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CONTRAÇÃO UTERINA E DETERMINISMO

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Útero é constituído quase exclusivamente de fibras musculares – contração 
• Primeiros meses: são pouco frequentes, porém de grande intensidade, devido grande espessura da parede 
• Com evolução: pequena quantidade e pouca intensidade 
• Parto: aumento da pressão interior do útero, para distender o segmento inferior, dilatar o colo, expulsar o 
feto e diminui o sangramento do puerpério 
Fatores hormonais: estrógeno, progesterona, adrenalina 
Fatores mecânicos: distensão 
Fatores orgânicos: da fibra muscular e eletrólitos (qualquer troca de contração tem eletrólitos). 
• Fibras musculares – proteínas: actina (mais delgados – banda I, deslizam sobre miosina) \ miosina (mais 
grossos – banda A, não se encurtam) 
• A actina desliza sobre a miosina e o músculo contrai. 
• Energia provém principalmente do trifosfato de adenosina (ATP) e do fosfato de creatinina. 
• O número dos estímulos e sua intensidade seriam responsáveis pela duração e intensidade da contração 
(Na, K, Cl) 
• Muitas vezes a paciente chega em trabalho de parto desidratando, não tendo a troca de eletrólitos adequada. 
As principais causas de morte materna são hipertensão, infecção e hemorragia. A mulher de melhor condição 
socioeconômica tem reserva proteica melhor para sobreviver a uma cirurgia devido à alimentação. 
• Ocitocina: tem a mais poderosa ação estimuladora, atua tanto na 
intensidade, quanto na frequência e na duração. Quando indicada é 
colocada para correr junto com o soro. Indicações para administrar 
ocitocina na mulher: 
✓ Conduzir o trabalho de parto (quando a paciente já está em 
trabalho de parto, ou seja, já tem contração, mas ela não é 
eficiente). 
✓ Induzir o trabalho de parto. 
OBS: Estímulo mamário contrai o útero pela liberação de ocitocina 
(paciente pode sentir dor durante a amamentação). 
• Prostaglandinas E2 e F2α, aumentadas no líquido amniótico e 
plasma nas mulheres em parto e abortos espontâneos. 
✓ Eleva o limiar de excitabilidade da fibra miometrial e aumenta 
a permeabilidade da membrana celular aumentando Ca2+ intracelular 
 
• Raras até 28° semana, mais frequentes a partir 30ª (principalmente 32ª) semana (avisar a paciente). 
• A princípio são indolores (paciente sente mais o incômodo do útero endurecido) – massagem intra-uterina 
para o feto. 
• Aumentam gradativamente, provocando distensão do segmento inferior, encurtamento canal cervical. 
• Queixa da paciente: “barriga dura” – é preciso orientar para que ela não precise ficar procurando o médico 
sempre, somente se for muito recorrente, assim evitando visitas e exposição desnecessárias 
São contrações eficazes que levam a modificação do colo do útero (não quer dizer obrigatoriamente dilatação do 
útero; durante o trabalho de parto, o colo do útero fica mais fino, mais amolecido, dilatado e mais anteriorizado). 
• Fase ativa: 2 a 3 em 10 minutos 
 
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• Período expulsivo (dilatação total com bebê insinuado): 5 em 10 minutos 
• Taquissistolia: uma contração atrás da outra (ocorre por administração de dose alta de ocitocina ou por 
irritação da parede uterina por mecônio). O bebê precisa do intervalo entre as contrações para se nutrir e 
oxigenar. Em taquissistolia, o bebê pode entrar em anóxia. Devemos entrar com hidratação, podemos dar 
remédios para diminuir as contrações e se tiver dando ocitocina, suspender na hora. 
Avaliação intensidade 
Ao mesmo tempo em que sentimos a intensidade, marcaremos o tempo entre 
as contrações. 
• Leve (consistência de bola de borracha): partes fetais facilmente 
identificadas. 
• Moderada (consistência de bola de tênis): ainda percebe-se as partes 
fetais. 
• Intensa (consistência de tábua): não se identificam partes fetais. 
Tríplice gradiente descendente: 
• Cima para baixo 
• Mais intensa no corpo e fundo uterino do que segmento uterino 
• Mais duradoura na região fúndica. 
Contração uterina no puerpério: 
• Indolor 
• Serve para a dequitação placentária e para o útero voltar para seu tamanho original 
• Miotamponamento (Globo de segurança de Pinard – exame físico; no miotamponamento há contração uterina, 
parecendo uma bolinha/globo) 
• Nas primeiras 12 horas: 1 contração a cada 10 minutos 
• Amamentação 
• A ocitocina é usada no pós-parto para prevenir hemorragia 
Resumo da contratilidade miometrial: 
• Contração depende da interação actina-miosina (músculo) 
• Interação actina-miosina é controlada pela fosforilação da cadeia leve de miosina, depende da quinase, que 
é ativada quando associada à calmodulina. 
• Complexo cadeia leve miosina – calmodulina, necessita de cálcio (reservado no retículo sarcoplasmático) 
• Movimentação do Cálcio depende processo enzimático mediado pelo ATP. 
 
• Semanas antes das contrações 
• Colagenólise (quebra das fibras colágenas) em virtude de uma franca resposta inflamatória 
• Macrófagos 
• Neutrófilos 
• Eosinófilos 
• IL-8 
• Prostaglandinas (quando internamos para induzir o trabalho de parto, podemos usar prostaglandina 
para mãe, mas não se usa mais anti-inflamatório em gestante a partir da 32° semana, pois causa 
fechamento do canal arterial do bebê). 
Fase 0 – relaxamento: progesterona e comunicação materno fetal. 
• Progesterona: essencial para manutenção da gravidez, pois atua principalmente na decídua, inibindo 
produção/liberação de prostaglandinas. 
• Estrógeno: aumenta a síntese de prostaglandinas 
• O feto, através do sistema comunicação paracrine, impede a produção e/ou liberação substâncias bioativas 
que desencadeiam trabalho de parto (bebês com malformação do SNC demoram mais para entrar em 
trabalho de parto, pois esse sistema não funciona tão bem) 
 
Fase 1 – Preparação 
• Uterotoninas: são agentes biológicos, formam-se no interior do útero, exceto ocitocina (ocitocina não é 
formada no interior do útero). No início ficam concentrados no líquido amniótico. 
• GAPS (falhas juncionais): expansões plasmáticas das miocélulas, facilitando trocas metabólicas entre as 
células do miométrio. 
 
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✓ Estradiol acelera e progesterona retarda sua formação 
• Receptores Ocitocina: aumento no miométrio. 
✓ Níveis de ocitocina somente se elevam na fase mais acelerada de dilatação cervical e período expulsivo 
(quando aumenta o ritmo de contração) 
• Esvaecimento cervical (colo mais fino/amolecido): – quebra e redisposição das fibras colágeno e 
redistribuição glicoaminoglicanos. 
✓ Aumento de prostaglandinas PGE2: determinam esvaecimento cervical 
✓ PGE2: origem no âmnio e corio. 
✓ Estímulo para aumento da produção da PGE2 vem da urina fetal (fator crescimento epidérmico e fator 
crescimento derivado do rim) 
 
Fase 2 – Trabalho de Parto Ativo: 
• Uterotoninas: prostaglandinas, ocitocina, fator de ativação plaquetária, endotelina-1, lipídeos, citocinas 
(interleucinas) e endotelina. 
✓ Produzidos pelas células deciduais ou fagócitos que invadem a bolsa das águas 
• Concentração máxima 36° semana 
• Aumenta no final do trabalho de parto 
• Antes parto: aumento de receptores miometriais de ocitocina 
• Circulação sanguínea: ocitocinase (ajuda a produzir a ocitocina) 
• Resumindo: o aumento da expressão de receptores e o aumento da ocitocinase desencadearia o trabalho de 
parto. 
• Estiramento miometrial progressivo 
• Inativação pela progesterona 
✓ Não há queda de progesterona até o parto 
✓ Modificação de receptores de progesterona 
• Ovelhas: eixo hipotálamo-hipófise-adrenal fetal = aumento de cortisol ⇨ aumenta estrogênio e diminui a 
progesterona 
• Humana: 
✓ Não há aumento de cortisol 
✓ Não existe queda progesterona antes trabalho de parto 
• Modificações locais da membrana 
• Malformações do SNC fetal atrasam o parto 
• No humano não se sabe quando o feto atua no desencadear do trabalho de parto.

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