundo uterino da sínfise púbica até fundo uterino. Na 12° semana de gestação, o útero gravídico 
é palpável logo acima da sínfise púbica no abdome materno. Na 16º semana, ele se encontra no meio do caminho 
entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical. Na 20º semana o útero atinge a cicatriz umbilical e em torno da 40° 
semana, o apêndice xifoide. 
Até 36 semanas o fundo de útero e idade gestacional coincidem. Se a medida fica menor do que o esperado para 
idade gestacional: oligodrâmnio, feto com restrição de crescimento, até mesmo morte fetal. Se a medida fica maior 
que o esperado para idade gestacional: polidrâmnio, feto microssômico 
Coloração: intenso afluxo sanguíneo – tom vinhoso 
Vascularização: fluxo de 50ml/min para 500ml/min, a região ístmica, vasos uterinos paralelos as fímbrias 
miometriais 
Sinal de Goodell éÉ o amolecimento do colo uterino percebido ao toque vaginal. Sua consistência é semelhante à 
consistência labial. O colo uterino em paciente não grávidas possui consistência semelhante a da cartilagem nasal. 
Além disso temos a presença de coloração arroxeada. 
O colo do útero sofre hiperplasia glandular e eversões de mucosa endocervical – ectopias 
A rolha Schroeder ocorre a partir da hipertrofia glandular com secreção muco espesso para proteger ambiente 
interno do externo, após um período ela começa se exteriorizar. 
 
 
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O colo tem posição posteriorizado e alongado, com anteriorização e encurtamento ao final da prenhez. 
Dilatação por fatores mecânicos e colagenólise - prostaglandinas 
Ovários: aumento vascularização, maturação do corpo lúteo na fase inicial, mantendo a gestação – gestante com 
problemas no corpo lúteo podem cursar com abortamento – gestantes podem apresentar cistos no início da 
gestação 
Ovidutos: aumento da vascularização, aumento de fímbrias e hipertrofia do ligamento redondo 
Hipertrofia da musculatura lisa, afrouxamento do tecido conjuntivo, as paredes se tornam aumentadas e perdem a 
rugosidade. A hipertofia pode manter os lábios entreabertos. A região externa sofre erpigmentação, até o períneo, 
ficando mais escurecida. 
Sinal de Kluge é caracterizado por um aumento da vascularização, tendo a mudança de tonalidade para arroxeado. 
O sinal de Osiander é a percepção da pulsação da artéria vaginal durante o toque vagina. 
As gravidas tem mais corrimento por o fluxo de secreção vaginal aumenta, temos a reprodução de Bacilo Doderlein, 
ocorrer glicogenólise e consequentemente o ácido lático causa o aumento da acidez vaginal – todo processo 
infeccioso libera prostaglandina, por isso todo corrimento deve ser investigado para verificar se há indicação de 
tratamento, pois a presença de corrimento pode desencadear trabalho de parto prematuro devido a prostaglandina. 
Sinal de Jacquemier é caracterizado pelo aumento da vascularização que resulta tom violáceo da mucosa vulvar, 
do vestíbulo e meato urinário. 
Aumento da hipersensibilidade mamária, que muitas vezes é como as mulheres desconfiam que estão grávidas, 
pois a dor aumenta e incomoda mais – diminui até a décima semana. Há hipertrofia do tecido alveolar, portanto há 
crescimento. 
Na oitava semana de gestação, as aréolas primarias tornam-se mais pigmentadas e nelas surgem projeções 
secundárias e glândulas sebáceas hipertrofiadas denominadas Tubérculos de Montgomery. Com 16 semanas é 
possível a extração do colostro e ser verifca um aumento da vascularização venosa designada rede de Haller. Na 
20º semana o mamilo tem aumento de volume e pigmentação da aréola primaria e aparecimento da aréola externa, 
que torna seus limites imprecisos, sendo esse o sinal de Hunter. Há o aparecimento de estrias avermelhadas pelo 
aumento da vascularização do tecido conjuntivo subdérmico 
Secreção mamária incolor a partir da vigésima semana – colostro – orientar elas não apertarem – leite aparece 
depois de 2/3 dias depois do parto - caso uma mulher grávida esteja amamentando ela é orientada a interromper, 
pois a liberação de ocitocina pode ocasionar na contração do útero podendo gerar um trabalho de parto prematuro.

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