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Restrição de Crescimento Intrauterino (RCIU)

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É um processo capaz de limitar o crescimento intrínseco do feto devido a patologias maternas e/ou fetais, 
constituindo-se em intercorrências obstétricas com elevados índices de morbidade e mortalidade perinatal. 
 
Sinonímia 
• Crescimento intrauterino retardado (evitamos usar esse nome para não assustar a mãe) 
• Retardo do crescimento intrauterino 
• Crescimento intrauterino restrito - CIUR 
• Restrição de crescimento intrauterino - RCIU 
 
• Peso estimado < 100 percentil para IG 
• Fetos com CIUR: indicadores de saúde comprometidos 
• Risco de morte intra-uterina e neonatal - 8 vezes maior 
• Morbidade perinatal (morte intrauterina e pós-parto imediato) – 25% 
• Existe uma curva de normalidade de crescimento 
intrauterino. 
✓ Peso entre percentil 90 e percentil 10 é 
adequado para IG. 
✓ Se for acima do P90 ⇨ GIP 
✓ Se for abaixo do P10 ⇨ PIG (nem todo PIG é 
restrito). 
✓ Bebê abaixo do percentil 3 com certeza é 
restrito. 
 
OMS classifica 
• Cronológico: 
✓ Pré-termo 
✓ Termo 
✓ Pós-termo 
• Nutricional: 
✓ Baixo peso (< 2500g) 
✓ Muito baixo peso ( < 1500g) 
✓ Extremo baixo peso (< 1000g) 
• Ponderal: 
✓ AIG 
✓ GIG 
✓ PIG
• Fase hiperplásica: ocorre no primeiro trimestre, com aumento 
da população celular → fase de embriogênese 
• Fase mista: hiperplasia e hipertrofia celular 
• Fase hipertrófica: no final do 2o até o final do 3o trimestre, com crescimento das células. 
Integração materna, fetal e placentária. A interação entre esses três compartimentos é o que causa a restrição de 
crescimento. 
 
RCIU tipo I ou simétrico 
Ocorre no primeiro trimestre, na fase de hiperplasia celular. O feto é proporcional (atraso em 2 ou 3 semanas), não 
há nada estruturalmente anormal, mas ele é pequeno para a idade gestacional. Anomalias congênitas e 
constitucionais (causas intrínsecas) ou de infecções pré-natais e irradiações (causas extrínsecas). É o pior 
prognóstico (10 a 20% dos casos). Associado a cromossomopatias, uso de drogas, exposição a agentes 
teratogênicos. 
RCIU tipo II ou assimétrico 
Ocorre no terceiro trimestre da gestação, na fase de hipertrofia celular. Há uma desproporção entre cabeça e 
abdome fetal, causada por insuficiência placentária. É o melhor prognóstico (70 a 80%). O feto cresce normalmente, 
mas fica desproporcional, de forma que a cabeça fica muito maior que o corpo. Normalmente, é no terceiro trimestre 
 
 
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que o abdome atinge a reserva de gordura adequada, bem como o tamanho adequado, e assim a cabeça fica menor 
que o abdome e aí é possível observar a cambalhota fisiológica que o feto dá para ficar cefálico. Na RCIU tipo III 
isso não acontece. Associado a hipertensão, má-adaptação placentária, diabetes com vasculopatia, gestação 
múltipla, placenta prévia, amadurecimento precoce da placenta, SAAF, colagenoses e idiopático. 
RCIU tipo III ou intermediário 
Ocorre no segundo trimestre da gestação, afetando as fases de hiperplasia e hipertrofia celular. Corresponde a 5 a 
10% dos casos. É difícil distinguir que é tipo III. Causado por desnutrição, uso de determinados fármacos, fumo e 
álcool. Associado à anemia, desnutrição crônica. 
TIPO I TIPO II TIPO III 
Cromossomopatias Hipertensão Anemia 
Infecções congênitas Má adaptação placentária Desnutrição crônica 
Exposição a agentes teratogênicos (radiação) Diabetes que cursa com vasculopatia Uso de drogas 
 
Gestação múltipla (competição) Etilismo 
 
Placenta prévia Tabagismo 
 
Amadurecimento precoce da placenta 
 
 
Síndrome do AC antifosfolípide 
 
 
Colagenoses 
 
 
 
MATERNOS PLACENTÁRIOS FETAIS 
Desnutrição Insuficiência 
placentária 
Anomalias 
cromossômicas 
Condição sócio-econômica 
 
Infecções congênitas 
Idade 
 
Malformações fetais 
Baixo peso pré-gestacional e ganho inadequado 
 
História obstétrica 
 
Doenças maternas prévias, tabagismo, alcoolismo e 
drogas ilícitas 
 
 
Clínico 
• Anamnese pré-natal 
• Fatores de risco 
• Avaliação da altura uterina em relação a IG 
• Desaceleração ou queda no crescimento → RCIU 
• Ganho ponderal materno reduzido → RCIU 
 
Ultrassonográfico 
• Determinar biometria fetal, volume do líquido amniótico e estudo hemodinâmico → CIUR 
• Identificar e classificar CIUR 
• Determinar IG e acompanhar o crescimento fetal (biometria) 
• Fígado: normalmente é mais acometido (em CIUR assimétrico) fica reduzido 
• Determinar circunferência abdominal (CA): parâmetro + sensível (95%) → CIUR 
• Relação entre segmentos corporais → CIUR 
 
 
161 
*Se for um bebê inteiro pequeno normalmente é restrição do primeiro trimestre 
• Ausência ou diminuição de crescimento fetal por 2 semanas 
• Relação CC/CA → CIUR assimétrico 
Gestação normal: relação CC/CA entre 36/37 semanas < 1 
CC/CA > que a considerada normal indica assimetria fetal → CIUR 
• CF/CA > 24 → CIUR 
• LA: crescimento e desenvolvimento fetal 
• Crescimento fetal adequado → perfusão sanguínea satisfatória 
• Oligoâmnio indica sofrimento fetal 
• Dopplervelocimetria para identificação precoce de RCIU 
• Cardiotocografia 
• Perfil biofísico fetal 
 
Doppler 
• Avaliação materno-placentário-fetal 
• Diagnóstico e acompanhamento 
• Avaliação AUMB (A. umbilical): marcador de insuficiência placentária → RCIU 
• Comprometimento da resistência uteroplacentária → aumento do índice de pulsatilidade na A. umbilical 
• Fetos com RCIU e doppler da A umbilical alterado → maior comprometimento, pois quem leva oxigênio para 
o bebê é a A. umbilical, sua alteração indica prognóstico pior 
• Avaliação do bem-estar fetal → maior indicação → CIUR 
• Perfil hemodinâmico fetal → doppler ACM e UMB 
• Redução crônica do fluxo placentário → redistribuição do fluxo de órgãos nobres 
 
• Resolução da gestação 
✓ Avaliar riscos: prematuridade eletiva, hipoxemia, acidose intraútero (evitar ao máximo que isso 
aconteça) 
✓ Doppler semanal, cardiotocografia 2x por semana e USG semanal para avaliar líquido amniótico 
✓ Corticoterapia entre 24 a 34 semanas 
• CIUR com LA e provas de vitalidade fetal sem anormalidades → normal → parto a termo 
• CIUR e oligoâmnio → conduta x IG → vitalidade fetal 
✓ IG < 24 semanas - o pulmão não é funcionante, portanto não é viável a interrupção da gestação 
✓ IG < 26 semanas → prematuridade extrema → conduta expectante, com administração de corticoide 
✓ IG 26-32 semanas → doppler arterial e venoso para avaliação 
✓ IG > 32-34 semanas → doppler arterial → interrupção da gestação - prematuridade intacta 
✓ IG > 34 semanas → interrupção da gestação 
• Via de parto: 
✓ Alteração na vitalidade: cesárea 
✓ Vitalidade preservada: indução - parto vaginal

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