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PUERPÉRIO PATOLÓGICO

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109 
Infecção que se origina do aparelho genital após parto recente (infecção do trajeto de canal de parto). Tem uma 
incidência alta, pois é a terceira causa de morte materna. 
Acontece como uma infecção, principalmente, na região onde há a inserção placentária. Onde ocorre a dequitação 
forma uma ferida aberta, que apesar de ter um mecanismo de defesa (camada leucocitária + globo de segurança 
de Pinard), pode sofrer com infecção, pela grande quantidade de bactérias que podem ascender para o colo. 
Os fatores de risco são: amniorrexe (bolsa rota por mais de 18h) e/ou trabalho de parto prolongado, manipulação 
vaginal excessiva, más condições de assepsia, debilidade imunológica, desnutrição ou obesidade, traumas 
cirúrgicos, operação cesariana, retenção de restos ovulares. 
O parto cesárea aumenta e muito o risco de infecção e DPC. Existem uma série de áreas cirúrgicas que sofrem uma 
desvitalização; no caso da cesárea são 7 camadas no abdome que são cortadas e depois fechadas, com um trauma 
cirúrgico causando uma diminuição imunitária. 
A contaminação bacteriana ocorre por inoculação e colonização do segmento uterino inferior, incisões e lacerações 
→ exames vaginais, monitorização eletrônica interna, trabalho de parto prolongado e incisão uterina 
São condições favoráveis à proliferação bacteriana anaeróbia: traumatismos cirúrgicos, corpos estranhos, tecido 
desvitalizado e acúmulo de sangue. A proliferação bacteriana no tecido causa a metrite (infecção do útero). 
A morbidade febril puerperal é qualquer outra situação infecciosa que pode causar elevação da temperatura nos 10 
primeiros dias de puerpério imediato, excluindo as primeiras 24h pois a parturiente pode apresentar febre sem ser 
necessariamente algo patológico. Pode ser causada por ITU (decorrente de sondagem vesical), pneumonia, 
ingurgitamento mamário/mastite, IVAS, malária e outras. 
 
• Infecção puerperal: que se origina do aparelho genital após parto recente (até 10 dias após o parto) 
• Morbidade febril puerperal (não necessariamente está relacionada a uma infecção puerperal): é a temperatura 
de, no mínimo, 38°C durante dois dias quaisquer, dos primeiros 10 dias pós-parto, excluídas as 24 horas 
iniciais. 
✓ ITU – Sondagem vesical 
✓ Pneumonia 
✓ Engurgitamento mamário (3º dia após o parto, ocorre a descida do leite, a mama pode ficar muito cheia, 
elevando a temperatura podendo levar a infecção)/Mastite 
✓ IVAS, malária, outras… 
Metrite = infecção do útero. Acometem sempre principalmente o endométrio e podem ascender acometendo o 
miométrio também. 
Divididas em endometrite (acometimento apenas do endométrio), endomiometrite (acomete endométrio e 
miométrio), endoparametrite (infecção ultrapassando a parede uterina, acometendo a serosa e todos os tecidos 
adjacentes), a endoparametrite pode ainda ter celulite pélvica (mais grave). O diagnóstico é feito através de alguns 
sinais, como pus saindo do colo. 
• Terceira causa de mortalidade materna 
• 6,3% dos óbitos maternos 
• Cavidade uterina, área de descolamento placentário como zona de potencial sítio de infecção 
• Potencial virulência de bactérias vaginais e cervicais 
• Amniorrexe (bolsa rota com mais de 18 horas aumenta a taxa de infecção para mãe e para o bebê) e/ou 
trabalho de parto prolongado 
• Manipulação vaginal excessiva (toques) 
• Más condições de assepsia 
• Debilidade imunológica 
 
110 
• Desnutrição ou obesidade 
• Traumas cirúrgicos 
• Operação cesariana 
• Retenção de restos ovulares 
Parto cesáreo 
• Risco de 5 a 30 vezes maior que o parto vaginal 
• Áreas cirúrgicas desvitalizadas 
• Vasos e linfáticos expostos 
• Exposição peritonial 
• Perda moderada de sangue 
• Diminuição imunitária (especial à narcose) 
• Metrite = infecção do miométrio 
• Endomiometrite = infecção do miométrio e do endométrio 
• Endometrite 
• Endomiometrite – geralmente não conseguimos diferenciar endometrite de endomiometrite 
• Endoparametrite 
✓ Metrite com celulite pévica (normalmente tem associação com sepse) 
• Períneo-vuvovaginite e cervicite 
• Infecção de episiotomia 
• Peritonite 
• Troboflebite pélvica séptica 
• Abscesso pélvico 
 
Aeróbias 
• Streptococcus A, B e D 
• Enterococcus 
• Gram negativas: E. Coli, Klebsiela, Proteus sp. 
Anaeróbias 
• Peptococcus sp; Peptostreptococcus sp 
• Bacterióides bividus, fragilis e disiens 
• Clostridium sp (faz bolhas de gás na cavidade uterina) 
• Fusobacterium sp 
Outras 
• Mycoplasma hominis 
• Chlamydia tracomatis (uma das causas de sinéquias uterinas – fusão das paredes do endometrio) 
 
 
• Febre 
• Calafrios 
• Pulso conforme curva térmica 
• Dor abdominal 
• Dor à palpação bimanual 
• Tríade de Bumm 
✓ Tríade de sinais clássicos da infeccção puerperal caracterizada por: 
o Útero doloroso à palpação 
o Útero amolecido 
o Útero hipoinvoluído 
✓ O útero está ao nível da sínfise púbico de 7 a 10 dias em situações fisiológicas 
 
111 
• Leucocitose: comum no puerpério normal → existe um recrutamento grande de leucócitos no puerpério 
imediato por conta da dequitação placentária, e é comum observar desvio à esquerda. Mas não 
necessariamente significa presença de infecção. 
• Cultura – pouco efetivas → numa infecção abdominal pode ser eficiente. 
• Ultrassonografia líquido livre em cavidade, abscesso tubo-ovariano e pélvico (2 semanas após o parto - 
tardio) → após o parto terá líquido livre que é o sangue pós-parto 
• 
• Comum acordo com CCIH hospitalar 
• Associação entre antimicrobianos da flora genitourinária e intestinal 
✓ Anaeróbias 
✓ Aeróbias gram negativas 
• Esquemas terapêuticos: 
✓ Regime 1: clindamicina ou metronidazol associado a gentamicina (GRAM-) ou amicacina 
✓ Regime 2: clindamicina ou metronidazol associado a gentamicina ou amicacina associado a ampicilina 
ou penicilina → GRAM+, GRAM- e anaeróbios 
✓ Manter, EV, por 24 a 48h após o último pico febril. Se não houver melhora clínica, considerar 
tromboflebite pélvica, sendo necessária a associação com heparina. 
• Tratamento cirúrgico: 
✓ Curetagem uterina de restos placentários 
✓ Drenagem de abscessos 
✓ Debridamento de fasciite nerozante perineal e abdominal 
✓ Colpotomia 
✓ Histerectomia total 
✓ Laparotomia: abscesso entre alças, recessos peritonias, tromboflebite não resposiva à introdução de 
heparina 
 
Primária 
• Hipoplasia de mama 
• Nutrição deficiente 
• Doenças consuptivas 
• Psicossomática (mais raro) 
Secundária 
• Erro de técnica de amamentação 
• Defeito do RN 
✓ Malformações do aparelho bucal 
• Problemas maternos 
✓ Vícios de conformação do mamilo 
Diagnóstico 
• Observação do lactente 
✓ Insatisfação da mamada 
✓ Perda ponderal 
• Proctractibilidade do mamilo 
Tratamento 
• Orientação à mamada 
• Medicações que produzem galactorreia 
✓ Metoclopramida (plasil) 
✓ Antidepressivos (Equilid) 
Aumento do volume das mamas, que se apresentam túrgidas, distendidas e dolorosas a ponto de impedir a 
amamentação 
 
Apojadura 
• 2° ou 3° dia pós-parto: congestão venosa e edema da mama 
 
112 
• Tardio, secundário ao acotovelamento dos canais galactóforos. Problema relacionado à retenção, mas não à 
produção de leite. 
Tratamento 
• Sustentação das mamas 
• Esvaziamento mamário manual ou com bombas 
• Bolsa de gelo 
• Ocitocina nasal 
 
Processo inflamatório relacionado à mama puerperal 
• Maior atividade e manipulação da glândula em atividade 
• Agentes: 
✓ Staphylococcus aureus (50%) 
✓ Estreptococcus do grupo A ou B 
✓ E. Coli; Bacterioides sp. 
• Rachaduras do mamilo: feridas superficiais 
• Fissuras do mamilo: feridas profundas que atingem a derme 
Causa 
• Sucção 
• Anomalias do mamilo 
• Manipulação e higiene precárias 
Sintomas 
• Dor 
• Vômito ou fezes do bebê com sangue 
• Classificação: 
✓ Mamilos íntegros 
o Galactoforite: infecção dos canais galactóforos 
o Mastite parequimatosa: Ácinos glandulares 
✓ Ferida mamilar:o Mastite intersticial: acomete o tecido glandular 
Diagnóstico 
• Febre alta (39°C), mal estar e dor 
• Ingurgitamento mamário 
• Eritema 
• Abscesso 
Tratamento 
• Cefalexina 
• Esvaziamento mamário 
• Bolsa de gelo (não tomar banho em agua quente) 
• Porta seios adequados 
• Não interromper a amamentação 
• Tratamento de rachaduras e fissuras: 
✓ Abscesso: 
o Drenagem sob sedação ou anestesia geral 
o Dreno local pós-operatório 
o Cefazolina, cefalotina ou oxacilina 
Inibição da lactação 
• Enfaixamento mamário por 10 dias 
• Bolsa de gelo 4 x/ dia por 10 minutos 
• Não estimular ou permitir a sucção 
• Medicação 
 
113 
✓ Cabergolina 
o 1mg dose única na prevenção 
o 0,25mg 2x/dia por 2 dias na suspensão 
✓ Bromocriptina 5mg/dia por 14 dias 
✓ Lisurida 0,2mg 3x/dia por 14 dias 
Secundamento: Período de Greenberg 
 
• Perda sanguínea: 
✓ > 500 ml no parto normal 
✓ > 1000 ml no parto cesáreo 
• Precoce: em 24h pós-parto 
• Tardia: após 24h até 6-12 semanas 
• Prevalência: 5 a 15% 
• Tono: Atonia 
• Trauma: Lacerações, hematoma, rotura, inversão 
• Tecido: Placenta retida e acreta 
• Trombina: Coagulopatia 
 
Mais frequentes 
• Atonia uterina 
✓ Fator de risco: qualquer coisa que dificulte a contração, como hiperdistensão uterina, trabalho de parto 
prolongado, corioamnionite, tocólise prévia, anestesia geral, sulfato de magnésio, alteração da 
morfologia uterina (miomatose) e multiparidade (útero maior tem dificuldade de contrair). 
✓ Tratamento: é feito com uterotônicos → ocitocina, derivados de Ergot e análogos de prostaglandinas 
(misoprostol). É possível ainda realizar a compressão manual do útero. 
✓ Tratamento cirúrgico: histerectomia subtotal (permanece colo de útero, trompas e ovários) e ligadura da 
artéria ilíaca interna (não é tão comum). Pode ser feito, ainda, algumas suturas específicas como as B-
Lynch, que consegue prender os vasos uterinos, parando o sangramento. 
• Retenção parcial ou total da placenta 
✓ Hemorragia causada pela retenção de fragmentos placentários: placenta succenturiata (observa-se 
vasos passando pela membrana até chegar no cordão umbilical) e inserção velamentosa do cordão 
(cordão se insere lateralmente à placenta, tendo maior risco de ruptura), existe a possibilidade de haver 
uma placenta acessória. 
✓ Tratamento: curetagem uterina (instrumentalizada) ou curagem uterina (descolamento da placenta com 
a mão) 
• Lesões do trato genital inferior 
✓ Lacerações de canal de parto: sangramento com útero firmemente contraído é indício claro de laceração, 
podendo ser no colo uterino, paredes vaginais, vulva, músculos elevadores do ânus e hematomas 
perineais.Procurar origem do sangramento (colo, paredes vaginais, vulva, Mm. levantadores do ânus), 
procurar por hematomas. 
Raras 
• Rotura uterina 
• Inversão uterina 
• Acretismo placentário 
• Coagulopatia materna 
Fatores de risco 
• Hiperdistensão uterina (gestação múltipla, macrossomia, polidrâmnio) 
• Trabalho de parto prolongado 
 
114 
• Coriomanionite 
• Tocólise prévia 
• Anestesia geral 
• Sulfato de magnésio 
• Alteração da morfologia uterina (miomatose) 
• Multiparidade 
Tratamento: uterotônicos 
• Ocitocina 
• Derivados de Ergot 
• Análogos de prostaglanginas (misoprostol) 
Tratamento: compressão uterina 
Tratamento cirúrgico 
• Histerectomia subtotal 
• Ligadura da artéria ilíaca interna 
• Suturas de compressão uterina: B-Lynch 
Fragmentos placentários retidos 
• Hemorragia causada pela retenção de fragmentos placentários 
✓ Placenta succenturiata 
✓ Inserção velamentosa de cordão 
• Tratamento: 
✓ Curagem ou curetagem uterina 
 
 
115 
Acretismo placentário 
 
Inversão Uterina: 
 
• Causas: tração excessiva do cordão 
✓ Compressão do fundo uterino 
✓ Acretismo placentário leve 
• Tratamento: 
✓ Manobra de Taxe 
✓ Cirurgia de Huntington 
Lacerações de canal de parto 
• Sangramento com útero firmemente contraído é indício claro de laceração de trato genital 
✓ Colo uterino 
✓ Paredes vaginais 
✓ Vulva – frequentes 
✓ Músculos elevadores do ânus 
✓ Hematomas perineais 
Distúrbios de coagulação 
• Causa raras 
✓ Coagulopatias hereditárias 
o Doença de Von Wildebrand 
o Púrpura trombocitopênica trombótica 
o Hemofilia 
✓ Coagulação intravascular disseminada 
 
116 
✓ Síndrome HELLP 
• Suspeitar nos casos de não resposta ao tratamento usual 
• Hemograma 
• Contagem de plaquetas 
• Tempo de trombina 
• Tromboplastina parcial ativado 
• Fibrinogênio 
• Teste de observação do coágulo 
✓ Retirar 5ml de sangue da paciente e colocá-lo num tubo de ensaio 
✓ O sangue coagula em 8 a 10 minutos 
✓ Se o fibrinogênio estiver baixo (< 150mg/dL) 
o O sangue não cogulará ou sofrerá lise parcial ou completa em 30/60 minutos

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