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Introdução: • Lipídios endógenos/ exógenos disponibilizados ao organismo • Carboidratos endogenamente, de acordo com a necessidade e estimulo podem ser convertidos em lipídios • Indivíduo com hipercolesterolemia: descobrir se é endógena ou exógena; descobrir se é familiar ou somente de origem alimentar; é preciso cortar certos alimentos (1/3), pois 2/3 dos lipídios são oriundos da via endógena; medicamentos para reduzir formação dos lipídios • 80% dos lipídios que comemos vem na forma de ácido graxo • 2 locais de armazenamento dos triglicerídeos: fígado (pode evoluir com esteatose) e tecido adiposo Colesterol: • Colesterol no interior do quilomícron é um sinalizador para que a síntese de colesterol diminua; • Sedentarismo, obeso, hipertenso, histórico de doença cardíaca, tabagista, colesterol alto = preciso reduzir o colesterol = traçado de alimentação/ estilo de vida (redução do colesterol exógeno); droga com ação hipolipimiante em cima do colesterol, agindo em cima da hidroximetilglutaril- CoA redutase, reduzindo o colesterol endógeno (estatinas tem essa ação) • Doença androgênica: envelhecimento masculino; disfunção hormonal, cuja a matéria prima é o colesterol, que está presente, porém falta o estímulo para utilização, que é a ação hormonal, que declinam; andropausa; declínio desses hormônios, resultante da menor produção de hormônios esteroidais, como a testosterona, e o indivíduo cursa com o declínio da função sexual; disfunção erétil, diminuição da libido; massa muscular diminuída, fadiga, sono alterado, fâneros alterados, sensação de adinamia grande; ao dar o hormônio para o individuo há o recondicionamento a produção, a partir da matéria prima que está presente; se o colesterol estiver muito baixo, há maior risco para desenvolvimento da doença; testículo atrofia – células de leydig não produzem quantidade de testosterona adequada • Menopausa: alteração metabólica relacionada a hormônios, cuja matéria prima é o colesterol, que está presente mas falta o estimulo; ovário atrofia • Uso de anabolizantes: ingestão contínua de testosterona leva a diminuição da função do testículo atrofia pois a ingesta oral está sendo maior que a produção endógena; no futuro podem ter um declínio da libido/ função sexual • Terapia de reposição hormonal em mulheres: critério da massa óssea, do estrogênio com receptores ósseos, e do estrogênio com receptores cardiovasculares no aumento da fração HDL (protetora); estrogênio melhora cabelo, pele, libido, lubrificação vaginal em mulheres que necessitavam; é para quem puder e quem quiser; base desses hormônios é o colesterol • Picos hormonais femininos estimulam a secreção das apoproteinas presentes nas HDLS; por isso, normalmente na fase fértil as meninas tem uma proteção cardiovascular maior que os meninos, e proteção maior da massa óssea Lipoproteínas: • A expressão maior de apoproteína B100 e B48, no fígado (mais) e na corrente sanguínea, faz com que VLDLS se transformem a LDL, que tem afinidade muito grande por receptores de colesterol das células de periferia • HDL: 48 – 53% de proteínas, expressando menos lipídios (éster de colesterol e de colesterol), mas apoproteina com expressão muito grande em A1, A2, C2 e C3, e essas frações apoproteicas que dão a característica do transporte reverso do colesterol, captando o colesterol das células de periferia, levando de volta ao território hepático • Insulina ativa – estímulos para secreção aumentada de HDL; estrogênio, atividade física – aumentam a secreção de HDL • Pedido da dosagem da glicose e TAG em um jejum de 8-10 horas: se o plasma estiver lipêmico, seu TAG está elevado • Indivíduos com dislipidemia, com hiperlipoproteinemia: maioria com aumento de colesterol e TAG (2B), chamado de dislipidemia mista, muito relacionado com hábitos de vida • Colesterol é excretado através da bile, sob a forma de coprastanol nas fezes • Colesterol não turva o soro, só quem turva é o TAG ou quilomícron • A HDL é vasoprotetora, e grande estimuladora de óxido nítrico e anti- agregantes plaquetários, o seja há uma diminuição da oxidação da LDL na íntima dos vasos; protege os vasos das moléculas de adesão, de fatores inflamatórios, agregantes plaquetários, fatores vasoconstritores; fatores associados a doenças podem superar a ação de defesa da HDL • Fatores oxidantes: radicais livres, estresse, nicotina, poeira, superóxido de hidrogênio; anti radicais livres: vitamina C ➢ Hiperlipoproteinemias segundo Fredrickson: • Baseada no comportamento eletroforético das lipoproteínas; atualmente essa classificação foi suplantada pela genética • Tipo 1 e 5 – não tem lipases lipoproteicas, logo, cursam o tempo todo com TAG alto e quilomícrons circulantes – soro turvo (lipêmico); • Tipo 1 – não tem ação enzimática; • Tipo 5 - tem ação enzimática diminuída; • Tipo 4 – tem TAG elevado, mas são induzidos pela alimentação inadequada, rica em carboidratos; • Tipo 2A – só colesterol elevado – leito familiar, condição genética; • Tipo 2B – colesterol e TAG elevados – alterações de via exógena Dislipidemias genéticas mais importantes: Lipídios de importância clínica: • Colesterol total: recomendável abaixo de 200mg/dl; diretamente relacionado a gênese da doença aterosclerótica • HDL: recomendável maior que 45 mg/dl; valores acima de 60 mg/dl = fator de risco negativo para doença arterial coronariana • LDL: recomendável abaixo de 100mg/dl; gatilho na formação da placa aterosclerótica • TAG: recomendável abaixo de 200mg/dl • Síndrome metabólica: aumento do TAG, aumento da pressão arterial, diminuição do HDL (fração protetora é perdida), resistência periférica a insulina, obesidade central (as custas de TAG nas vísceras, principalmente no fígado, que leva a redução da síntese de HDL = aumento da pressão arterial, com redução da resistência periférica a insulina) que corroboram com a doença aterosclerótica • Resistência a insulina: intolerância a glicose; hipertensão; diminuição do HDL e aumento do TAG (dislipidemia) (dentro do fígado = esteatose, e das vísceras da cavidade abdominal = obesidade central); fatores pró- coagulantes aumentados; obesidade central; hiperinsulinemia, resultando na aterosclerose acelerada • Estágio terciário – tratamentos – hemodinâmica, bypass, ponte de safena, stents ➢ Lipoproteína a • Lp a – uma variante da lipoproteína, com apoproteínas diferentes; • Referência de 20 a 30 mg/dl; semelhança funcional com a LDL e estrutural com o plasminogênio; • Indivíduos com Lp a elevada (pode ser por fatores genéticos) – responsável também pelas formações da placa com a LDL; • Função – levar colesterol para células de periferia; sofre oxidação parecida com LDL; • A estrutura da qual se liga a parede do vaso é semelhante a do plasminogênio, ou seja, compete com o sítio de ligação da plasmina para se ligar, impedindo que o coágulo se desfaça, formando um novo epitélio; o novo epitélio é não integro • O plasminogênio é a forma inativa da plasmina; plasmina é o mecanismo de retirada do coágulo; quando um coágulo se forma, numa lesão de um endotélio que sofreu algum tipo de agressão, que deixou de ser um endotélio protetor e passou a ser um endotélio de defesa (passando a não ter fatores anti-coagulantes e vasodilatadores), deflagrando mecanismos inflamatórios e da cascata de coagulação; • A rede de fibrina (polímeros – vários monômeros grudados – que é o coagulo) é o produto final da cascata de coagulação, e se prende a parede do vaso; o mecanismo fisiológico de defesa responde ao coágulo, e depois de 48-72 horas disso formado, o sistema fibrinolítico, que é a transformação do plasminogênio em plasmina. retira esse coágulo; • A plasminavai nos terminais de AAS das cadeias polipeptídicas do polímero de fibrina, desarranja o polímero, e ele vai embora, e o coagulo se desfaz • Ou seja, a atuação da plasmina no sitio de ligação dos monômeros de fibrina é bloqueado competitivamente por quem tem Lp a elevada; logo, o coagulo não se desfaz, passando a ser local para depósito de outros coágulos de outras LDLs, de outros monócitos/ macrófagos, de reepitelização desse local, de formação de uma placa estável, ou seja, o endotélio se refez e guardou a placa la dentro; isso não foi resolvido, pois o epitélio é friável (fácil de ser rompido), não íntegro, agrega mais plaquetas, não libera concentrações grandes de vasodilatadores, a placa la dentro pode perfurar esse local e provocar sangramento dentro do vaso = local instável mesmo que a placa seja estável • Esse mecanismo anterior é diferente de outro em que o epitélio ainda não refez a placa, não a cobriu, que representa um local mais instável ainda, pois corre o risco do fluxo sanguíneo desprender a placa e leva-la embora • Fatores de risco associados a placa: estresse, tabagismo, sedentarismo, insônia, excesso de radicais livres, envelhecimento (perda da elasticidade dos vasos com o tempo) • Possuimos 3 mecanismos: de coagulação, anti-coagulação e retirada da coagulação (plasmina atua nesse mecanismo) • Homocísteina: • Aminoácido; é um intermediário do metabolismo da metionina para metabolização da cisteína; é um AA que todos precisamos • A partir do ácido tetraidrofólico, é possível sintetizar a císteina • Alguns indivíduos com erro genético do metabolismo da metionina (ou metilação da metionina) podem aumentar os metabólitos anteriores ao produto final ou ter a homocisteína elevada • Vitamina B12 + fator intrínseco do estomago, é possível absorver a vitamina para os segmentos neurológicos funcionarem normalmente • Vitamina B12, B6 e ácido fólico são cofatores/ coadjuvantes entre o intermediário 1, 2 e 3, de processos da metilação da metionina até formar a cisteína; • Porém, por algum motivo de alimentação inadequada, não absorção, o individuo não possui esse aporte nutricional vitamínico adequado, logo, um déficit de vitamina B12, vit. B6 e ácido fólico, as passagens intermediárias enzimáticas, da qual as vitaminas seriam necessárias como cofatores, não as tem, e um desses intermediários pode ficar aumentado, e um deles é a homocisteína • A homocisteína elevada por si só é injuriante, causadora de lesões metabólicas na parede do vaso que tem característica protetora, com endotélio integro, prostaglandinas vasodilatadoras, anti-agregantes plaquetários, oxido nítrico; essa homocisteína bloqueia isso tudo e causa injúria na parede do vaso, o que estimula a liberação de fatores pró coagulantes, fatores pró-agregantes plaquetários, vasoconstritores • A homocisteína elevada na corrente sanguínea por si só é fator de risco independente para doença arterial coronariana e acidente vascular encefálico • Fator de risco independente para doença arterial coronariana e acidente vascular encefálico; • Fibrinogênio: OBS: Formação de hemácias quando depleta vit. B12: a hemácia é um produto final da medula óssea, onde os núcleos foram quebrando até formar uma célula sem núcleo; nessas etapas de quebra, quando há ausência de ferro ou vit. B12, se monta a hemácia de maneira irregular, com formação de hemácias grandes com pouca hemoglobina dentro; pessoas ficam fadigadas, desanimadas, sonolentos • Proteína; fator de coagulação inativo que será ativado pela ação da trombina, que levará a formação dos polímeros de fibrina, e os polímeros de fibrina serão retirados pela plasmina; único fator de coagulação que é possível dosar • Fator de risco independente para doença arterial coronariana; • Valor normal de fibrinogênio: 200-400 mg/dl • Indivíduos com hiperfibrinogenia – risco maior do fibrinogênio ser ativado, e essa ativação levar a fibrina, polímero, levando a formação de coágulos em maior quantidade • Indivíduos com hiperfibrinogenia, por conta de alterações inflamatórias, normalmente sedentários, obesos, com gorduras abdominais, com aumento de fibrinogênio podem aumentar com o risco das doenças arteriais coronarianas Perfil lipídico: adulto maior de 20 anos Concentração (mg/dl) Desejável Elevado Colesterol total <200 >240 LDL colesterol <100 >160 HDL colesterol > ou = 60 Triacilglicerol <150 >200 V Diretriz Brasileira Dislipidemias • Dislipidemias são doenças crônico-degenerativas; silenciosas, que demoram para sintomas se tornarem aparentes • Hipercolesterolemia isolada: alteração genética; alteração enzimática errada; • LDL elevada é principal fator de risco para a formação de placa de ateroma; fibrinogênio, homocisteína e lipoproteína A elevados são fatores de risco agregantes Obesidade: • Diferença em relação ao sexo • Avaliação médica/ nutricionista • Avaliar: I.M.C = peso/ altura ao quadrado (m) • Um indivíduo obeso não necessariamente tem colesterol elevado; mas o colesterol elevado/ dislipidemia associado a obesidade é um fator de risco • A adiponectina é uma adipocina sensibilizadora da insulina; tem ações anti-inflamatórias; estimula a maturação de pré-adipócitos e diminui a massa de adipócitos; diminui a concentração plasmática de TAG e estimula o aumento de HDL, lipase hepática e lipoproteica; • Na obesidade, a concentração de adiponectina está diminuída, desinibindo processos pró-aterogênicos Colesterol IAM AVC Obesidade Erros inatos metabolismo Xantomas Granuloma mandíbula TVP DAC Trombose Hipertensão arterial sistemica (HAS) Isquemia • Xantomas e granulomas de mandíbula: tem relação direta íntima com o colesterol • Se o colesterol estiver elevado ele é o coadjuvante em todas as situações acima • DAC = doença arterial coronariana • Indivíduo hipertenso com colesterol elevado tem maior chance de ter uma isquemia, uma trombose venosa profunda (TVP) Aterosclerose: ➢ O papel do endotélio vascular: • A superfície endotelial normal das artérias é antiadesiva e antitrombótica, repelindo células em circulação no plasma • A parede arterial tem 3 camadas: subendotelial (íntima), média (com células musculares lisas vasculares), externa (adventícia) • O endotélio controla a vasodilatação/ vasoconstrição, controlando o fluxo sanguíneo em tecidos • O óxido nítrico é um vasodilatador sintetizado a partir de 1-arginina, pela óxido nítrico sintase endotelial • Diminuição da produção de óxido nítrico contribui para a hipertensão arterial • O fármaco gliceril trinitrato, usado para aliviar dor torácica (angina pectoris) quando o miocárdio recebe pouco oxigênio, dilata art. coronárias através da estimulação de libertação de óxido nítrico • Células endoteliais, VSMC, células inflamatórias derivadas do plasma (monócitos, macrófagos e linfócitos) e plaquetas sanguíneas; elas secretam quimiocinas, citocinas e fatores de crescimento, o que atrai células para as lesões ateroscleróticas, induz migração celular, proliferação, apoptose e proliferação de matriz extracelular com colágeno ➢ O desenvolvimento da placa aterosclerótica: • Os fatores de risco cardiovascular (sexo masculino, idade, hipertensão, diabetes, LDL e colesterol total elevados, HDL baixo, tabagismo) e superóxido de O2, radicais livres (espécies reativas de oxigênio), lesam o endotélio • O endotélio lesado perde sua função de repelir células, e admite células inflamatórias; a permeabilidade a lipoproteínas aumenta, que se depositam na íntima • A adesão celular ao endotélio é mediada por moléculas de adesão presentes nele; • A produção de óxido nítrico diminui por conta da lesão endotelial, o que promove a vasoconstrição, maior adesão de monócitos, e maior migração e proliferação de VSMC (células musculares lisasvasculares) • Quando monócitos adentram a íntima, se transformam em macrófagos • A LDL plasmática normalmente se associa a fatores anti-oxidantes como vitamina C e beta- caroteno, mas quando entra em contato com a íntima do vaso ela perde esse acesso; logo, através de oxidases liberadas pelos macrófagos a LDL é oxidada • LDL oxidadas estimulam a expressão de moléculas de adesão endotelial, mantendo a entrada de células na íntima, e promovem a mitose de macrófagos • Os macrófagos se sobrecarregam de lipídios oxidados e tomam a aparência de células espumosas; conglomerados dessas células são visíveis nas paredes arteriais e denominadas estrias lipídicas • A desintegração dessas células espumosas liberam lipídio na íntima, formando a placa aterosclerótica • A secreção de fatores de crescimento por células endoteliais e macrófagos ativa as VSMC, que proliferam e migram para a íntima; essas células musculares sintetizam matriz extracelular, especialmente colágeno, que se deposita na placa em crescimento • Logo, a placa madura fica coberta por uma capa fibrosa • As placas possuem fatores de coagulação, logo, trombos se formam em seu interior, acelerando o crescimento da placa • Enquanto placas fibrosas estáveis causam uma angina de progressão lenta, a ruptura de uma placa instável leva a formação de um trombo na superfície da placa, podendo ocluir o lumen da artéria, causando a deficiência do fornecimento de O2 a tecidos e consequente necrose; ex: IAM • Diferente de arteriosclerose: vasos maiores que sofrem processo de endurecimento • A aterogênese também leva a angiogênese, que facilitam as hemorragias dentro da placa • A oclusão completa súbita é decorrente de um trombo que se solta de uma placa rompida; pode causar infarto do miocárdio (se o bloqueio for em art. coronária), acidente vascular encefálico (se bloqueio for em art. que irriga cérebro) ou doença vascular periférica (bloqueio nas art. do membro inferior; provoca claudicação intermitente – dor ao andar que alivia com parada) • Uso de anticoncepcional + estase venosa em pessoas com alteração da cascata de coagulação pode desencadear mecanismos de hipercoagulação, e pode haver a obstrução de uma artéria por um coágulo sem haver formação de placa; trombo por coagulação • Fraturas e lesões podem formar coágulos, que podem desencadear em tromboembolismo pulmonar, por ex (caso grave = death) • Papel das plaquetas: • Se aderem através de receptores para o fator de Von Willebrand e fibrinogênio; • Quando aderidas ao vaso, secretam fatores de crescimento, quimiocinas, citocinas e moléculas de adesão, contribuindo para a inflamação • Se associam a células circulantes, estimulando a ação leucocitária, adesão e migração celular • Papel das prostaglandinas e leucotrienos: • Prostaglandinas pró-inflamatórias, como a E2, contribuem para o processo inflamatório; • Leucotrienos recrutam linfócitos para lesões ateroscleróticas • A ciclo-oxigenase catalisa a formação de prostaglandinas a partir do acido araquidônico, mas esse ciclo é inibido nas plaquetas pela Aspirina, que diminui a produção de tromboxano A2 pró-trombótico, tendo efeito cardioprotetor Disfunção endotelial → aderência de monócitos → infiltração de LDLc na camada subendotelial da parede da artéria (íntima) → oxidação de LDLc → estrias gordurosas → lesão gelatinosa → placa fibrosa → ulceração → trombose Obs.: quanto menor o numero de moléculas de adesão endoteliais, menores os riscos de aterogênese; a angiotensina 2 aumenta a expressão dessas moléculas; logo, inibidores da ECA (enzima conversora da angiotensina) são benéficos na prevenção cardiovascular Fatores de risco para doença arterial coronariana: • Modificáveis: sedentarismo, excesso de peso, alimentação, excesso de álcool, stress, tabagismo • Não modificáveis: diabetes mellitus, fator genético, idade, sexo, hipertensão arterial • Interação de fatores de risco: diabetes + hipertensão arterial = controláveis • Diminuir colesterol = diminuir morbi-mortalidade • Hiperlipemias: fator genético; diabetes mellitus; excesso de peso (sedentarismo); alimentação, excesso de álcool • Disfunção endotelial: idade; stress; sexo; hipertensão arterial; tabagismo (também pode provocar hipertensão arterial) • Nicotina bloqueia a liberação de óxido nítrico e prostaglandinas vasodilatadoras, e cria mecanismos que fazem vasoconstrição e agregação plaquetária, injuriando a parede do vaso, evoluindo para hipertensão arterial, que também lesa o endotélio Etiologia das dislipidemias: • Primárias: causas – defeitos na síntese de LDL, no transporte do retículo endoplasmático e complexo de Golgi na ligação ao receptor, internalização e dissociação da LDL • Secundárias: causas – hipotireoidismo, obesidade, DM, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, sedentarismo, uso indiscriminado de determinados medicamentos Escore de Framingham: • Pegar idade do individuo; adicionar critérios observados a partir da coleta de sangue, e avalia-se o risco do indivíduo Patologias que afetam a via do transporte de combustível: Primárias Classificação genotípica Monogênicas Poligênicas (combinação de fatores genéticos e ambientais) Classificação fenotípica Hipercolesterolemia isolada; hipertrigliceridemia isolada; hiperlipidemia mista; HDL baixo • Via de transporte de combustível relaciona-se com metabolismo energético e ao ciclo alimentação- jejum; e as concentrações de lipoproteínas variam com esse ciclo • Afetada pela ingestão excessiva de gorduras, obesidade e diabetes • Remanescentes aterogênicos aumentam após a alimentação e podem ser importantes na aterogênese • Ingestão crônica de álcool pode levar a aumento da concentração de VLDL e HDL • Disbetalipoproteinemia familiar: doença genética; causada por mutação da apolipoproteina (apoE) que capta partículas remanescentes aterogênicas; associada a doença cardiovascular prematura; xantelomas palmares presentes; associada ao aumento de colesterol e TAG • Deficiência na lipoproteína lipase: dislipidemia genética rara, em que o acúmulo de quilomícrons e VLDL leva a concentração plasmática elevada de TAG; xantomas cutâneos são característicos; o risco associado é a pancreatite; obs.: a lipase lipoproteica catalisa a hidrólise o TAG dos quilomícrons e VLDLs ➢ Diabetes: • Dislipidemia diabética interfere na via do transporte reverso de colesterol • Aumento da concentração plasmática de TAG e diminuição de HDLc • Há uma menor concentração plasmática de LDLc, porém, ela é pequena e mais densa, podendo ser mais aterogênica • A ausência de insulina inibe a ação da lipase lipoproteica, o que reduz a hidrolise dos quilomícrons e VLDL, causando hipertrigliceridemia Patologias que afetam a via do fluxo excedente: • Relacionada a concentração elevada de LDL • Levam a hipercolesterolemias • A hipercolesterolemia familiar (FH) é resultante da anomalia ou ausência do receptor apoB/E, caracterizada por defeito na captação celular de LDL • Pacientes com FH possuem LDL elevado e xantomas tendinosos (depósitos de ésteres de colesterol no tendão de Aquiles e tendões das mãos e joelhos) • A FH está associada a doença cardiovascular prematura, e a uma história familiar de doença coronária precoce • Aumento de LDL pode ser secundária a síntese aumentada de VLDL, o que ocorre na hiperlipidemia familiar combinada; hipercolesterolemia pode estar associada ou não a hipertrigliceridemia; associada as 2 vias • A dieta rica em gorduras afeta ambas as vias Fármacos usados no tratamento de dislipidemias: • Estatinas são inibidores competitivos da HMG-CoA redutase, enzima que catalisa síntese de colesterol; elas diminuem a concentração intracelular de colesterol, o que leva a maior captação de LDL = menos colesterol plasmático Caso clínico 1: • Recomendar perda depeso (reeducação alimentar – redução da quantidade de carboidratos e lipídios – frituras, sal e açúcares) e cessar tabagismo; recomendar atividade física – caminhada leve, no tempo que ele puder/ aguentar e quantas vezes ele puder • Possui obesidade grau 2 • Possui condicionamento físico inadequado e baixa capacidade cardiorrespiratória; • Se nenhuma alteração hormonal for encontrada nesse indivíduo, a justificação pelo seu estado decorre da desorganização do estilo de vida, consequentemente da alimentação • Não pode-se esperar que tenha alguma alteração cardiorrespiratória, especificamente pulmonar por conta do cigarro, pois o tempo de uso é muito curto, e geralmente essas doenças se manifestam a partir de hábitos/ vícios crônicos • Não é preciso solicitar RX de tórax para avaliação pulmonar – RX tem relativa sensibilidade mas não tem especificidade, e pelo exame físico já sabe-se que FR, saturação pulmonar normal e ausculta normal • É interessante o individuo realizar um ECG e teste de esforço ergométrico para avaliar o funcionamento cardiorrespiratório; a resistência do individuo vai determinar as recomendações acerca da quantidade/ frequência das atividades físicas a serem recomendadas • Deve-se solicitar ultrassom abdominal total para avaliação hepática – confirmação do exame físico e para saber se o fígado está somente aumentado ou se tem algo em seu interior que cause comprometimento de sua visualização (aumento da ecogenicidade, sugerindo impregnação gordurosa no órgão ou esteatose hepática) • Esteatose hepática = acúmulo de TAG e ácidos graxos no fígado • Provável que enzimas hepáticas estejam elevadas, principalmente gama-GT; transaminases TGO e TGP pode estar aumentada ou não • O ultrassom abdominal é uma avaliação geral do fígado, rins, pâncreas, baço, vesícula biliar, menos de intestino (colonoscopia) e estomago (endoscopia) • É preciso solicitar exames laboratoriais: hemograma completo (hemácias, hematócrito, hemoglobina, leucócitos, plaquetas); LIPIDOGRAMA (colesterol total e suas frações – HDL, LDL, VLDL e TAG); dosagem de TSH e T4 livres; avaliação de ureia e creatinina (função renal); avaliar glicose e insulina; avaliar ALT, AST, gama-GT • TSH elevado e T4 livre baixo = provável que seja hipotireoidismo • Alterações bioquímicas compatíveis com o quadro clínico: VLDL, LDL, TAG e colesterol elevados; HDL baixo Caso clínico 2: • Pode ser que paciente apresente um princípio de infarto, ou pode ter angina (dor precordial), que seria o prenuncio de um possível infarto • Fatores de risco: idoso, hipertenso, histórico familiar, medicação irregular, sedentarismo, tabagismo • Grande parcela de obstrução das artérias, logo, prevenção foi perdida; tratamento agora é curativo (stent) e paliativo • Certas enzimas estão elevadas na corrente sanguínea pois estão dentro dos cardiomiócitos, que sofrem surto = isquemia, necrose, morte celular; a morte celular reflete no traço eletrocardiográfico diferenciado; a morte das células faz com que liberem seu conteúdo na corrente sanguínea (creatinoquinases, CK, CK-MB, troponinas) • Mesmo que o eletro e avaliação enzimática mostrem valores normais, é importante acreditar na clínica da dor precordial, mantendo o paciente sob cuidados médicos, fazendo novamente os exames dentro de certos intervalos de tempo • Obstrução sanguínea: causa hipóxia, e células da região sobrevivem com um mecanismo de anaerobiose, que o produto final é o ácido lático, que gera dor; quando o individuo para de caminhar, a oxigenação melhora e a dor diminui • Vasodilatador: melhora a dor; organismo libera grande quantidade de óxido nítrico sintetase, que é a enzima que libera óxido nítrico, que faz vasodilatação, que ocorre em situações de esforço físico; logo, o vaso que possui um bloqueio, injúria na parede do vaso e/ ou placa de ateroma agregada, não se dilata como os outros, logo, o sangue não passa ou o vaso se rompe – isquemias, infarto, tromboembolismo • Tratamento: atividade física (melhorar condição cardiorrespiratória, impulsionar circulação colateral); cessar fumo; reeducação alimentar (sal, açúcar e fritura – INIMIGOS); medicamentos para a pressão; drogas hipolipemiantes – TAG, colesterol, LDL tem que diminuir e HDL aumentar; • Creatinina e ureia elevadas indicam lesão renal; quanto menos sal, açúcar e proteínas melhor = nefrotóxicos
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